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Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 41 ficaram feridas neste domingo (13) durante três atentados com explosivos contra igrejas cristãs na cidade de Surabaia, uma das mais importantes da Indonésia.

Os ataques foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), por meio de uma publicação em sua agência de propaganda, Amaq. Segundo as autoridades locais, as explosões foram ocasionadas por membros de uma mesma família, integrante do EI. O chefe de polícia, Tito Karnavian, afirmou que uma mãe se explodiu junto com seus dois filhos em uma igreja, enquanto o pai e mais três filhos atacaram outros dois templos.

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A primeira explosão aconteceu por volta das 7h30 (horário local) na Igreja Católica de Santa Maria, na ilha de Java, no oeste do país. Pelo menos quatro pessoas morreram, inclusive o homem-bomba.

Os outros atentados ocorreram na igreja protestante da rua Diponegoro, onde morreram mais dois cidadãos, e na igreja pentecostal da rua Arjuno. Lá, morreram outras duas vítimas. A polícia local ainda informou que chegou a neutralizar um artefato explosivo no lado de fora da igreja em Diponegoro. Nos últimos anos, as mulheres se tornaram cada vez mais ativas em células terroristas na Indonésia, mas esta seria a primeira vez que as crianças seriam usadas.

O país é de maioria muçulmana onde 88% dos mais de 260 milhões de habitantes praticam o islã e está em estado de alerta máximo poucas semanas antes do início do ramadã.

Papa Francisco

O papa Francisco lamentou a série de ataques e se pôs em oração pelas vítimas e seus familiares. "Juntos, nós invocamos o Deus da paz para parar estas ações violentas, e no coração de todos nós não encontremos sentimentos de ódio e violência, mas de reconciliação e fraternidade".

"Estou particularmente próximo ao querido povo da Indonésia, especialmente das comunidades cristãs da cidade de Surabaia, duramente atingida pelo grave ataque aos locais de culto", ressaltou o Pontífice.

Da Ansa

Lenine lança, nesta terça-feira (11), o primeiro single, 'Intolerância', que faz parte do novo álbum, intitulado 'Em Trânsito'. O novo trabalho, o 13º da carreira do pernambucano, ganha uma versão digital, que chega nas plataformas digitais na próxima sexta-feira (11).

'Em Trânsito' estreia dia 19 de maio, em Salvador, e passará por 14 cidades. A capital pernambucana recebe o novo trabalho do cantor em 27 de julho, no Teatro Guararapes, localizado na cidade de Olinda. No palco, o artista será acompanhado pelos músicos Jr. Tostoi, Guila, Pantico Rocha e Bruno Giorgi. Os ingressos, à venda na bilheteria do teatro e pela internet, variam entre R$ 52 e R$ 144.

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Serviço 

Lenine: "Em Trânsito"

Sexta-feira (27)| 21h30

Teatro Guararapes (Centro de Convenções de Pernambuco - Av. Prof. Andrade Bezerra, S/N - Salgadinho, Olinda)

Plateia Especial: R$ 164 (inteira) e R$ 82 (meia)

Plateia: R$ 144 (inteira) e R$ 72 (meia)

Balcão: R$ 104 (inteira) e R$ 52 (meia)

Nesta quarta-feira (4), durante o julgamento do habeas corpus preventivo impetrado pela defesa do ex-presidente Lula, o polêmico ministro Gilmar Mendes falou no momento do seu voto que o PT gerou um quadro de “intolerância” no Brasil. “Um quadro de intolerância que a prática do PT desenvolveu, ataques que se fazem nas ruas às pessoas (...) esse tipo de intolerância gestou-se esse germe ruim da violência”, disparou. 

“Acho que o PT tem uma grande chance neste momento de fazer aquilo que se chama um pedido de desculpa público por esse tipo de ataques”, ressaltou Gilmar afirmando que a declaração não iria “agradar aos amigos petistas”. 

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Gilmar também disse que o Jornal Nacional “fez um festival” com o objetivo de provar a sua incoerência. “Não tenho incoerência nenhuma e, sim, responsabilidade com o país", garantiu. Ele ainda falou que é “demagogia barata” falar que seu posicionamento seria em favor de “amigos”. 

As críticas não pararam. O magistrado salientou que está no Supremo Tribunal Federal (STF) há 15 anos e que já viu quase de tudo, mas nunca uma mídia “tão opressiva” como a que tem sido feita nestes anos. “Não me lembro em todos estes anos uma mídia chantagista”, alfinetou citando uma matéria publicada na mídia que abordava as férias de 82 dias que os ministros eram beneficiados. “Temos que acabar com os feriados do Judiciário, já falei sobre acabar com as férias em dobro do Judiciário, mas não mediante chantagem”. 

Ele ainda falou que é preciso acabar com os auxílios-moradia. “Temos que acabar com esse auxílio-moradia, o diabo”. 

A repercussão da declaração da vereadora do Recife Michele Collins (PP), acusada de intolerância religiosa por escrever em seu facebook sobre “quebrar toda maldição de Iemanjá”, parece não ter fim. Após a frase, a comunidade de Terreiro Axé Talabi divulgou uma nota de repúdio por "propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africana e suas divindades".

Nesta segunda-feira (5), foi a vez de entidades religiosas saírem em defesa da vereadora. Representantes de mais de 200 igrejas foram até o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) com o objetivo de entregar uma carta aberta. No documento, os defensores de Collins ressaltam que o inquérito instaurado no órgão contra ela é uma violação da liberdade religiosa. 

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A carta ressalta que Michele Collins apenas expressou sua opinião de fundamento monoteísta em um espaço particular. “Longe das tribunas do parlamento e sem fazê-lo em nome do Poder Público. Qual é o crime nisto? Se depois de se tornar parlamentar um cidadão precisar ser obrigado a silenciar suas convicções de fé, fatalmente um dos dois direitos serão violados: ou o direito do candidato eleito exercer sua liberdade religiosa em ambiente privado ou o direito de alguém com convicções religiosas concorrer a um cargo público”, destaca um trecho do texto. 

O grupo pediu para que o inquérito contra a vereadora seja arquivado e ainda solicitaram uma reunião com o promotor do caso. 

 

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) criticou o fato de a vereadora do Recife, Michele Collins (PP), ter feito uma declaração “vilipendiando a figura do orixá Iemanjá” em publicação no Facebook. Ao divulgar na rede social um evento evangélico que acontecia na Orla de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, Collins escreveu que participava de oração “clamando e quebrando toda maldição de Iemanjá lançada contra nossa terra”. Em seguida, retratou-se por meio de nota.

“Este tipo de pregação é uma pregação de ódio. Uma pregação de intolerância descabida, para um país que acolhe todas as crenças, toda diversidade humana, e o universo da religiosidade sempre foi muito bem acolhida pelo povo brasileiro”, declarou Edilson.

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O parlamentar ponderou a retratação de Michele, colocando-se como “muito feliz” diante do reconhecimento de que “houve um exagero”. “Mas é preciso que a gente preste muita atenção, porque vivemos em uma sociedade onde o ódio está estruturando muitas relações e é necessário que a gente, obviamente, sem perder as perspectivas da individualidade, da diversidade, é importante que a gente se atente para que haja um limite, e que a gente não ingresse em um ambiente de fundamentalismo que vai nos levar a guerra”, salientou, lembrando que felizmente o país não vive o que acontece em parte do Oriente Médio no quesito intolerância. 

“Felizmente, nós vivemos em um país onde essa realidade, para nós, é muito distante. Nós vivemos outras mazelas. As mazelas dos homicídios, dos assassinatos, da miséria, da desigualdade, mas, felizmente, nós não somos um país que tem grandes catástrofes naturais, e não tem essa chaga do fundamentalismo religioso que mata, maltrata e constrói uma cultura de intolerância”, disse. 

No último dia 21 de Janeiro, foi celebrado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL), que recentemente disse que se sentia “ferido de morte” em relação aos parlamentares que “ostentam” bíblias como guia e não a Constituição Federal, falou sobre a data por meio do seu Facebook destacando que o Estado nem qualquer pessoa pode interferir quando o assunto é religião. 

Jean ressaltou que é necessário “a defesa da liberdade de crer e da liberdade de não crer também”. "Sem que ninguém, nem o Estado, nem outras pessoas, possa coagir ou constranger alguém a seguir ou deixar de seguir um credo”. 

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O psolista lembrou que o Estado é laico. “Vivemos, ainda que com ressalvas, em um Estado laico, que não pode ser guiado por regras de determinada religião. Antes, o Estado deve reconhecer a diversidade, respeitá-la, e não agir contra ela seja em benefício de uma ou de nenhuma outra fé”. 

Ele lamentou a intolerância. “Infelizmente o país da diversidade religiosa e cultural não consegue, ainda, conviver com a pluralidade e, não raro, vemos ataques de algumas igrejas aos locais sagrados de religiões de matriz africana destruindo seus objetos, queimando seus terreiros, e até mesmo promovendo a perseguição e a ameaça a quem as professa”.

“Vemos também a crescente difamação às pessoas de origem e tradição islâmica, o antissemitismo muitas vezes disfarçado de discurso político, a difamação e destruição da fé e da tradição da população indígena, justamente o instrumento medieval empregado na sua escravização, das mulheres que professam a fé Wicca, frequentemente, acusadas de promover o mal através da "bruxaria", de pessoas ateias e agnósticas”, complementou. 

Na semana passada, ao comentar um suposto projeto que visa criminalizar a evangelização na Bolívia, o deputado federal Pastor Eurico (PHS), também falou sobre religião salientando que a bíblia é respeitada na Câmara dos Deputados. “A bíblia que é a palavra de Deus, que aqui está sendo honrada e respeitada, embora algumas pessoas não concordem, não aceitem, mas ela está respaldada por lei e vai continuar”, chegou a dizer. 

Por Katarina Bandeira

Olorum, Allah, Jeová, Deus. Mesmo com a grafia distinta, utilizadas por pessoas de diferentes religiões, todas as quatro palavras são designadas para nomear a mesma representação: um ser supremo, responsável pela criação do universo em que vivemos. Apesar da maioria das religiões monoteístas da atualidade cultuarem a mesma divindade, muitos religiosos não conseguem aceitar, ou conviver pacificamente, com pessoas que não seguem suas crenças e seus dogmas. O reflexo disso é o aumento expressivo de denúncias relacionadas à intolerância religiosa registradas pelo Disque 100, serviço de proteção aos Direitos Humanos da Presidência da República. O atendimento, que começou com um total de 15 queixas em 2011, registrou 759 ligações em 2016, denunciando manifestações de preconceito religioso, sendo a maioria das vítimas pertencentes a religiões de matriz africana e espírita.

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Não se sabe exatamente o que leva ao crescimento dessa onda de agressividade, uma vez que o Brasil já foi considerado um dos países, entre os mais populosos, com menor taxa de hostilidade social por motivações religiosas. Ele desceu da 2ª posição, em 2007, para a 9ª, em 2014, de acordo com o relatório feito pela Pew Foundation. Mas os casos não param. A ferramenta de busca Google lista quase 13 mil notícias sobre o tema, publicadas só no último ano, entre artigos relacionados ao aumento da violência e relatos - em todo o país - de agressões contra a fé.

Mas como são as religiões no Brasil?

A religiosidade em terras tupiniquins é representada tal qual seu povo, diversa, rica e cheia de nuances. O último Censo Demográfico, de 2010, mostrou o crescimento da diversidade dos grupos religiosos no Brasil. Mesmo que o país continue sendo o mais católico do mundo (apesar da quantidade de fiéis cair de 73,6% em 2000, para 64,6%), houve um número expressivo no crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010, em diferentes ramificações da crença. A pesquisa também aponta um aumento do total de espíritas (2%) e dos que se declararam sem religião (8%). Já a porcentagem de praticantes da Umbanda e do Candomblé, religiões de matriz africana, permaneceu em 0,3%.

O que esses números não mostram é a quantidade de casos de discriminação aos praticantes dessas religiões. Em 2016, foram registrados, em todo o país, 74 casos de preconceito contra umbandistas, 69 contra candomblecistas e 32 contra espíritas. Para ajudar no combate aos ataques, o Disque 100 também tenta traçar um perfil dos agressores, que são em sua maioria mulheres (totalizando 212 denunciadas, contra 209 homens), de 46 a 50 anos, sendo a maior parte vizinha das vítimas. 

E o que é intolerância religiosa?

Destruir imagens, templos, terreiros, invadir celebrações, jogar pedras ou outros objetos, xingar e menosprezar a crença do diferente. Praticar intolerância religiosa é discriminar e tentar cercear as liberdades individuais e coletivas, de uma pessoa ou grupo, seja excluindo, ofendendo e praticando violência simbólica ou física contra seguidores de uma crença ou religião. É preconceito, resultado da falta de informação de pessoas presas à ideias pré-concebidas que, em alguns casos, acabam manifestando atitudes de raiva e hostilidade.  

“Acho que foi Albert Einstein que disse que é mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito. A gente sabe que vencer a discriminação é um trabalho persistente. É preciso fazer as pessoas ampliarem os horizontes e fazê-las entender que as religiões são boas. Elas são o departamento de cultura espiritual e não deveriam competir entre si”,  diz Frederico Menezes, que já lançou 14 livros relacionados ao espiritismo e há 14 anos viaja o país para ministrar palestras sobre temáticas da religião. A religião Espírita está entre as três que mais receberam denúncias de intolerância em 2016, atrás da Umbanda e do Candomblé. 

A outra face da intolerância: o racismo religioso

Para a Iyalorixá Denise Botelho o problema vai mais além da falta de informação. "O que vem ocorrendo no Brasil não é apenas intolerância religiosa. É um racismo religioso, porque a nossa religião é, em sua maioria, oriunda dos povos negros africanos. E ainda que hoje, a religião agregue segmentos étnicos diferenciados, ela ainda sofre as consequências do racismo”, afirma a mãe de santo. 

Ela reforça que isso se dá tanto pelo visual, quanto pela menção das divindades que cultua. “Se eu saio com um turbante na rua, eu vou ser discriminada, se eu saio com minhas guias ou fios de conta eu vou ser discriminada, porque elas são a identidade cultural da minha religião. Sempre que encontro um religioso cristão que diz que Jesus me ama eu acho ótimo porque eu também amo Jesus, mas quando eu digo que Oxalá o ama aí a reação e o acolhimento já não é mais o mesmo”, lamenta.

Isso pode ser observado inclusive nas demonstrações de intolerância contra a religião espírita. “As pessoas que não conhecem o espiritismo associam, muitas vezes, a doutrina aos cultos afro brasileiros. E aqui não vai nenhum demérito à Umbanda ou ao Candomblé, que são segmentos que atendem a uma expressiva comunidade. Mas na verdade essas duas religiões não tem nada a ver com o espiritismo. Os pontos de convergência que elas têm é que adotam a mediunidade e creem na reencarnação”, explica Frederico Menezes. Ele também reforça que muitos ainda associam a doutrina espírita à loucura “Um conhecido meu conversava com uma amiga em comum e disse certa vez sobre mim: ‘Fred, por exemplo, adoro aquele menino, pena que é louco’, só porque eu sou espírita”, lembra.

Disque 100: um canal para a denúncia

É importante lembrar que qualquer pessoa está vulnerável a sofrer ataques preconceituosos contra sua religião e que eles podem e devem ser denunciados. No Brasil, a intolerância religiosa é considerada crime de ódio, classificada como inafiançável e imprescritível, além de ser uma violação dos Direitos Humanos. Em caso de discriminação pode-se dar queixa através do Disque 100, ou levar o caso para a delegacia mais próxima. A pena para quem for condenado por preconceito religioso varia entre 1 a 3 anos de prisão, mais o pagamento de multa, sendo também aplicada em casos de desrespeito contra ateus e agnósticos, de acordo com a lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989.  Ela também pode acontecer acompanhada de outros tipos de discriminação identitárias, que devem ser observadas no momento da denúncia. Levar a queixa adiante é preciso principalmente para garantir o respeito e o direito às liberdades individuais.

Um tribunal do Cairo condenou neste domingo (26) catorze homens supostamente homossexuais a três anos de prisão por prática de relações sexuais "anormais", informou à AFP um dos advogados de defesa.

A corte autorizou a libertação dos acusados mediante o pagamento de uma fiança no valor de 5.000 libras egípcias (cerca de R$ 890) para responder ao processo em apelação, informou o advogado, Ishaq Wadie. Outros três acusados não foram julgados por razões processuais. Seu processo foi adiado para uma data não determinada.

As forças de segurança realizaram em outubro diversas detenções na capital egípcia. O Ministério Público acusou as pessoas de praticar relações sexuais "anormais" - ou seja, homossexuais - e de incitar a libertinagem.

As autoridades egípcias lançaram uma campanha de repressão contra a comunidade LGBT - lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros - após um show da banda libanesa Mashrou' Leila, no fim de setembro, no Cairo, onde parte do público exibiu a bandeira do arco-íris, símbolo desta comunidade.

As forças de segurança escoltaram os acusados "sob alta vigilância" até o local onde ouviram o julgamento, indicaram fontes judiciárias e de segurança. Uma fonte de segurança declarou que eles serão libertados algumas horas após o pagamento da fiança.

A lei egípcia não proíbe a homossexualidade em si, mas os tribunais utilizam as incriminações de "libidinagem" ou "prostituição" para condenar as relações entre pessoas do mesmo sexo, sobretudo homens.

No começo do mês, a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional condenou uma proposta de lei que criminaliza a homossexualidade como sendo "profundamente discriminatória", qualificando-o de "revés para os direitos do homem".

Templos são invadidos e profanados. Em outros casos, há agressões verbais, destruição de imagens sacras e até ataques incendiários ou tentativas de homicídio. O cenário preocupa adeptos de diversas religiões e, em pelo menos oito Estados, o Ministério Público investiga ocorrências recentes de intolerância. Entre janeiro de 2015 e o primeiro semestre deste ano, o Brasil registrou uma denúncia a cada 15 horas, mostram dados do Ministério dos Direitos Humanos (MDH).

Segundo levantamento da pasta, o Disque 100, canal que reúne denúncias, recebeu 1.486 relatos de discriminação religiosa no período, de xingamentos a medidas de órgãos públicos que violam a liberdade religiosa. "E sempre há mais casos do que os relatados", explica Fabiano de Souza Lima, coordenador-geral do Disque 100. "A subnotificação é alta, considerando o cenário nacional", diz. "Algumas pessoas não querem se envolver e preferem permanecer no anonimato a denunciar."

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Só neste ano foram registrados 169 casos: 35 em São Paulo, 33 no Rio e 14 em Minas, Estados com maior número de ocorrências informadas. Comparado ao mesmo período de 2016, haveria recuo de 55%, mas Lima explica que a oscilação de denúncias não reflete a realidade.

"Quando você vir um número maior em um ano, é certo que houve divulgação do problema, por meio de campanhas." Um exemplo, diz, é que em 2016, ano da campanha nacional Filhos do Brasil, houve registro recorde de 759 casos.

Aumento

Em agosto, a Paróquia Nossa Senhora do Bom Parto, em Santo André, no ABC paulista, foi invadida. Os suspeitos arrombaram o sacrário, furtaram a âmbula e atiraram hóstias no chão. "Para nós, a eucaristia é o mais sagrado: o corpo de Cristo. Houve profanação", diz o padre Renato Fernandez. Para ele, a sensação é de aumento das ocorrências. "No passado, havia um respeito pelos templos e pela Igreja", afirma. "Deixar a eucaristia jogada diz que, para eles, não significa nada."

A análise de 2017 aponta que a maioria das vítimas de intolerância é de religiões de origem africana, com 39% das denúncias. Lideram o ranking umbanda (26 casos), candomblé (22) e as chamadas matrizes africanas (18). Depois, vêm a católica (17) e a evangélica (14).

Recentemente, um templo de candomblé foi incendiado em Jundiaí, na Grande São Paulo. O ataque destruiu 80% da casa, além de equipamentos e instrumentos musicais, mas não impediu a mãe de santo Rosana dos Santos, a Iya Abayomi Rosana, de continuar o ofício religioso. "Agora, coloco uma mesa embaixo de uma árvore, ao lado dos escombros, e atendo lá", afirma. "A fé cabe em qualquer lugar, pois Deus e os orixás estão em toda parte."

O templo funcionava havia dez anos e nunca havia registrado ameaça. "Não foi nada pessoal, foi contra nossa religião, de matriz africana", diz ela, que trabalha para reconstruir o lugar. "Era solo sagrado, existiu muito amor lá."

Líder do Brasil Contra a Intolerância Religiosa, Diego Montone critica a ausência de legislação específica. "Temos de nos basear criminalmente e até civilmente em outros crimes."

Cláudio Bertolli Filho, antropólogo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), diz que a intolerância é resultado da "dificuldade de conviver com a diversidade". "A forma viável de as religiões conviverem pacificamente é todas elas assumirem que não existe religião verdadeira ou religião falsa."

Para o antropólogo João Baptista, professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), uma religião "pode ser intolerante porque quer dominar ou porque é vítima da intolerância". Ela se torna intolerante, segundo ele, "porque se fecha sobre si mesma".

Entre os suspeitos identificados pelo MDH em 2017, a maioria é mulher. Um caso recente foi o da pastora Zélia Ribeiro, da igreja evangélica Razão do Viver, de Botucatu, flagrada destruindo imagens de Nossa Senhora Aparecida a marteladas. "Já pedi desculpas. Também fui vítima da intolerância, postaram muita coisa na internet, chegaram a dizer que eu tinha morrido."

Investigações

Levantamento do Estado mostra que ao menos oito Ministérios Públicos Estaduais investigam intolerância. Em São Paulo, foram 123 procedimentos em dois anos - um a cada 10 dias. Em um dos mais graves, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, um vizinho esfaqueou quatro pessoas em um terreiro.

Na Bahia, são 132 procedimentos entre 2014 e 2017. No Paraná, são seis inquéritos neste ano. Um deles é de um babalorixá que se negou a retirar uma oferenda de uma esquina e cerca de 30 pessoas, com paus e pedras, quebraram seu carro e agrediram filhos de santo.

Também há casos apurados por Rio, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí e Distrito Federal. Os outros Estados não responderam ou informaram não haver denúncias. O jornal 'O Estado de S. Paulo' não conseguiu contato com Roraima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, disse nesta terça-feira (24) que a pasta está planejando uma campanha de valorização da liberdade de expressão, da arte e da cultura e da Lei Rouanet. “Precisamos nos unir em torno de uma campanha em defesa dessas três bandeiras”.

Em um encontro com artistas no Rio de Janeiro, ele pediu apoio da classe para mobilizar a sociedade na defesa de princípios democráticos como a liberdade de expressão, de criação e de manifestação.

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Para o ministro, a cultura no Brasil já vinha sendo alvo do debate político antes mesmo das polêmicas envolvendo a exposição de temática LGBT Queermuseu, cancelada em setembro em Porto Alegre, no Centro Cultural Santander, e a performance com um homem nu no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

“Já havia uma campanha contra a cultura e isso se radicalizou após as exposições e, infelizmente, penso que a tendência é que se radicalize mais até as próximas eleições”, disse Sá Leitão. “Muita dessa histeria anticultura, antiarte, antiliberdade de expressão que se disseminou é estimulada com objetivo político-eleitoral”.

Lei Rouanet

Segundo o ministro, a Lei Rouanet tem sido alvo de campanha para ser extinta. Sá Leitão disse que o ministério tem trabalhado na revisão da instrução normativa da lei para desburocratizá-la.

“Precisamos simplificar e reduzir o nível de burocracia da Lei Rouanet para ampliar o acesso à lei de incentivo. Temos R$ 1,150 bilhão disponíveis este ano para a Lei Rouanet e a execução fica em torno de R$ 700 milhões a R$ 800 milhões. Temos sempre uma margem não utilizada. Essa não utilização tem muito a ver com o excesso de burocracia”, disse.

Sancionada em 1991, a lei instituiu o Programa Nacional de Apoio à Cultura, que estabelece as normativas de como o governo federal deve disponibilizar recursos para fomentar a cultura no Brasil. Segundo a legislação, as empresas podem aplicar recursos em projetos culturais, a título de doação ou patrocínio, em troca de renúncia fiscal.

A internet é campo fértil para a disseminação de preconceito por parte de algumas pessoas. A mais nova vítima foi a atriz Lucy Ramos, que recebeu, em sua conta de Instagram, mensagens racistas e preconceituosas. A atriz se posicionou nesta sexta (13), e afirmou que não deixará o episódio passar impunemente.

Em uma postagem, Lucy compartilhou prints de comentários feitos em algumas de suas fotos, com xingamentos e palavras de teor racista. Em seguida, ela explicou porque decidiu compartilhar o ocorrido: " Pensei muito se deveria ou não postar essas ofensas, mas fiz questão de postar para dizer que não podemos deixar esse tipo de pessoa sair ofendendo outras, se escondendo por trás da internet e achando que nada vai lhe acontecer". 

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Mas, apesar das ofensas recebidas, a artista garantiu não ter sido atingida porque se aceita e se respeita. Lucy também declarou que vai procurar as medidas cabíveis: "Estou indo atrás dos meus direitos e essa pessoa não vai sair impune".

[@#relacionadas#@]

Devido aos cânticos racistas contra atletas do Sassuolo no último domingo (1º), a Lazio jogará suas duas próximas partidas em casa pelo Campeonato Italiano sem parte de sua torcida.

A decisão foi tomada pelo tribunal desportivo do país e pune os ultras que ocupam a "curva norte" do Estádio Olímpico de Roma, onde se concentram os torcedores organizados da equipe biancoceleste.

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Os alvos dos gritos racistas da torcida da Lazio eram os jogadores Claud Adjapong, italiano de origem ganense, e Alfred Duncan, este nascido em Gana. As ofensas foram registradas aos 31 minutos do primeiro tempo e aos 32 do segundo.

Dessa forma, os torcedores da "curva norte" não poderão assistir no estádio às partidas contra o Cagliari, no dia 22, e a Udinese, em 5 de novembro. Essa não é a primeira vez que a torcida da Lazio sofre punições por conta de coros racistas. A última havia sido no derby contra a Roma, no dia 30 de abril.

Da Ansa

Centenas de mulheres compareceram pela primeira vez neste sábado a um estádio na Arábia Saudita por ocasião da festa nacional celebrada em todo o país com vários shows, danças folclóricas e queima de fogos.

Até agora as mulheres não eram admitidas nos estádios por causa de uma rigorosa regra de separação por gênero em espaços públicos. Neste sábado, entretanto, elas puderam assistir a um espetáculo de música e poesia no estádio Rey Fahd de Riad, junto com suas famílias, em um setor separado dos assentos reservados para homens solteiros.

"Esperamos que no futuro nossa entrada no estádio não seja impedida", disse Um Adbulrahman, moradora de Tabuk, que fica no noroeste do reino ultraconservador. "Há muitos anos que espero que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens", acrescentou.

A Arábia Saudita tem uma das legislações mais restritivas em relação às mulheres. É o único país do mundo onde elas não podem dirigir, além de serem submetidas à tutela de homens da família -geralmente o pai, o marido ou um irmão- para poder estudar ou viajar.

Milhares de pessoas participaram hoje (17) de um ato contra a intolerância religiosa, na Praia de Copacabana, na zona sul da cidade no Rio de Janeiro. O ato, organizado pelas organizações não governamentais Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), reuniu principalmente fiéis de religiões de matriz afro-brasileira, mas também representantes de igrejas cristãs, da comunidade judaica e de outras religiões (Baha'i, wicca, kardecista, budista e Hare Krishna).

Esta foi a décima edição da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, realizada poucos dias depois da divulgação de vídeos em que aparecem criminosos, supostamente cristãos, ameaçando lideranças de religiões afro-brasileiras e obrigando-os a destruir seus terreiros, localizados em comunidades carentes do Rio de Janeiro.

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O organizador da caminhada, babalawô Ivanir dos Santos, lembrou que a primeira caminhada, em 2008, foi realizada justamente por causa de um episódio em que traficantes evangélicos ameaçavam os terreiros em favelas controladas por eles.

“Nesse período, o que houve foi uma omissão [das autoridades]. Não houve nenhuma investigação para prender os responsáveis. Mas o importante é que a manifestação traz muita indignação, mas estamos pedindo paz. Somos um povo de paz, apesar de sermos agredidos nas ruas, nossas casas serem queimadas, nosso sagrado ser destruído, tudo o que pedimos é paz”, disse o líder religioso.

Para a representante do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, pastora luterana Lusmarina Campos Aguiar, a atitude de cristãos que agridem ou ameaçam outras religiões não é cristã. “Essa não é a perspectiva de Cristo. Não é a perspectiva dos evangelhos. Jesus diz que temos que aprender a amar uns aos outros. A lei maior do Cristo é a lei do amor”, lembrou a pastora.

O secretário nacional de Políticas de Igualdade Racial, Juvenal Araújo, informou que o governo federal está acompanhando de perto os desdobramentos desses recentes casos de intolerância religiosa. Desde a última sexta-feira (15), ele se reuniu com o procurador-geral de Justiça do Rio, José Eduardo Gussem, e com representantes das secretarias estaduais de Segurança e Direitos Humanos.

As secretarias estaduais de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos e de Educação firmaram uma parceria para oferecer um curso de capacitação para professores, funcionários e alunos sobre intolerância religiosa em uma unidade escolar de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde uma aluna foi discriminada por ser candomblecista. A medida foi decidida em um encontro, nesta terça-feira (22), entre o secretário de Direitos Humanos, Átila Nunes, e a família da vítima.

A jovem de 15 anos foi insultada por um garoto com xingamentos como “gorda macumbeira” e “macumbeiro tem que morrer” e, quando reagiu às agressões, gerando discussão na sala de aula, somente a menina recebeu punição, sendo suspensa por sete dias. Para o pai da adolescente, Leandro Coelho, religião é algo muito pessoal que não se deve impor a ninguém. "Como pai, a orientação que dou aos meus filhos é que não imponham a religião deles a ninguém, aceitem. Religião é uma coisa pessoal. Se você tiver dúvida sobre a religião do próximo, pergunte, mas impor, não", disse.

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Nunes lamentou o ocorrido e diz esperar que a iniciativa tomada em conjunto com a Secretaria de Educação conscientize as pessoas sobre a intolerância religiosa dentro do ambiente escolar. "Nosso maior objetivo é conseguir levar essa conscientização a toda a rede de professores. Nós sabemos que o bullying é muito presente nas escolas e no caso religioso acaba chamando mais atenção, porque é um problema de foro íntimo, então é inadmissível que uma escola aceite casos como esse e, pior ainda, puna a vítima”, esclareceu o secretário.

De acordo com dados do Disque 100, as denúncias de casos de intolerância religiosa aumentaram em 119% no ano passado com relação ao anterior. Somente na última semana, a Secretaria de Direitos Humanos fez 20 atendimentos de casos de intolerância. Para denunciar esse tipo de crime, a pessoa deve ligar para o Disque Combate ao Preconceito, no telefone (21) 2334-9551, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou nesta manhã sua conta no Twitter para negar que tenha igualado os membros do movimento racista da Ku Klux Klan (KKK), neonazistas e supremacistas brancos a pessoas como Heather Heyer, ativista que foi morta atropelada no sábado em Charlottesville enquanto participava de um protesto contra os grupos de extrema-direita.

Trump tem sido criticado nos últimos dias por não ter condenado num primeiro momento enfaticamente os grupos racistas e por ter dito duas vezes que os dois lados que se envolveram em confrontos na cidade da Virgínia tinham a culpa pela violência. Nas mensagens de hoje, Trump criticou especificamente o senador Lindsey Graham, seu colega de Partido Republicano, segundo o qual os comentários do presidente sobre o episódio estavam "dividindo os americanos".

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"Em busca de publicidade, Lindsey Graham falsamente afirmou que eu disse que existe uma equivalência moral entre a KKK, neonazistas e supremacistas brancos e pessoas como a sra. Heyer. Que mentira tão nojenta. Ele não pode esquecer seu naufrágio eleitoral. O povo da Carolina do Sul se lembrará!", afirmou Trump. O senador tentou se candidatar à presidência pelos republicanos em 2016, mas não teve sucesso e abandonou as primárias do partido, vencidas por Trump.

O presidente aproveitou para atacar também a imprensa. "As pessoas estão aprendendo (e ainda mais) o quão desonesta é a Falsa Mídia. Eles relatam completamente errado o que eu digo sobre ódio, fanatismo, etc. Vergonha!", afirmou.

Um grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) em direitos humanos sustentaram nesta quarta-feira (16) que o racismo e a xenofobia aumentam nos Estados Unidos e que os incidentes racistas vividos no final de semana em Charlottesville são o último exemplo desta tendência. A informação é da Agência EFE.

"Estamos alarmados pela proliferação e a saliência que ganharam os grupos que promovem o racismo e ódio. Atos e discursos deste tipo devem ser condenados sem panos quentes, e os crimes de ódio investigados e seus autores punidos", exigiram mediante um comunicado emitido em Genebra.

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Um seguidor neonazista assassinou no sábado uma mulher e feriu várias pessoas em Charlottesville (estado de Virgínia) ao lançar seu veículo contra manifestantes que protestavam pela presença de supremacistas brancos na cidade.

Outra evidência da preocupante da situação nos Estados Unidos é o aumento de manifestações de anti-africanas, disseram o relator da ONU contra as formas contemporâneas de racismo, Mutuma Ruteere; e os presidentes do grupo de trabalho sobre povos africanos, Sabe-o Gumedze; e do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial, Anastasia Crickley.

No caso de Charlottesville, os especialistas enfatizaram que os manifestantes de extrema direita lançaram slogans contra pessoas negras e imigrantes e de corte antissemita. Os três lembraram também que incidentes parecidos ocorreram recentemente na Califórnia, em Oregon, Nova Orleans e Kentucky, "o que demonstra a extensão geográfica do problema".

"O Governo deve adotar todas as medidas efetivas de forma urgente para controlar as manifestações que incitam à violência racial e entender como estas afetam a coesão social", disseram.

Os especialistas expressaram também seu pesar pela morte de dois oficiais da policia após a colisão de seu helicóptero quando vigiavam a situação em Charlottesville.

da Agência EFE

A mulher morta durante a manifestação de sábado foi identificada por seu empregador como uma assistente jurídica de 32 anos, cujas mensagens de mídia social indicaram apoio ao senador Bernie Sanders quando este buscava nomeação para a corrida presidencial.

Na página do Facebook que parecia ser a de Heather Heyer, a foto da capa mudou dias após a eleição do presidente Donald Trump no último outono para um slogan político: "Se você não está indignado, você não está prestando atenção". Durante a campanha das primárias de 2016, uma foto de capa na página era de Sanders e outra simplesmente dizia: "Bernie 2016."

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Heather Heyer ficou gravemente ferida quando um carro bateu em um grupo de pessoas marchando ao longo de uma rua do centro de Charlottesville, seguindo uma manhã de confrontos entre nacionalistas brancos e manifestantes contrários. As imagens da cena mostraram corpos voando, quando o veículo fechou outro carro que se movia lentamente junto com os manifestantes.

O motorista foi posteriormente preso e acusado de assassinato. O incidente também feriu 19 pessoas. Das que foram levadas ao Centro Médico da Universidade da Virgínia, cinco estavam inicialmente em estado crítico e quatro estavam em estado grave, informou o hospital no sábado.

Uma página Go Fund Me preparada para beneficiar a família de Heather Heyer arrecadou mais de US$ 50.000 no domingo de manhã. "Heather Heyer foi assassinada enquanto protestava contra o ódio", disse a página.

Pelo menos doze pessoas foram mortas neste domingo (6) em um ataque a uma igreja no sudeste da Nigéria, informaram fontes hospitalares e testemunhas. O ataque ocorreu na igreja católica de São Felipe Ozubulu, perto de Onitsha, 300 km a leste de Lagos, a capital econômica da Nigéria.

"No momento temos doze pessoas mortas que se encontram no necrotério e outras que recebem cuidados médicos", informou à AFP um funcionário do hospital universitário Nnamdi Azikiwe de Nnewi, para onde as vítimas foram levadas.

Muitos fiéis foram baleados, acrescentou a fonte, sem indicar o número ou a gravidade dos ferimentos. O chefe de polícia do estado de Anamba, Garba Umar, afirmou que o ataque foi cometido por um único atirador. "Com base nas informações que dispomos, está claro que a pessoa que realizou o ataque era um residente local", assegurou.

"Pelo que sabemos, um homem armado vestido de preto e com a cabeça coberta por um boné entrou na igreja durante a missa das 6h00 na igreja católica de São Felipe. Ele se dirigiu em direção a um alvo preciso e abriu fogo", afirmou o chefe de polícia.

"Depois de atirar contra o seu alvo, continuou disparando, matando e ferindo vários fiéis", explicou o policial, sem fornecer um balanço das vítimas. Segundo ele, uma investigação judicial foi aberta pela polícia para encontrar o atirador, que fugiu após o ataque.

Testemunhas disseram que o número de vítimas pode chegar a vinte e que os atacantes eram pelo menos cinco. "Sai da igreja para relaxar quando ouvi tiros e gritos e vi pessoas correndo", relatou uma testemunha, Chukwuma Emeka.

Uma embarcação de 40 metros, o C-Star, fretada por ativistas de extrema direita, estava a caminho do Mediterrâneo para lutar contra a imigração ilegal ao longo da costa da Líbia - anunciaram os organizadores da operação nesta terça-feira (11). A operação "Defend Europe" (Defendendo a Europa) é conduzida pela rede europeia Generation Identitaire (GI).

Graças a uma campanha de coleta de fundos lançada em meados de maio na Internet, e apesar de um movimento de oposição que forçou o serviço de pagamento on-line Paypal a congelar sua conta, os ativistas levantaram mais de 87.000 dólares (76.000 euros) com cerca de mil doadores.

Esses recursos foram usados para alugar o C-Star e sua tripulação. O navio partiu de Djibuti na semana passada e deve cruzar na quinta-feira (13) o Canal de Suez. Militantes embarcam em Catânia, na Sicília, na próxima semana, antes de a embarcação alcançar a costa líbia.

O objetivo é "mostrar a verdadeira face das ONGs que se dizem humanitárias, sua colaboração com a máfia dos contrabandistas e as consequências mortais de suas atividades no mar", explica Clement Galant, em um vídeo nas redes sociais. "Durante nossa missão, quando cruzarmos com barcos cheios de imigrantes ilegais, vamos chamar a Guarda Costeira líbia para que eles possam vir resgatá-los", acrescentou.

A expectativa do grupo é que os imigrantes sejam reconduzidos para esse país do norte da África. Para a Guarda Costeira italiana, a Líbia não oferece um "porto seguro" no que diz respeito ao Direito Marítimo e, nesse sentido, seus agentes organizam a transferência - para a Itália - dos migrantes socorridos em tarefas sob sua coordenação.

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