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Mesmo com o governo Bolsonaro tendo recusado a ajuda da Argentina, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que irá receber ajudas humanitárias de países de todo o mundo para auxiliar as cidades da Bahia afetadas e destruídas pelas fortes chuvas. 

"A Argentina ofereceu ajuda humanitária às cidades afetadas pelas chuvas na Bahia, apesar da negativa do Governo Federal. Me dirijo a todos os países do mundo: a Bahia aceitará diretamente, sem precisar passar pela diplomacia brasileira, qualquer tipo de ajuda neste momento", declarou o governador por meio de sua conta no Twitter.

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O petista aponta que "Os baianos e brasileiros que moram aqui no estado precisam de todo tipo de ajuda. Estamos trabalhando muito, incansavelmente, para reconstruir as cidades e as casas destruídas, mas a soma de esforços acelera este processo, portanto é muito bem-vinda qualquer ajuda neste momento".

Entenda

Na noite da quarta-feira (30), o governo da Argentina havia se comprometido a ajudar os baianos desabrigados pelas enchentes no Sul da Bahia, com o envio de  profissionais especializados, mas a ajuda foi recusada pelo governo brasileiro.

O governador Rui Costa (PT) informou que, em um primeiro momento, seriam disponibilizados dez profissionais especializados nas áreas de água e saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres.

De férias em Santa Catarina, o presidente Jair Bolsonaro (PL) justificou que as Forças Armadas, em coordenação com a Defesa Civil, já estavam prestando o tipo de assistência que havia sido oferecida pelo governo argentino ao Brasil.

"Por essa razão, a avaliação foi de que a ajuda argentina não seria necessária naquele momento, mas poderá ser acionada oportunamente, em caso de agravamento das  condições", salientou.

Bolsonaro complementa que "o Governo Brasileiro está aberto a ajuda e doações internacionais. Ontem, o Itamaraty aceitou doações da Agência de Cooperação do Japão (JICA): são barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água, que chegarão à Bahia por via aérea e/ou serão adquiridos no mercado brasileiro", pontuou.

A rede McDonald's do Japão se viu obrigada a racionar um de seus produtos mais procurados, as batatas fritas, após a queda na importação do tubérculo pelas inundações no Canadá e o impacto da Covid-19.

O McDonald's Japão informou que venderá apenas a porção pequena das batatas fritas durante uma semana, a partir de sexta-feira (24), para evitar a escassez.

"Devido às grandes inundações perto do porto de Vancouver (...) e dos problemas na cadeia de abastecimento provocados pela pandemia do coronavírus há atrasos no fornecimento de batatas", afirmou a empresa em um comunicado.

A empresa informou que adotou medidas para garantir que os clientes ainda possam comprar batatas fritas, apesar das dificuldades para um "abastecimento estável do produto".

Ao mesmo tempo, a escassez de semicondutores provocada pela pandemia continua afetando as grandes montadoras como a japonesa Toyota, que anunciou cortes na produção devido à crise.

O número de mortos pelas inundações mais graves em vários anos na Malásia subiu para 27 nesta quarta-feira (22), enquanto as operações de limpeza prosseguem e os moradores verificam os danos provocados pela tragédia.

As chuvas torrenciais provocaram cheias dos rios no fim de semana e inundações em várias cidades, com rodovias bloqueadas e milhares de pessoas desabrigadas.

Selangor - estado mais populoso e rico da Malásia ao redor da capital Kuala Lumpur - foi uma das áreas mais afetadas.

As águas começaram a baixar lentamente e as autoridades anunciaram que os reparos em uma comporta que controla o fluxo de água de um rio próximo à capital do estado, Shah Alam, deve acelerar o processo.

O balanço de mortos subiu para 27, com 20 vítimas fatais em Selangor e sete no estado de Pahang (leste), segundo a agência estatal de notícias Bernama.

O balanço pode aumentar devido aos relatos de pessoas desaparecidas.

Quase 71.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas pelas inundações, principalmente em Pahang e Selangor, de acordo com um balanço revisado.

O país asiático sofre com inundações todos os anos, mas as do fim de semana passado foram as piores desde 2014, quando 100.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.

As Forças Armadas da Malásia utilizaram barcos nesta terça-feira (21) para distribuir alimentos às pessoas bloqueadas em suas casas após as inundações que deixaram 14 mortos e 70.000 desabrigados no país.

As fortes chuvas do fim de semana provocaram as piores inundações em vários anos no país.

O balanço de mortos subiu para 14: oito pessoas em Selangor, o estado mais populoso do país, e seis no estado de Pahang (leste), informou a agência oficial Bernama.

O número pode aumentar devido aos relatos de pessoas desaparecidas.

Mais de 71.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas em consequência das inundações, principalmente em Pahang e Selangor. Os desabrigados foram levados para refúgios governamentais.

As autoridades temem um aumento dos contágios de covid-19 pela aglomeração de pessoas nos abrigos.

Mais de 50.000 pessoas ficaram desabrigadas na Malásia e pelo menos sete morreram após as maiores inundações registradas em vários anos no país do sudeste asiático, informaram as autoridades nesta segunda-feira (20).

As chuvas torrenciais do fim de semana provocaram inundações em várias cidades, bloquearam vias importantes de tráfego e deixaram os passageiros retidos em seus veículos durante várias horas.

Os desabrigados superavam 51.000 nesta segunda-feira, de acordo com um balanço oficial, sendo 32.000 no estado de Pahang, na região leste da Malásia.

O estado mais rico e populoso, Selangor, onde fica a capital Kuala Lumpur, também foi afetado, mas com menos consequências que outras regiões.

Sete pessoas morreram, informou o jornal The Star, mas o número de vítimas pode aumentar.

O primeiro-ministro Ismail Sabri Yakob afirmou que o estado de Selangor registrou em apenas um dia o equivalente a um mês de chuvas.

Oito pessoas morreram nesta sexta-feira (17) em inundações causadas por chuvas torrenciais nos subúrbios de Erbil, no Curdistão, no norte do Iraque - disse o governador da província, Omid Khoshnaw, à AFP.

"As inundações começaram às 4h e deixaram oito mortos, entre eles mulheres e crianças", essencialmente em bairros populares situados ao leste da cidade de Erbil (capital da província homônima), afirmou o governador, mencionando "importantes danos materiais".

Quatro membros da equipe de Defesa Civil ficaram feridos, quando seu carro foi levado pela correnteza, acrescentou.

Um porta-voz da Defesa Civil de Erbil, Sarkawt Karach, disse à AFP que, "das oito pessoas que morreram, uma foi atingida por um raio, e as outras se afogaram em suas casas".

Ele informou ainda que "buscas por pessoas desaparecidas estão em curso", ressaltando que o número de mortos pode ser maior.

Nos arredores de Erbil, um repórter da AFP viu torrentes de água lamacenta correndo pelas estradas. Várias famílias tiveram que deixar suas casas.

Ao longo de algumas estradas, ônibus, caminhões e caminhões-tanque foram arrastados pela água.

O governador da província de Erbil pediu aos moradores que fiquem em casa, salvo em caso de necessidade. Segundo ele, novas chuvas estão previstas.

"As forças de segurança e a polícia estão em estado de alerta, assim como as equipes médicas e de Defesa civil e os municípios da região", explicou.

As chuvas torrenciais que caíram esta semana no interior da Austrália deixaram uma família isolada em pleno deserto, e as autoridades advertiram que o resgate pode levar dias.

A família, composta por dois adultos e duas crianças, viajava pelo remoto deserto de Simpson, no centro da Austrália, quando seu motorhome ficou atolado na sexta-feira (12).

Respondendo a uma sinalização de emergência, a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA, na sigla em inglês) teve que lançar do ar um telefone por satélite para poder se comunicar com a família devido às inundações e ao isolamento da região, que fica 150 quilômetros ao noroeste da pequena cidade de Oodnadatta.

"A AMSA fez contato com as pessoas dentro do motorhome por volta de 14h30 locais [de sexta-feira] e confirmou que não havia feridos e que eles tinham os mantimentos necessários", indicou um porta-voz em comunicado.

A polícia explicou ao canal australiano ABC que, apesar de as condições do tempo estarem melhorando, a cheia dos rios implicaria que a família poderia ficar presa no local até pelo menos a próxima segunda-feira (15).

"Na medida em que o clima melhore, avaliaremos como e quando vamos resgatar a família e o veículo", informou a polícia.

A cidade desértica de Alice Springs registrou no início desta semana a maior quantidade de chuva em um único dia desde 2001, o que transformou o rio Todd, que é intermitente e permanece seco a maior parte do tempo, em uma torrente.

As precipitações também provocaram inundações e alertas em grandes áreas do sul e do leste do país.

Nos últimos anos, a Austrália tem sofrido períodos de seca, incêndios florestais e inundações cada vez mais extremas, provocadas pela mudança climática.

Neung saboreia um porco assado em um restaurante inundado, às margens do Chao Praya, o majestoso rio de Bangcoc que transbordou, após chuvas torrenciais.

Um barco passa. Neung sobe em um banquinho para evitar a onda e volta a se sentar quando o perigo passa.

Titiporn Jutimanon, dono do Chaopraya Antique Café, no norte da capital tailandesa, achava que seu pequeno estabelecimento - duramente atingido pela crise econômica ligada à pandemia da Covid-19 - não resistiria às grandes inundações que afetam a Tailândia neste período de chuvas.

Pois do limão ele fez uma limonada.

Agora, é necessário reservar com antecedência para compartilhar esta experiência culinária improvável.

Titiporn postou no Facebook um vídeo de seus clientes comendo na varanda inundada e que, rindo, sobem nas mesas e cadeiras, para evitar as ondas causadas pelas várias embarcações que navegam pelo Chao Praya.

O vídeo se tornou viral, e "o conceito se espalhou, rapidamente, graças ao boca a boca", conta o dono do estabelecimento à AFP.

"Eu fico aliviado. Se eu tivesse sido obrigado a parar de trabalhar de novo, teria fechado", explica, acrescentando que administrar um restaurante parcialmente inundado não é fácil.

"É preciso abrir caminho até as mesas e, no final do dia, limpar toda lama que se acumula no interior", relata Titiporn.

"O proprietário conseguiu transformar essas limitações em uma oportunidade. A gente tem que apoiar", defende Neung, antes de voltar para seu banquinho.

A tempestade tropical Dianmu causou inundações em cerca de 30 províncias tailandesas, afetando mais de 300.000 casas e deixando nove vítimas. Mais tempestades são esperadas no país asiático na próxima semana.

Cerca de 50.000 restaurantes de Bangcoc tiveram de fechar suas portas, de forma definitiva, devido à crise provocada pelo coronavírus e por suas inúmeras restrições de viagens, conforme a Associação Tailandesa de Restaurantes.

Desde setembro, os estabelecimentos que sobreviveram à crise estão, de novo, autorizados a atender seus clientes no local.

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As autoridades tailandesas lutavam nesta terça-feira (28) para proteger partes de Bangcoc de uma inundação que deixou seis mortos e 70.000 casas inundadas no norte e no centro do país.

A tempestade tropical Dianmu causou inundações em 30 províncias do país, especialmente no centro, informou o Departamento de Prevenção e Mitigação de Desastres da Tailândia.

O nível do rio Chao Phraya, que atravessa Bangcoc, subiu lentamente, à medida que as autoridades liberavam água das represas localizadas rio acima.

Nesta terça, o Exército ergueu barreiras e colocou sacos de areia para proteger bairros e ruínas arqueológicas na antiga capital real de Autthaya, a 60 km ao norte de Bangcoc.

As autoridades querem evitar que se repita o trágico quadro de 2011, quando as águas inundaram um quinto da capital, matando cerca de 500 pessoas. Foram as piores enchentes pelas monções em décadas.

A administração metropolitana de Bangcoc disse que está monitorando o nível do Chao Phraya e preparou bombas d'água e sacos de areia, se necessário.

"Alertaremos as pessoas, se houver sinais de aumento no nível da água e se houver risco de inundações relâmpago", garantiu o prefeito de Bangcoc, Aswin Kwanmuang.

Funcionários da prefeitura começaram a empilhar sacos de areia em frente a bancos e lojas perto de um canal no bairro residencial e comercial de Thonglor.

Conhecida como a "Veneza do Oriente", a capital tailandesa foi construída sobre um antigo pântano e está 1,5 metro acima do nível do mar.

No passado, as áreas agrícolas absorviam a água das inundações. Com a expansão da cidade, porém, muitas destas áreas foram urbanizadas.

No fim de semana, equipes de socorristas fizeram resgates espetaculares, retirando pessoas isoladas em telhados em algumas partes da província de Chaiyaphum (nordeste).

O furacão Nicholas tocou o solo no estado americano do Texas na madrugada de terça-feira (14) e ameaça provocar chuvas perigosas e inundações, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC).

Nicholas, que ganhou força de furacão de categoria 1, tem ventos de 120 km/hora, com rajadas mais fortes, e deve provocar até 45 cm de chuva na área de Houston, de acordo com o serviço de meteorologia.

"Nicholas toca o solo ao longo da costa do Texas", informou o NHC no boletim mais recente, divulgado Às 5h30 GMT (2H30 de Brasília).

Nicholas "está trazendo chuvas fortes, ventos intensos e tempestades ciclônicas para áreas da costa central e norte do Texas", indicou o NHC no boletim anterior.

"As chuvas podem produzir inundações repentinas consideráveis", completou.

Pouco antes de tocar o solo, o olho do furacão estava 30 km ao sudeste de Matagorda, no Golfo do México. A localidade fica a poucos quilômetros de Houston, a maior cidade do Texas.

De acordo com a trajetória prevista, o olho do furacão Nicholas "deve se deslocar sobre o extremo sudeste do Texas na terça-feira e nas primeiras horas de quarta-feira, e passar pelo sudoeste da Louisiana mais tarde na quarta-feira".

O NHC também emitiu uma advertência de tempestade ciclônica para grande parte da costa do Golfo, o que significa que "há um perigo de inundação fatal pelo aumento do nível da água que se desloca para o interior da costa".

"Esta é uma situação que ameaça a vida", destacou o Centro, ao pedir às pessoas da região que "adotem todas as medidas necessárias para proteger a vida e a propriedade das inundações e de outras possíveis condições perigosas".

Sylvester Turner, prefeito de Houston - cidade muito afetada pelo furacão Harvey em 2017 - disse que o governo está em alerta máximo.

As autoridades instalaram barricadas, ativaram um centro de gestão de emergências em Houston e pediram precaução aos moradores.

A iminente chegada da tempestade provocou o cancelamento de muitos voos nos aeroportos da região de Houston. O canal de navegação do porto da cidade também foi fechado.

As escolas suspenderam as aulas na segunda-feira à tarde em toda a região afetada pela tempestade e permanecerão fechadas nesta terça-feira.

O governador do Texas, Greg Abbott, pediu aos habitantes do estado que respeitem as diretrizes das autoridades locais.

"Corresponde a todos os texanos que estão na trajetória desta tempestade tomar precauções, seguir as instruções das autoridades e permanecer atentos", afirmou em um comunicado.

A chanceler Angela Merkel retorna nesta sexta-feira (3) às regiões alemãs atingidas pelas inundações devastadoras de julho, com a missão de restaurar a confiança em seu partido, a poucas semanas das eleições legislativas.

A líder alemã visitará a cidade de Altenahr, na região da Renânia-Palatinado, que foi devastada pela chuva e registrou muitas vítimas.

No domingo (5), seguirá para a região vizinha da Renânia do Norte-Vestfália, a maior da Alemanha, acompanhada do líder regional e candidato de seu partido conservador para as eleições de 26 de setembro, Armin Laschet.

A chanceler já esteve nessas áreas nos dias que se seguiram à catástrofe de 14 e 15 de julho, que deixou mais de 180 mortos.

Na ocasião, Armin Laschet era favorito para substituir a chanceler, que deixará o cargo após 16 anos no poder.

Agora, o quadro é outro. Os conservadores caíram de 34% para 21% nas intenções de voto e são superados em dois pontos pelos sociais-democratas do SPD, liderados pelo ministro das Finanças, Olaf Scholz, segundo levantamento do instituto Forsa.

Embora Merkel ainda desfrute de popularidade recorde, as perspectivas para Laschet são sombrias.

E, nas cidades devastadas pelas enchentes, o choque inicial deu lugar a imensas expectativas e frustrações, diante da falta de meios do poder público.

Mantendo-se longe da campanha eleitoral até agora, Merkel decidiu se envolver na reta final, colocando sua popularidade a serviço do novo líder conservador. Laschet é criticado, inclusive, em suas próprias fileiras.

Em 21 de agosto, Merkel já havia participado de um comício eleitoral de seu correligionário em Berlim, dando-lhe um firme apoio e elogiando seus valores e sua carreira política.

Nesta semana, a chanceler atacou o candidato social-democrata, seu próprio ministro das Finanças, acusando-o de flertar com a esquerda radical.

- Irritação entre os afetados -

Sua visita no domingo com Laschet é apresentada como um novo teste para este último, que cometeu uma enorme gafe em julho.

Poucos dias após a catástrofe, ele foi pego pelas câmeras rindo, durante um discurso do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, em homenagem às vítimas das enchentes.

O conservador também foi tomado como alvo da indignação dos atingidos pelas inundações, que reclamam da lentidão do auxílio. Um deles o acusou de "mega-inútil" que vai pagar "a conta nas eleições".

Além disso, ele e Merkel enfrentam acusações de negligência e de falta de previsão e antecipação de medidas, por parte das autoridades, o que levou à abertura de uma investigação judicial em agosto.

Nos municípios afetados, a irritação é palpável.

"Esperamos que o dinheiro chegue sem burocracia. Foi o que Laschet prometeu quando veio gritar 'slogans' idiotas, mas nada disso aconteceu", criticou Christine Jahn, de 66 anos, em entrevista à AFP.

Esta moradora de Leipzig (leste) faz parte do grupo de voluntários procedentes de todo país para ajudar as regiões afetadas do oeste.

Além de centenas de milhões de euros em ajuda, o governo e as regiões afetadas elaboraram um plano de reconstrução de 30 bilhões de euros (US$ 35,6 bilhões).

As dramáticas inundações, as quais os especialistas associam às mudanças climáticas, aumentaram ainda mais a consciência ambiental entre os alemães, mas não beneficiaram o Partido Verde.

A sigla, que vinha liderando a disputa eleitoral meses atrás, está em dificuldades e aparece na segunda, ou terceira, posição, dependendo da pesquisa.

Ao menos oito pessoas morreram em Nova York nas inundações súbitas de quarta-feira (1°) à noite, após as chuvas torrenciais provocadas pela tempestade Ida, que gerou cenas de caos na região nordeste dos Estados Unidos.

Com as oite mortes registradas em Nova York, confirmadas à AFP por fontes policiais, sobre para pelo menos 15 o total de vítimas fatais desde que Ida tocou o solo, no domingo (29), na Louisiana (sul) como furacão de categoria 4.

As ruas se transformaram em rios em algumas partes da capital comercial e cultural dos Estados Unidos.

As estações de metrô também ficaram inundadas e o serviço foi interrompido, segundo a Autoridade Metropolitana de Transporte, que administra o sistema de transporte público de Nova York.

O Serviço Meteorológico dos Estados Unidos (NWS) registrou um recorde histórico de 80 mm de chuva em uma hora no Central Park.

Durante a noite, a nova governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul, declarou "estado de emergência" após as "importantes" inundações em todos os condados limítrofes com a cidade de Nova York, que poderiam afetar quase 20 milhões de pessoas.

Bill de Blasio, o prefeito da cidade de Nova York, citou um "acontecimento meteorológico histórico" e também declarou "estado de emergência".

Centenas de voos foram cancelados nos aeroporto da região de NY, Newark, LaGuardia e JFK. Um vídeo mostra um terminal de Newark inundado.

O NWS afirmou que este é o primeiro estado de emergência por inundações repentinas que se declara na história da megalópoles, afetada em outubro de 2012 pelo furacão Sandy.

A chuva começou a cair às 21H30 locais. Ruas do Brooklyn e Queens ficaram inundadas, o que impossibilitou o tráfego.

"Não dirija pelas ruas inundadas. Não sabemos a profundidade e é muito perigoso. Retorne", pediu o serviço meteorológico.

As fortes chuvas e os ventos também afetaram o condado de Westchester, ao norte de Nova York, e muitos porões de casas foram inundados em questão de minutos.

O governador de Nova Jersey, Phil Murphy, também declarou estado de emergência devido às chuvas torrenciais que deixaram um morto no estado.

Além de Nova York e sua região, um alerta de tornado foi emitido para a Filadélfia.

"Procurem refúgio AGORA. Destroços que voam serão perigosos para aqueles surpreendidos sem abrigo. Procure um andar inferior e permaneçam longe das janelas", escreveu no Twitter o comitê de informações sobre emergências da cidade de Nova York.

- Cena surreal -

A tempestade provocou uma cena surreal em Flushing Meadows, onde a chuva atingiu uma quadra coberta e interrompeu uma partida da segunda rodada do Aberto de Tênis dos Estados Unidos entre o sul-africano Kevin Anderson e o argentino Diego Schwartzman.

A água entrou pelos quatro cantos do teto retrátil, instalado em 2018 especificamente para permitir que os jogos fossem disputados apesar da chuva.

Ida deve prosseguir o deslocamento nesta quinta-feira para o norte, na direção da Nova Inglaterra.

"O ciclone pós-tropical Ida provoca fortes chuvas e inundações repentinas potencialmente mortais ao longo e perto de sua trajetória", afirmou o Centro Nacional de Furacões.

O presidente Joe Biden viajará na sexta-feira para a Lousiana, onde o furacão Ida tocou o solo no domingo, destruiu vários edifício e deixou mais de um milhão de residências sem energia elétrica.

Os furacões são um fenômeno recorrente no sul dos Estados Unidos, mas o aquecimento da superfície do oceano está deixando as tempestades mais potentes, alertam os cientistas.

Os fenômenos representam um risco cada vez maior sobretudo para as comunidades costeiras afetadas pelo aumento do nível do mar.

As inundações que afetaram o estado do Tennessee, no sul dos Estados Unidos, deixaram pelo menos 21 mortos e dezenas de desaparecidos, informaram fontes do governo local, antes de advertir que o balanço é preliminar.

O estado foi atingido no sábado (21) por tempestades e inundações consideradas "históricas" pelos meteorologistas, com 38 centímetros ou mais de chuva.

Estradas rurais, rodovias estaduais e pontes foram destruídas e milhares de casas ficaram sem energia elétrica.

No condado de Humphreys, a 90 minutos de Nashville, as inundações de sábado representaram um recorde de 24 horas de chuvas no Tennessee, informou o Serviço Meteorológico Nacional.

O governador do estado, Bill Lee, descreveu cenas de "perdas e dor" em Waverly, uma localidade de 4.500 habitantes onde morreram 20 pessoas.

"Nossos corações e nossas orações têm que estar com as pessoas desta comunidade", disse Lee após visitar o local da tragédia.

O chefe de polícia Grant Gillespie informou que a outra morte aconteceu em uma área rural no mesmo condado.

As autoridades também atualizaram o balanço de desaparecidos para 20 pessoas.

"Temos a esperança de que estamos chegando ao final desta lista", disse Gillespie.

Os funcionários da administração de Waverly compararam a tempestade a um furacão ou tornado e afirmaram que a água subiu tão rápido que algumas pessoas não tiveram tempo de abandonar suas casas.

As operações de emergência prosseguiram no domingo. Funcionários seguiram de casa em casa para buscar vítimas ou pessoas que precisavam de ajuda.

O Departamento de Segurança Pública de Waverly publicou em sua página no Facebook uma lista de nomes de pessoas desaparecidas e pediu a ajuda dos moradores para localizar todas.

"Temos várias pessoas reportadas apenas como o primeiro nome, ao lado de várias crianças desaparecidas", afirma o comunicado, que pede aos moradores que informem as autoridades se alguém da lista foi encontrado e está a salvo.

Em Washington, o presidente Joe Biden expressou "o mais sincero pêsame pela repentina e trágica perda de vidas" no Tennessee.

"Pedi ao administrador da FEMA (Agência Federal de Gestão de Emergências) que converse com o governador (Bill) Lee do Tennessee de maneira imediata e ofereça a ajuda necessária", disse Biden.

O xerife do condado de Humphreys, Chris Davis, disse a um canal de televisão local que duas crianças pequenas estavam entre os mortos.

Davis disse ainda que perdeu um amigo nas inundações. "Foram procurar um dos meus melhores amigos e o encontraram. Ele se afogou", disse.

"É difícil, mas vamos seguir adiante". Entre os desaparecidos estão pelo menos seis crianças, afirmou Davis.

As autoridades anunciaram um toque de recolher noturno, enquanto prosseguem os esforços para encontrar os desaparecidos.

As inundações que afetaram na semana passada a região norte da Turquia deixaram 70 mortos, de acordo com o balanço atualizado divulgado pelas autoridades, que continuam procurando dezenas de pessoas desaparecidas

A Agência para a Gestão de Desastres Naturais (AFAD) informou que 47 pessoas continuam desaparecidas após as inundações, provocadas por chuvas torrenciais, em regiões próximas ao Mar Negro.

Nesta segunda-feira, na cidade de Bozkurt, as máquinas retiravam árvores, placas de sinalização e outros objetos arrastados pelas águas.

As inundações, as mais letais na Turquia nas últimas décadas, aconteceram no momento em que o país se recuperava dos grandes incêndios que deixaram oito mortos e destruíram as zonas turísticas da região sul.

Muitas autoridades políticas e associações pediram ao governo turco a adoção de medidas radicais para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, pois atribuem os desastres à mudança climática.

A Turquia é um dos poucos países que não adotou o acordo do clima de Paris de 2015.

O número de mortos nas enchentes no norte da Turquia subiu para 27 nesta sexta-feira (13) - informaram as autoridades locais.

Uma pessoa continua desaparecida, segundo as mesmas fontes.

A imprensa turca noticiou nesta sexta que o presidente Recep Tayyip Erdogan visitará hoje uma das regiões mais afetadas para mostrar sua solidariedade para com as vítimas e avaliar os danos.

Essas inundações ocorreram após violentos incêndios no final de julho e início de agosto no sul do país, que deixaram oito mortos.

Várias lideranças políticas e associações pediram ao governo turco que tome medidas radicais para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, já que atribuem estes desastres à mudança climática.

A Turquia não ratificou o Acordo de Paris sobre o Clima de 2015, que estabeleceu metas a serem atingidas para se conter o aquecimento global.

Como consequência das fortes chuvas, o nível da água subiu até quatro metros em algumas localidades, e as ruas das cidades se viram tomadas de escombros, lama e carros revirados.

Adem Senol, de 75 anos, conta como a água cercou sua casa na província de Bartin em apenas poucos minutos.

"Nunca vi uma coisas dessas na minha vida", disse este aposentado à agência de notícias pública Anadolu.

"A água subiu mais alto do que as nossas janelas, levou a porta e derrubou até o muro do jardim", acrescentou Senol.

Por causa das inundações, os serviços de emergência tiveram que evacuar 45 pacientes de um hospital da região costeira de Sinop.

Os moradores se viram obrigados a buscar abrigo no telhado das casas, e vários foram retirados de helicóptero, como mostram imagens veiculadas pelas emissoras de televisão e nas redes sociais.

Várias pontes rodoviárias desabaram, após deslizamentos de terra.

Abalados, alguns sobreviventes começaram a manifestar sua indignação com as autoridades locais, acusando-as de não terem reagido na velocidade necessária para socorrer os moradores.

"Eles nos disseram apenas para salvar nossos veículos, porque o rio corria o risco de transbordar. Não nos disseram para salvar nossas vidas, nem a dos nossos filhos", criticou Arzu Yücel, cujas duas filhas gêmeas estão desaparecidas desde o desabamento do prédio onde moravam.

"Se tivessem nos alertado, teríamos saído em menos de cinco minutos (...) Não nos pediram para deixar o local", lamenta a moradora, citada pela agência de notícias DHA.

O saldo das inundações de 20 de julho no centro da China foi revisado para cima nesta segunda-feira (2) pelas autoridades, chegando a 302 mortos e 50 desaparecidos.

É o pior saldo causado por enchentes no país desde um deslizamento de terra na cidade de Zhouqu, na província de Gansu (noroeste), que deixou mais de 1.800 mortos e desaparecidos em agosto de 2010.

Quase duas semanas depois do dilúvio que atingiu a província de Henan, as autoridades locais atualizaram o balanço da tragédia, que passou de 99 vítimas fatais para 302 óbitos.

Em 20 de julho, as chuvas em Zhengzhou, a capital desta província densamente povoada, inundaram o túnel do metrô e deixaram 500 passageiros presos. Destes, 14 morreram.

A prefeita de Zhengzhou, Hou Hong, disse à imprensa nesta segunda-feira que 39 pessoas perderam a vida em estacionamentos subterrâneos, e seis, em um túnel, sem dar mais detalhes.

Dezenas de carros foram arrastados pela água dentro de um túnel rodoviário, deixando uma grande pilha de veículos amontoados em uma das saídas.

Em apenas três dias, Zhengzhou recebeu o volume pluviométrico equivalente a quase um ano. Trata-se de um recorde em seis décadas de registros meteorológicos, o que aumenta a preocupação com o impacto da mudança climática.

A prefeita avaliou os danos em sua cidade em 53,2 bilhões de iuanes (8,2 bilhões de dólares).

- Homenagem e polêmica -

As autoridades locais foram criticadas por não terem ordenado o fechamento dos transportes públicos, apesar das advertências meteorológicas.

A esposa de uma das vítimas apresentou uma denúncia contra o operador da rede do metrô por negligência, informou a mídia local Jimu News na semana passada.

As autoridades tentaram encerrar qualquer polêmica.

Na semana passada, vários habitantes depositaram ramos de flores, ou mensagens manuscritas, em memória das vítimas nas escadas da estação de metrô de Shakoulu, particularmente afetada pela catástrofe.

Paredes móveis de plástico amarelo foram instaladas ao redor desta área, causando certa comoção nas redes sociais. Acabaram sendo retiradas posteriormente.

Enviados para cobrirem as inundações e a decorrente tragédia, vários repórteres estrangeiros foram atacados por moradores, que os acusaram de querer apresentar uma imagem negativa da China.

Uma equipe da AFP foi cercada por cerca de 20 pessoas, que exigiam que as fotos tiradas fossem apagadas.

Ao ser questionado na quinta-feira passada (29) sobre estas ocorrências, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian, justificou indiretamente esses comportamentos. Atribuiu-os à "indignação do povo chinês" com as "informações falsas" que "alguns veículos da mídia ocidental" divulgam regularmente.

O número de mortos nas enchentes na província chinesa de Henan (centro) aumentou para 71 pessoas nesta terça-feira (27), enquanto novas precipitações são esperadas nas cidades que ainda se recuperam das últimas chuvas.

As chuvas torrenciais fizeram a cidade de Zhengzhou registrar, em apenas três dias, a quantidade de precipitação esperada para um ano inteiro. Vagões do metrô foram inundados, surpreendendo quase 500 passageiros na hora do rush na última terça-feira (20).

As imagens dos passageiros desesperados e com água na altura dos ombros se tornaram virais nas redes sociais chinesas.

O governo municipal anunciou nesta terça-feira os nomes das vítimas mortas no metrô, em um raro esforço de transparência depois que as pessoas começaram a deixar flores na entrada da estação.

"As chuvas extremas causaram forte infiltração de água em seções da linha 5 do metrô, e os muros de contenção que protegem as linhas do metrô sucumbiram", explicou a prefeitura em um comunicado.

Os guardas do metrô chegaram a bloquear temporariamente o acesso ao tributo de flores, mas um grupo de pessoas removeu as cercas amarelas que isolavam o local na noite de segunda-feira (26), de acordo com um vídeo publicado pelo jornal estatal West China Metropolis Daily.

Uma das vítimas, identificada na lista oficial pelo sobrenome Sha, estava prestes a completar 34 anos.

"Quem teria pensado que você estava a uma parada de casa, mas que nunca mais voltaria", escreveu sua esposa na rede Weibo, o Twitter chinês.

A mulher, que não quis revelar seu nome, disse à Jimu News que denunciará a operadora do metrô por negligência.

Os jornalistas estrangeiros que cobriam as enchentes começaram a ser perseguidos nas redes sociais e no terreno, à medida que a sensibilidade a um retrato negativo da China aumentava.

Os repórteres da AFP tiveram de deletar imagens da tragédia, depois de serem cercados por dezenas de residentes hostis enquanto cobriam um túnel submerso em Zhengzhou.

As chuvas começaram em 17 de julho e afetaram quase 13 milhões de pessoas. Danificaram cerca de 9.000 casas e causaram pelo menos US$ 2 bilhões em prejuízos a Henan.

Os meteorologistas esperam fortes chuvas nesta terça, durante a passagem do tufão In Fa pela área.

Cidades que ainda tentam se recuperar das últimas enchentes, como Xinxiang, Hebi e Anyang, podem sofrer as maiores chuvas entre terça e quinta-feira, de acordo com o Observatório Meteorológico de Henan.

As inundações no oeste da Alemanha provocaram pelo menos 165 mortes, de acordo com um balanço atualizado divulgado nesta segunda-feira (19), que também cita vários desaparecidos.

Na região de Renânia-Palatinado, a mais afetada pela tragédia, o número de mortos subiu para 117, contra 112 registrados anteriormente, e há 749 feridos, informou à AFP Verena Scheuer, porta-voz da polícia de Koblenz.

Na Renânia do Norte-Westfalia, o balanço divulgado no domingo informou "pelo menos" 47 mortes.

Na região da Baviera, sul do país, onde foram registradas grandes inundações no fim de semana, registrou uma morte.

O ministro do Interior, Horst Seehofer, visitará nesta segunda-feira as zonas afetadas, em particular Bad Neuenahr-Ahrweiler, um dos vales arrasados pelas inundações.

O balanço fatal das inundações deixou o ministro Seehofer no centro de uma polêmica sobre uma eventual falha dos sistemas de alerta à população.

A Alemanha está em choque com o maior desastre natural na história recente do país.

No domingo, a chanceler Angela Merkel visitou a localidade de Schuld, perto de Bonn, onde a cheia do rio Ahr provocou a destruição de parte do centro histórico.

"O idioma alemão tem problemas para encontrar as palavras para descrever a devastação provocada", disse Merkel, que descreveu uma situação "surreal" e prometeu a ajuda do Estado federal.

A partir de quarta-feira, o governo entregará ajudas de emergência de pelo menos 300 milhões de euros (quase 350 milhões de dólares), antes de elaborar um vasto programa de reconstrução de bilhões de euros.

Cientistas e analistas políticos afirmaram que o desastre era uma consequência do aquecimento global.

Merkel pediu no domingo um "grande esforço" para acelerar as políticas de luta contra a mudança climática.

O lixo doméstico e hospitalar que atingiu as praias do Rio Grande do Norte e da Paraíba nos últimos dias pode ter sido levado para o mar pelas inundações que atingiram a área urbana de Recife, a capital de Pernambuco, na segunda semana de abril. De acordo com o presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), Welison Silva, que é também secretário do Meio Ambiente de João Pessoa, materiais com identificação de procedência no lixo, como uma mochila escolar, santinhos de um candidato a vereador e restos de correspondência com endereço de Recife, reforçam a hipótese.

Entre os dias 9 e 14, a capital pernambucana registrou chuva acumulada de 343 milímetros de chuva, mais que a média prevista para o mês, de 326 mm, segundo a Agência Pernambucana de Água e Clima. Foi o maior índice de chuvas do Estado, e a cidade sofreu fortes inundações. Houve alagamentos e queda de barreiras em toda a região metropolitana. No bairro Cohab, na zona sul da capital, um homem foi levado pela correnteza - o corpo foi encontrado no último domingo, 25.

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Conforme Silva, não houve outro evento que possa explicar a chegada de aproximadamente 40 toneladas de lixo nas praias do litoral. "Fizemos inspeções aéreas e marítimas, incluindo a foz de rios, e nada foi encontrado que pudesse indicar a origem dos resíduos em território paraibano", disse. Ele acredita que os alagamentos podem ter carregado lixo urbano da região metropolitana de Recife para o mar e as correntes marítimas teriam levado o material flutuante para pontos mais distantes da costa. As marés e as ondas empurraram o lixo para as praias.

O material recolhido inclui objetos de uso pessoal e doméstico, como chupetas, fraldas, chinelos, vasilhas e garrafas plásticas, além de lixo hospitalar, incluindo seringas descartadas, tubos para coleta de sangue e embalagens de medicamentos. Os resíduos foram recolhidos nas praias do Bessa, Manaíra e Tambaú, em João Pessoa, e nas orlas de Lucena, Conde e Cabedelo. Também foi encontrado lixo nas praias do Rio Grande do Norte, próximas da divisa entre os dois Estados. Praias badaladas de Tibau do Sul, como a da Pipa, ficaram cobertas por resíduos.

Conforme o secretário, já houve contato com órgãos ambientais e da prefeitura de Recife para análise conjunta das amostras colhidas nas praias. Praticamente todo o lixo já foi recolhido por equipes das prefeituras e voluntários. Relatórios sobre a poluição serão encaminhados aos ministérios públicos estadual e federal.

A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) da Paraíba informou que técnicos vistoriaram as praias e trabalham para identificar a origem dos resíduos. Segundo a agência ambiental, em relação aos banhistas, a balneabilidade das praias não foi afetada. Conforme a Superintendência do Ibama no Estado, o instituto pediu relatórios aos municípios sobre as ocorrências.

A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco informou que está em contato com os órgãos ambientais do Rio Grande do Norte e da Paraíba para auxiliar na identificação da origem do lixo. A pasta pediu amostras do material recolhido nas praias para análise.

Sobre as chuvas em Recife, a Secretaria de Infraestrutura da capital informou que, desde o início do ano, investiu mais de R$ 90 milhões em ações para prevenção e monitoramento das áreas de risco, além de limpeza de canais e eliminação de pontos de alagamento. No total, foram retiradas 3,7 mil toneladas de resíduos de 50 canais e 168 vias públicas, galerias e canaletas para prevenir enchentes.

Ao menos 44 pessoas morreram neste domingo (4) em inundações e deslizamentos de terra na ilha indonésia de Flores, no leste do país, segundo as autoridades, que temem que o número de vítimas seja ainda maior.

"Há 44 pessoas mortas e nove feridas" na região leste de Flores e "muitas (...) continuam debaixo da lama", disse à AFP o porta-voz da agência de gestão de desastres, Raditya Jati.

Horas antes, a agência registrou 23 mortos, nove feridos e dois desaparecidos.

As chuvas torrenciais provocaram inundações em vários distritos da Ilha de Flores, onde a maioria da população é católica, por volta da 1h (14h de sábado, hora de Brasília), horas antes do início das celebrações da Semana Santa.

Dezenas de casas foram cobertas pela lama, enquanto pontes e estradas foram destruídas na parte leste da ilha.

A única via de acesso agora é pelo mar, a partir da ilha de Adonara, "mas as chuvas e a forte maré tornam impossível a travessia", disse Jati à AFP.

Espera-se que as condições meteorológicas extremas continuem durante toda a semana na região.

Além disso, as inundações causadas pelas fortes chuvas afetaram neste domingo a cidade de Bima, na província vizinha das ilhas da Sonda ocidentais (West Nusa Tenggara), e causaram a morte de duas pessoas, segundo a agência.

Represas transbordaram e submergiram quase 10.000 casas em Bima, após nove horas de chuvas, disse Jati.

Os deslizamentos de terra e as inundações repentinas são habituais no arquipélago indonésio, especialmente durante a temporada de chuvas. Mas ambientalistas apontam o desmatamento como um fator que favorece estres desastres.

Em janeiro, 40 indonésios morreram em inundações que afetaram a cidade de Sumedang, no oeste de Java.

A agência nacional de gestão de catástrofes calcula que 125 milhões de indonésios, aproximadamente a metade da população do arquipélago, vivem em áreas de risco de deslizamentos.

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