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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (10) abertura de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres.

De acordo com a procuradoria, a investigação pretende apurar a conduta dos envolvidos durante os atos terroristas neste domingo (8) contra o Congresso, o Palácio do Planalto e a Suprema Corte.

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O pedido de investigação também foi solicitado contra o ex-comandante da Polícia Militar Fábio Augusto Vieira e o ex-secretário interino da Segurança Pública, Fernando de Sousa Oliveira. O documento foi assinado pela vice-procuradora Lindôra Araújo.

“Uma turba violenta e antidemocrática, insatisfeita com o resultado do pleito eleitoral de 2022, almejando a abolição do Estado Democrático de Direito e a deposição do governo legitimamente constituído, avançou contra a sede dos Três Poderes da República, exigindo célere e enérgica resposta estatal”, escreveu a procuradora.   

Citando informações divulgadas pela imprensa, Lindôra disse que autoridades da segurança pública do DF tinham conhecimento da chegada dos manifestantes ao Setor Militar Urbano (SMU), onde está localizado o quartel do Exército, no sábado (7), e permitiu que policiais os escoltassem até a Esplanada dos Ministérios, que foi liberada para os protestos.

“A ter como verdadeiro o áudio [divulgado pela imprensa] segundo o qual as autoridades de segurança pública do Distrito Federal, com plena ciência de Ibaneis Rocha, não apenas permitiram, como promoveram a escolta policial pacífica, organizada, acompanhada dos criminosos que assacaram contra o Estado Democrático de Direito, estaremos, no mínimo, diante de criminosa omissão do governador do Distrito Federal, que terá anuído e concorrido, de maneira consciente e voluntária, para os gravíssimos crimes verificados em 8 de janeiro de 2023, em Brasília”, argumentou.

Após os atos terroristas, Ibaneis Rocha foi afastado do cargo por decisão do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Em seguida, ele declarou que respeita a decisão do ministro e repudiou os ataques.  Mais cedo, Moraes determinou a prisão de Anderson Torres e do ex-comandante Fábio Augusto Vieira.

A mãe de Beatriz Angélica, menina assassinada dentro de escola em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, classificou a alegação de inocência escrita pelo suspeito de matar a criança como uma "pirotecnia" articulada pelo novo advogado. Marcelo da Silva havia confessado o assassinato, mas após a entrada do advogado Rafael Nunes no caso, ele mudou de versão e disse que foi pressionado a assumir a autoria do crime. 

Em uma live nessa terça-feira (18), Lucinha Mota voltou a defender que Marcelo é o verdadeiro assassino e condenou a atuação de Rafael Nunes. O advogado assumiu a defesa do suspeito após Niedja Mônica da Silva deixar o caso. 

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"Eu quero pedir as pessoas que não sigam esse cara que só tá pedindo holofote. Ele quer mídia [...], não vamos admitir esse tipo de pirotecnia dentro do inquérito de Beatriz, não", disse a mãe da vítima.

Lucinha tem reunião agendada com representantes da OAB-PE nesta quarta-feira (19) para solicitar que a Ordem acompanhe diretamente a atuação do advogado. De acordo com Lucinha, a própria ex-advogada entrou com uma representação contra Nunes.

"Infelizmente existem pessoas que usam esse tipo de situação, usam a dor, a morte e o sofrimento de uma criança para se autopromover em busca de holofotes. Em busca de alguns segundos em rede nacional. Isso é nojento. Me dá repulsa", declarou.

O LeiaJá tentou contato com Rafael Nunes, mas não obteve resposta até o momento desta publicação. Rafael Nunes foi advogado de Jussara Rodrigues e do filho Danilo Paes, acusados de assassinar e ocultar o corpo do cardiologista Denirson Paes da Silva em um condomínio em Aldeia, em Camaragibe, no Grande Recife. Ele também defendeu os policiais militares que jogaram spray de pimenta no rosto da vereadora Liana Cirne (PT) durante a ação truculenta em um protesto pacífico contra o Governo Bolsonaro no Centro do Recife.

 Acompanhada por uma equipe técnica em sua investigação paralela, a mãe teve acesso às provas anexadas ao inquérito, desde o DNA que corresponde ao encontrado na faca utilizada no crime ao depoimento do suspeito. "Eu assisti ao vídeo da confissão do assassino. As pessoas que trabalham comigo e me ajudam já emitiram relatório técnico para a gente preparar nossos advogados quando forem atuar no júri. Todos eles afirmaram que ele é o assassino de Beatriz", sintetizou.

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