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É bem provável, se você gosta de surfe, que já tenha escutado ao menos uma vez o termo “Brazilian Storms”. O nome foi dado pela imprensa americana à nova geração do surfe brasileiro, no ano de 2011, que desde então vem fazendo parte do circuito mundial pela Liga Mundial de Surfe (WSL) e ganhando destaque. O país, que nunca havia vencido um título mundial, conquistou logo quatro nos últimos anos, com Gabriel Medina (2 vezes), Adriano de Souza e Ítalo Ferreira. 

Roberto Pino

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Mas se você pensou que essa história só teriam esses nomes, se enganou. Foi com um filho de Jaboatão dos Gurarapes, Pernambuco, que o Brasil conquistou mais um mundial. Roberto Pino trilhou o caminho do sucesso, mas no surfe adaptado. Único de uma família com quatro irmãos que nasceu com nanismo, ele precisou começar sua carreira disputando com atletas “normais” como ele mesmo conta. Em 2020, Pino foi convocado para o Campeonato Mundial de Surfe Adaptado, torneio organizado pela Associação Internacional de Surfe (ISA), e retornou como “Melhor Surfista Anão do Mundo”. 

Conhecendo o surfe

A reportagem do LeiaJá passou um dia acompanhando a rotina de Roberto. Confira:

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Roberto também falou com carinho do local exato onde começou, no “Hotelzinho” em Piedade. “Foi minha escolinha, hoje tá proibido por causa de tubarão, infelizmente aconteceram várias obras aí no litoral que afetaram nesses ataques. Só de lembrar fica chateado”, lamenta.  

Roberto treina diariamente pensando em voltar a disputar o mundial. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

Na sua casa expõe com orgulho suas conquistas, entre elas as quatro medalhas em mundiais dentre diversas outras. Antes de sair para mais um dia de surfe, pensando no Campeonato Pernambucano, Roberto é o responsável pelo almoço da família e assim que termina ele e seu filho Octávio já iniciam a rotina de sempre separando todo o equipamento. 

O preconceito

"Logo no começo, o pessoal não me conhecia muito, eu senti sim, várias vezes (o preconceito), e ao longo do tempo eu fui mostrando meu surfe, minha capacidade, minha determinação, me superando passando por cima de vários limites o pessoal passou a ter orgulho, achava isso o máximo (...) hoje comigo não tem preconceito no surfe mais comigo, eu tenho em outros lugares, supermercados, lugares públicos", completa.

“Quando eu chegava ninguém me conhecia olhavam meio assim, depois saiam com a cara amarrada putos porque perderam para o anão”, ri.

Assim que chegamos na praia, o respeito por ele é expressado pelos companheiros, todos o cumprimentam. Enquanto captamos imagens dele na água as ondas eram celebradas fora pelos amigos do surfe: "o anão é bom". 

Roberto fala com gratidão de todo esse carinho, reconhece sua representatividade e conta da emoção de carregar o peso de ser o 'Melhor Surfista Anão do Mundo'. 

"É uma honra isso, nunca imaginava que iria acontecer um negócio desse comigo na minha carreira de atleta que só tenho seis anos de competição, mas muito feliz com essa conquista, mais um sonho realizado", completou.

O treinos são quase sempre na companhia do seu filho e da sua filha. Foto. Arthur Souza/ LeiaJáImagens

Roberto e seu filho ficam por horas sno mar. O herdeiro, segundo ele, tem tudo para "ser melhor que o pai", brinca. A 'secura' para entrar na água assim que chega praia é admirada carinhosamente pelo pai que se orgulha em falar que além de atleta 'é coach' (treinador) dos seu filhos.

Na primeira etapa do Campeonato Pernambucano que aconteceu em Porto de Galinhas, no Cupe, no sábado (31) Roberto ficou com a nova posição, mas restam três etapas para se recuperar. O torneio não tem a categoria surfe adaptado e Roberto compete com atletas sem nanismo ou qualquer outra deficiência.

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O Sistema Agrícola Tradicional das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira, no estado de São Paulo, foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil. A decisão foi tomada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – órgão de decisão máxima do instituto para as questões relativas ao patrimônio material e imaterial do país –, nesta quinta-feira (20).

A declaração foi comemorada pelo Instituto Socioambiental (ISA) que informou em nota que a decisão foi resultado do trabalho realizado pelo instituto em parceria com as comunidades quilombolas. “Entre 2014 e 2017, o ISA e as comunidades redigiram o dossiê que deu início ao processo de análise de reconhecimento do Iphan”, afirmou o comunicado.

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O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural reúne 26 conselheiros, representantes de órgãos como os ministérios da Educação, das Cidades, do Turismo e do Meio Ambiente, do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB).

De acordo com a moradora do Quilombo São Pedro, Elvira Morato, o reconhecimento é um incentivo a mais para cobrar do governo a implantação de políticas públicas na região. “Ter mais uma garantia para a nossa agricultura quilombola. Os municípios também vão valorizar mais a nossa produção, quem sabe compram para a merenda escolar. Para as comunidades, sabemos que é uma conquista a mais da nossa luta”, acrescentou.

O sistema agrícola quilombola ter sido declarado patrimônio imaterial brasileiro também é visto pelos moradores do Vale do Paraíba como uma forma de ganhar liberdade. “O registro é mais uma ferramenta para combater a desigualdade e fortalecer as comunidades e seu modo de vida. Que seja uma ferramenta para combater a desigualdade. Assim como o sol nasce para todos, que assim seja a nossa liberdade”, destacou Osvaldo dos Santos, do Quilombo Porto Velho.

O ISA ressaltou que apesar do reconhecimento do Iphan, as comunidades quilombolas da região enfrentam um grande desafio, pois suas roças tradicionais, que fazem parte do sistema agrícola, estão ameaçadas pela burocracia e pela falta de conhecimento de órgãos ambientes de São Paulo.

Para ajudar a reverter a situação, as comunidades quilombolas criaram a campanha “Tá Na Hora da Roça”, cujo o objetivo é pressionar o governo paulista a emitir as licenças para abertura das áreas das roças no prazo adequado. Segundo o ISA, a ação garante a autonomia, a segurança alimentar e o fortalecimento cultural dos quilombolas que vivem no Brasil.

 

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), pediu nesta quarta-feira, 15, a presença da Força Nacional no município de Caarapó, região de Dourados, onde no dia anterior o líder indígena Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, de 26 anos, foi morto a tiros que atingiram outras seis pessoas, incluindo uma criança.

De acordo com o Instituto Sócio Ambiental (ISA), "às 10h da manhã de anteontem, cerca de 70 fazendeiros deslocaram-se com caminhonetes até o território indígena de Toro Passo e atacaram a tiros os cerca de 100 indígenas, que haviam retomado a área, sobreposta à Fazenda Ivu e a outras propriedades, na noite de domingo".

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Segundo o Conselho Indigenista Missionário, servidores da Funai declararam que "o número de feridos deve ser ainda maior porque os indígenas se dispersaram pelo território, em fuga, com a chegada de cerca de 200 caminhonetes, motocicletas, cavalos e trator usados por pistoleiros, capangas e homens que chegaram atirando contra o acampamento em que os Guarani e Kaiowá estavam na Fazenda Yvu, incidente sobre a terra indígena, atualmente em processo de demarcação pelo Ministério da Justiça."

Vídeos obtidos pelo ISA com indígenas mostram o momento em que as caminhonetes avançam e motocicletas dos indígenas são incineradas.

Em nota, o governo do Mato Grosso do Sul lamentou a morte do indígena e a agressão de policiais militares que teriam ido ao local para prestar socorro aos índios feridos. "Três policiais militares foram rendidos por indígenas, feitos reféns, agredidos e tiveram as armas roubadas, sendo elas três pistolas calibre .40, uma escopeta calibre 12 e três coletes."

O objetivo do pedido de reforço da Força Nacional, segundo o governador Reinaldo Azambuja, é "restabelecer a segurança e garantir a ordem, em apoio às forças estaduais". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Campeonato Brasileiro de Surf chegou a sua final neste domingo (7) na praia de Itapuama. Os destaques da disputa ficaram para os pernambucanos que conquistaram bons resultados nas disputas das finais. Mesmo com muita chuva caindo na hora da disputa final, a competição foi acirrada e contou com boas apresentações. O torneio organizado pela Confederação Brasileira de Surf (CBS), órgão maior do surf no Brasil, ainda terá mais uma etapa para definir de vez os nomes que representarão o Brasil no Mundial da International Surfing Association (ISA).

Nas finais das categorias Feminino Junior, Mirim, Feminino Open, Masculino Open, Iniciantes e Pro Júnior, a batalha não era apenas pelos títulos individuais que valem indicação para a equipe brasileira no mundial, mas também pelo título por equipes. 

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Pela Bahia, Danielle Albuquerque venceu nas duas categorias que disputou, o Feminino Open e Feminino Junior. Na de iniciantes, o alagoano Wellington Reis se sagrou vencedor, mas não foi fácil, ele teve que se esforçar bastante para derrotar o potiguar Otavio Costa e o pernambucano Lucas Lisboa ambos deram muito trabalho e fizerm da categoria uma das mais disputadas. Pelo mirim, deu Pernambuco. Cauã Nunes enfrentou Namor Cayres (BA) e Taiwan Chan (BA). Ele fechou sua média em 15.50 contra 14.05 de Namor que ficou em segundo lugar.  Taiwan em terceiro e Jhonatan Santos em quarto.

Na Open, também deu Pernambuco. Tiago Silva teve uma bateria muito difícil contra Osvaldo Cajá, Emanoel de Souza e Lucas Silva. Mas mesmo assim conseguiu conquistar o título em outra categoria que também surpreendeu a todos que estavam ali pela alta qualidade.E o estado não parou por aí, e conquistou o terceiro título do dia, na categoria Pro Junior com Douglas José na final mais emocionante do dia. O pernambucano venceu com muita garra Wallace Júnior (BA), Elivelton Santos (PB) e Ivan Silva (PE).  Ivan que fez a melhor onda do evento e deu muito trabalho para Douglas e foi eleito o atleta revelação do evento, ao lado de Tiago Silva. Debaixo da chuva, Douglas José não economizou aéreos e buscou da energia para lutar pela vitória. “Tenho esperança de conquistar essa vaga para o mundial e surfei focado nisso. Ninguém me tiraria esta chance a não ser eu mesmo”, comemorou o surfista.

De 2006 a 2010, o governo concluiu os processos demarcatórios de 35 terras indígenas no País e entregou aos índios um total de 8,9 milhões de hectares. No mesmo período, a Fundação Nacional do Índio (Funai) oficializou e pôs em andamento um conjunto de processos fundiários que pode acrescentar outros 3 milhões de hectares, o que elevaria as reservas a 13% do território nacional. Apesar disso, os conflitos da questão fundiária indígena aumentaram nesses cinco anos, revela um estudo que será lançado hoje.

Segundo informa a publicação Povos Indígenas no Brasil 2006-2010, o que se viu nos últimos cinco anos foi o agravamento das tensões e conflitos. Na maior parte das vezes, os problemas se devem à disputa pelo controle da terra com posseiros e fazendeiros. Mas também envolvem garimpo ilegal, avanço descontrolado de madeireiras e carvoarias e até tráfico de drogas. Há casos descritos pelo estudo em que há apoio ostensivo de líderes indígenas para a invasão das reservas, cooptados financeiramente por esses grupos.

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Tudo isso é agravado pelo desenvolvimento econômico do País. Grandes projetos de hidrelétricas, de novas rodovias e no setor do agronegócio estão em andamento na Amazônia Legal, onde se concentram 98,6% das terras indígenas do País.

Um dos casos mais preocupantes envolve a terra ianomâmi, com 9,5 milhões de hectares, entre Roraima e Amazonas, na fronteira com a Colômbia e a Venezuela. A crise internacional provocou a valorização do ouro e, no rastro dela, uma incontrolável onda de invasões do garimpo ilegal na região. "Pelo fato de não dispor de estradas nem de muitos rios navegáveis, é uma terra difícil de fiscalizar", explica a antropóloga Fany Ricardo, coordenadora do estudo da ONG Instituto Socioambiental (ISA).

Ainda segundo Fany, para conquistar apoio dos ianomâmis, garimpeiros distribuem armas de fogo entre os diferentes subgrupos indígenas da região. "Isso potencializa as tradicionais disputas que existem entre eles. Já se constatou que o número de mortos nesses conflitos aumentou." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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