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Os juros futuros abriram bem pressionados, acompanhando a forte alta do dólar, e há pouco disparavam em torno de 35 pontos-base nos vencimentos mais líquidos. Esses mercados refletem o persistente ambiente de aversão a risco em relação ao País, agravado pela crise política. Para completar, a pesquisa Focus, divulgada mais cedo, mostrou piora em várias projeções, com destaque para o IPCA e o PIB.

Às 9h35, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,84%, na máxima, de 13,51% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 exibia taxa de 13,78%, na máxima, ante 13,43% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 estava em 13,19%, ante 12,83% no ajuste de sexta-feira. Já o Ibovespa futuro caía 1,55%, aos 49.981,19 pontos. O dólar à vista no balcão subia 1,93%, a R$ 3,1090, na máxima.

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No front político, após seu discurso em cadeia nacional de rádio e TV ter sido recebido com panelaço e buzinaço em várias capitais brasileiras, a presidente Dilma Rousseff prossegue em seu esforço para minimizar os conflitos com o Congresso. Ela se reúne nesta manhã com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), e ministros do núcleo duro do governo (Aloizio Mercadante, da Casa Civil; Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral; Pepe Vargas, das Relações Institucionais; José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Jaques Wagner, da Defesa). Às 17h30, Dilma recebe líderes dos partidos aliados no Senado.

Na pesquisa Focus, as projeções para IPCA 2015 foram elevadas de 7,47% para 7,77%, a décima semana consecutiva de alta das previsões. No Top 5 de médio prazo, a mediana para o IPCA deste ano passou de 7,51% na semana passada para 7,97% agora. Para março, as projeções para IPCA subiram de 0,95% para 1,14%. Para 2016, as estimativas para IPCA subiram de 5,50% para 5,51%. Diante desse cenário de inflação pressionada e acima do teto de 6,5% da meta do BC, a expectativa de alta da Selic de 12,75% para 13,00% em abril foi mantida, com a taxa encerrando o ano nesse patamar.

Outros índices de inflação também tiveram as projeções elevadas: as projeções para IGP-DI 2015 subiram de 5,82% para 5,97%, enquanto as dos preços administrados foram elevadas de 11,00% para 11,18% este ano. As projeções para PIB em 2015 passaram de retração de 0,58% para -0,66%. Para 2016, a projeção é de expansão de 1,40%, de 1,50% na semana anterior. O câmbio para fim de 2015 subiu de R$ 2,91 para R$ 2,95. Mais cedo, foi divulgado ainda que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 1,26% na primeira quadrissemana de março, ante 0,97% na anterior.

Os juros futuros de curto prazo iniciaram a sexta-feira, 6, com ligeiro viés de alta, enquanto as de longo prazo, de baixa. A inflação oficial em fevereiro, acima das estimativas, favorece o avanço. Porém, a subida é limitada pelo dólar à vista no balcão, que abriu em queda, em meio a uma realização de lucros, depois de a moeda ter fechado ontem no maior valor desde 13 de agosto de 2004 (R$ 3,009). As atenções estão mais concentradas nesta manhã no relatório oficial de emprego dos Estados Unidos (payroll), que pode ajudar a calibrar apostas em relação ao processo de normalização monetária naquele país.

O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 tinha taxa de 13,36% às 9h45, ante 13,33% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 apontava 13,19%, de 13,17%. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 indicava 12,66%, ante 12,67% no ajuste anterior. No mesmo horário, o dólar à vista caía 0,50%, a R$ 2,9940. Na abertura, a moeda foi negociada a R$ 3,0000, com perda de 0,30%.

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As taxas reagiram pontualmente, nos primeiros momentos da sessão, ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, que registrou alta de 1,22% em fevereiro, ante avanço de 1,24% em janeiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, embora represente ligeira desaceleração, ficou acima do teto das estimativas apuradas por levantamento AE Projeções, que iam de 1,01% a 1,21%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,48%. Em 12 meses, o avanço acumulado é de 7,70%, o que representa a maior alta para um período como este desde maio de 2005 (+8,05%).

Também segue no radar a persistente tensão em Brasília, em meio à expectativa pela divulgação oficial da Lista de Janot - ou nomes investigados no âmbito da Operação Lava Jato. A crise política tem sustentado os juros futuros em níveis elevados.

Às 10h30, sai o payroll, cujas expectativas são de criação de 240 mil vagas em fevereiro, de 257 mil em janeiro. Para a taxa de desemprego, a previsão é de queda a 5,6%, de 5,7%, no mesmo período.

O mercado de juros futuros abriu 2015 de olho no dólar, que se valoriza ante o real, em linha com o comportamento da moeda dos Estados Unidos no exterior. Os investidores também repercutem a redução da chamada "ração diária" dentro do programa de swaps cambiais do Banco Central para o começo deste ano. Porém, o volume de negócios é muito fraco numa sessão espremida entre o feriado da véspera e o fim de semana.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 tinha taxa de 12,230% às 9h32, nivelado ao ajuste da última sessão de 2014, na terça-feira. O DI para janeiro de 2016 apontava 12,99%, ante 12,96% no ajuste anterior e o DI para janeiro de 2021, 12,38%, na máxima, de 12,30% na terça-feira. No mercado de câmbio, o dólar à vista no balcão subia 1,43%, cotado a R$ 2,6930.

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Internamente, na noite do último dia 30, após o encerramento da última sessão de 2014, o BC informou que seu programa de leilões de swap cambial do Banco Central terá continuidade em 2015, até, pelo menos, o dia 31 de março. Segundo a autoridade monetária, a chamada "ração diária" ao mercado será reduzida à metade, com oferta de US$ 100 milhões de segunda a sexta-feira, ante US$ 200 milhões por dia anteriormente. No exterior, a valorização do dólar era generalizada nesta sexta-feira, 02.

O mercado de juros futuros também se mantém preocupado com os efeitos de reajustes de preços informados nos últimos dias. A energia elétrica, por exemplo, já está mais cara, com a adoção das bandeiras tarifárias vermelhas em todas as regiões do País neste primeiro mês de 2015. Em relação a transportes, em São Paulo, haverá aumento de 16,67% nas tarifas de trem e metrô, além do acréscimo para os ônibus da capital paulista, ambos a partir de terça-feira (6). Isso sem falar nos cigarros da marca Souza Cruz, que subiram no último dia do ano em todo o Brasil.

Ainda em relação à inflação, a presidente Dilma Rousseff salientou ontem, em seu discurso de posse, que, em todos os anos de seu governo, a inflação permaneceu abaixo do teto da meta de 6,5% e prometeu que "assim vai continuar". Já com relação ao ajuste fiscal, a presidente disse que "vamos fazer, sim, ajustes na economia, mas sem trair nossos compromissos sociais".

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, avaliou que a presidente Dilma buscou o compromisso de todos com o ajuste fiscal, a vigilância sobre a inflação e a necessidade de crescimento econômico. "O ajuste das contas públicas, o crescimento econômico e a geração de empregos são responsabilidade de todos nós", afirmou Levy logo depois do encerramento da sessão.

Logo mais, às 10 horas, Levy participa da posse do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. O presidente do BC, Alexandre Tombini, também deve estar presente na solenidade.

O mercado de juros futuros iniciou a última semana de 2014 em ritmo lento, com as taxas perto da estabilidade e volume fraco. Os investidores monitoram o dólar e digerem o noticiário envolvendo a política fiscal do governo Dilma Rousseff.

A moeda dos EUA valia R$ 2,6770 às 9h47, estável, na máxima do dia até então. No mesmo horário, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2016 tinha taxa de 12,95%, igual ao ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 apontava 12,93%, também nivelado ao ajuste anterior.

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Na manhã desta segunda-feira, 29, o Tesouro Nacional informou que as contas da presidente Dilma permaneceram no vermelho em novembro. O chamado Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) apresentou déficit de R$ 6,711 bilhões - o pior resultado para o mês da série histórica do Tesouro Nacional , que começou em 1997.

O resultado veio bem pior que a mediana das expectativas, mas dentro do intervalo previsões do mercado, de déficit primário de R$ 8,000 bilhões a um superávit de R$ 2,300 bilhões em novembro, conforme levantamento AE Projeções. Com base neste intervalo, a mediana calculada atingiu valor zero.

Já para o resultado do setor público consolidado, que o Banco Central apresenta às 10h30, as estimativas variam de -R$ 8,7 bilhões a +R$ 4 bilhões (mediana de -R$ 1 bilhão).

Em relação à inflação, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,62% em dezembro, divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado veio abaixo do registrado em novembro, quando o indicador avançou 0,98%, e do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (0,64% a 0,83%, com mediana de 0,68%).

No boletim Focus, a mediana das projeções para o IPCA de 2015 diminuiu levemente, de 6,54% para 6,53%, mas ainda está acima do teto da meta (6,5%).

A aversão ao risco prossegue nos mercados financeiros nesta quinta-feira, 16, e contamina o desempenho dos ativos domésticos, que também são influenciados pelo cenário eleitoral acirrado no Brasil. Com isso, o dólar à vista abriu em alta acentuada ante o real, movimento que é acompanhado com a mesma intensidade pelos juros futuros. Às 9h15, na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 12,23%, de 11,89% no ajuste de quarta-feira, 15; o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 11,74%, de 11,41% no ajuste anterior.

Os negócios locais repercutem a situação de empate técnico entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na corrida pelo segundo turno das eleições presidenciais, após as pesquisas Ibope e Datafolha confirmarem ontem à noite os números divulgados na semana passada. Ambos os levantamentos mostraram a mesma vantagem numérica do tucano frente à petista, com 51% das intenções de votos válidos contra 49%, respectivamente.

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A margem de erro de ambas as pesquisas é de dois pontos porcentuais. O Ibope ouviu 3.010 eleitores entre os dias 12 e 14 de outubro, enquanto o Datafolha entrevistou 9.081 eleitores entre terça-feira e ontem. Agora, as atenções se voltam para o novo debate entre Dilma e Aécio na TV, às 18 horas.

Ainda internamente, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,27% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, para 146,73, atingindo o maior patamar desde abril. O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de +0,30%, mas dentro do intervalo das estimativas (-0,10% a +0,70%). Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) desacelerou para 0,02% em outubro, ante avanço de 0,31% em setembro. O resultado ficou dentro do previsto por analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 0,07% a alta de 0,06%, com mediana negativa em 0,02%.

Porém, os movimentos dos ativos domésticos também são influenciados pelo ambiente internacional, onde os investidores realimentam a onda de pessimismo provocada pelos temores de desaceleração da economia global. O receio foi renovado hoje após dados de inflação e comércio exterior na zona do euro.

Os preços ao consumidor (CPI) na região tiveram a menor alta anual desde outubro de 2009, de +0,3% em setembro em relação a igual período do ano passado, com a taxa ficando abaixo de 1% pelo 12º mês consecutivo e bem distante da meta do Banco Central Europeu (BCE), ligeiramente inferior a 2%. Além disso, o superávit comercial do bloco da moeda única avançou em agosto, mas anotou queda das exportações pelo terceiro mês seguido, em base mensal.

Do outro lado do Atlântico Norte, os índices futuros das bolsas de Nova York exibem perdas ao redor de 1%, sendo que o juro da T-note de 10 anos volta a testar o patamar de 2%. O foco dos agentes globais se direciona, agora, para os Estados Unidos, onde o calendário é dividido entre indicadores, balanços e discursos de dirigentes do Federal Reserve.

Os juros futuros abriram e alta e acentuaram o movimento, na medida em que a aversão ao risco agravou-se após a divulgação de uma série de indicadores da economia norte-americana nesta quarta-feira, 15, levando as taxas na BM&FBovespa às máximas. O mercado também se influencia pelo quadro eleitoral, com a repercussão do debate entre os presidenciáveis realizado ontem pela Rede Bandeirantes. O mercado considerou que não houve um "vencedor" claro no evento, o que, em última instância, favorece a candidata da situação, Dilma Rousseff (PT). Com isso, crescem as expectativas em torno das pesquisas Ibope e Datafolha, sobre a corrida presidencial, previstas para esta noite.

Perto das 10 horas, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 apontava 11,91%, de 11,85% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 marcava 11,90%, de 11,76% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2021 projetava 11,46%, de 11,23%. A trajetória é oposta à dos juros dos Treasuries, onde a taxa da T-Note de dez anos cedia a 2,059%.

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Nos EUA, a inflação ao produtor cedeu 0,1% em setembro, ante expectativa de +0,1%, enquanto o núcleo da inflação ficou estável, enquanto o mercado também previa alta de 0,1%. As vendas do varejo norte-americanas recuaram 0,3% em setembro, mais do que a estimativa de queda de 0,1%. Por fim, o índice Empire State de atividade de Nova York caiu para 6,17 em outubro, muito pior do que a marca de 20 esperada.

Aqui, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas do comércio varejista, no conceito restrito, subiram 1,1% em agosto ante julho e caíram 1,1% ante agosto de 2013, ambos dentro das estimativas do mercado. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,40% em agosto ante julho e 6,8% ante igual mês do ano passado, também de acordo com o esperado pelos economistas.

Os juros futuros, principalmente com vencimento no longo prazo, avançam desde a abertura dos negócios desta sexta-feira, 10. O comportamento das taxas está alinhado ao do dólar ante o real e é sustentando ainda pela repercussão, entre os investidores, das pesquisas de intenção de voto que mostraram, ontem, situação de empate técnico entre os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 apontava 11,94% às 9h48, ante 11,86% no ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2017, 11,90%, de 11,78% na véspera e o DI para janeiro de 2021, 11,50%, ante 11,36% no ajuste anterior.

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As pesquisas Ibope/Estado/TV Globo e Datafolha apresentaram, na véspera, o mesmo resultado: excluindo votos brancos, nulos e eleitores indecisos, Aécio tem 51% das intenções de voto no segundo turno das eleições presidenciais e Dilma, 49%. Já que a margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, os dois candidatos estão em situação de empate técnico. As sondagens conhecidas até então, dos institutos Paraná e Veritá, haviam indicado vantagem de 8 a 10 pontos porcentuais do tucano.

Esses levantamentos também repercutiam no mercado de câmbio e ajudavam a explicar a subida do dólar. A moeda dos Estados Unidos foi cotada a R$ 2,4250, com valorização de 1,59%, na abertura. Às 9h52, reduzia o ganho a 1,09%, a R$ 2,4130. Além do clima eleitoral, o dólar era amparado pela preocupação com o ritmo de crescimento das economias em todo o mundo.

No Brasil, o emprego na indústria recuou 0,4% na passagem de julho para agosto, na série livre de influências sazonais, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a quinta taxa negativa consecutiva. Na comparação com agosto de 2013, o emprego industrial caiu 3,6%. Já as vendas de papelão ondulado subiram 2,42% em setembro ante setembro de 2013, informou a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acelerou a alta de 0,25% para 0,57% entre agosto e setembro, deu munição para uma abertura em alta dos juros futuros de curto prazo na BM&F. Mas o movimento perdeu força por causa do dólar, que começou a sessão em baixa e pela expectativa em torno da confirmação do apoio de Marina Silva, candidata do PSB à Presidência derrotada no primeiro turno da eleição, ao tucano Aécio Neves no segundo turno. Os vértices mais longos já estavam em baixa.

Pouco antes das 10 horas, o DI janeiro de 2016 apontava 11,79%, de 11,78% no ajuste de terça-feira, 07. O DI com vencimento em janeiro de 2017 indicava 11,73%, de 11,77% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2021, em 11,37%, de 11,45% no ajuste da véspera.

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O IPCA de setembro, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou acima do teto das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de 0,42% a 0,50%. No ano, o IPCA acumulou uma alta de 4,61%. Em 12 meses, a taxa ficou em 6,75%, acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%.

No câmbio, prevalece a leitura de que um IPCA mais pressionado favorece a candidatura da oposição no segundo turno da eleição.

Ao longo da sessão, o dólar tende a continuar influenciando os negócios com juros, com os investidores monitorando o noticiário político e no aguardo da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, às 15 horas. O documento pode trazer pistas sobre os próximos movimentos da autoridade monetária dos EUA quanto à mudança na taxa dos Fed Funds a partir das avaliações do quadro econômico.

Com relação à eleição, uma oficialização da posição de Marina quanto a um eventual apoio a Aécio é esperada ansiosamente pelo mercado. Apesar da cúpula da Rede Sustentabilidade já ter decidido que esse seria melhor caminho, dado o cenário atual, a base da Rede, em grande parte formada por pessoas mais jovens, ainda resiste em se aliar ao PSDB. Em reunião da Executiva Nacional ontem à noite, o único consenso a que conseguiram chegar foi que não há como apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Já a executiva do PSB reúne-se às 14 horas em Brasília. O partido está dividido e uma das hipóteses da decisão que deve ser anunciada hoje pode ser a de liberar o apoio de seus filiados no segundo turno, assumindo posição de neutralidade na disputa.

Os juros futuros mostram viés de alta nesta quinta-feira, 25, na esteira do movimento do dólar e as incertezas no front eleitoral deve contribuir para trazer volatilidade aos ativos. Além disso, o Tesouro realiza hoje o leilão tradicional de LTN, a partir das 11 horas.

Embora os juros observem os dados de emprego do IBGE, eles buscam orientação no movimento do dólar. E até a divulgação da próxima pesquisa eleitoral, a Datafolha, esperada para a partir de sexta-feira, 26, o mercado doméstico deve seguir mostrando volatilidade.

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Às 9h21, o DI para janeiro de 2017, o mais negociado, tinha taxa de 11,86%, de 11,81% no ajuste de quarta-feira, 24. O dólar à vista no balcão subia 0,75%, a R$ 2,4030, na mínima. O futuro para outubro tinha alta de 0,78%, a R$ 2,4055. O juro da T-note de dez anos estava em 2,539%, ante 2,565% no fim da tarde de ontem.

O IBGE revelou que a taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5% em agosto, dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que ia de 4,5% a 5,4% da População Economicamente Ativa (PEA), com mediana em 4,9%. Já o rendimento médio real dos trabalhadores subiu 1,7% em agosto, após redução de 0,2% em julho, sempre na comparação com o mês imediatamente anterior, informou há pouco o IBGE. Em relação a igual mês de 2013, os resultados foram avanço de 2,5% em agosto e alta de 2,6% em julho.

Mais cedo, a Fipe informou que seu Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,11% na terceira leitura de setembro, desacelerando ante o avanço de 0,17% na segunda prévia deste mês. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas (+0,06% a +0,15%) e abaixo da mediana (+0,14%).

Na esteira do dólar, os juros futuros começaram a sessão em baixa, mas não conseguiram sustentar esse movimento, pois há um fator que traz cautela aos negócios: a pesquisa eleitoral CNT/MDA que sai às 10 horas. Há pouco, os juros futuros oscilavam perto da estabilidade e caso a sondagem mostre melhora da candidata à reeleição, Dilma Rousseff, nas intenções de voto, a pressão contra o real deve aumentar e os juros futuros devem acompanhar esse movimento.

Mais especulações e volatilidade devem ser observadas também por causa da divulgação da pesquisa Ibope/Estadão/Rede Globo, que será conhecida a partir das 18 horas. Na segunda-feira, 22, a moeda dos Estados Unidos subiu a R$ 2,3950 (+0,71%), o maior nível desde 13 de fevereiro deste ano diante da possibilidade de Dilma abrir mais vantagem em relação à Marina nas pesquisas.

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Às 9h25, o DI janeiro de 2017, o mais negociado, estava em 11,96%, de 11,99% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 exibia taxa de 11,85%, a mesma do ajuste de ontem. O dólar à vista no balcão subia 0,17%, a R$ 2,3990. O futuro para outubro operava estável, a R$ 2,4045.

Os juros futuros recuam na manhã desta terça-feira, 16, especialmente os mais longos, seguindo o dólar e os juros dos Treasuries. Toda a movimentação, no entanto, é moderada, uma vez que os investidores em geral aguardam pelo desfecho da reunião de dois dias de política monetária do Federal Reserve, que começa hoje e, no Brasil, por mais uma pesquisa eleitoral para as próximas horas, a Ibope. As taxas futuras mais longas também monitoram os juros dos Treasuries e o movimento reflete ainda correções dos excessos da alta de sexta-feira.

Às 9h31, o DI para janeiro de 2017, o mais negociado, tinha taxa de 11,64%, de 11,69% no ajuste de ontem. o dólar à vista no balcão cedia 0,17%, a R$ 2,3380, na mínima. O juro da T-Note de 2 anos caía a 0,536% e o de 10 anos recuava a 2,536%.

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As sondagens reveladas desde a semana passada têm mostrado que o fôlego da candidata pelo PSB Marina Silva era curto e que a presidente Dilma Rousseff (PT), sua principal adversária, está mais forte do que o mercado gostaria reverteu o bom humor motivado pela repentina disparada de Marina após a morte de Eduardo Campos.

A pesquisa Vox Populi/Rede Record, divulgada na segunda-feira à noite, mostrou Dilma com 36% das intenções de voto na primeira rodada do pleito e Marina com 27%. Num segundo turno, ambas aparecem em empate técnico, com Marina com 42% e Dilma com 41%.

No mercado de juros futuros, as taxas exibem viés de baixa, acompanhando o movimento de queda do dólar ante o real e também os juros dos Treasuries. Por volta das 9h30, na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 11,56%, de 11,61% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 estava em 11,73%, de 11,77% no ajuste ao final da semana passada, e o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 11,64%, de 11,68% após ajuste de sexta-feira. No mercado de balcão, o dólar à vista caía 0,09%, a R$ 2,3360. O juro da T-note de 10 anos recuava a 2,606%.

No exterior, o sentimento é de cautela na esteira de dados ruins de produção industrial e de vendas no varejo na China divulgados no fim de semana e também diante de expectativas pela reunião de política monetária do Federal Reserve na quarta-feira, 17. A produção industrial chinesa desacelerou para 6,9% em agosto ante o mesmo mês do ano passado, o que representa uma forte desaceleração da alta de 9,0% registrada em julho, na mesma base de comparação. Trata-se da menor expansão da indústria do gigante emergente desde a crise financeira de 2008. Já as vendas no varejo chinês subiram 11,9% em agosto, em base anual, também desacelerando-se do crescimento de 12,2% observado em julho, na mesma base de comparação.

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Voltando ao cenário doméstico, na última hora, o Boletim Focus trouxe uma nova revisão nas previsões para o PIB brasileiro. Os analistas consultados reduziram de 0,48% para 0,33% a previsão de expansão da economia em 2014. Para 2015, a projeção caiu de 1,10% para 1,04%. Sobre a inflação oficial, os profissionais do mercado mantiveram em 6,29% a estimativa para a alta do IPCA neste e no próximo ano. As expectativas de manutenção da taxa Selic no atual nível até o fim do ano também foram mantidas, mas a previsão para o juro básico no ano que vem caiu de 11,63% para 11,50%. Para a taxa de câmbio, houve reduções nas previsões, seja para 2014 ou para 2015, com o dólar encerrando em R$ 2,30 (de R$ 2,33) e em R$ 2,45 (de R$ 2,49) nesses períodos, respectivamente.

Mais cedo, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou drasticamente a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2014 e agora prevê uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do País neste ano é de apenas 0,3%, de +1,8% na estimativa feita há quatro meses. A redução de 1,5 ponto porcentual na previsão para o crescimento brasileiro foi o maior corte feito pela entidade que atualizou as perspectivas das 11 maiores economias do mundo no relatório divulgado esta manhã. Para 2015, as estimativas da OCDE para o Brasil também pioraram. A previsão para o crescimento da economia brasileira diminuiu de 2,2% para 1,4%.

Os juros futuros aceleraram a alta na reta final de negócios e terminaram o pregão perto das máximas do dia. Tal movimento teve origem na pesquisa Ibope, divulgada na manhã desta sexta-feira (12), e que voltou a mostrar reação da presidente Dilma Rousseff nas intenções de voto. Por fim, no exterior, o viés de alta do dólar e dos yields dos Treasuries acabaram por sedimentar o movimento dos ativos domésticos. Como resultado, a taxa do DI para janeiro de 2016 fechou abaixo do juro para janeiro de 2021 pela primeira vez desde 28 de agosto.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (118.500 contratos) marcava 10,85%, de 10,83% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 (313.360 contratos) indicava 11,61%, de 11,41% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (421.180 contratos) apontava 11,77%, de 11,48% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (326.195 contratos) tinha taxa de 11,68%, de 11,29% na quinta-feira, 11.

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Ainda pela manhã, o mercado conheceu a mais recente sondagem CNI/Ibope, que mostrou o fim do empate técnico no primeiro turno, com Dilma à frente, oscilando de 37% para 39%. Marina tem 31% e Aécio, 15%. Para o segundo turno, a vantagem de Marina Silva sobre Dilma caiu, de 7 pontos para apenas 1. Agora a candidata do PSB tem 43% e a petista, 42%.

Enquanto isso, no exterior, crescem as expectativas de que o Fed usará um tom mais "hawkish" no comunicado da reunião de política monetária da próxima semana, marcada para os dias 16 e 17. Essa avaliação ganhou força com a divulgação de números relativamente positivos da economia dos EUA. Embora tenham vindo ligeiramente abaixo da expectativa, as vendas no varejo norte-americano subiram 0,6% em agosto e os números dos dois meses anteriores foram revisados para cima. Além disso, o dado sem automóveis avançou mais que o esperado. Já o índice preliminar de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Universidade de Michigan, saltou para 84,6 em setembro, de 82,5 em agosto, superando a previsão de uma leitura de 83,0. Assim, o yield do T-note de 10 anos subia a 2,611% às 16h39, de 2,551% no fim da tarde de ontem.

Também influenciado por esse ambiente, o dólar à vista no mercado de balcão teve a quinta sessão seguida de alta e encerrou o dia com valorização de 2,01%, cotado a R$ 2,3380 - maior valor desde 19 de março deste ano. Na semana, a divisa norte-americana acumulou valorização de 4,24%.

Antes da abertura do mercado de juros, o Banco Central revelou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 1,50% em julho ante o mês anterior, na série com ajuste sazonal, ficando acima da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (1,05%), mas dentro do intervalo das estimativas (-0,60% a +1,70%). Na comparação anual, a queda foi 0,23%, sendo uma queda menor do que a mediana (-0,90%), mas também ficou dentro das previsões (-2% a +0,10%) dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.

As taxas de juros futuros abriram em alta nesta quarta-feira, 10, dando continuidade à recomposição de prêmios na curva a termo. Os ajustes positivos se apoiam na indefinição da corrida presidencial e também diante da sucessiva renovação de máximas dos juros dos Treasuries no exterior há pouco. A valorização do dólar ante o real, acompanhando o viés de alta da moeda no exterior, também contribui para fortalecer as taxas.

Na BM&FBovespa, às 9h45, o DI para janeiro de 2015 permanecia em 10,84%, em linha com o ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 11,55%, de 11,49% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 seguia em 11,65%, de 11,58% no ajuste de ontem. E o DI para janeiro de 2021 avançava a 11,52%, de 11,39% no ajuste de terça-feira, 09. Em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,568% e a taxa da T-Note de 10 anos avançava a 2,533%.

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Mais cedo, foram divulgados indicadores de emprego do País, que reforçam perspectiva de desaceleração do ritmo de contratações para o terceiro trimestre mas não mexem com a formação de taxas hoje. A Fundação Getulio Vargas informou que o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 1,2% em agosto ante o mês imediatamente anterior, nos dados com ajuste sazonal, para 73,6 pontos, o menor nível desde maio de 2009. Foi a sexta queda consecutiva do índice, sinalizando continuidade da tendência de desaceleração do ritmo de contratações para o terceiro trimestre. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 5,8% em agosto na comparação com o mês anterior, para 71,1 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente. Trata-se da maior alta desde julho de 2013 (7,1%) e o quinto aumento consecutivo.

O IBGE, por sua vez, anunciou que o emprego na indústria caiu 0,7% na passagem de junho para julho, na série livre de influências sazonais. Foi a quarta taxa negativa consecutiva, acumulado retração de 2,4% no período. Na comparação com julho do ano passado, o emprego industrial apontou queda de 3,6%, a mais intensa desde novembro de 2009 (-3,7%). Além disso, trata-se do 34º resultado negativo consecutivo nesta base. O emprego na indústria acumula ainda quedas de 2,6% no ano e retração de 2,2% em 12 meses, até julho.

A economia brasileira entrou oficialmente em recessão, a primeira desde 2009, segundo mostram dados divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB caiu 0,6% no segundo trimestre, ante o primeiro trimestre, resultado pior do que o esperado pelos analistas ouvidos pelo AE projeções, cuja estimativa mediana era de -0,4%. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado houve contração de 0,9%, também pior do que a mediana das projeções, de -0,60%.

Além de confirmar um quadro de recessão técnica, a atividade econômica bastante fraca deve entrar de vez na disputa eleitoral, com os candidatos da oposição usando esse desempenho para criticar a administração da presidente Dilma Rousseff (PT). Até o momento, os ataques estavam focados principalmente na inflação, que em 12 meses continua no teto da meta, a 6,50%. Em instantes será divulgado outro dado, que também está relacionado a outro ponto delicado do atual governo: as contas públicas.

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No caso do resultado do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência), que o Tesouro Nacional informa também hoje, as expectativas variam de -R$ 3,3 bilhões a +R$ 2,1 bilhões, com mediana zero. Na sequência, às 10h30, o Banco Central informa o resultado primário do setor público consolidado do mês passado e as estimativas oscilam de -R$ 2,9 bilhões a +R$ 2,0 bilhões, com mediana de +R$ 1,2 bilhão.

Operadores das mesas de renda fixa lembram que nos últimos dias alguns investidores se posicionaram nas taxas dos DIs apostando em um número mais fracos que o esperado. Com isso, a curva de juros futuros, que segue com inclinação negativa, deve reagir à essa rodada intensa de indicadores econômicos domésticos, mas sem tirar a atenção dos investidores do fator político, em meio à expectativa pelos números da pesquisa do Datafolha, prevista para ser divulgada a partir desta sexta-feira.

Às 9h20, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,770%, ante 10,780% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 apontava 11,19%, na mínima, de 11,24%. O contrato para janeiro de 2017 indicava 11,22%, de 11,26%. E o DI para janeiro de 2021 mostrava 11,15%, de 11,18%. Já o dólar à vista, no balcão, estava estável, cotado a R$ 2,2430.

Os juros futuros abriram em queda nesta quarta-feira, 27, assim como o dólar, com os ativos brasileiros se ajustando aos números divulgados na terça-feira, 26, pelo Ibope sobre a corrida presidencial. A chance cada vez maior de uma vitória da oposição anima os investidores, que discordam das políticas econômicas adotadas pelo governo de Dilma Rousseff (PT). Entretanto, os prêmios embutidos na curva já estão baixos, o que limita novas quedas as taxas.

Por volta das 9h40, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,81%, exatamente no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 apontava 11,25%, de 11,26%. O contrato para janeiro de 2017 indicava 11,32%, de 11,34%. E o janeiro 21 mostrava 11,34%, ante 11,38% no ajuste anterior.

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Conforme o Ibope, Marina Silva (PSB) se descolou de Aécio Neves (PSDB) e aparece com 29% das intenções de voto, contra 19% do tucano. Nesse cenário, Dilma segue na liderança, com 34%. Já em uma simulação de segundo turno, a petista seria derrotada por Marina, com 45% ante 36%. Com o noticiário político no foco local, os investidores recebem uma nova pesquisa eleitoral, da CNT/MDA, às 10h30.

Já o debate entre os candidatos à Presidência, na terça-feira, 26, pela TV Band, foi realizado sob o impacto dos números do Ibope e, de um modo geral, Dilma evitou Marina, enquanto Aécio tentou desgastar a ex-ministra do Meio Ambiente.

Um operador lembra que a expectativa pela pesquisa Ibope, ontem, promoveu uma importante desinclinação da curva a termo, com os vencimentos entre janeiro de 2016, 2017 e 2021 achatando os prêmios e resultando em uma diferença muito pequena nos níveis de taxa. Para ele, o fato de a estrutura dos juros futuros estar "flat", sem inclinação, mostra que a percepção entre os agentes financeiros é de que um governo oposicionista caminharia para um ajuste da economia pelo lado fiscal, com a taxa Selic ficando onde está.

Nesta quarta-feira, 27, o IBGE informou que o índice de preços ao produtor (IPP) registrou queda de 0,29% em julho, após a variação de -0,16% em junho, conforme dado revisado. O indicador acumula altas de 0,61% no ano e de 3,45% em 12 meses. Já a FGV mostrou que o índice de confiança da indústria caiu 1,2% em agosto ante julho, na oitava retração consecutiva, que o manteve no menor nível desde abril de 2009.

As taxas futuras iniciaram a sessão com leve tendência de queda, acompanhando o dólar, mas logo na sequência voltaram para perto dos ajustes, em linha com o comportamento dos juros dos Treasuries. A agenda carregada nos EUA e dados sobre as operações de crédito no Brasil devem ser acompanhados de perto pelos participantes.

Por volta das 9h35, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 marcava 10,80%, ante 10,81% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 apontava 11,26%, de 11,25%. O DI para janeiro de 2017 indicava 11,40%, de 11,37%. E o DI para janeiro de 2021 mostrava 11,49%, de 11,47%. Em Nova York, o juro da T-note de 10 anos estava em 2,387%, de 2,386% no fim da tarde de segunda-feira, 25.

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Nos Estados Unidos, dados de encomendas de bens duráveis em julho divulgados hoje mostraram um salto de 22,6%, bem acima da projeção de +7,5%. Já o índice de confiança do consumidor em agosto, calculado pelo Conference Board, está previsto para 11 horas, mesmo horário em que será anunciado o índice de atividade regional em agosto do Fed de Richmond. Antes, às 10 horas, os investidores conhecerão o indicador de preços de moradias de 20 cidades americanas calculado pela S&P/Case-Shiller.

Por aqui, a FGV informou nesta manhã que o Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,19% em agosto, mostrando desaceleração ante a alta de 0,80% registrada em julho. A taxa ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (que iam de 0,15% a 0,38%) e abaixo da mediana, de 0,25%. Logo mais, às 10h30, o Banco Central informa a nota de política monetária e operações de crédito em julho.

Além disso, a expectativa pela pesquisa Ibope, prevista para às 18 horas, e pelo primeiro debate entre os candidatos à Presidência na tevê Bandeirantes, hoje à noite, deve fortalecer as apostas no crescimento das intenções de votos para os candidatos de oposição ao longo do dia nos mercados brasileiros. Será o primeiro levantamento do Ibope tendo Marina Silva como a candidata do PSB à Presidência da República e, conforme palavras do coordenador financeiro de campanha do partido, deputado Márcio França, "o resultado virá avassalador", mostrando que Marina é uma das favoritas na corrida presidencial.

Os juros futuros abriram em alta nesta sexta-feira (22), seguindo a valorização do dólar, que é impulsionado por renovadas tensões geopolíticas com a Ucrânia. A queda nos yields dos Treasuries, entretanto, limita esse movimento, enquanto os investidores aguardam o discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, nesta manhã.

Por volta das 9h25, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 estava em 10,82%, de 10,81% no ajuste de quinta-feira, 21. O DI para janeiro de 2016 apontava 11,35%, de 11,32%. O DI para janeiro de 2017 indicava 11,57%, de 11,52%. E o DI para janeiro de 2021 mostrava 11,79%, de 11,75%. O movimento era limitado pela queda nos yields dos Treasuries, com o juro da T-note de 10 anos a 2,398%, de 2,405% no fim da tarde de ontem.

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Acusações de um porta-voz ucraniano de Defesa, de que o comboio russo, que supostamente estaria levando ajuda humanitária, cruzou a fronteira com a Ucrânia hoje sem permissão provocou uma piora discreta dos mercados internacionais. Além disso, há a tensão com o discurso de Yellen no tradicional simpósio de Jackson Hole, realizado em um bucólico resort de esqui no Meio-Oeste dos EUA. Após o Fed ter divulgado uma ata mais conservadora esta semana, citando a possibilidade de aperto antecipado na política monetária, a esperança é que Yellen use sua fala para temperar as expectativas do mercado.

A agenda diária de indicadores dos Estados Unidos está vazia, mas no Brasil os dados do setor externo serão monitorados pelo mercado. As projeções do mercado para o resultado das transações correntes do País variam de -US$ 6,6 bilhões a -US$ 5 bilhões, com mediana de -US$ 5,850 bilhões. Para o IED, as expectativas são de saldos positivos entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões, com mediana de +US$ 5,4 bilhões. Em junho, o saldo das transações correntes ficou em -US$ 3,345 bilhões e de IED, em +US$ 3,924 bilhões.

À tarde, às 14 horas, a Receita Federal anuncia os números de arrecadação em julho, cujas projeções de analistas vão de R$ 90 bilhões a R$ 103,679 bilhões, com mediana de R$ 99,5 bilhões. No mês passado, a arrecadação somou R$ 94,293 bilhões.

A disputa presidencial também segue no radar, com grande expectativa por novas pesquisas eleitorais. Ontem, a deputada federal Luiza Erundina (SP) foi indicada para coordenar a campanha presidencial do PSB, em substituição a Carlos Siqueira, que deixou a coordenação geral nessa quinta-feira, após desentendimentos com Marina Silva, um dia depois de a ex-senadora ser confirmada como cabeça de chapa, tendo o deputado Beto Albuquerque como candidato a vice.

O Instituto Ibope está nas ruas para elaborar nova pesquisa eleitoral, de abrangência nacional, encomendada pelo jornal O Estado de São Paulo e a Rede Globo. Cerca de 2,5 mil pessoas serão entrevistadas entre os dias 23 e 26 de agosto, sendo que os resultados devem ser divulgados a partir da terça-feira da semana que vem.

Os juros futuros abriram em leve alta nesta terça-feira (19) seguindo o dólar e reagindo a dados sobre a economia dos Estados Unidos. Além disso, os investidores digerem as novidades no cenário político doméstico.

Por volta das 9h30, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2016 apontava 11,30%, de 11,25%. O contrato para janeiro de 2017 indicava 11,42%, de 11,37%. E o janeiro 21 mostrava 11,57%, de 11,52%. No mercado de câmbio, o dólar à vista no balcão subia 0,22%, a R$ 2,2630. Já o yield da T-note de 10 anos estava em 2,378%, de 2,391% no fim da tarde de ontem.

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Hoje, foi revelado que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,1% em julho ante junho, em linha com as previsões. Já o núcleo do índice, que exclui os preços voláteis de inflação e alimentos, avançou 0,1%, quando a previsão era de alta de 0,2%. Enquanto isso, as construções iniciadas de moradias no país saltaram 15,7% em julho ante junho, bem melhor que a projeção de +7,6%.

Entre os indicadores domésticos, a segunda prévia do IGP-M de agosto confirmou as expectativas e caiu 0,35%, ante recuo de 0,51% na segunda prévia do mesmo índice de julho. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam taxa entre -0,42% a -0,21%, mas a queda foi maior que a mediana das expectativas, de -0,32%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,34% na segunda prévia de agosto, acelerando-se da alta de 0,21% na primeira leitura deste mês. As projeções iam de +0,24% a +0,38%, com mediana de +0,29%.

O IBGE informou que a receita bruta nominal de serviços subiu 5,7% em junho ante o mesmo mês do ano passado e agora acumula alta de 7,4% no ano e 8,0% em 12 meses. Foi o menor crescimento da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em janeiro de 2012.

Na entrevista concedida na noite de segunda-feira, 18, no Jornal Nacional, a presidente Dilma Rousseff foi questionada sobre três temas: corrupção, saúde e economia. Ela afirmou que seu governo enfrentou a crise econômica sem provocar arrocho à população. Ao falar sobre saúde, disse que a responsabilidade deve ser compartilhada entre as três esferas de poder, e defendeu o Mais Médicos, sua principal bandeira no setor. A presidente também defendeu os ministros afastados após denúncias e afirmou que seu governo foi o que criou mais mecanismos de combate à corrupção.

A reviravolta na corrida presidencial apresentada pela pesquisa Datafolha, que trouxe Marina Silva como candidata do PSB, no lugar de Eduardo Campos, é o principal vetor para os negócios domésticos nesta segunda-feira, 18. Conforme a sondagem, a ex-senadora já larga tecnicamente empatada com o tucano Aécio Neves, e, na simulação de um segundo turno, a ex-senadora teria força suficiente para derrotar o plano de reeleição de Dilma Rousseff.

O mercado de juros futuros reage a esse novo quadro da disputa presidencial, atento também ao comportamento do dólar. As taxas exibem viés de baixa, com DI para janeiro de 2016 em 11,31%, no mesmo nível de ajuste de sexta-feira. Nas taxas mais longas, o DI para janeiro de 2017 tem taxa de 11,43%, de 11,45% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2021 em 11,59%, ante 11,63% na sexta-feira, 15.

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Conforme a pesquisa Datafolha conhecida na manhã desta segunda-feira, 18, - a primeira apurada após a morte de Campos -, Marina Silva já larga na disputa com 21% das intenções de voto, o que configura uma situação de empate técnico com o candidato do PSDB, Aécio Neves, que tem 20%. Nessa simulação de primeiro turno, a petista Dilma Rousseff lidera com 36% das preferências. Já num segundo turno, a ex-ministra do Meio Ambiente venceria Dilma, já que tem 47% das intenções de voto, contra 43% da presidente.

Entre os destaques da última hora, o Boletim Focus, do Banco Central, trouxe uma nova rodada de revisões para baixo nas estimativas dos analistas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e para o PIB em 2014. Conforme a pesquisa, a estimativa para a inflação oficial no País caiu de 6,26% para 6,25%, enquanto a previsão de expansão da economia recuou de 0,81% para 0,79%. As projeções para a taxa de câmbio e da Selic neste ano seguiram em R$ 2,35 e 11,00%, respectivamente. Já para 2015, houve redução na previsão do juro básico, de 12,00% para 11,75%.

No exterior, as principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York exibem ganhos, à medida que o comboio russo de ajuda humanitária se desloca para o leste ucraniano. Em contrapartida, a busca por ativos seguros prossegue, uma vez que as negociações entre Ucrânia e Rússia ainda demandam cautela.

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