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Um pedaço de iceberg de 5 mil quilômetros quadrados está para se desprender de uma plataforma de gelo na Antártida.

O fato é resultado de uma fenda que se abriu na geleira em 2010 e que atualmente passa dos 130 quilômetros de extensão. A fissura entre a plataforma de gelo e o iceberg, chamado de Larsen C, já possui 100 metros de largura e 500 de profundidade.

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Pesquisadores do Levantamento Antártico Britânico (BAS) e do Projeto Midas – parceria entre as Universidades de Swansea e Aberystwyth, no País de Gales – vêm monitorando a situação da plataforma de gelo desde 1994 e preveem que o derretimento de Larsen C significará um aumento de 10 centímetros de altura nos oceanos do mundo. “Seu derretimento é preocupante porque acelera o deslocamento de geleiras continentais para o litoral antártico, o que poderia afetar seriamente a altura das águas globais”, explicou Adrian Luckman, um dos líderes do Projeto Midas. 

Para os especialistas, a plataforma irá seguir os exemplos de suas irmãs, Larsen A e B. A primeira e menor das três, soltou-se da plataforma em 1995 e já derreteu completamente. A segunda perdeu um fragmento grande no ano de 2002 e, desde então, foi derretendo rapidamente. A previsão dos especialistas é de que o derretimento completo de Larsen C ocorrerá até 2020.

Cientistas verificaram que um dos maiores icebergs do mundo, localizado na Antártida, pode se desprender a qualquer momento. Uma rachadura na plataforma de gelo Larsen C cresceu e agora apenas 20 km de gelo seguram o bloco de 5 mil km².

As plataformas de gelo da Antártida são as porções que flutuam sobre a água, de acordo com a Nasa. A Larsen C é a maior plataforma de gelo no norte da Antártida. 

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Segundo a BBC, os cientistas já acompanham a rachadura por muitos anos. Ela começou a ser observada mais atentamente após colapsos das plataformas de gelo Larsen A, em 1995, e Larsen B, em 2002. Já em 2016, os pesquisadores alertaram que a rachadura em Larsen C aumentava rapidamente.

No final do ano, entretanto, o ritmo da rachadura cresceu e avançou 18 km em duas semanas. "Se o iceberg não se desprender nos próximos meses, ficarei espantado", disse à reportagem da BBC Adria Luckman, responsável pela pesquisa.

Para os estudiosos, a causa do fenômeno não é climático, mas geográfico. Acredita-se que o aquecimento global tenha acelerado a provável ruptura do iceberg. 

Conforme a Nasa, como o iceberg vai flutuar, não contribuirá diretamente com o aumento do nível do mar. Novas rupturas podem ocorrer, entretanto, e geleiras que forem ao mar e derreter aumentarão diretamente o nível do mar.

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