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O presidente da Shell no Brasil, André Araujo, afirmou nesta segunda-feira (2), que a expectativa é que a primeira perfuração no pré-sal ocorra entre o final de 2014 e o início de 2015. Ele explicou, porém, que os cronogramas e os orçamentos da exploração serão definidos pelo comitê operacional do pré-sal, que deverá se reunir em até 60 dias. O encontro será convocado pela PPSA, a estatal que administra o pré-sal. Araujo deu a declaração ao final da cerimônia de assinatura do primeiro contrato de partilha do pré-sal, referente à concessão do Campo de Libra.

Questionado sobre se a Petrobras será uma sócia sólida o suficiente para fazer frente aos investimentos que serão demandados, ele comentou: "Fizemos o consórcio e optamos por ter a Petrobras como parceira". Ele acrescentou ter segurança de que a Petrobras tem experiência em águas profundas que deverá se somar com a experiência da Shell nesse mesmo tipo de exploração. "Estamos bastante tranquilos", disse. Shell e Petrobras integram o consórcio que venceu a licitação do Campo de Libra no dia 21 de outubro. O consórcio ainda inclui duas empresas chinesas, as estatais CNPC e CNOOC, e a francesa Total.

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta segunda-feira (2), que o campo de Libra, do pré-sal, cujo primeiro contrato de partilha foi assinado hoje, produzirá em seu pico 1,4 milhão de barris de petróleo e 40 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. "Em 2013, a produção nacional deve alcançar 2,1 milhões de barris diários de petróleo", afirmou. "Somente Libra representará 67% da condição atual do País", acrescentou. O consórcio de Libra é formado por Petrobras, pelas chinesas CNPC e CNOOC, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, que ganharam a concessão para exploração de petróleo e gás natural na área.

Sobre Libra, o ministro destacou ainda que a arrecadação estimada para a União é de R$ 270 bilhões de royalties. "A União poderá arrecadar até R$ 1 trilhão com os royalties, o bônus de assinatura, os tributos e a comercialização da sua parte do excedente em óleo", concluiu. Edison Lobão disse que a assinatura do contrato do campo de Libra como "coroa um longo e vitorioso processo". Destacou, ainda, que, além do leilão de Libra, foram feitas neste ano duas outras rodadas "bem-sucedidas". "A 11ª rodada, que marcou a retomada dos leilões, superou toda as expectativas", disse. "Nela foram superados os recordes em relação ao bônus de assinatura, de programa exploratório mínimo e de maior bônus por um único bloco", completou.

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Sobre a 12ª rodada, Lobão ressaltou que ela foi a primeira focada em gás natural, "com oferta de blocos exclusivamente em terras". "Não tenho dúvidas em afirmar que o grande interesse demonstrado coroaram o ano de 2013 como de grande sucesso para o setor de petróleo e gás no Brasil", acrescentou. O ministro disse ainda que agora, com a realização do leilão e a assinatura do contrato de Libra, foi completado um ciclo que contribui para a segurança energética do País. "O Brasil é apontado por organizações internacionais como tendo potencial para ser o sexto maior produtor de petróleo até 2020", afirmou Lobão.

A presidente Dilma Rousseff usou seu programa semanal de rádio, 'Café com a Presidenta', para falar do leilão do Campo de Libra, ocorrido na segunda-feira passada, 21. Dilma defendeu o modelo adotado, de partilha, e enfatizou o valor que o País vai receber nos próximos 35 anos. "R$ 1 trilhão nos próximos 35 anos. Você já tentou escrever esse número em um papel, Luciano, para ver quantos zeros têm?", perguntou ao apresentador Luciano Seixas. "Tem 12 zeros", completou a presidente.

Dilma disse que o País vive um momento histórico e dá um grande passo para transformar o petróleo em educação de qualidade para a população. "Vamos conseguir, com Libra, mais recursos do petróleo para investirmos em educação de qualidade, fazendo a alquimia, Luciano, a alquimia de transformar petróleo em sala de aula, em conhecimento, em professores mais bem formados e pagos", disse.

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Sobre o sistema escolhido para a concessão, o de partilha, a presidente disse que ele garante um modelo equilibrado de distribuição entre os interesses do País, da Petrobras e das empresas estrangeiras. "Libra é a prova de que é perfeitamente possível preservar o interesse do povo brasileiro e atrair o interesse das empresas privadas", afirmou.

A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que sobraram muitas dúvidas quanto ao leilão de Libra realizado nesta segunda-feira (21). Sem concorrência, o consórcio formado por Petrobrás, as chinesas CNOOC e CNPC, a francesa Total e anglo-holandesa Shell arrematou a área, com uma proposta de pagamento de 41,65% do lucro em óleo para a União.

"Um leilão que só tem uma proposta, a gente fica na dúvida se de fato foi um leilão", disse.

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Marina também questionou em que área serão usados os R$ 15 bilhões que o governo ganhou com o leilão. "Esse recurso vai para onde? Vai para educação? Acho que não. Vai para fechar o superávit primário, já que o governo está tendo problema? Está tendo muitas interrogações", afirmou.

Conhecida por sua militância na causa ambiental, Marina disse, no entanto, que o "petróleo ainda é um mal necessário", pois não há fontes de energias renováveis suficientes para suprir a demanda atual: "Nossa matriz energética é baseada no uso de petróleo, carvão e gás. Hoje nós não temos como trocar essa fonte". Ela defendeu ainda investimentos em novas formas de produção de energia.

Marina foi a convidada do programa Roda Viva, da TV Cultura, para falar da sua recente filiação ao PSB e o apoio ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na corrida presidencial em 2014.

A ex-ministra voltou a defender que fez uma aliança programática com o PSB e que ainda não está definido se ela será a vice da chapa. Ela também afirmou que não houve erro de estratégia ao planejar a criação da Rede Sustentabilidade e voltou a culpar os cartórios pela rejeição do pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Marina também disse que as críticas que fez o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) deixar a aliança com o PSB não se estende ao agronegócio. Caiado é um dos líderes da bancada ruralista da Câmara. "Há agronegócio e agronegócio. Mas é claro que existem aqueles que fazem questão de manter o olho no retrovisor para o século 19", afirma.

O pregão da Bovespa nesta segunda-feira, 21, está dividido entre dois grandes eventos domésticos. O primeiro, que acontece desde a abertura, refere-se ao exercício de opções sobre ações e que deve movimentar os papéis de Vale e Petrobras. Mas as atenções envolvendo a estatal petrolífera estão voltadas ao leilão do pré-sal no Campo de Libra, que acontece às 14 horas. Em meio a tudo isso, os negócios locais devem monitorar a cautela externa, com os investidores na expectativa pela reabertura das divulgações dos indicadores econômicos norte-americanos. Às 10h08, o Ibovespa subia 0,38%, aos 55.587 pontos.

"Um dia histórico este 21 de outubro", avalia, em relatório o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Ele se refere ao primeiro leilão do pré-sal brasileiro. O governo espera que ao menos um consórcio, formado provavelmente entre Petrobras e duas estatais chinesas (CNOOC e CNPC), apresente uma proposta. No regime de partilha, a estatal petrolífera nacional deve ser a operadora de todos os campos do pré-sal, detendo participação mínima de 30%.

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Segundo um operador, na última sexta-feira, 18, os investidores resolveram "bater" nas ações da Petrobras, em meio às apostas de que a fatia operacional da empresa seja maior do que os 30%, demandando um maior aporte de recursos a serem investidores, diante da menor atratividade do leilão.

Além disso, ele lembra que os papéis da blue chip estarão sob a influência do vencimento de opções. Outro papel que também deve sentir os efeitos das posições compradas e vendidas a serem exercidas é a Vale.

Como pano de fundo, os investidores seguem monitorando o comportamento dos mercados internacionais que iniciam a semana à deriva, na expectativa por um novo gatilho após o fim do impasse fiscal nos Estados Unidos. Os investidores aguardam a retomada das divulgações de indicadores econômicos norte-americanos, a partir de hoje, mas o foco está concentrado no relatório oficial do mercado de trabalho dos EUA (payroll), que será conhecido apenas na terça-feira, 22.

É válido lembrar que, com o início do horário de verão, no Brasil, as Bolsas de Nova York passam a abrir às 11h30 (horário de Brasília). No horário acima, o futuro do S&P 500 avançava 0,06%.

Na agenda do dia, sai o índice de atividade de Chicago em setembro; às 12 horas é a vez das vendas de moradias usadas no mês passado e, às 12h30, saem os estoques norte-americanos de petróleo na semana até 11 de outubro. Ao mesmo tempo, a temporada de balanços ganha força, dividindo as atenções nos negócios.

As seis empresas asiáticas cadastradas para participar do primeiro leilão do pré-sal que será realizado na tarde desta segunda-feira (21), no Rio de Janeiro, enviaram equipes pequenas para participar da disputa. Os representantes das chinesas que, segundo apurou o Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, farão consórcio junto com a Petrobrás, CNOOC e CNPC, chegaram juntos e confirmaram a parceria.

Até ontem, a expectativa era de que pudesse haver apenas um consórcio na disputa pela gigante de Libra, única em oferta, com entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris. Além das duas chinesas, poderiam fazer consórcio com a Petrobras a francesa Total e uma quinta empresa. Até as 17 horas, representantes da Repsol/Sinopec e da colombiana Ecopetrol ainda não haviam retirado o credenciamento.

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Devido ao temor de protestos e ao forte esquema de segurança preparado pelo governo, a ANP exigiu que todos os executivos participantes se hospedassem já no domingo (20) no hotel onde será realizado o leilão hoje, às 14h, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e fizessem o credenciamento o quanto antes.

As asiáticas mandaram não mais do que dois representantes da China. Onze empresas estão habilitadas, incluindo a Petrobrás, mas nem todas devem apresentar lances pela área. Era pouco provável que empresas que não estivessem hospedadas e credenciadas no domingo fizessem lances, já que a orientação da ANP era para credenciar o quanto antes.

O diretor da ANP, Helder Queiroz, disse haver rumores de preparação de uma manifestação contra o leilão com 2 mil pessoas. Durante toda a tarde algumas dezenas de representantes da Petrobras, obrigada por lei a ficar com pelo menos 30% de Libra, e da ANP, organizadora da rodada, fizeram check-in no hotel e se misturaram às dezenas de policiais federais, oficiais do Exército e da Marinha, além de policiais à paisana armados e com escuta, que circulavam pelo lobby do hotel.

Não houve praticamente movimento de asiáticos. Os representantes da CNOOC e a CNPC ficaram hospedados respectivamente no oitavo e no sexto andares e chegaram juntos. Um deles, que seria vice-presidente mas preferiu não se identificar, disse não ter notícia da terceira chinesa, a Sinopec. "Não sei da Sinopec, pois nós da CNOOC e CNPC estamos juntos", disse, confirmando informação antecipada pelo Broadcast.

Às 13h30, o quarto da presidente da Petrobras, Graça Foster, estava pronto, segundo recepcionistas, embora não tivesse notícia de que ela estivesse hospedada. A presença dela não é esperada no leilão. O diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, José Miranda Formigli, que representará a estatal na disputa, fez check-in às 15h40 e não confirmou nem desmentiu a participação de Graça.

A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, chegou ao hotel sem voz. O ministro e Minas e Energia, Edison Lobão, também já estava no hotel no domingo. Ele foi recebido na porta do hotel por Magda. O ministro afirmou que mesmo se houver apenas um consórcio na disputa pela área a licitação será considerada um sucesso pelo governo.

Ele ressaltou não descartar a possibilidade de mais um consórcio se apresentar. Questionado se a indústria brasileira tem capacidade para atender as regras de conteúdo local impostas no leilão, Lobão garantiu que o setor não perdeu o ritmo por conta da ausência de rodadas de licitação de petróleo e gás nos últimos anos. "A indústria brasileira está preparada".

A presidente Dilma Rousseff, que inicialmente participaria do leilão, tampouco era esperada. O diretor da ANP Helder Queiroz fez check-in por volta das 15h. Representantes da ANP fariam uma simulação do leilão no fim da tarde, como de costume. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O leilão do campo de Libra, o primeiro do pré-sal a ser oferecido à iniciativa privada, está marcado para as 14h desta segunda-feira (21), no Rio de Janeiro, e foi amparado por um esquema jurídico e de segurança do governo federal. Nos tribunais, o governo conseguiu "driblar" a maior parte das ações judiciais que tentavam impedir o evento. Nas ruas da Barra da Tijuca, em frente ao Hotel Windsor, 1,1 mil integrantes das Forças Armadas foram mobilizados para impedir que eventuais protestos atrapalhem o evento.

Para garantir a segurança do leilão, foi montada a operação de Garantia da Lei e da Ordem, que vai durar até o fim da noite de hoje. Os militares têm escudos e estão armados com escopetas, bombas de gás lacrimogêneo e armas com balas de borracha. Além das tropas federais do Exército sediadas no Rio de Janeiro, a segurança terá o reforço da Marinha do Brasil, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Militar.

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Toda a área próxima ao hotel Windsor Barra terá o trânsito interditado. Isso deve evitar que os participantes de um protesto que está sendo convocado pelas redes sociais contra o leilão cheguem perto demais do hotel. Para as 10h está marcada uma concentração na Barra da Tijuca, entre a Ponte Lúcio Costa e a Praça do Ó. Poderá ocorrer ainda uma passeata, no fim da tarde, no centro do Rio.

Antes de fechar ruas e impedir que os manifestantes chegassem perto demais do local do leilão, o governo teve de se proteger em outra frente: a jurídica. A Advocacia-Geral da União anunciou, no domingo (20), mais vitórias nas ações judiciais abertas no Paraná e em Campinas (SP) para tentar impedir a realização do evento. Das 24 ações que contestam o leilão, a AGU já saiu vitoriosa em 18 delas. Seis ainda estão em processo de análise nos tribunais, que seguem sendo monitoradas.

Todo o trabalho de retaguarda será para garantir que um evento "a jato", que deverá durar aproximadamente meia hora. A disputa pela melhor oferta, no entanto, vai durar, no máximo, dez minutos. O parâmetro para decidir o vencedor é a oferta de óleo. O edital determina um mínimo de 41,65% de óleo-lucro para a União, e a maior oferta vence. Em caso de empate, a disputa irá para o lance em viva-voz.

O resto, ao contrário do modelo de concessão, não varia. O bônus de assinatura será fixo em R$ 15 bilhões e os porcentuais de conteúdo local têm um mínimo estabelecido e não influenciarão no resultado. O leilão de Libra será o primeiro sob o regime de partilha da produção, em vigência desde o fim de 2010.

Embora o leilão não tenha despertado interesse de grandes petroleiras internacionais, o governo trabalha com a informação de que pelo menos um consórcio fará oferta por Libra. Segundo fontes de mercado, trata-se de uma parceria entre a Petrobras com duas estatais chinesas que ainda não atuam no Brasil, a CNOOC e a CNPC. Em troca pela parceria na exploração do campo, dizem fontes, as empresas chinesas também se uniriam à gigante brasileira na construção de refinarias no Nordeste, negócio considerado mais lucrativo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O maior leilão de uma área de petróleo no Brasil, o do campo de Libra, que será realizado amanhã, tem pelo menos um consórcio preparado para fazer lance. Reúne a Petrobras e duas empresas chinesas que ainda não atuam no País, as estatais CNOOC e CNPC, além de outros dois grupos. E esse acerto, que deve garantir o sucesso do leilão, pode ser apenas parte de um acordo mais amplo costurado com a participação dos governos brasileiro e chinês.

Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, entram nesse pacote os projetos de refinarias da estatal brasileira na região Nordeste e a possibilidade de compra e venda de participação em blocos exploratórios que pertencem à Petrobras. Além das duas estreantes chinesas, também a Sinopec, que já atua no Brasil, deve participar do acordo de intenções mais amplo com a Petrobras.

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Estão no pacote os projetos de refinarias da estatal brasileira no Nordeste e possibilidade de compra e venda de participação de blocos exploratórios.

As companhias chinesas, tidas como as grandes vedetes do leilão de Libra, devem participar de forma mais comedida do que o esperado inicialmente, e apenas foram convencidas a entrar na disputa depois de ser oferecida uma parceria além do leilão, mesmo que essa parceria ainda não esteja totalmente desenhada, segundo as fontes.

Discussões

A ideia está em maturação pelo menos desde 2012, antes mesmo de o governo anunciar os três aguardados leilões de petróleo e gás deste ano, sendo o mais importante o de amanhã, que inaugura o sistema de partilha e que renderá ao governo R$ 15 bilhões apenas em bônus de assinatura.

Já no ano passado, a presidente da Petrobras, Graça Foster, deu uma pista desse caminho, ao ser questionada no conselho de administração sobre os esforços para encontrar um parceiro que descongelasse o projeto das refinarias do Nordeste, contou um interlocutor.

Como e por que alguém investiria numa refinaria multibilionária, com interesses políticos envolvidos, que a própria Graça suspendera do plano de negócios, para revisão, por estar cara demais? Pior, uma refinaria cujos combustíveis produzidos (os preços são controlados pelo governo) seriam vendidos por valores abaixo dos de mercado?

Graça, segundo a fonte, tinha uma resposta pronta: a Petrobras poderia fazer uma associação que envolvesse negociações com campos de petróleo. A parte não rentável da refinaria seria compensada com uma oferta de um ativo de petróleo.

As conversas entre a estatal brasileira e grupos chineses acontecem há tempos. O presidente da Sinopec, Fu Chengyu, por exemplo, esteve no Rio no ano passado com uma comitiva de uma centena de funcionários e assessores. Também se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Em meados deste ano, Graça viajou à China para fazer três apresentações, de várias horas cada, a executivos de três estatais. O tema foi principalmente o pré-sal, mas também a construção da refinaria Premium I, no Maranhão, segundo a própria Graça.

"Fui e voltei da China em três dias. Não passei nem em hotel, tomei banho em aeroporto. O bom é que o celular não pega", brincou, em coletiva, há três semanas. "Tudo o que a gente tem feito com os chineses tem sido uma experiência boa."

Carta de intenções

Em 11 de junho, Graça e Fu formalizaram o acordo, com assinatura de uma carta de intenções entre Petrobras e Sinopec para desenvolver estudo conjunto do projeto da refinaria maranhense.

O acerto pode ter seu pontapé se vencer o consórcio da Petrobras com chineses na disputa da área gigante de Libra, um prospecto com reserva estimada entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris, quase tão grande quanto todas as reservas provadas do País (15,7 bilhões de barris). Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a estimativa é que a produção de petróleo no campo possa chegar a 1,4 milhão de barris por dia.

As negociações com a Sinopec, disse Graça, podem vir a ser estendidas para a Premium II, no Ceará, ambas com capacidade para processar 300 mil barris por dia. O projeto das refinarias ficou mais enxuto e menos oneroso após a contratação de uma consultoria americana para revisá-los.

O presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, Charles Tang, confirma que a negociação da Petrobras com a Sinopec envolveu o governo. "Tive o privilégio de ser fomentador disso. O ministro (Lobão) me disse que não aguentava mais discutir com as empresas que estava discutindo, pois não chegavam nunca a uma conclusão", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A necessidade do governo de usar os recursos do primeiro leilão do pré-sal para fechar as contas do País em 2013 atrapalhou a competitividade pela área gigante de Libra, na licitação que acontece segunda-feira, no Rio, segundo analistas. Às vésperas do leilão, o desenho da disputa se encaminhava para apenas um grande consórcio, de cinco componentes, disposto a pagar os R$ 15 bilhões de bônus de assinatura do prospecto que, sozinho, pode quase dobrar as reservas do País.

As chinesas, grandes favoritas para entrar com força no maior leilão de uma área de petróleo já realizado no País, devem ter participação minoritária na disputa, segundo uma fonte envolvida nas negociações. A Petrobrás entrará com parcela significativa dentro do consórcio, acima dos 30% exigidos pela Lei de Partilha que se aplica à região do pré-sal. Terá ao seu lado duas chinesas (CNPC e CNOOC), uma das duas grandes empresas petroleiras privadas inscritas (possivelmente, a Total) e uma quinta empresa.

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A oferta não ficaria muito acima do mínimo estabelecido pelo governo: pelo menos 41,65% da produção precisarão ser divididos com a União. Estão fora do consórcio da Petrobrás a Repsol/Sinopec (de origem espanhola e chinesa), a malaia Petronas e a japonesa Mitsui, segundo a fonte envolvida nas negociações.

As seis empresas que não estão com a Petrobrás, em tese, poderiam formar um segundo consórcio de até cinco componentes. Mas esta formação era considerada improvável até a noite de ontem (18).

Bônus

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) havia defendido até junho um bônus de R$ 10 bilhões de forma a aumentar a concorrência. Mas o governo cravou os R$ 15 bilhões, que precisarão ser pagos à vista e ajudarão nas metas das contas públicas. Todo o processo foi acelerado de forma a viabilizar o pagamento ainda neste ano.

Das 40 empresas com capacidade de disputar, apenas 11 se inscreveram em setembro, a maioria estatal, sendo seis asiáticas. Gigantes como Exxon, Chevron e BP ficaram de fora.

As regras do leilão que contribuíram para que as empresas privadas desistissem da disputa também desagradaram chineses. Não foi criticado o modelo em si, mas o bônus alto demais, além de detalhes como falta de correção monetária para os custos que poderão ser descontados antes de o óleo ser partilhado com a União.

Segundo a fonte envolvida nas negociações, a Mitsui estaria mais interessada na 12.ª Rodada de Licitações, voltada para campos em terra com o objetivo de desenvolver as reservas de gás convencional e não convencional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), presidido pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, publicou, nesta sexta-feira, 11, no Diário Oficial da União (DOU) resolução com uma nova diretriz sobre o modelo de apropriação do custo em óleo previsto no contrato do primeiro leilão do pré-sal, marcado para o próximo dia 21, que ofertará o Campo de Libra, na Bacia de Santos.

A Resolução CNPE nº 7 estabelece que "no contrato da Primeira Rodada de Licitações sob o regime de partilha de produção na área do pré-sal, após o início da produção, caso os gastos registrados como custo em óleo não sejam recuperados no prazo de dois anos, a contar da data do seu reconhecimento como crédito para o contratado, o limite será aumentado, no período seguinte, para até 50% até que os respectivos gastos sejam recuperados".

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A nova diretriz atende a recomendação feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nesta semana. Segundo o tribunal, esse ponto relacionado ao uso do óleo não estava claro no edital e por isso - para dar segurança jurídica ao processo - recomendou que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) obtivesse do CNPE a aprovação da alteração do modelo de apropriação do custo em óleo que está no edital, antes da realização do leilão.

Em resolução anterior, o CNPE havia aprovado o uso de até 50% do óleo extraído para o pagamento dos custos das empresas vencedoras do leilão nos dois primeiros anos de produção, passando para até 30% a partir do terceiro ano. Mas o edital da ANP autorizava o uso de até 50% desse óleo para a cobertura de despesas por quantos anos forem necessários.

Embora detenha as maiores descobertas de petróleo e gás dos últimos anos, como os campos de Libra e Lula, o Brasil não é visto como estratégico para o crescimento de gigantes privadas como ExxonMobil, British Petroleum (BP), Chevron e Eni, que decidiram ficar de fora do primeiro leilão para exploração da região do pré-sal.

Levantamento nos planos estratégicos das quatro empresas - todas do rol das 15 maiores petrolíferas do mundo, por seu valor de mercado, ranqueadas pela consultoria internacional PFC Energy, com base em informações de seus sites - mostra que o Brasil não está nas rotas principais de seus investimentos. No lugar, estão áreas no Golfo do México (EUA), Canadá, África Ocidental, China, Austrália, Rússia e na região do Ártico.

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Na quinta-feira, o governo federal foi surpreendido pelo baixo número de inscritos para o primeiro leilão do pré-sal, do prospecto de Libra. Inicialmente, esperava-se que 40 empresas se habilitassem, mas só 11 se inscreveram. Chamou a atenção a ausência da ExxonMobil, maior petrolífera do mundo, da Chevron, a quarta maior, da BP, a sétima, e da British Gas (BG), parceira da Petrobrás no campo de Lula, do pré-sal.

Segundo especialistas do setor, por trás dessa competição geográfica estão fatores como o longo hiato no processo de licitações para áreas de exploração no País, enquanto o novo contrato de partilha do setor era discutido; as dúvidas do setor privado em relação às novas regras para o pré-sal; e as mudanças provocadas pela exploração do gás de folhelho, chamado em inglês de "shale gas", às vezes traduzido como "gás de xisto" e também conhecido como "gás não convencional".

Competição. Ao analisar a decisão, analistas do Credit Suisse disseram que o baixo interesse por Libra pode estar ligado à competição com oportunidades em outros países. "O (pré-sal do) Brasil encara uma competição com outras geografias em termos de recursos, tais como a África Ocidental, o Golfo do México e as reservas de shale (fonte não convencional) nos Estados Unidos", afirmaram os analistas Vinicius Canheu e André Sobreira, em relatório.

"O governo tirou o Brasil da rota dos investimentos do setor de petróleo e gás", disse o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, referindo-se aos cinco anos sem leilões no Brasil. Ele criticou a "participação excessiva da Petrobrás" - que deterá 30% do consórcio vencedor do leilão de Libra.

Isso revelaria que a recusa das grandes empresas de participarem do leilão de Libra não foi casual e não pode ser atribuída apenas ao elevado valor de bônus de assinatura da licitação, fixado em R$ 15 bilhões pelo governo.

Curiosamente, a Argentina, que assustou investidores com medidas como a reestatização da YPF, em 2012, é citada por ExxonMobil e Chevron como um país com boas oportunidades. Atualmente, a presidente Cristina Kirchner promove uma reforma na indústria de petróleo e gás para atrair novos investimentos, sobretudo para tornar viável a exploração do "shale gas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, confirmou nesta quarta-feira, 18, que 18 empresas adquiriram o pacote de dados sobre o prospecto de Libra, que será leiloado em outubro, na primeira rodada do pré-sal. Onze empresas já manifestaram interesse formal de participar do leilão, segundo levantamento confirmado na terça-feira, 17, à noite. Magda participa hoje de audiência pública sobre a 12ª rodada de licitações, voltada para gás em terra e marcada para novembro.

O diretor da Agencia Nacional do Petróleo (ANP) Helder Queiroz manteve para o dia 21 de outubro a previsão de realização do primeiro leilão de área no pré-sal. Queiroz disse, nesta terça-feira, 17, que as denúncias sobre uso de técnicas de espionagem pela agência americana NSA não afetam a realização do leilão, mesmo porque não há provas de que houve vazamento de informações relacionadas à licitação.

Queiroz disse que cerca de uma dezena de empresas manifestou interesse em participar do primeiro leilão de área no pré-sal. Amanhã termina o prazo para as companhias manifestarem interesse e pagarem uma taxa de cerca de RS 2 milhões. Um número maior de empresas comprou os dados sobre a área que será leiloada, Libra, mas nem todas manifestaram interesse até agora. A ANP realiza hoje no Rio seminário técnico-ambiental e jurídico fiscal sobre o leilão, que ofertará o prospecto gigante de Libra, com volume estimado entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris recuperáveis.

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A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse nesta quarta-feira, 28, que o bônus de assinatura para o Campo de Libra, de R$ 15 bilhões, não pode ser considerado caro. Segundo ela, a área tem capacidade para produzir entre 8 e 12 bilhões de barris. O primeiro leilão do pré-sal deve ocorrer em 21 de outubro.

"Estamos licitando uma área bem definida e sabemos exatamente quanto vale esse óleo no mercado. O Brasil está oferecendo uma coisa única no mundo, pelo porte e nível de informações a respeito", disse, durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado. "Pelo porte de Libra, um bônus de R$ 15 bilhões não está caro."

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Magda afirmou que as empresas que vencerem a disputa pelos blocos terão 35 anos para explorá-los. O prazo de concessão é improrrogável. "Em Libra, imaginamos que a produção será possível a partir do quinto ano", afirmou. Nos primeiros quatro anos, durante a fase de exploração, as empresas terão que atingir um compromisso de 37% de conteúdo local em bens e serviços; e na etapa de desenvolvimento, entre 55% e 59%. "Posso assegurar a vocês que esse é um compromisso alto", afirmou.

Magda disse que as empresas terão de ofertar, no mínimo, 41,65% do óleo lucro ao governo, o que assegura uma participação governamental de 75%. Se a oferta for de 50%, a participação sobe para 80%; e se for de 60%, para 86%. "Quanto mais se produzir, mais se paga ao governo. Quanto mais caro o óleo, mais se paga ao governo. Quanto mais concorrência tivermos, maior será a vantagem da União."

A diretora-geral da ANP afirmou que as empresas têm até o dia 9 de setembro para manifestar interesse nos blocos e ter acesso ao pacote de dados. Segundo ela, até o momento, 13 empresas já adquiriram esse pacote.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estendeu para 29 de julho o prazo para a consulta pública das minutas do edital e do contrato da primeira licitação do pré-sal. A audiência pública foi remarcada para o dia 6 de agosto, no Rio.

O prazo inicialmente divulgado pela ANP era de 9 a 19 de julho, mas os dez dias vinham sendo considerados muito pouco tempo para análise e envio de sugestões pelo setor de petróleo. Na sexta-feira, 12, a diretora-geral da agência, Magda Chambriard, informou em entrevista com a imprensa que as datas poderiam ser alteradas.

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Segundo a ANP a prorrogação do prazo não altera a data prevista para o leilão de Libra, primeira área do pré-sal a ser licitada, marcado para o dia 21 de outubro.

O euro caiu frente ao dólar nesta terça-feira, 09, depois de a Fitch rebaixar o rating de crédito soberano da Itália para BBB, de BBB+. Outro fator foi a declaração de Jörg Asmussen, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), de que as taxas de juro da instituição deverão ficar excepcionalmente baixas por pelo menos 12 meses.

A libra, por sua vez, caiu para nível mais baixo desde junho de 2010 diante do dólar, ainda em reação aos dados fracos da produção industrial do Reino Unido, divulgados na semana passada. O indicador fez crescer a possibilidade de o Banco da Inglaterra (BoE) adotar novas medidas de estímulo à economia.

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No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,2785, de US$ 1,2870 na véspera; o iene estava cotado a 101,18 por dólar, de 100,97 por dólar. Frente à moeda japonesa, o euro estava cotado a 129,34 ienes, de 129,82 ienes na segunda-feira; o franco suíço estava cotado a 0,9728 por dólar, de 0,9633 por dólar; e a 1,2436 por euro, de 1,2468 por euro; a libra estava cotada a US$ 1,4860, de US$ 1,4951. O dólar australiano estava cotado a US$ 0,9175, de US$ 0,9203.

O dólar avançou ante o euro e a libra nesta quinta-feira, 04, depois do discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e do comunicado emitido pelo Banco da Inglaterra (BoE). As instituições indicaram que as políticas monetárias permanecerão inalteradas por mais tempo. Ao longo do dia, tanto a moeda europeia quanto a libra chegaram a tocar o nível mínimo em semanas. Os mercados de câmbio tiveram movimento fraco em função do feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos.

Pela manhã, o BoE surpreendeu ao emitir um comunicado com cinco parágrafos, bem mais extenso que o tradicional documento publicado após as decisões anteriores. Foi a primeira reunião da autoridade monetária inglesa sob o comando do presidente Mark Carney. Além de manter a taxa básica de juros em 0,5% e seu programa de compras de ativos em 375 bilhões de libras, o BoE disse no documento que novos sinais de recuperação no Reino Unido estão a caminho, mas alertou que as altas taxas de juros do mercado podem pesar na recuperação.

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Pouco depois, Draghi sugeriu que as taxas de juros do BCE permanecerão no nível atual ou menor por um "período prolongado".

O posicionamento das instituições é contrário à postura adotada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que sinalizou que o fortalecimento recente da economia norte-americana pode provocar a redução do programa de estímulos à economia do país até o fim do ano.

"Os comentários feitos por Draghi e outros funcionários europeus recentemente indicam que a recuperação não está atrasada", disse Dave Bradley, diretor de câmbio do Scotiabank Global Banking and Markets, em Toronto. Ele acrescentou que o euro deverá enfrentar uma pressão descendente dos investidores e poderia se mover abaixo de US$ 1,28 no curto prazo.

No fim da tarde, o euro caía para US$ 1,2883, de US$ 1,3023 no fim da tarde de quarta-feira. O dólar recuava para 99,90 ienes, de 100,17 ienes, e tinha queda para 0,9566 franco suíço, de 0,9585 franco suíço. A libra estava em US$ 1,5078, de US$ 1,5291.

O índice Wall Street Journal Dollar Index, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de rivais, subia para 75,554 pontos, de 75,179 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

A libra esterlina subiu para o maior nível em dois meses ante o dólar nesta quinta-feira, 25, após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido no primeiro trimestre, que mostrou que a economia britânica conseguiu evitar uma nova recessão. Isso reduz as chances de o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) ter de adotar novas medidas de estímulo, que prejudicariam a libra.

No fim da tarde em Nova York, a libra estava cotada a US$ 1,5432, de US$ 1,5266 no fim da tarde da véspera. O euro caía para US$ 1,3011, de US$ 1,3015. O dólar recuava para 99,25 ienes, de 99,50 ienes, e o euro tinha queda a 129,12 ienes, de 129,51 ienes. A moeda norte-americana também recuava a 0,9450 franco suíço, de 0,9470 franco suíço. O índice Wall Street Journal Dollar Index, que pesa o dólar ante uma cesta de rivais, recuava para 73,954 pontos, de 73,975 pontos.

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Na Europa, a boa notícia saiu do Reino Unido, onde os dados preliminares sobre o PIB mostraram que o país evitou uma terceira recessão. O PIB britânico cresceu 0,3% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o quarto trimestre de 2012, e 0,6% ante o mesmo período do ano anterior. Economistas consultados pela Dow Jones previam expansão de 0,1% na comparação trimestral e de 0,2% na taxa anual.

"No curto prazo, a libra esterlina deve subir um pouco mais ante o dólar e o euro, já que diminuiu a probabilidade de mais um programa de relaxamento monetário do BoE", comenta Ilya Spivak, estrategista de câmbio da DailyFX.com.

Nos Estados Unidos, os pedidos de auxílio-desemprego diminuíram 16 mil na última semana, para 339 mil, o total mais baixo desde o início de março e o segundo menor desde janeiro de 2008. O resultado também ficou abaixo da previsão dos economistas, de 350 mil solicitações. O outro indicador divulgado nos EUA, o índice de atividade industrial do Federal Reserve de Kansas City, ficou estável em -5 em abril e teve pouca repercussão nos mercados.

Enquanto isso, continua o debate sobre as possíveis ações do Banco Central Europeu (BCE) na sua reunião da próxima semana. Na quarta-feira, 24, o membro do BCE Jörg Asmussen afirmou que a eficácia de um corte nos juros seria "limitada". Nesta quinta, porém, o vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn, e o vice-presidente do BCE, Vitor Constâncio, disseram que a consolidação fiscal é necessária, mas pode ser desacelerada.

O Goldman Sachs se juntou a outras instituições que preveem um corte de 25 pontos-base na taxa de juros da zona do euro, na próxima semana. O banco também revisou sua projeção para o desempenho da economia do bloco este ano, e agora espera contração de 0,7% no PIB, ante previsão anterior de queda de 0,5%. As informações são da Dow Jones.

A libra esterlina caiu para o menor nível em relação ao dólar desde junho de 2010 nesta terça-feira, com o enfraquecimento da produção industrial e aumento das preocupações com a economia do Reino Unido. A libra chegou a cair a US$ 1,4832 antes de encerrar a sessão em Nova York em US$ 1,4903, e abaixo de US$ 1,4915 registrados no final da tarde da segunda-feira. A moeda do Reino Unido também caiu para o menor nível em relação ao dólar australiano desde 1985.

A produção industrial do Reino Unido caiu 1,2% em janeiro em relação a dezembro e 2,9% ante janeiro do ano passado, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês). Os dados vieram piores do que o esperado e alimentaram os temores de que a economia do Reino Unido está a ponto de enfrentar a terceira recessão em cinco anos.

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Os dados também elevaram as expectativas de o Banco da Inglaterra estimular a enfraquecida economia por meio de mais relaxamento monetário, o que geralmente deprecia a moeda. A próxima reunião do banco central inglês está marcada para os dias 3 e 4 de abril.

Enquanto isso, o iene se recuperou de suas perdas iniciais em relação a dólar e após o chefe político do Partido Democrata do Japão ter dito que sua legenda não deve apoiar a indicação de Kikuo Iwata para a presidência do Banco do Japão (BoJ), devido à sua forte visão de relaxamento monetário. Iwata está sendo visto como o nome mais favorável ao relaxamento entre os candidatos.

No começo do dia, o iene recuou para seu menor nível em relação ao dólar desde agosto de 2009, após Iwata ter dito que o BoJ pode atingir sua nova meta de inflação de 2% apenas pela expansão das compras de ativos e aquisição de bônus de longo prazo do governo. Seus comentários reforçaram as expectativas de que o novo líder do BC japonês poderia manter as medidas de relaxamento para estimular a economia e enfraquecer o iene.

Neste cenário, o euro caiu para US$ 1,3034, de US$ 1,3045 no final da segunda-feira. O dólar caiu para 96,08 ienes, de 96,29 ienes na véspera. O euro também caiu para 125,20 ienes, de 125,56 ienes. As informações são da Dow Jones.

O euro e a libra oscilam, enquanto a série de indicadores positivos sobre as economias europeias abre caminho para a cautela antes da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE), na quinta-feira (07).

A moeda única europeia alcançou a máxima de US$ 1,3076 após dados mostrarem que a atividade econômica na zona do euro teve contração em fevereiro, porém menor do que a esperada. Além disso, as vendas no varejo da zona do euro em janeiro tiveram o maior aumento mensal desde abril de 2011.

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No entanto, os dados não apagaram a percepção de que a economia da zona do euro ainda deverá ter contração pelo quarto trimestre seguido nos três primeiros meses deste ano, o que será levado em conta pelo BCE na reunião desta semana - a primeira desde as eleições inconclusivas da Itália, que renovaram as preocupações com a crise da zona do euro.

"Embora nós não esperemos qualquer mudança na política nesta reunião do BCE, sugerimos uma avaliação atenta da linguagem" usada, comentou Ian Stannard, estrategista do Morgan Stanley, acrescentando que o banco central pode sinalizar uma ação no futuro.

A libra, por sua vez, se fortaleceu no início da manhã em reação ao aumento no índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do Reino Unido para 51,8, que contrariou a previsão de queda para 51,0. Mas o impulso para a libra perdeu força diante da resistência em US$ 1,52. Alguns economistas afirmaram que o BoE provavelmente vai manter a política inalterada, apesar das crescentes especulações de que o banco central poderá adotar mais relaxamento monetário.

Já o iene manteve os ganhos da madrugada diante do dólar, depois de investidores japoneses repatriarem parte de seus lucros no exterior gerados por dividendos de ações e cupons de bônus. Isso ajudou a contrabalançar as vendas realizadas por participantes do mercado que esperam que o Banco do Japão (BoJ) afrouxe a política monetária nos próximos meses, segundo operadores de Tóquio.

Às 9h45 (de Brasília), o euro subia para US$ 1,3035, de US$ 1,3027 no fim da tarde de segunda-feira (04), e caía para 121,51 ienes, de 121,76 ienes, enquanto o dólar recuava para 93,22 ienes, de 93,49 ienes. A libra operava a US$ 1,5159, de US$ 1,5105 segunda. O índice do dólar medido pelo Wall Street Journal estava em 73,010, de 73,124. As informações são da Dow Jones.

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