Tópicos | Lula deve ser candidato

A eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comando do país em 2018 tem gerado uma discussão intensa no país, principalmente diante das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro que pesam contra ele. O assunto divide não apenas na classe política, mas a sociedade. Se para uns, o petista pode retomar o desenvolvimento econômico e as ações sociais do governo, para outros a perspectiva de um novo mandato dele é pressuposto para novos casos de irregularidades na gestão pública. 

Ao aferir a relação dos pernambucanos com os políticos, o Instituto de Pesquisas UNINASSAU questionou a população se Lula deveria ou não disputar a Presidência da República e de acordo com dados do levantamento, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, 55% acreditam que sim enquanto 33% ponderam que não. 

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Entre os que sinalizaram positivamente, a maioria, 64%, recebem até um salário mínimo; 82% moram na região do Sertão do São Francisco e 63% tem até o ensino fundamental completo. Já entre os que discordam da candidatura do ex-presidente ao Planalto, a maior parcela, 46%, tem o ensino superior; 40% ganham acima de dois salários mínimos e 40% residem na Região Metropolitana do Recife.

Na avaliação do cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira, o desfecho das investigações da Lava Jato será crucial para a participação ou não de Lula na disputa. “Há uma rejeição, mas um alto percentual também defendendo a candidatura dele. Nós podemos dizer que uma candidatura de Lula partiria com cerca de 30% de intenções de votos, mas temos que considerar que ainda não sabemos o fim da Lava Jato. Não sabemos se Lula vai terminar como vítima ou como vilão”,observou. 

Questionado se uma candidatura do ex-presidente desestabilizaria a política nacional, o estudioso argumentou que “não”. Segundo ele, dependendo do desfecho das investigações, a postulação em 2018 “pode vir a representar um certo alívio para os políticos” e a recuperação da credibilidade da classe com a população, caso ele seja inocentado. 

“Lula tem uma capacidade política muito grande, ele sendo presidente poderia amenizar o ânimo das instituições”, ponderou Oliveira. 

O levantamento foi a campo entre os dias 8 e 10 de maio, antes da divulgação do depoimento prestado pelo ex-presidente ao juiz Sérgio Moro, no processo da Lava Jato que investiga o eventual repasse de propina ao líder-mor petista através de reformas em um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. O nível de confiança da amostra é de 95% e a margem de erro de 2,1 pontos percentuais. 

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