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O candidato a presidência da República e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), cancelou todas as agendas de campanha desta quarta-feira (23) para acompanhar de perto o quadro clínico do escritor e amigo Ariano Suassuna. O presidenciável desembarca hoje no Recife e não participará de atos políticos. Ariano está internado desde a última segunda-feira (21) quando sofreu um AVC hemorrágico, no mesmo dia passou por uma intervenção cirúrgica e passou a respirar com a ajuda de aparelhos. 

De acordo com o último boletim divulgado pela unidade hospitalar, nessa terça (22), o mestre do movimento armorial apresentou uma piora devido à queda da pressão arterial e a elevação da pressão intracraniana. No início da tarde de ontem, Eduardo Campos pediu, na sua página oficial do facebook, orações para o "tio que a vida o deu". Desde 2006, quando Campos se candidatou pela primeira vez ao governo estadual Ariano reforça o palanque dele. Surgiu do escritor a entoação da música "Madeira de lei que cupim não rói" para empolgar a militância socialista. 

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Nos últimos discursos, como governador de Pernambuco, o socialista fez questão de lembrar a força que Ariano o deu para ser eleito. Em um deles, Campos exaltou a importância do escritor que endossou a candidatura indo às ruas pedir votos. “Hoje tenho a honra de dizer, Ariano, que eu não decepcionei”, cravou exaltado, em fevereiro

Em maio, quando Campos já estava na preparação para a corrida presidencial, o dramaturgo gravou um vídeo elogiando o socialista. Na gravação, de um pouco mais de dois minutos, o Ariano disse que o ex-governador é “uma das maiores alegrias” que ele tem vida. No esquete, Suassuna relembrou da confiança depositada no líder do PSB na primeira campanha ao governo do Estado e garantiu ter se surpreendido com a atuação de Campos. “Em 2006 eu dei uma declaração em favor dele. Eu sabia que ele seria um grande governador, mas eu não esperava que fosse tanto não”, elogiou. 

Foi no município de Garanhuns, Agreste do estado de Pernambuco que o médico veterinário e geógrafo Nelson Batista resolveu realizar seu sonho de ter uma terra onde pudesse plantar, colher e cultivar bens para as futuras gerações, semeando árvores. Mas até então, a história parece bem normal, até saber que tudo o que é produzido no local é sustentável. “Sempre quis ter um lugar para plantar frutas e verduras sem usar agrotóxicos e aqui eu posso fazer tudo isso, além de poder criar animais soltos dentro da minha propriedade sem que a produção de frutas e verduras seja comida pelo gado”. Atualmente, procura-se cada vem mais o cultivo de alimentos sem agrotóxicos, por causa dos males à saúde, tanto de quem os aplica como de quem consome o produto final. "É ideal o cultivo de alimento sem agrotóxicos porque quem os cultiva fica livre da exposição a esse tipo de agente, que é altamente cancerígeno. Os resíduos que chegam pro consumidor são poucos, quem trabalha com os agrotoxicos é que fica exposto a maior quantidade. Na minha profissão já vi muitos casos de pessoas que desenvolveram câncer por trabalharem com esses produtos. Além disso, os consumidores também saem ganhando, pois o produto chega mais natural, sem alteração do sabor e livre de agentes cancerígenos", é o que explica a enfermeira e mestranda em saúde da criança e do adolescente, Lívia Novaes. 

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No local, o sistema de cerca é feito ao contrário, pois o animal permanece solto por toda a extensão do terreno e o que fica preso são os cultivos. A contenção é feita através de um fio que conduz uma eletricidade de oito mil volts, estendido por todo o perímetro da propriedade, isolando um local de mil metros de comprimento por 60 metros de largura onde ficam distribuídas as plantações de milho e outros produtos. “Essa voltagem é o que faz barrar o animal e o impede de comer o alimento plantado, no entanto, o animal não corre o risco de morrer com esse choque, pois no fio só corre voltagem e não possui amperagem”, explica Nelson. De acordo com o parceiro da WSPA e professor da Universidade Estadual Paulista (UNESP) Mateus Paranhos, o sistema utilizado na propriedade é totalmente aceitável para a finalidade, pois possui finalidade educativa. "Esse tipo de cerca elétrica não traz problemas para o animal, pois a corrente funciona por impulso, ela não é contínua, ou seja, não transmite choque a todo tempo. O impacto negativo ao animal é bem pequeno e nem todos os animais levam o choque, pois o método funciona de forma educativa e uma vez que o animal leva a carga ele aprende e os outros também, evitando que todos passem pelo processo", assegura o professor.

Mas o mais interessante é que toda essa carga conduzida pelo fio não chega à propriedade através da companhia de energia elétrica, afinal, quando começou a funcionar, há alguns meses, a energia elétrica nem chegava ao local. Toda a energia utilizada é conseguida através de uma placa fotovoltaica, capaz de captar a energia solar e transmiti-la para uma bateria de 12 volts que alimenta um eletrificador de cerca apropriado e, por fim, conduz a corrente para todas as necessidades da fazenda. 

Além de eletrificar a cerca das plantações, o sistema fotovoltaico também capta energia que faz a bomba de água trabalhar para irrigar toda a plantação existente na sementeira, também dentro da propriedade. “Foi construído um tanque abaixo do nível do riacho que corre dentro da propriedade, onde acumula-se água através de gravidade. A partir daí, a bomba alimentada pela energia solar, enche uma caixa localizada num ponto alto da sementeira e irriga as mudas e a plantação”. A irrigação é feita com mangueiras hidráulicas descartadas por bombeiros, que conduzem água por toda a área da sementeira e cultivo.

A propriedade também possui a intenção de ser uma área de reflorestamento. “A iniciativa de plantar para arborizar é pouco vista pela sociedade civil, ficando geralmente nas mãos de empresas com política verde ou mesmo daquelas que também fazem extração, mas aqui eu quero plantar para o futuro”, conta o geógrafo que explica que quando adquiriu o espaço, já existiam algumas árvores e ele quis mantê-las, inclusive, criando rotas por dentro da fazenda que não precisasse destruí-las.

Nelson resolveu plantar árvores nativas, frutíferas e não frutíferas, e outras espécies exóticas, como é o caso da madeira de lei Pau Ferro, Nin, None, Moringa, Jatobá, Sucupira e Murici. Algumas delas também possuem propriedades medicinais e são cultivadas para fins não só de reflorestamento, como também para pesquisas.

Além dessa iniciativa, na propiriedade também se cultiva a Moringa, com a finalidade de distribuir mudas da árvore para a população, que pode usar a semente macerada (amassada) dessa planta, para decantar água, podendo substituir o sulfato de alumínio, usado atualmente, e que alguns pesquisadores já afirmam ser um agente cancerígeno.

Apesar de tantas inovações, o geógrafo e veterinário tem se dedicado às iniciativa há cerca de apenas um ano, mas já possui mais ideias para colocar em prática. Além disso, hoje tenta aperfeiçoar o que já implantou e espera ver o crescimento das já incontáveis grandes árvores em sua propriedade. “Já tenho três filhos, já plantei tantas árvores que nem me falta mais escrever um livro”.

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