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Centenas de pessoas forçaram nesta sexta-feira as barreiras policiais para dar seu último adeus ao ícone da luta contra o apartheid, Nelson Mandela, em Pretória. Uma multidão forçou o acesso quando a polícia anunciou que não poderiam entrar na sala em que se encontra o caixão do primeiro presidente negro da África do Sul.

O grupo correu em direção ao anfiteatro do Union Buildings, a sede do Governo sul-africano, onde o corpo de Mandela era velado desde quarta-feira.

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Esta sexta-feira era a última oportunidade para que as pessoas vissem os restos mortais do ex-presidente, antes que sejam transferidos à localidade na qual Mandela passou sua infância e onde será enterrado no domingo, Qunu.

Devido ao grande número de presentes, muitos que esperaram na fila durante horas, ou inclusive dias, ficaram decepcionados. Apenas duas horas após a liberação do acesso ao público ao caixão de Mandela, na manhã desta sexta-feira, o governo declarou que não seria possível receber todas as pessoas que seguiam esperando, e pediu que fossem embora.

Os agentes tentaram deter um grupo que tentava entrar em um primeiro momento, pedindo que permanecessem na fila, mas acabaram cedendo. "A polícia disse que deveríamos fazer uma fila, mas (as pessoas) não fizeram. Depois começaram a empurrar", declarou Gilbert Setshedi, de 27 anos e que estava na fila desde as 07h00.

O governo sul-africano está ciente de que o falso intérprete de sinais que participou da missa campal em homenagem a Nelson Mandela é acusado de homicídio e informou nesta sexta-feira que ele está sendo investigado.

Phumla Williams, funcionário da secretária de comunicação do governo, disse que as autoridades investigam a situação de Thamsanqa Jantjie e tentam determinar como ele foi selecionado para fazer erroneamente a tradução para surdos-mudos.

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No evento, Jantjie ficou perto do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e de outros líderes mundiais.

Mais cedo, o ministro de Cultura e Artes da África do Sul, Paul Mashatile, pediu desculpas pelo ocorrido e defendeu a implementação de reformas para que incidentes como o de terça-feira não se repitam. Fonte: Associated Press.

O falso intérprete da linguagem de sinais que atuou na cerimônia fúnebre em homenagem ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela negou nesta quinta-feira ser uma fraude, alegando ter sofrido um ataque de esquizofrenia e alucinações.

Thamasanqa Jantjie foi acusado de ser uma fraude por membros da comunidade sul-africana de surdos, que afirmaram que sua tradução durante os discursos de Barack Obama e de outros líderes mundiais não passou de gestos com os braços.

Jantjie insistiu nesta quinta-feira que era um intérprete qualificado, mas justificou seu comportamento por um súbito ataque de esquizofrenia, doença pela qual ele toma remédios. "Não havia nada que eu pudesse fazer. Eu estava sozinho em uma situação muito perigosa", declarou ao jornal The Star, de Johannesburgo, acrescentando que estava ouvindo vozes e alucinando.

"Eu tentei me controlar e não mostrar ao mundo o que estava acontecendo. Sinto muito. É a situação na qual me encontrei", acrescentou.

Mas a justificativa de Jantjie aparentemente suscitou tantas perguntas quanto respostas.

Organizações de surdos da África do Sul criticaram a alegação de que era um problema isolado, afirmando que já haviam se queixado anteriormente ao governo sobre Jantjie. Imagens mostraram o intérprete atuando em um discurso do presidente Jacob Zuma nas celebrações do aniversário de 100 anos do partido ANC, no poder, em 2012.

Problemas de segurança

O governo sul-africano admitiu nesta quinta-feira "que é possível que tenha ocorrido um erro a partir do momento em que outras pessoas não compreenderam o intérprete", reconhecendo que Jantjie "não era um intérprete de linguagem de sinais profissional".

"Mas eu não acho que ele tenha sido pego da rua", declarou Hendrietta Bogopane-Zulu, vice-ministra para as mulheres, crianças e pessoas com deficiência, afirmando que ele pode ter tido problemas com o inglês ou poderia estar cansado.

Bogopane-Zulu também admitiu que o governo não conseguiu rastrear a empresa na qual Jantjie trabalhou. "Nós falamos com eles buscando algumas respostas e eles desapareceram", declarou. "Parece que eles estiveram enganando o tempo todo", disse.

Estas revelações também levantam questões sobre como Jantjie, que estava em certo momento a pouco mais de um braço de distância de Obama e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi examinado e recebeu autorização da segurança para entrar no local.

A Casa Branca direcionou todas as perguntas sobre o assunto ao governo sul-africano, mas declarou que seria lamentável se o incidente ofuscasse as "observações muito poderosas" de Obama na cerimônia. "Seria uma vergonha se uma distração sobre um indivíduo que estava no palco prejudicasse de alguma forma a importância do evento e a importância do legado do presidente Mandela", afirmou o porta-voz adjunto Josh Earnest a jornalistas em Washington.

As ações de Jantjie no memorial desencadearam indignação na comunidade surda e levaram à abertura de uma investigação pelo governo.

Cara Loening, diretora da organização Educação e Desenvolvimento da Linguagem de Sinais da Cidade do Cabo, afirmou que Jantjie era um completa fraude e parecia "que tentava espantar as moscas perto de seu rosto".

Perguntado sobre as razões pelas quais simplesmente não abandonou o palco, Jantjie disse que, dada a importância histórica do evento, ele se sentiu obrigado a ficar, mesmo que não conseguisse ouvir ou se concentrar adequadamente. "A vida é injusta. Esta doença é injusta", declarou. "Qualquer pessoa que não entenda esta doença vai pensar que eu estou inventando isso", acrescentou.

A tradução feita por Jantjie apareceu em completo desacordo com a apresentada pela emissora pública SABC, que era mostrada em uma pequena janela nas telas da rede de televisão.

O Instituto de Tradutores da África do Sul declarou na quarta-feira que já tinha certas reservas em relação a Jantjie. O presidente do instituto, Johan Blaauw, declarou que foram feitas queixas sobre o seu trabalho em ocasiões anteriores, mas que o partido do governo não tomou nenhuma atitude.

O governo, por sua vez, negou que o escândalo tenha prejudicado a reputação do país. "Estamos envergonhados como país? Eu não acho que seja a escolha certa das palavras", declarou Bogopane-Zulu.

Pelo segundo dia, milhares de pessoas passaram pelo velório de Nelson Mandela, realizado na capital sul-africana, Pretória. O caixão do maior líder sul-africano na luta contra o apartheid está no anfiteatro dos Union Buildings, residência oficial e sede do gabinete do governo do país, mesmo local onde Mandela foi empossado como o primeiro presidente negro e democraticamente eleito do país, em 1994.

Alguns choraram e soluçaram após passar pelo caixão e tiveram de ser ajudados pela segurança, enquanto outros aceitaram a dor de perder seu reverenciado líder. "Agora que eu vi seu rosto, estou bem", afirmou Freda Mamemena. "Eu vi que ele descansou finalmente. Ele está em paz."

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Já Siya Mionzi estava perturbada ao ver o corpo de Mandela, após ter se acostumado com as antigas imagens nas quais ele aparecia robusto e sorridente. Mandela morreu em sua casa, em Johanesburgo, no dia 5 de dezembro, aos 95 anos. "Ele não era o Madiba que eu sempre conheci", disse Mionzi, chamando o líder por seu nome de clã.

Milhares de pessoas se dirigiram aos locais determinados para pegar os ônibus que levam até o velório, mas muitas não conseguiram chegar ao local. Na tarde desta quinta-feira, o governo anunciou que os locais onde as pessoas podiam estacionar seus carros e pegar os ônibus até os Union Buildings estavam fechados, após atingir sua capacidade máxima. Segundo informações oficiais, entre 12 mil e 14 mil pessoas estiveram presentes ao velório no primeiro dia.

O serviço oficial em memória de Mandela foi realizado no FNB Stadium, também conhecido como Soccer City, em Johanesburgo, na terça-feira e contou com a participação de vários chefes de Estado e de governo que estão ou estiveram no poder.

Sexta-feira será o último dia do velório. O líder sul-africano será enterrado no domingo na vila de Qunu, na província do Cabo Oriental, onde passou sua infância. Fonte: Associated Press.

O homem acusado de ser um falso intérprete de língua de sinais e que atuou durante o serviço em homenagem a Nelson Mandela na terça-feira, em Johanesburgo, disse ter visto "anjos" durante o evento, que teve atitudes violentas no passado e que sofre de esquizofrenia.

Thamsanqa Jantjie revelou, em 45 minutos de entrevista à Associated Press, que suas alucinações começaram durante a tradução dos discursos para a língua de sinais e que ele tentou não entrar em pânico porque havia "policiais armados ao meu redor". Ele acrescentou que já ficou internado numa instituição psiquiátrica por mais de um ano.

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Jantjie, que ficou a um metro do presidente norte-americano Barack Obama e de outros líderes durante a cerimônia de terça-feira, transmitida para todo o mundo, afirmou que estava fazendo corretamente seu trabalho de interpretação dos discursos para a língua de sinais. Mas também pediu desculpas por sua performance, considerada por muitos especialistas na área como algo sem nexo.

As declarações de Jantjie levantam sérias questões sobre a segurança de Obama, de outros chefes de Estado e personalidades como o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que discursaram no estádio de Soweto durante a cerimônia em homenagem a Mandela, ícone da luta contra o apartheid e ex-presidente, que morreu em 5 de dezembro.

"O que aconteceu naquele dia foi que eu vi anjos chegando ao estádio...eu comecei a perceber que o problema está aqui...e eu não sei como esses ataques acontecem, quando virão. Às vezes eu me torno violento. Às vezes, eu vejo coisas me perseguindo", afirmou Jantjie Said.

"Eu estava numa posição muito difícil", acrescentou. "E eu lembro dessas pessoas, do presidente e os demais, eles estavam armados e havia policiais armados ao meu redor. Se eu entrasse em pânico eu começaria a ser um problema. Eu tenho de lidar com isso de uma forma que não devo constranger o meu país."

Perguntado com que frequência fica violento, ele disse "bastante", mas negou-se a dar detalhes.

A AP entrou em contado por telefone com a SA Interpreters, que contratou Jantjie para trabalhar no evento, mas a empresa se negou a comentar o caso. Fonte: Associated Press.

Enquanto o ex-presidente Nelson Mandela continua a ser uma unanimidade na comunidade internacional, normalmente descrito como um ser excepcional, o mesmo não pode ser dito de sua família, acostumada a trocar acusações em público e pela imprensa - quase sempre referentes ao legado do líder sul-africano.

No início de julho, os sul-africanos viram horrorizados como Mandla, o neto mais velho do herói da luta contra o Apartheid, acertou contas com uma parte da família em uma entrevista coletiva inacreditável transmitida na televisão.

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Enquanto isso, já hospitalizado, seu avô lutava entre a vida e a morte. Expondo os mais íntimos segredos de família, ele chegou a acusar o irmão Mbuzo de ter engravidado sua mulher.

Mbuzo era parte dos 15 membros do clã que tinham acabado de denunciá-lo - com sucesso - para que permitisse o translado dos restos mortais de três filhos de Mandela. Inicialmente, os corpos foram enterrados na cidade de Qunu (sul), onde Mandela passou os melhores anos de sua infância e onde descansará para sempre, no domingo, junto com os seus.

Em 2011, porém, Mandla transferiu os corpos para a cidade natal de seu pai, Mvezo, a 30 km de Qunu. Chefe tribal dessa localidade, ele pretendia construir um lugar turístico grandioso dedicado à memória do avô.

Embora a família tenha abandonado a ideia de denunciá-lo por violação de sepultura, ele ainda terá de responder na Justiça por apontar uma arma para um motorista, durante uma discussão de trânsito.

Mandla, de 39, já foi manchete dos principais jornais por seus escândalos conjugais e brigas com os vizinhos. Deputado desde 2009 pelo Congresso Nacional Africano, o mesmo de seu falecido avô, suas posições políticas são irrelevantes.

Ainda no Parlamento, outra "Mandela" que brilha por sua ausência é a ex-mulher do herói nacional, Winnie Madikizela-Mandela. Nos anos 1980, ele teve de responder na Justiça pela violência de seus seguranças e, em 2003, por fraude. O restante da família, que conta com três filhas, 17 netos e 12 bisnetos, manteve-se longe da política, mas não dos negócios.

Vinhos e camisetas-  Nelson Mandela sempre controlou rigidamente o uso comercial de seu nome, limitando-o para fins beneficentes. Ignorando essa orientação, quatro de seus netos criaram a marca de roupas LWTF. O acrônimo é uma referência ao título da autobiografia de Mandela "Long Walk to Freedom". As camisetas estampam, claro, sua foto, ou sua assinatura.

Recentemente, Makaziwe, a filha mais velha, aventurou-se no universo dos vinhos, lançando a marca "Casa de Mandela", com sua filha Tukwini.

Em outro episódio que não apresenta qualquer semelhança com a imagem do Prêmio Nobel da Paz, duas de suas netas participaram de um programa de televisão intitulado "Ser um Mandela". Nele, lembraram histórias da infância. Além disso, ambas têm uma conta no Twitter pouco edificante.

Finalmente, sua filha Zenani foi nomeada embaixadora na Argentina, sem qualquer experiência diplomática.

Menos anedótico, Zenani e sua meia-irmã recorreram à Justiça para conseguir que três parentes de seu pai fossem retirados da direção de um fundo de investimentos que administra a fortuna da família.

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Durante a última terça-feira (10), ocorreu na África uma das maiores homenagens para Mandela após à sua morte. Lembrando que um dos maiores legados de Nelson Mandela foi mostrar a importância da reconciliação, para construir uma paz sólida e duradoura. E nesse clima de reconciliação, o que mais chamou a atenção, foi o aperto de mão entre o presidente dos EUA Barack Obama e o presidente cubano  Raúl Castro. 

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Para entender a importância e a repercussão desse gesto aparentemente simples, é preciso lembrar que desde a revolução cubana, um presidente americano não cumprimentava um presidente cubano, pois, Cuba e EUA vivem um desacordo político, desde que o ex-presidente Fidel Castro chegou ao poder e instaurou um governo comunista. 

Durante o seu discurso, Raúl Castro disse que o diálogo é o caminho para solucionar as diferenças, e também lembrou da visita que Mandela fez a Cuba em 1991.

A cerimônia de homenagem a Nelson Mandela deixou indignados os surdos-mudos da África do Sul que nesta quarta-feira (11) denunciaram o intérprete dos discursos como um impostor e não conhecia a linguagem do sinais. "A comunidade de surdos-mudos da África do Sul está ofendida", afirmou o Delphin Hlungwane, intérprete oficial da Federação de Surdos da África do Sul.

"Ele gesticulava e movia suas mãos em todos os sentidos. Não tinha gramática, não utilizava qualquer estrutura. Não conhecia nenhuma regra da linguagem. Não traduziu nada", acrescentou. "Não sabemos de quem se trata, ninguém o conhece. Ele apareceu nesta ocasião e não sabemos como", disse ainda.

O caso do falso intérprete provocou polêmica na África do Sul e inúmeras interrogações. Os serviços de comunicação prometeram dar uma resposta a respeito.

A presidente Dilma Rousseff e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Fernando Collor passaram juntos as oito horas do voo da Força Aérea Brasileira (FAB) entre Rio de Janeiro e Johannesburgo, na última segunda-feira, 09. Almoçaram, conversaram, jantaram e não dormiram. Nesta terça-feira, 10, embarcaram de volta ao Brasil, desta vez em voo com escala em Angola.

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da agência Estado, os antecessores de Dilma ficaram com a presidente na chamada cabine presidencial, onde há oito poltronas. Collor e Sarney se sentaram de um lado do corredor, FHC de outro, à frente de Dilma e Lula toda hora andando pra lá e pra cá. Dilma convidou os ex-presidentes para acompanhá-la em cerimônia realizada nesta terça-feira em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, morto na última quinta-feira, 05.

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"Foi muito aprazível, foi bom. Conversamos o que pessoas civilizadas conversam nesses momentos - sobre assuntos variados", disse FHC. No menu da FAB, foram servidos às autoridades estrogonofe e peixe com camarão.

Ao chegar na madrugada de terça-feira a Johannesburgo, Lula brincou com a imprensa: "Ela (Dilma) quer deixar metade da gente aqui". A presidente, bem-humorada, respondeu que ia levar todos os ex-presidentes de volta "direitinho".

A última vez que os antecessores de Dilma estiveram reunidos foi em maio de 2012, quando foi instalada a Comissão da Verdade, em cerimônia no Palácio do Planalto. Em Johannesburgo, os ex-presidentes e Dilma ficaram nos dois últimos andares de um hotel cinco estrelas, no espaço destinado a autoridades VIP. A presidente quis se reunir com todos outra vez, antes de ir para o estádio Soccer City, palco do tributo a Mandela.

Em novembro, a presidente se irritou ao ser questionada pelo jornal O Estado de S. Paulo se estava seguindo a cartilha de privatizações do PSDB. "O modelo, meu querido, é meu", disparou. FHC contra-atacou: "Ela não aprende". No roteiro pela África, não houve turbulência desta vez - pelo menos não na viagem de ida. A chegada ao Brasil estava prevista para a madrugada desta quarta-feira, 11.

 

Os prêmios Nobel de Literatura, Medicina, Química e Economia foram entregues nesta terça-feira (10) em Estocolmo, em cerimônia que contou com homenagem a Nelson Mandela. O evento também foi marcado por um incidente envolvendo quatro homens nus que tentaram interromper a solenidade em ato pelo dissidente chinês Liu Xiaobo.

Celebrada na Sala de Concertos de Estocolmo, no 117º aniversário de morte de Alfred Nobel, a cerimônia não contou com a presença da princesa herdeira, Victoria da Suécia, que estava na África do Sul no funeral de Mandela. O líder da luta contra o apartheid recebeu o Nobel da Paz em 1993, com o então presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk.

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Pouco antes do início do evento, quatro homens nus tentaram passar pelos cordões de segurança para protestar a favor do dissidente chinês Liu Xiaobo - premiado com o Nobel da Paz em 2010 e desde 2009 cumprindo uma pena de 11 anos de encarceração. "Quatro pessoas não conseguiram entrar na área restrita ao redor da sala de concertos", afirmou a polícia, confirmando informações fornecidas pela televisão, sem fornecer maiores detalhes.

Os premiados de 2013 receberam seus prêmios das mãos do rei Carlos Gustavo da Suécia, após o discurso do presidente da Fundação Nobel, Carl-Henrik Heldin, que destacou a importância das ciências e da pesquisa em tempos de crise. "Como consequência dos problemas econômicos que o mundo sofre atualmente, muitos países reduziram seu apoio à pesquisa (...) Isso é algo lamentável. Hoje em dia, é mais importante do que nunca continuar e aumentar o apoio à pesquisa, em particular à pesquisa de base", destacou Heldin, que também lembrou Mandela.

Vencedora do Nobel de Literatura e 13ª mulher a ser premiada, a canadense Alice Munro, de 82 anos, não estava presente na cerimônia e foi representada pela filha Jenny, que recebeu a distinção em seu nome. Três acadêmicos americanos - Robert Shiller, Eugene Fama e Lars Peter Hansen - receberam o Nobel de Economia por sua pesquisa em mercados financeiros, concretamente sobre os preços dos ativos financeiros, ajudando a explicar boa parte da crise atual.

Hansen alertou para a necessidade "de ensinar economia às crianças e jovens". O prêmio de Medicina foi entregue a outro trio de cientistas americanos, um deles de origem alemã. James Rothman, Randy Schekman e Thomas Suedhof dividiram o Nobel por seu trabalho pioneiro sobre o sistema de transporte das células no corpo, o que permitiu avançar nas pesquisas sobre a diabetes, transtornos imunológicos e outras enfermidades.

O britânico Peter Higgs e o belga François Englert foram premiados com o de Física, pela descoberta, em 2012, da partícula chamada de 'bóson' de Higgs, que explica a origem da massa das partículas elementares. O prêmio de Química foi para Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel, de origem austríaca, britânica e israelense, respectivamente, embora o trio também se considere americano. Seu trabalho premiado estuda modelos multi-escala para sistemas químicos complexos, com o qual, graças a computadores, é possível prever reações químicas.

O Prêmio Nobel consiste em uma medalha de ouro, um diploma, e uma concessão de oito milhões de coroas suecas (cerca de 890.000 euros, ou seja, pouco mais de um milhão e duzentos dólares). À noite, os premiados foram recebidos com um banquete presidido pelo rei, com a presença de cerca de 1.300 convidados. Em Oslo, a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em pleno processo de desmantelamento do arsenal químico sírio, que deve começar a ser destruído antes do final de janeiro.

Líderes mundiais e milhares de sul-africanos se reuniram nesta terça-feira para homenagear Nelson Mandela no estádio de futebol de Soweto, apesar da chuva fria que caía. Mas o atual presidente do país, Jacob Zuma, foi vaiado duas vezes ao fazer o discurso de abertura, que começou com uma hora de atraso.

Muitos sul-africanos estão descontentes com Zuma por causa dos escândalos de corrupção, embora seu partido, o Congresso Nacional Africano, que já foi liderado por Mandela, seja o favorito para as eleições do ano que vem.

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Muitos sul-africanos se dirigiram para o estádio FBN em Soweto, o bairro de Johanesburgo que foi um reduto de apoio à luta de Mandela contra o apartheid. Madiba, como também é conhecido em seu país, ficou preso por 27 anos, coordenou um delicado processo de transição para uma eleição da qual brancos e negros participaram e que o elegeu presidente.

Apesar da chuva constante o estádio, com capacidade para 95 mil pessoas, foi se enchendo durante a cerimônia, que começou ao meio-dia com o hino nacional. O clima, porém, era de celebração.

Thabo Mbeki, ex-presidente sul-africano que sucedeu Mandela, foi ovacionado ao entrar no local. O presidente francês François Hollande e seu antecessor e rival político, Nicolas Sarkozy, chegaram juntos. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, acenou para os espectadores que cantavam em homenagem a Mandela, visto por muitos sul-africanos como o pai da nação.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama chegou à África do Sul na manhã desta terça-feira e discursou durante o evento. Além dele, também devem falar o secretário-geral da ONU, o vice-presidente chinês Li Yuanchao e o presidente cubano Raúl Castro.

Também estavam previstas homenagens da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e dos presidentes da Namíbia e da Índia, assim como tributos dos netos de Mandela.

A viúva de Mandela, Graça Machel, e sua ex-mulher, Winnie Madikizela-Mandela, estavam no estádio, assim como a atriz Charlize Theron, a modelo Naomi Campbell e o cantor Bono.

O estádio foi também o local onde Mandela fez sua última aparição pública, no encerramento da Copa do Mundo de 2010. Após as homenagens desta terça-feira, haverá um velório de três dias nos Union Buildings, residência oficial e sede do gabinete do presidente da África do Sul, em Pretória, antes de o corpo ser enterrado domingo, na vila rural de Qunu, onde Mandela passou a infância. Fonte: Associated Press.

Acompanhada dos ex-presidentes da República Lula, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney, a presidente Dilma Rousseff (PT) será a segunda chefe de Estado a discursar durante cerimônia oficial de exéquias de Nelson Mandela. A petista falará nesta terça-feira (10) no Estádio Soccer City, em Joanesburgo.

Como a chefe do executivo vai ao evento rodeada de ex-gestores, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista ao Estadão que a cerimônia “é uma questão de Estado e não de política. É importante, não se deve misturar questões de Estado e de política", avaliou.

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Antes da alocação de Dilma, o presidente dos EUA, Barack Obama abrirá os discursos oficiais. 

O Palácio do Planalto informou que a presidente Dilma Rousseff será uma das oradoras na missa em homenagem a Nelson Mandela. A homenagem será realizada nesta terça-feira (10) em Johanesburgo. Antes de Dilma, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também fará discurso na cerimônia. Depois da presidente, falam o vice-presidente da China, os presidentes da Namíbia, Índia e Cuba.

Dilma embarcou nesta sgeunda-feira, 9, para a África do Sul ao lado dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. A missa em homenagem a Mandela está prevista para as 11h, no horário local (7h, horário de Brasília).

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A África do Sul prepara-se para a realização de uma missa campal em intenção de Nelson Mandela, durante a qual alguns líderes mundiais, dentre os quais o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, discursariam diante de quase 100 mil pessoas.

No estádio do Soweto, onde Mandela apareceu em público pela última vez, durante a Copa do Mundo de 2010, operários ergueram rapidamente um palco protegido com vidro à prova de balas para a missa campal marcada para amanhã.

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Em um prelúdio da cerimônia religiosa, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o arcebispo Desmond Tutu discursaram em um evento realizado nesta segunda-feira no Centro Nelson Mandela de Memória.

"Que presente fantástico Deus nos deu ao nos mandar Mandela, que rapidamente tornou-se um ícone, um ícone global do perdão, da generosidade do espírito", declarou Tutu.

"Ele era realmente como sua fosse um mago e tivesse uma varinha mágica, transformando-nos em seu glorioso povo multicolorido", prosseguiu o arcebispo laureado com o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o apartheid.

A polícia sul-africana, enquanto isso, prometeu deslocar "milhares" de homens para garantir a segurança de um evento que contará com a presença de mais de cem chefes de Estado e de governo de todas as regiões do mundo.

Poucos deles, porém, terão o privilégio de falar ao público durante o adeus a Mandela, que faleceu na quinta-feira da semana passada aos 95 anos. Obama discursará depois de Ban Ki-moon e da presidente da Comissão Africana, Nkosazana Dlamini Zuma.

Dilma fará seu discurso logo depois de Obama. Depois dela, discursarão ainda o vice-presidente da China, Li Yuanchao, e os presidente da Namíbia, Hifikeunye Pohamba, da Índia, Pranab Mukherjee, e de Cuba, Raúl Castro. O último discurso caberá ao presidente da África do Sul, Jacob Zuma. A seguir, a missa campal será encerrada com um sermão do bispo Ivan Abrahams. Fonte: Associated Press.

Milhares de policiais sul-africanos estão a postos para a cerimônia de terça-feira em homenagem ao ex-presidente Nelson Mandela no estádio de futebol de Soweto. Membros do governo alertaram que as autoridades irão bloquear o acesso ao estádio se o número de pessoas for muito grande.

O memorial ao líder sul-africano que se tornou um ícone na luta contra o apartheid deve lotar o estádio com capacidade para 95 mil pessoas. Entre os convidados estão dezenas de chefes de estado. A última aparição pública de Mandela foi no mesmo estádio, durante a cerimônia de abertura da Copa do Mundo de 2010.

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O tenente-general Solomon Makgale, um porta-voz para o Serviço de Polícia Sul-Africano, disse que "milhares" de agentes da polícia irão direcionar o tráfego, proteger as pessoas e auxiliar os guarda-costas de autoridades visitantes.

Makgale disse que há uma força-tarefa conjunta da polícia, de diplomatas e de oficiais do serviço de inteligência para auxiliar as delegações estrangeiras que planejam comparecer à cerimônia.

Hoje de manhã o gramado em frente ao FNB Stadium foi cortado e trabalhadores instalaram vidros a prova de balas para proteger o palco onde líderes mundiais, incluindo o presidente norte-americano, Barack Obama, deverá discursar.

Autoridades disseram que mais de 70 chefes de estado devem comparecer, como o primeiro-ministro britânico, David Cameron, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Ruas a vários quilômetros ao redor do estádio serão fechadas, e as pessoas terão que andar ou tomar transportes públicos para chegar ao estádio. Estádios próximos equipados com telões também serão abertos para acomodar o excesso de pessoas.

O Ministro do Governo Collins Chabane disse a jornalistas que não é possível estimar quantas pessoas comparecerão à cerimônia. "Uma vez que vermos que o número estiver se tornando insustentável, o acesso será negado", disse.

Mandela morreu na quinta-feira passada, aos 95 anos. Após o memorial no estádio, o corpo de Mandela permanecerá na residência oficial do Presidente da África do Sul, na capital Pretória, até sexta-feira. O corpo de Mandela será enterrado no domingo em Qunu, sua cidade natal.

Ao lado de fora do prédio parlamentar de Cape Town, as pessoas depositaram flores aos pés de uma grande imagem de Mandela. Coros cantaram e uma grande tela projetou velhos vídeos de Mandela discursando no Parlamento, enquanto os visitantes deixaram centenas de mensagens escritas. Fonte: Associated Press.

Está prevista para o meio-dia desta segunda-feira, 09, a partida da presidente Dilma Rousseff da base aérea do Galeão para Johanesburgo, acompanhada dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney.

Também acompanharão a presidente Dilma três ministros (Secretaria de Comunicação, relações Exteriores e Gabinete de Segurança Institucional) e o assessor para assuntos internacionais Marco Aurélio Garcia.

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Dilma chegou há pouco ao Copacabana Palace para a abertura do seminário sobre América Latina ao lado do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.

O ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, que também participa do seminário, irá com Dilma para o aeroporto, segundo a assessoria da presidência. "Esta é uma questão de Estado e não de política. É importante, não se deve misturar questões de Estado e de política" disse Fernando Henrique sobre o convite de Dilma. Lula, Collor e Sarney encontrarão a presidente na base aérea.

Um amigo próximo da família de Nelson Mandela, que visitou o ex-presidente sul-africano em suas últimas horas de vida, disse que Mandela não respirava com a ajuda de aparelhos e que dormia tranquilamente. Segundo Bantu Holomisa, era claro que Mandela estava "desistindo" do que seria sua última batalha.

Holomisa, que conhece Mandela desde sua liberação da prisão em 1990, disse à Associated Press neste domingo que ele foi chamado pela família do ex-presidente devido à deterioração na condição de saúde de Mandela. Quando ele chegou, cerca de 20 membros da família estavam reunidos em casa.

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"Eu já vi pessoas em suas últimas horas de vida e naquele momento eu senti que ele havia desistido", disse Holomisa. Mandela morreu duas horas depois, aos 95 anos de idade. Fonte: Associated Press.

Os sul-africanos encheram templos religiosos de todo o país, neste domingo (8), para um dia nacional de orações e reflexões em homenagem a Nelson Mandela. No interior da igreja Regina Mundi, localizada perto do epicentro do da revolta de Soweto, em 1976, o padre Sebastian J. Rossouw descreveu Mandela como o "luar" e disse que ele foi um guia de luz para a África do Sul. Centenas de pessoas participaram da missa.

"Mabida não duvidava da luz", disse Rossouw. "Ele abriu o caminho para um futuro melhor, mas não pôde fazer isso sozinho", disse ele, chamando o ex-presidente por seu nome de clã.

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Durante o serviço religioso, os fiéis fizeram orações especialmente para o líder contra o apartheid e acenderam uma vela em sua homenagem em frente ao altar. Do outro lado da igreja havia uma fotografia em branco e preto de Mandela, que morreu na quinta-feira, aos 95 anos.

A ex-mulher de Mandela, Winnie Madikizela-Mandela, participou, junto com um de seus netos, Mandla Mandela, e do presidente sul-africano Jacob Zuma, de um serviço religioso numa igreja metodista de Johanesburgo.

"É importante que tenhamos um dia no qual todos nós, sul-africanos, estejamos unidos e oremos pelo primeiro presidente democrático e refletir sobre o seu legado", afirmou Zuma. "Mas também orar por nossa nação...orar para que não nos esqueçamos de alguns dos valores pelos quais ele lutou."

Num subúrbio predominantemente branco da capital Pretória, fiéis rezaram por Mandela num local que já foi frequentado por líderes empresariais e pessoas ligadas ao governo do apartheid. Eles rezaram em silêncio enquanto uma imagem de Mandela era colocada na parede acima púlpito da igreja, cena que mostra as enormes mudanças vividas pelo país.

Um serviço religioso também foi realizado da catedral St. George, na Cidade do Cabo, onde uma oração foi feita para o homem cuja jornada de prisioneiro a presidente inspirou o mundo.

Uma cerimônia nacional para o homem que, como o primeiro presidente negro do país, fez da África do Sul uma democracia multirracial, será realizada no estádio de Johanesburgo na terça-feira. O corpo de Mandela permanecerá em Union Buildings, sede do governo em Pretória, de quarta a sexta-feira e será enterrado na vila de Qunu, no domingo. Fonte: Associated Press.

Conheça a programação das cerimônias oficiais que serão realizadas na África do Sul antes do enterro do ex-presidente do país e herói da luta contra o apartheid, Nelson Mandela, em 15 de dezembro, de acordo com informações divulgadas pelas autoridades.

Nos municípios, ministérios e em todas as representações diplomáticas sul-africanas pelo mundo haverá livros de condolências. "A maioria dos principais eventos será transmitida ao vivo pela televisão e tanto os sul-africanos como o resto do mundo poderão acompanhá-los", indicou o ministro da Presidência, Collins Chabane.

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"A casa de Mandela, o estádio FNB (chamado de Soccer City durante a Copa do Mundo de 2010), a residência oficial do Presidente da África do Sul (Union Buildings) e todos os demais locais onde serão realizadas cerimônias serão isolados pela polícia e terão acesso controlado", acrescentou.

Domingo (8)

JOHANNESBURGO/CIDADE DO CABO - Jornada ecumênica de orações e reflexão em todo o país, com destaque para um bairro mestiço da Cidade do Cabo, pela manhã, e a sede da prefeitura, à tarde.

 

Segunda-feira (9)

CIDADE DO CABO – Sessão extraordinária no Parlamento (às 10h de Brasília).

 

Terça-feira (10)

SOWETO - "Cerimônia oficial de homenagem" e "serviço funeral do Estado" com a presença de dezenas de milhares de pessoas e chefes de Estado e de governo no estádio FNB (Soccer City). Transmissão ao vivo da cerimônia em telões instalados em vários locais do país. Muitas estradas de acesso serão fechadas.

 

Quarta-feira (11)

PRETÓRIA - Os restos mortais de Mandela serão velados na sede do governo (Union Buildings). O uso de câmeras fotográficas e celulares será proibido. O corpo será levado pelas ruas da capital, onde a população poderá homenagear o líder.

"Os detalhes e horários serão fornecidos em tempo hábil", disse Chabane.

 

Quinta-feira (12)

PRETÓRIA - O caixão será levado pelas ruas da capital e, em seguida, velado em Union Buildings.

 

Sexta-feira (13)

PRETÓRIA - O caixão será levado pelas ruas da capital e, em seguida, velado em Union Buildings.

 

Sábado (14)

PRETÓRIA - Cerimônia de despedida do Congresso Nacional Africano na Base da Força Aérea, em Waterkloof.

MTHATHA - Os restos mortais serão levados em procissão até Qunu, onde o clã Thembu realizará uma cerimônia tradicional.

 

Domingo (15)

QUNU – Segundo funeral antes do sepultamento de Nelson Mandela, que será realizado nesta aldeia, onde ele foi criado.

A presidente Dilma Rousseff decidiu convidar os ex-presidentes brasileiros para acompanhá-la em viagem a Johannesburgo, onde será celebrada uma missa em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, morto quinta-feira após uma infecção pulmonar.

José Sarney (PMDB-AP), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmaram a ida. Segundo o Estado apurou, o senador Fernando Collor (PTB-AL) também irá integrar a comitiva brasileira. Eles irão participar de uma solenidade prevista para ocorrer na terça-feira (10) no Estádio FNB (Soccer City), que deve reunir um dos maiores contingentes de autoridades estrangeiras da história. São esperados chefes de Estado de todo o mundo.

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O roteiro do Palácio do Planalto prevê que uma aeronave da Força Aérea Brasileira saia de Brasília na manhã desta segunda-feira (9), já com Sarney e Collor, rumo a São Paulo, onde embarcará Lula. De São Paulo, o grupo segue para Rio de Janeiro, onde se encontram com Dilma, que participa de evento promovido pela Bill Clinton Global Initiative no Copacabana Palace. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também embarca no Rio junto com a comitiva presidencial.

Será a primeira vez que Dilma, Lula, FHC, Collor e Sarney se reúnem em um mesmo evento desde que foi instalada a Comissão da Verdade, em cerimônia no Palácio do Planalto em maio de 2012. A última viagem internacional de ex-presidentes ocorreu em abril de 2005, quando Lula, FHC, Itamar Franco e Sarney estiveram juntos para participar do funeral do Papa João Paulo II.

Em novembro de 1996, FHC fez a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro à África do Sul, sendo recebido pelo então presidente Mandela. O ex-presidente afirmou, na sua página pessoal no Facebook, que Mandela foi o "mais impressionante" entre todos os líderes que conheceu.

"Com a morte de Nelson Mandela perdemos o maior símbolo vivo da luta pela dignidade humana, pela liberdade e pela democracia. Sua altivez, seu antirracismo e sua generosidade ajudaram decisivamente a terminar com o apartheid na África do Sul", disse FHC.

Em nota divulgada à imprensa, Lula afirmou que Mandela é "um exemplo de determinação, de perseverança e de quanto é importante a disposição para o diálogo entre os homens". "Será sempre o maior símbolo mundial na busca da paz, da democracia e da inclusão social. O Brasil e o mundo estão de luto. Madiba se foi, mas deixou para todos nós os seus ensinamentos inesquecíveis.", disse Lula.

A presidente decretou sete dias de luta pela morte de Mandela, conforme decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União da última sexta-feira (6). Em nota, lamentou a morte de Mandela, a "personalidade maior do século 20".

A ida à missa na África do Sul fez o Palácio do Planalto cancelar três eventos previstos para o início da semana em Belo Horizonte, Porto Velho e Ji-Paraná. Na segunda-feira passada, a presidente acompanhou o velório do governador licenciado de Sergipe, Marcelo Déda. No início do ano, viajou a Caracas para as cerimônias fúnebres de homenagem ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e, em março de 2011, acompanhou o velório do ex-vice-presidente José Alencar.

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