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Autoridades da África do Sul anunciaram uma semana de grandes eventos em memória a vida de Nelson Mandela, ícone da luta contra a apartheid no país. Mandela faleceu na quinta-feira aos 95 anos.

O primeiro evento ocorrerá na terça-feira em um estádio de futebol em Johanesburgo. Segundo Collins Chabane, membro do gabinete do atual presidente sul-africano, Jacob Zuma, "vários chefes de Estado e de governos devem participar do evento", ao lado de membros do público que conseguirem garantir espaço no estádio de 90 mil lugares.

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Chabane não disse quais líderes estrangeiros pretendem participar do memorial. Segundo a autoridade, os chefes de Estado também foram convidados para assistir ao funeral e ao enterro de Mandela, previsto para 15 de dezembro, em sua aldeia natal de Qunu, na província de Eastern Cape.

Entre o memorial de terça-feira no estádio de futebol e o enterro no domingo, em Qunu, as pessoas serão convidadas a se despedir de Mandela em Pretória, onde o corpo estará exposto. "Isso vai dar às pessoas comuns e ao público uma oportunidade para celebrar a vida de Madiba", disse Chabane, referindo-se a Mandela por seu nome de clã. Fonte: Dow Jones Newswires.

A presidente Dilma Rousseff decidiu convidar ex-presidentes brasileiros para acompanhá-la em viagem a Johannesburgo, onde será celebrada uma missa em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, morto quinta-feira, 5, após uma infecção pulmonar.

José Sarney (PMDB-AP), Fernando Henrique Cardozo (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmaram a ida. Segundo a reportagem apurou, o senador Fernando Collor (PTB-AL) também irá integrar a comitiva brasileira. Eles irão participar de uma solenidade prevista para ocorrer na terça-feira, 10, no Estádio FNB (Soccer City), que deve reunir um dos maiores contingentes de autoridades estrangeiras da história. São esperados chefes de Estado de todo o mundo.

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O roteiro do Palácio do Planalto prevê que uma aeronave da Força Aérea Brasileira saia de Brasília na manhã desta segunda-feira, 9, já com Sarney e Collor, rumo a São Paulo, onde embarcará Lula. De São Paulo, o grupo segue para o Rio de Janeiro, onde se encontram com Dilma, que participa de evento promovido pela Bill Clinton Global Initiative no Copacabana Palace. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também embarca no Rio junto com a comitiva presidencial.

Será a primeira vez que Dilma, Lula, FHC, Collor e Sarney se reúnem em um mesmo evento desde que foi instalada a Comissão da Verdade, em cerimônia no Palácio do Planalto em maio de 2012. A última viagem internacional de ex-presidentes ocorreu em abril de 2005, quando Lula, FHC, Itamar Franco e Sarney estiveram juntos para participar do funeral do Papa João Paulo II.

Em novembro de 1996, FHC fez a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro à África do Sul, sendo recebido pelo então presidente Mandela. O ex-presidente afirmou, na sua página pessoal no Facebook, que Mandela foi o "mais impressionante" entre todos os líderes que conheceu.

"Com a morte de Nelson Mandela perdemos o maior símbolo vivo da luta pela dignidade humana, pela liberdade e pela democracia. Sua altivez, seu antirracismo e sua generosidade ajudaram decisivamente a terminar com o apartheid na Africa do Sul", disse FHC.

Em nota divulgada à imprensa, Lula afirmou que Mandela é "um exemplo de determinação, de perseverança e de quanto é importante a disposição para o diálogo entre os homens". "Será sempre o maior símbolo mundial na busca da paz, da democracia e da inclusão social. O Brasil e o mundo estão de luto. 'Madiba' se foi, mas deixou para todos nós os seus ensinamentos inesquecíveis.", disse Lula.

A presidente decretou sete dias de luto pela morte de Mandela, conforme decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União da última sexta-feira, 6. Em nota, lamentou a morte de Mandela, a "personalidade maior do século 20".

A ida à missa na África do Sul fez o Palácio do Planalto cancelar três eventos previstos para o início da semana em Belo Horizonte, Porto Velho e Ji-Paraná. Na segunda-feira passada, a presidente acompanhou o velório do governador licenciado de Sergipe, Marcelo Déda. No início do ano, viajou a Caracas para as cerimônias fúnebres de homenagem ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e, em março de 2011, acompanhou o velório do ex-vice-presidente José Alencar.

Em sua primeira declaração desde a sua morte de Nelson Mandela, a família do líder sul-africano disse que eles "perderam um grande homem, um filho da terra".

O tenente-general Temba Templeton Matanzima, um porta-voz da família Mandela, leu a declaração a jornalistas no sábado em Johanesburgo.

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A declaração dizia que "o pilar da família real Mandela não está mais conosco fisicamente, mas o seu espírito ainda está conosco".

"Nós perdemos um grande homem, um filho da terra cuja grandeza em nossa família estava na simplicidade de sua natureza no meio de nós. Um líder carinhoso da família que fazia tempo para tudo e, quanto a isso, nós vamos sentir muita falta."

Mandela morreu na quinta-feira aos 95 anos. Fonte: Associated Press.

A presidente Dilma Rousseff decidiu cancelar três eventos previstos para o início da próxima semana e viaja na segunda-feira à África do Sul, onde vai acompanhar missa com chefes de Estado de todo o mundo em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela. Dilma também decretou sete dias de luto pela morte de Mandela, conforme decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União de desta sexta-feira, 06.

A missa fúnebre está prevista para ocorrer às 14h (10h de Brasília) da próxima terça-feira em Johannesburgo no Estádio FNB, palco da abertura e do encerramento da Copa do Mundo de 2010.

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A viagem à África do Sul derrubou as agendas de Dilma previstas em Belo Horizonte, Porto Velho e Ji-Paraná (RO) - a presidente, no entanto, manteve a participação em evento promovido na segunda-feira pela Bill Clinton Global Initiative, no Rio de Janeiro. De lá, embarca para Johannesburgo.

"O governo e o povo brasileiro receberam consternados a notícia da morte de Nelson Mandela", lamentou a presidente Dilma Rousseff em nota divulgada quinta-feira, 05, pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

"Personalidade maior do século XX, Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano na história contemporânea - o fim do apartheid na África do Sul."

Dilma viajou na segunda-feira desta semana a Aracaju para acompanhar o velório do ex-governador de Sergipe, Marcelo Déda. Em março, foi a Caracas para as cerimônias fúnebres em homenagem ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. Dilma também acompanhou o velório do ex-vice-presidente José Alencar em Belo Horizonte, em março de 2011.

Geração.

Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a morte de Mandela é uma perda que marca "profundamente" toda a nossa geração. "(Ele) teve a sabedoria de transformar sofrimento não em ódio, mas num combustível para recompor, para restaurar a dignidade de um povo", comentou Carvalho a jornalistas, após participar de reunião no Planalto com o Movimento Paz & Proteção.

Para o ministro, Mandela "é uma luz, é uma estrela que se acende no céu para todos nós no sentido de que vale a pena fazer política quando você a faz para servir o povo, especialmente aqueles que são vítimas da exclusão e da discriminação". "Mandela, para nós, segue sendo esta referência e a morte dele só deve nos dar ainda mais energia e decisão de continuar nesta luta", afirmou Carvalho.

O presidente Barack Obama e a primeira-dama Michelle Obama viajarão para a África do Sul na semana que vem para homenagear Nelson Mandela, informou a Casa Branca, acrescentando que mais detalhes serão divulgados posteriormente.

Em comunicado escrito pelo porta-voz Jay Carney, a Casa Branca disse que o casal Obama vai participar de eventos em "respeito à memória de Nelson Mandela". As homenagens ao líder na luta contra o apartheid devem durar uma semana e acontecer em todo o país e atraindo multidões, o que deve representar uma dor de cabeça para o serviço secreto norte-americano, que faz a segurança de Obama.

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O presidente norte-americano disse, em breve discurso na Casa Branca, na noite de quinta-feira, que Mandela foi "uma das pessoas mais influentes, corajosas e profundamente boas com o qual qualquer um de nós irá compartilhar sua permanência na Terra".

"Ele já não nos pertence mais, ele faz parte da história", disse Obama depois de Mandela, de 95 anos, ter morrido em sua casa em Johanesburgo, após longo período doente. "Eu sou um dos incontáveis milhões que se inspirou na vida de Nelson Mandela", afirmou. Fonte: Dow Jones Newswires.

"Ele era tudo para nós", suspira Cynthia Mmusi, que passou toda a noite recordando em Soweto, ao lado de outros sul-africanos, Nelson Mandela, falecido nessa quinta-feira, aos 95 anos. No antigo gueto negro de Soweto, um dos símbolos da luta contra o regime segregacionista do apartheid, a população saiu às ruas para agradecer ao ex-presidente sul-africano.

"Em nossa cultura, os homens não choram, mas esta noite derramei uma lágrima. É o pai de nossa nação", declarou Siyabulela Mfazwe, de 30 anos. Muitos sul-africanos estão aliviados com a morte serena, após uma longa agonia, de Mandela, um herói nacional no país e uma figura mundial da paz e da reconciliação.

Muitas pessoas compareciam nesta sexta-feira à pequena casa de Soweto na qual Mandela viveu antes de ser detido e onde sua ex-mulher Winnie continuou durante os anos de luta contra o apartheid. Os sul-africanos depositavam flores ou mensagens de recordação no local.

Sifiso Mnisi, de 40 anos, pintou em sua moto branca mensagens em homenagens a Mandela: "Meu presidente negro", "Lutou contra a dominação dos brancos e dos negros, dankie (Obrigado em africâner)". "Ter mais de 95 anos não é uma brincadeira de criança. Esperávamos com temor o dia em que o nobre gigante iria morrer", completou.

"Foi uma vida muito bem vivida", afirmou Mhlodi Tau, médico de 38 anos, que citou um versículo da Bíblia. "Terminou bem a vida e lutou o bom combate. Naturalmente estamos tristes porque já não está fisicamente conosco, mas celebramos esta vida incrível. Para nós, sul-africanos, era um membro da família", completou.

Agora está em paz

Cynthia Mmusi, 35 anos, concorda: "É como um pai para nós e vamos recordar sua vida durante todo o mês de dezembro". "Finalmente descansa em paz", disse Vuyiswa Qagy, de 29 anos, enquanto seguia para o trabalho em um centro comercial, passando pela igreja católica Regina Mundi, um dos centros de resistência contra o regime racista.

"Embora pareça um dia como os outros, você sente a perda", declarou Sebastian, um padre de 35 anos que nasceu na 'township' ao lado de Johannesburgo. "Aconteceu o inevitável. É um dia triste para nós, mas a África do Sul e o mundo esperavam e podemos agradecer a Deus pelo que fez de sua vida", completou o padre antes da primeira missa do dia.

"Estou muito triste, era um ícone, que uniu a África do Sul. A esperança de que o país siga adiante agora é muito pequena. Sob sua influência tudo era normal e as pessoas toleravam umas às outras", afirmou Soly Nakhoba, 55 anos, morador do bairro, que como outros compatriotas não hesita a comparar o ex-presidente a Jesus ou Moisés.

"É muito triste, mas era muito velho. Podemos chorar por ele, mas fez seu trabalho e agora descansa", declarou o taxista Mthokozisi Xulu, de 35 anos. Onica Magozi, enfermeira de 46 anos, admitiu tristeza, mas estava resignada porque "a morte faz parte da vida".

Bono, cantor da banda irlandesa U2 e ativista pela África, afirmou nesta sexta-feira (6) que o líder sul-africano Nelson Mandela nasceu "para dar uma lição de humildade". "Foi como se tivesse nascido para dar nesta época uma lição de humildade, com humor e, acima de tudo, com paciência", afirmou em um comunicado.

"Mandela colocou sua família, seu país e sua vida na primeira linha, e ganhou a maioria dos duelos", acrescentou. "Hoje, finalmente, fechou os olhos. E choramos sabendo que nossos olhos estão abertos graças a ele", concluiu o músico.

O Papa Francisco prestou uma emotiva homenagem nesta sexta-feira (6) ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, falecido na véspera, por ter construído uma nova África do Sul.

Em um telegrama enviado ao presidente da África do Sul, Jacob Zuma, o Papa destacou "o compromisso constante mostrado por Nelson Mandela para promover a dignidade humana de todos os cidadãos da região e de construir uma nova África do Sul, baseada no firme alicerce da não-violência, da reconciliação e da verdade".

Em quase sete décadas de luta por igualdade e liberdade, o líder antiapartheid Nelson Mandela inspirou milhões com suas ações e suas palavras. Agora, líderes e personalidades do mundo inteiro reagem à notícia de sua morte. "Mandela não pertence mais a nós", declarou Barack Obama, primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos. "Agora ele pertence à eternidade."

O arcebispo sul-africano Desmond Tutu, que assim como Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz pela luta contra o apartheid, agradeceu a Deus por ter tornado Nelson Mandela presidente da África do Sul em um momento crucial de sua história. "Ele nos inspirou a trilhar o caminho do perdão e da reconciliação e assim evitou que a África do Sul se incendiasse", recordou.

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O papa Francisco prestou "tributo ao firme compromisso de Nelson Mandela com a promoção da dignidade humana dos cidadãos de todas as nações e com a construção de uma nova África do Sul, erguida em bases sólidas de verdade, reconciliação e não-violência".

Em Nova Délhi, o dalai-lama conclamou seus seguidores a "desenvolverem a determinação e o entusiasmo para perpetuarem seu espírito".

O presidente chinês Xi Jinping, cujo país apoiou opositores do apartheid durante a Guerra Fria, elogiou a vitória de Mandela na iniciativa e a sua contribuição para "a causa do progresso humano."

Em Diadema, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva qualificou Mandela como "uma coisa boa que de vez em quando Deus projeta nas nossas vidas".

A sucessora de Lula, Dilma Rousseff, divulgou nota de pesar na qual reconhece Mandela como "personalidade maior do século 20" e elogia "um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea: o fim do apartheid na África do Sul".

A Comissão Nobel, que em 1993 concedeu o laurel da paz em conjunto a Mandela e ao último presidente branco da África do Sul, Frederik de Klerk, qualificou o líder da luta contra o apartheid como "um dos maiores nomes reconhecidos na longa história do Prêmio Nobel da Paz".

O ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Kofi Annan disse que o mundo perdeu "um líder visionário, uma voz corajosa em defesa da justiça e uma clara bússola moral".

O atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que Nelson Mandela foi "um gigante pela justiça" que teve uma "luta abnegada pela dignidade humana, pela igualdade e pela liberdade" e inspirou muitas pessoas ao redor do mundo.

François Hollande, presidente da França, destacou a importância do legado deixado pelo ex-presidente da África do Sul, enquanto o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, prestou homenagem ao ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e o comparou ao ícone indiano da luta pela liberdade, Mohandas Gandhi.

A família real britânica também expressou seus sentimentos em relação a notícia da morte de Mandela. A rainha Elizabeth II declarou que "o legado de Mandela é a paz na África do Sul que vemos hoje".

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, lamentou a morte de Nelson Mandela e disse que uma enorme luz se apagou no mundo e que "Nelson Mandela foi um herói do nosso tempo".

Já o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, qualificou Mandela como "uma figura única em um momento único" da história.

O ex-presidente norte-americano Bill Clinton, por sua vez, afirmou que o mundo perdeu um seus líderes mais importantes e um de seus melhores seres humanos. "Todos nós estamos vivendo em um mundo melhor por causa de Mandela", declarou.

O também ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, fez questão de mostrar sua tristeza com a morte do líder sul-africano. "Sua paixão pela liberdade e justiça criou novas esperanças para uma geração oprimida em todo o mundo e é por sua causa que a África do Sul é hoje uma das lideranças da democracia mundial."

O ator Morgan Freeman, que interpretou Mandela no filme "Invictus", declarou: "Neste momento em que nos lembramos de seus triunfos, vamos refletir, em sua memória, não apenas a quão longe chegamos, mas a qual longe ainda temos de ir".

Sul-africanos de todas as partes do país prestavam hoje suas últimas homenagens a Nelson Mandela, líder da luta contra o regime racista do apartheid, morto nessa quinta-feira (5) aos 95 anos. Em meio a cantos, lágrimas e orações da população, o governo da África do Sul tratava dos preparativos para os funerais, mas ainda não há um cronograma detalhado.

A expectativa, porém, é de que a despedida do ex-presidente sul-africano estenda-se por mais de uma semana e atraia líderes e dignitários de todo o planeta. Numa cerimônia realizada hoje, o arcebispo aposentado Desmond Tutu disse que Mandela, primeiro negro a governar a África do Sul depois da queda do apartheid, desejava que os próprios sul-africanos fossem seu "legado", seguindo os preceitos de unidade e democracia por ele incorporados.

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Na manhã de hoje, muitas pessoas já se aglomeravam em frente à residência de Mandela em Johannesburgo, assim como em frente a sua antiga casa no Soweto. A associação de bancos da África do Sul anunciou que as agências bancárias permaneceriam fechadas nesta sexta-feira. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, prestou homenagem ao ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e o comparou ao ícone indiano da luta pela liberdade, Mohandas Gandhi.

"Esta perda é tanto da Índia quanto da África do Sul. Ele era um verdadeiro Gandhi. A sua vida e a sua obra continuarão sendo uma fonte de inspiração eterna para as gerações vindouras", disse Singh.

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Já o presidente chinês Xi Jinping, que apoiou opositores do apartheid durante a Guerra Fria, elogiou a vitória de Mandela na iniciativa e a sua contribuição para "a causa do progresso humano." Fonte: Associated Press.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou o seu pronunciamento em um evento em Diadema, na Grande São Paulo, pedindo um minuto de silêncio em homenagem ao ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, que morreu nesta quinta-feira aos 95 anos. "Tive uma grata satisfação de fazer parte de uma geração que lutou contra o apartheid", disse.

O ex-presidente comparou sua trajetória política ao líder sul-africano e disse que Mandela não conseguiu fazer muito pelo lado social, pois chegou tarde ao poder, porém, conseguiu vencer uma realidade que não tinha lógica. "Não tinha sentido a maioria negra ser governada pela minoria branca. Acontecia comigo a mesma coisa", disse, ressaltando que não entendia o porquê dos trabalhadores, que eram maioria, não chegarem ao poder. "Nem sempre a maioria descobre que é a maioria."

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Lula exaltou a trajetória de Mandela e disse que o "mundo perdeu uma das pessoas mais extraordinárias que eu já conheci". "Compensa conhecer a história do Mandela porque ele servirá de exemplo", reforçou. O ex-presidente disse ainda que Mandela merecia ter um bom descanso. "Se existe um lugar no mundo para a vida depois da morte, se existe um paraíso, o Mandela merece estar nele", afirmou. E brincando concluiu a sua "homenagem" dizendo. "E espero aprender o caminho (do paraíso) para ir atrás."

Lula participa na noite desta quinta-feira da inauguração da Escola Livre de Formação Integral "Dona Lindu", em Diadema. O centro de ensino, que busca atender até 5 mil trabalhadores por ano, com cursos de formação e qualificação profissional, é uma iniciativa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A escolha do nome da escola foi feita em homenagem à mãe do ex-presidente, Eurídice Ferreira de Melo, conhecida como Dona Lindu, por ter sido a responsável pela entrada de Lula no curso do Senai.

A presidente Dilma Rousseff divulgou nota de pesar pela morte do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela nesta quinta-feira, 5, em que o destaca como "personalidade maior do século 20". De acordo com Dilma, o povo brasileiro está consternado com a notícia da morte do político sul-africano. "Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea - o fim do apartheid na África do Sul", diz a nota.

A presidente diz que a atuação política de Mandela transformou-se um paradigma para "todos aqueles que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade". Dilma afirma também que Mandela foi exemplo de grande líder e de pessoa que luta pela justiça social e paz.

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"O governo e o povo brasileiros se inclinam diante da memória de Nelson Mandela e transmitem a seus familiares, ao presidente Zuma e aos sul-africanos nosso sentimento de profundo pesar. O exemplo deste grande líder guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo", afirma a presidente na nota.

Símbolo mundial da luta contra o apartheid, o ex-presidente sul-africano e Prêmio Nobel da Paz Nelson Mandela deixa um importante legado a favor da igualdade de direitos entre os homens e, mesmo após sua morte, tende a contribuir para fortalecer a democracia sul-africana, segundo analistas consultados pela Agência Estado.

Líder rebelde na juventude, Mandela passou mais de um quarto de sua longa vida aprisionado pelos líderes do regime de segregação racial que controlou a África do Sul durante quase meio século. Após sair da prisão, Mandela foi eleito presidente nas primeiras eleições livres da história da África do Sul e governou o país de 1994 a 1999.

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Para o presidente da Sociedade Brasileira de Comunicação e Marketing Político e professor da Universidade Mackenzie, Roberto Gondo, há um desgaste natural do Congresso Nacional Africano (CNA), partido do atual presidente Jacob Zuma e que governa o país desde a eleição de Mandela, há quase duas décadas.

A insatisfação com os agentes políticos abre espaço para o surgimento de novos partidos formados por dissidentes do CNA. "Mandela era o principal moderador da política sul-africana. Perde-se um grande líder nacional e, nesse vácuo, nascem outros grupos interessados em assumir a liderança. Esse processo é positivo para a democracia e como esses grupos não são radicais, as mudanças não devem ter impacto econômico", acredita. "A África do Sul é o ponto de equilíbrio do continente. Se ela se desestabiliza, os outros países também sofrem."

Apesar de contar com diversos líderes locais, o continente africano não possui nenhuma figura com o carisma e a envergadura de Mandela, capaz de ocupar esse espaço no imaginário popular. "O povo africano fica órfão e deve cultuá-lo. No entanto, o país seguirá com problemas típicos de países emergentes como desemprego, corrupção e segregação racial velada que precisam ser resolvidos", afirma o professor e pesquisador do curso de pós-graduação em História da África e do Negro no Brasil, Philippe Lamy.

Já o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Pio Penna não vê, no curto prazo, impactos políticos significativos com a morte de Mandela. "Ele foi o símbolo de uma época de luta e agora perdemos uma figura respeitada mundialmente. Por já estar afastado do governo sul-africano há muito tempo, não acredito que possa haver consequências políticas e econômicas imediatas", opinou.

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, visitou nesta segunda-feira o ex-presidente do país e Prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela, e afirmou que o líder segue em condição estável, porém crítica. Aos 95 anos, Mandela continua respondendo ao tratamento em sua residência em Johannesburgo.

Segundo sua ex-esposa, Winnie Madikizela-Mandela, Mandela continua "muito doente" e não pode falar devido às sondas que mantêm seus pulmões livres de líquidos, como informa o jornal sul-africano The Sunday Independent.

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O ex-presidente da África do Sul está submetido a cuidados intensivos em sua casa desde 1º de setembro, quando recebeu alta depois de três meses internado devido a uma infecção pulmonar. Fonte: Associated Press.

O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, permanece "muito doente" e está incapaz de falar por causa de tubos que estão mantendo seus pulmões sem fluido, disse sua ex-mulher a um jornal sul-africano.

"Ele continua muito sensível a qualquer germe, por isso tem que ser mantido, literalmente, estéril. O quarto (em sua casa no subúrbio de Johanesburgo) é como uma UTI", disse Winnie Madikizela-Mandela ao Sunday Independent. "Ele tem 95 anos de idade e é difícil para ele, por causa de todos os tubos que estão em sua boca para limpar seus pulmões e prevenir uma infecção recorrente." Por causa desses tubos, ele se comunica por expressões faciais.

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A ex-mulher de Mandela rebateu relatos de que o ex-líder antiapartheid e Prêmio Nobel da Paz foi estivesse vivendo com a ajuda de aparelhos. "Eu ouvi essa bobagem de que ele está na UTI. Ele não está", disse Winnie ao jornal. Mandela está em cuidados médicos intensivos, em sua casa, em Johanesburgo, desde 1º de setembro, quando recebeu alta após quase três meses em um hospital por uma infecção pulmonar recorrente.

Nelson Mandela continua em estado crítico, mas estável, informou o presidente sul-africano Jacob Zuma nesta terça-feira, mais de dois meses depois de o líder contra o apartheid ter sido hospitalizado por causa de uma infecção pulmonar.

"O ex-presidente Mandela ainda está no hospital recebendo tratamento e permanece em estado crítico, mas estável", disse Zuma em discurso.

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Mandela, de 95 anos, está internado num hospital privado da capital Pretória desde 8 de junho. Anteriormente, surgiram informações de que o ex-presidente estaria vivo graças a ajuda de aparelhos, mas recentemente seu estado de saúde foi descrito como sério, mas melhorando.

No início do mês, sua ex-mulher, Winnie Madikizela-Mandela, disse à Sky News que ele estava "respirando normalmente", mas que os médicos ainda drenavam fluidos de seus pulmões.

Zuma falou sobre a saúde de Mandela durante uma visita à Malásia, onde recebeu um prêmio em nome do ex-presidente. O país do sudeste asiático homenageou Mandela com o primeiro Prêmio da Paz Global Mahathir, que recebeu o nome do ex-primeiro-ministro do país.

Zuma disse que os sul-africanos sentem-se humildes em dividir Mandela com o mundo. "Ao mesmo tempo que desejamos a ele boa saúde, também temos de celebrar seu legado e aprender com ele, para construirmos um mundo melhor."

Desde o ano passado, Mandela tem sido internado várias vezes com problemas pulmonares. Em dezembro, ele passou quase três semanas no hospital onde foi internado de uma infecção pulmonar e de pedras na vesícula.

A atual internação é a mais longa desde que ele saiu da cadeia em 1990 e se tornou o primeiro líder do país eleito num pleito no qual todo o país participou.

Líderes políticos de todo o mundo e a população sul-africana tem enviado mensagens de apoio a Mandela desde que ele foi internado. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, hospitalizado há dois meses em Pretória, já é capaz de sentar e está mais "alerta", segundo informações da filha Zindzi Mandela para a televisão pública SABC.

Ela disse que o líder sul-africano consegue sentar em uma cadeira durante alguns minutos por dia. “A cada dia ele está mais alerta”, disse. Zindzi fez um apelo para que as pessoas parem de dizer à família que o tempo de Mandela chegou ao fim. "Nós olhamos para este homem que está dizendo 'eu não vou embora'."

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Nelson Mandela, de 95 anos, foi hospitalizado no dia 8 de junho com uma infeção pulmonar. De acordo com as últimas declarações das autoridades sul-africanas, o estado de saúde dele é “crítico, mas estável”. 

Os problemas pulmonares de Mandela podem estar relacionados às sequelas de uma tuberculose contraída em Robben Island, ilha onde passou 18 dos seus 27 anos de prisão. 

Nascido em 18 de julho de 1918, Nelson Mandela foi eleito em 1994 primeiro presidente negro da África do Sul, depois de décadas de luta contra o regime segregacionista da minoria branca que governou o país.

Herói da luta contra o apartheid, liderou com o último presidente imposto pela minoria branca, Frederik de Klerk, uma transição para a democracia baseada na reconciliação nacional, o que lhe rendeu o prêmio Nobel da Paz em 1993. Sua última aparição pública foi na cerimônia de encerramento da Copa do Mundo de Futebol de 2010, disputada na África do Sul.

* Com informações da Agência Lusa

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Nelson Mandela continua hospitalizado, embora o seu último boletim clínico registee algumas melhoras. O hospital informa que o ex-Presidente sul-africano respira já sem problemas, tendo recebido ontem a visita de familiares.

Internado desde o dia 27 de junho devido a uma infeção pulmonar, o estado de saúde de Mandela evoluiu favoravelmente durante o fim de semana, ainda que ninguém arrisque uma data para ter alta hospitalar.







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Um dos netos de Nelson Mandela disse nesta segunda-feira que a saúde de seu avô continua a "melhorar constantemente" desde que ele foi internado no início do mês passado.

Segundo Mandla Mandela, o líder sul-africano está "cada vez mais forte". O neto do ícone da luta contra o racismo afirmou que visitou seu avô no domingo no hospital de Pretória, onde o ex-presidente está sendo tratado.

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O estado de saúde cada vez melhor de Madiba é particularmente animador porque isso responde a pessoas que têm espalhado mentiras de que Madiba está em "estado vegetativo" e que estão apenas esperando que as máquinas sejam desligadas, disse Mandla Mandela.

Na semana passada, Nelson Mandela comemorou seu 95º aniversário, ocasião em que a Presidência da África do Sul disse que o estado de saúde de Madela deixou de ser "crítico, mas estável" e passou a mostrar uma melhora contínua.

Mandela foi internado em um hospital de Pretória em 8 de junho para tratar de uma infecção pulmonar. Fonte: Dow Jones Newswires.

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