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Israel revelou nesta terça-feira (16) fragmentos de um pergaminho bíblico de 2.000 anos de antiguidade, descoberto no deserto da Judeia, no sul do país, e considerou se tratar de uma descoberta "histórica" e uma das mais importantes desde os Manuscritos do Mar Morto. "Pela primeira vez em quase 60 anos, as escavações arqueológicas revelaram fragmentos de um pergaminho bíblico", afirma a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) em um comunicado.

Escritos em grego, os fragmentos tornaram possível, segundo pesquisadores israelenses, reconstruir passagens dos livros de Zacarias e Naum, que fazem parte do livro dos 12 profetas menores da Bíblia. O material foi encontrado durante escavações em uma caverna em um penhasco na reserva natural Nahal Hever, no âmbito de uma campanha para combater o saque de patrimônio.

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Para realizar a operação, que se estendeu pela parte do deserto da Judeia localizada na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, a AAI forneceu aos arqueólogos drones e equipamentos de montanha, incluindo cordas para descida de rapel.

Além dos fragmentos de pergaminho, os cientistas desenterraram objetos que remontam à revolta judaica de Bar Kokhba contra os romanos (132-136 DC), assim como um esqueleto de criança mumificado de 6.000 anos de antiguidade envolto em tecido e uma cesta de 10.500 anos - provavelmente a mais antiga do mundo, acredita a AAI.

De acordo com Israel Hasson, diretor da AAI, que expõe as peças em seu laboratório do Museu de Israel, em Jerusalém, a iniciativa lançada em 2017 tem como objetivo "salvar estas raras e importantes peças patrimoniais das garras dos ladrões".

Desde a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, há mais de 70 anos, nas cavernas de Qumran, as cavernas rochosas do deserto da Judeia se tornaram alvo de saqueadores de antiguidades.

Esses 900 manuscritos são considerados uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos, porque incluem textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como a versão mais antiga conhecida do Antigo Testamento. (Com agências internacionais).

A sede dos Arquivos Nacionais franceses em Paris vai expor, até 24 de agosto, uma seleção de manuscritos iraquianos e algumas cópias de manuscritos de Mossul, salvos no verão passado das destruições culturais do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque.

A exposição "Mesopotâmia, cruzamento de culturas", que reúne algumas peças pouco frequentes escritas em siríaco, aramaico, ou árabe, percorre a história das missões de monges dominicanos nesse território considerado "um dos lugares mais antigos do mundo cristão", afirmou o curador Jacques Charles-Gaffiot.

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Entre os manuscritos de poetas árabes, tratados de Medicina, ou evangelhos expostos, está um alcorão de Bagdá do final do século XII, provavelmente anotado pelo dominicano Riccoldo da Monte Croce (1243-1320).

A segunda parte da exposição é dedicada a sete cópias de grande qualidade de manuscritos procedentes da biblioteca dominicana de Mossul. A instalação foi transferida de urgência no verão passado, após a tomada desta cidade iraquiana pelas tropas do Estado Islâmico (EI) e pelo êxodo em massa da população cristão para Erbil, na região autônoma do Curdistão iraquiano.

"Esses manuscritos se encontram em um lugar seguro, escondidos em alguma parte do Curdistão", afirmou Najeeb, um monge iraquiano que os protegeu e transportou.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), os jihadistas destruíram voluntariamente grande parte dos tesouros culturais pré-islâmicos, assim como santuários cristãos, judeus, ou muçulmanos no Iraque, ao considerá-los hereges.

Durante o ataque dos jihadistas contra Qaraqosh, a grande cidade cristã do Iraque, em 7 de agosto de 2014, mais de 1.500 manuscritos foram destruídos, disse à AFP o patriarca caldeu Luis Rafael I Sako.

A Biblioteca do Vaticano e a Biblioteca Bodleian da Universidade de Oxford digitalizaram e colocaram na internet as primeiras de 1,5 milhão de páginas de manuscritos antigos, entre eles seus respectivos exemplares da Bíblia de Gutemberg.

As bibliotecas haviam anunciado no ano passado um projeto de quatro anos de duração para digitalizar algumas das obras mais importantes de suas coleções de manuscritos hebraicos e gregos, assim como obras publicadas nos anos que se seguiram à criação da imprensa.

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Além das Bíblias de Gutemberg, o site dá acesso a uma Bíblia alemã dos século 15 repleta de iluminuras. O projeto orçado em 2 milhões de libras é financiado pela Fundação Polonsky, que se propõe a democratizar o acesso à informação.

Fundada em 1451, a Biblioteca do Vaticano é uma das bibliotecas de pesquisa mais importantes do mundo. A Bodleian é a maior biblioteca universitária da Grã-Bretanha. Fonte: Associated Press.

Dezenas de notas, cartas manuscritas e documentos de Martin Luther King Jr., o líder dos direitos civis dos afro-americanos assassinado em 1968, foram leiloados em Nova York por 130 mil dólares, informou nesta sexta-feira (18) a casa de leilões Heritage. As mais de 100 peças estavam em posse da amiga próxima e secretária pessoal de King, Maude Ballou, de 88 anos, há mais de meio século.

O lote mais caro, arrematado por 31.250 dólares, inclui oito pequenos cartões nos quais o pastor negro havia escrito, em dezembro de 1959, as linhas gerais de um discurso de despedida a sua congregação na Igreja Batista de Dexter Avenue, em Atlanta (Geórgia, sudeste). Também foram destaques duas cartas que King escreveu a Ballou da Índia, onde estudou a filosofia da não violência de Gandhi, que alcançaram 8.750 e 17.500 dólares.

Dois rascunhos de seu primeiro livro, "Stride Toward Freedom" (1958), foram vendidos por 8.125 dólares cada um. Além disso, foi arrematada a cópia de uma lista datilografada que em janeiro de 1957 informava a polícia de Atlanta sobre "as pessoas e igrejas mais vulneráveis de ataques violentos".

King, que fez campanha pela igualdade racial e pelo fim da discriminação e que foi assassinado no dia 4 de abril de 1968 em Memphis aos 39 anos, estava no topo desta lista. Os escritos relembram muitos momentos chave dos anos 1950, em especial os arquivos sobre o boicote dos ônibus em Montgomery, Alabama (sudeste), no fim de 1955, dirigido por King.

Sandra Palomino, diretora de manuscritos históricos na Heritage, disse que o material fornece "uma perspectiva em nível de base sobre a luta dos direitos civis"."Havia um grande interesse mundial e a resposta do ponto de vista emocional foi enorme", afirmou. Os artigos foram vendidos como parte de um leilão de dois dias de manuscritos históricos em Nova York, que prossegue nesta sexta-feira.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) incluiu, em cerimônia realizada nesta sexta-feira em Havana, os escritos de Ernesto "Che" Guevara no Programa Memória do Mundo. Com isso, os manuscritos do médico argentino convertido em líder revolucionário são reconhecidos agora como patrimônio da humanidade.

O Programa Memória do Mundo possui quase 300 documentos e compilações de cinco continentes. Os textos de Che estão entre as 54 novas adições de 2013.

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Os manuscritos incluem seus "Diários de Motocicleta" e os registros feitos nas montanhas da Bolívia antes de sua execução, em 1967.

O reconhecimento dos manuscritos de Che como patrimônio da humanidade faz com que esses documentos passem a contar com o apoio da Unesco para sua proteção e sua preservação.

A viúva, a esposa e o filho de Che estiveram presentes à cerimônia promovida hoje pela Unesco na capital cubana. Fonte: Associated Press.

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