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A razão pela qual algumas pessoas não foram infectadas pelo vírus causador da Covid-19 no período de mais de dois anos da pandemia intriga os cientistas. Pesquisadores da Universidade de Oxford investigaram como os genes podem influenciar na resposta imune do corpo e podem ter descoberto informações importantes para solucionar essa dúvida.

As descobertas foram publicadas na revista científica Nature Medicine no dia 13 de outubro e apontam para um gene que ajuda a gerar uma reação imunológica mais forte após as duas doses da vacina contra a Covid-19 serem administradas. As pessoas que tinham o HLA-DQB1*06, uma variação do gene HLA (do inglês Human Leukocyte Antigen), tiveram uma resposta de anticorpos mais alta que as que não tem o gene.

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No Reino Unido, duas em cada cinco pessoas têm esse alelo, e os cientistas chegaram à conclusão de que elas são menos propensas a serem infectadas pelo SARS-CoV-2 depois de terem sido vacinadas do que as demais. Isso se daria porque o gene HLA ajuda o sistema imunológico a distinguir as proteínas do próprio corpo das proteínas que são produzidas por vírus e bactérias.

A pesquisa traz evidências de que fatores genéticos podem fazer com que o sistema imunológico responda às vacinas contra a Covid-19 de formas diferentes em pessoas diferentes, mas suas aplicações clínicas ainda não são claras.

"É necessário mais trabalho para entender melhor o significado clínico dessa associação e, de forma mais ampla, o que identificar essa variante genética pode nos dizer sobre como as respostas imunes eficazes são geradas e como continuar a melhorar as vacinas para todas as pessoas", disse em um comunicado Julian Knight, pesquisador-chefe do estudo e professor de medicina genômica no Centro Wellcome de Genética Humana da universidade.

O estudo

Ao longo da pesquisa, os pesquisadores de Oxford analisaram amostras de DNA de 1.190 pessoas que se inscreveram para os ensaios clínicos da vacina de covid-19 da universidade; de 1.677 adultos que faziam parte do estudo que analisava as opções de segunda dose para quem havia recebido os imunizantes Oxford-AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech como primeira dose; e também de crianças que participaram de ensaios clínicos da vacina Oxford-AstraZeneca.

Os indivíduos que carregavam o gene HLA-DQB1*06 apresentaram respostas mais altas de anticorpos 28 dias após a primeira vacina, e eram mais propensos a essa reação imune mais acentuada a qualquer momento após a vacinação.

Depois de um acompanhamento de 494 dias, os cientistas descobriram que, enquanto o HLA-DQB1*06 estava presente em cerca de um terço das pessoas que apresentaram sintomas de Covid-19, ele estava em 46% dos indivíduos que não relataram sintomas.

Em outras partes do mundo, cientistas também estão tentando entender como a genética pode explicar que algumas pessoas estejam mais protegidas contra a covid-19 que as outras, o que pode significar que o mesmo seja verdade para outras doenças e ajudar no desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos.

No Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), pesquisadores analisaram os dados de idosos com mais de 90 anos que se recuperaram da doença com sintomas leves ou que permaneceram assintomáticos após teste positivo para o novo coronavírus.

A análise indicou que os que tiveram covid leve apresentavam mais variantes do gene MUC22, ligado à produção de muco e lubrificação das vias respiratórias, o que pode significar que o gene reduz a resposta imune ativa contra o vírus enquanto protege as vias respiratórias, aumentando a resistência do indivíduo.

Cientistas da Fapesp também identificaram que a maior quantidade de um alelo do gene HLA-DOB pode estar relacionado a um agravamento da infecção. Esse gene tem maior ocorrência em pessoas africanas e sul-americanas e pode interferir na passagem de antígenos do vírus para a superfície celular, o que altera a capacidade do sistema imunológico de identificar esses antígenos e provocar uma resposta a eles.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou nesta quarta-feira, 27, uma "carta de intenção" para a criação de uma unidade de pesquisa e educação em parceria com a Universidade de Oxford no Brasil. Detalhes como o local de instalação ou a data prevista para a sua inauguração ainda não foram divulgados.

Durante o evento no Museu de História Natural da instituição, na Inglaterra, Queiroga disse ainda que a iniciativa tem como objetivo o "fortalecimento dos sistemas de saúde de acesso global". "A pandemia nos ensinou muito, mas sobretudo ensinou que é através da ciência de qualidade", afirmou.

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"Esse termo de compromisso é um aceno para o futuro, para a formação de pesquisadores de altíssimo nível e que poderão, sim, construir um sistema de saúde mais eficiente, mais sólido, e com capacidade de atender o Brasil com uma qualidade cada vez melhor", declarou o ministro, sem detalhar como a unidade da instituição funcionará no País.

Representantes da Universidade de Oxford também afirmaram que a cooperação com o Brasil visa a "garantir que nenhum lugar seja tomado de surpresa por uma nova pandemia".

Dose de reforço

Durante o evento, Queiroga também comentou o estudo encomendado pelo ministério à Universidade de Oxford sobre a aplicação da dose de reforço no País. Apesar de ainda não ter publicado os resultados completos, ele afirmou que a pesquisa analisou a duração dos anticorpos gerais e neutralizantes em quem tomou as quatro vacinas disponíveis no Brasil (Coronavac, AstraZeneca, Pfizer e Jansen) seis meses após completarem o esquema vacinal.

Nesta quinta-feira (2), completam-se 48 anos que John Ronald Reuel Tolkien (1892 – 1973) morreu. Conhecido pela abreviação J.R.R. Tolkien, ganhou notoriedade no mundo inteiro por criar o universo mítico na Terra Média. Suas maiores obras são "O Hobbit" (1937), e "O Senhor dos Anéis" (1954), que posteriormente serviram como base para adaptação cinematográfica.

Vale lembrar que apesar de ser conhecido mundialmente por ter sido escritor, Tolkien foi professor na Universidade de Oxford e dedicava seu tempo aos estudos literários, além de praticar traduções de obras antigas. Devido ao seu alto desenvolvimento em técnicas linguísticas, Tolkien criou seus próprios idiomas, que acabou sendo inserido em suas obras, como a língua élfica.

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A inspiração que Tolkien usava para escrever suas histórias aconteceu em decorrência de suas vivências na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), quando tinha pouco mais de 20 anos, e na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), quando estava com cerca de 50 anos. Além disso, o escritor e professor repudiou os acontecimentos da guerra, e chegou a proibir publicamente que suas obras fossem traduzidas para o alemão.

Aliás, é possível reconhecer muitos desses traços em  suas obras, como em “O Senhor dos Anéis”, em que Frodo e Sam são parceiros e protegem-se um ao outro, a fim de conseguir destruir o “Um Anel” no topo do vulcão de Mordor. Assim como acontecem com os soldados nas guerras, que precisam se proteger para atingir um objetivo em comum.

 

 

A Prefeitura de Maringá, no Paraná, emitiu uma nota de esclarecimento sobre as supostas doses vencidas da vacina da AstraZeneca/Oxford aplicadas na população entre abril e junho deste ano. Segundo a gestão, não foram aplicadas doses fora do prazo da validade nos maringaenses e houve apenas atraso na comunicação com a base de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). O ConecteSUS teria demorado a enviar dados do Ministério da Saúde ao município.

Em reportagem desta sexta-feira (2), a Folha de São Paulo divulgou que 25.935 doses da vacina da AstraZeneca/Oxford foram administradas após a data de vencimento em pelo menos 1.532 cidades brasileiras, das quais 3.563 teriam sido aplicadas em Maringá, tornando a cidade o primeiro lugar do levantamento.

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“Sobre reportagem da Folha de S. Paulo que denuncia suposta vacinação contra covid-19 com imunizantes vencidos, Marcelo Puzzi, secretário da Saúde de Maringá, explica: “O lançamento no Sistema Conect SUS está diferente do dia da aplicação da dose. Isso porque, no começo da vacinação, a transferência de dados demorava a chegar no Ministério da Saúde, levando até dois meses. Portanto, os lotes elencados são do início da vacinação e foram aplicados antes da data do vencimento. Concluindo, não houve vacinação de doses vencidas em Maringá e sim erro no sistema do SUS”, escreveu a prefeitura em nota pública.

Segundo o jornal, os dados utilizados estão disponíveis nos registros oficiais do Ministério da Saúde e foram cruzados através do DataSUS e Sala de Apoio à Gestão Estratégica (Sage). Foram considerados os números dos lotes das vacinas e todas as imunizações do país contra Covid-19 até 19 de junho.

O texto menciona ainda que outras 114 mil doses da vacina AstraZeneca que foram distribuídas a estados e municípios dentro do prazo de validade já expiraram. Não foi esclarecido se foram descartadas ou se continuam sendo aplicadas. AstraZeneca é a vacina mais usada no Brasil. Ela responde por 57% das doses aplicadas neste ano.

25.935 doses da vacina da AstraZeneca/Oxford foram administradas após a data de vencimento em pelo menos 1.532 cidades brasileiras. Apesar da orientação sobre a perda da eficácia, as prefeituras continuaram aplicando a vacina vencida.

Os dados estão disponíveis nos registros oficiais do Ministério da Saúde e foram cruzados através do DataSUS e Sala de Apoio à Gestão Estratégica (Sage) pelo jornal Folha de São Paulo, que divulgou os resultados em reportagem desta sexta-feira (2). Foram considerados os números dos lotes das vacinas e todas as imunizações do país contra Covid-19 até 19 de junho.

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São oito lotes de vacinas da AstraZeneca, expirados entre 29 de março e 4 de junho. De acordo com a Folha, a campeã em aplicações de vacinas vencidas foi a cidade paranaense de Maringá, com 3.563 casos. Depois aparecem Belém (PA), com 2.673, São Paulo (SP), com 996, Nilópolis (RJ), com 852, e Salvador (BA), com 824. As demais cidades aplicaram menos de 700 vacinas vencidas, sendo que a maioria não passou de dez doses.

São os lotes:

- 4120Z001, vencido em 29 de março de 2021

- 4120Z004, vencido em 13 de abril de 2021

- 4120Z005, vencido em 14 de abril de 2021

- CTMAV501, vencido em 30 de abril de 2021

- CTMAV505, vencido em 31 de maio de 2021

- CTMAV506, vencido em 31 de maio de 2021

- CTMAV520, vencido em 31 de maio de 2021

- 4120Z025, vencido em 4 de junho de 2021

Além disso, outras 114 mil doses da vacina AstraZeneca que foram distribuídas a estados e municípios dentro do prazo de validade já expiraram. Não está claro se foram descartadas ou se continuam sendo aplicadas. AstraZeneca é a vacina mais usada no Brasil. Ela responde por 57% das doses aplicadas neste ano.

Das 3,9 milhões de doses aplicadas aplicadas destes oito lotes, 3,76 milhões foram aplicadas dentro do prazo de validade. No total, são 139.911 doses de oito lotes da vacina AstraZeneca vencidas, das quais 25.935 já foram aplicadas. Outras 113.976 doses vencidas desses oito lotes não tinham sido ministradas até 19 de junho, quando o cruzamento de dados foi encerrado.

Como verificar

À população que foi imunizada com a vacina AstraZeneca/Oxford, é recomendado a verificação da carteira de vacinação. No documento, consta número do lote utilizado, além da data em que as doses foram aplicadas. Verifique na lista acima se suas doses foram administradas dentro do prazo de validade. Caso sim, comunique às autoridades de Saúde do seu município.

Vacinas vencidas em Pernambuco

Em Pernambuco, pelo menos 30 municípios receberam doses vencidas da AstraZeneca/Oxford. Em primeiro lugar, surge Ipojuca, no Litoral Sul, com 279 doses aplicadas fora do prazo de validade. A capital Recife surge nas últimas posições, com apenas dois casos registrados.

As demais cidades são: Ipojuca (279), Garanhuns (110), Gameleira (90), Bom Jardim (87), Correntes (51), Itaíba (48), Verdejante (38), Condado (37), Caruaru (36), Rio Formoso (36), São João (28), Joaquim Nabuco (26), Santa Cruz do Capibaribe (25), Bom Conselho e Sirinhaém (24), Olinda (17), Buíque (16), Betânia (14), Camutanga, Capoeiras e Jaboatão dos Guararapes (13), Nazaré da Mata e Ouricuri (12), Carnaubeira da Penha e Machados (11), Carnaíba e Toritama (10).

Itapissuma, Catende, Custodia e outros municípios do estado aparecem no mapeamento com oito doses ou menos.

A vacina da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19 já é utilizada há quase três meses completos em todos os estados do Brasil, após ser aprovada em março. O imunizante  reduz risco de hospitalização, doença grave e morte com alta eficácia, entre 70% e 90%, dependendo do laboratório e do grupo em que é aplicado. Entretanto, após casos de aparição de coágulos em pessoas vacinadas com a AstraZeneca na Europa, entidades de saúde no mundo inteiro ligaram alerta para descobrir se há associação entre a vacina e o desenvolvimento da trombose.

Segundo a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), "nenhuma relação causal foi comprovada, mas é possível", e os benefícios do imunizante contra o coronavírus continuam a superar os riscos. Em todo o continente, foram cerca de 230 casos de reações adversas monitorados, na maioria dos países com baixíssimo ou nenhum risco de letalidade, além de associação incerta à vacina.

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No Brasil, o medo de se vacinar com a AstraZeneca tomou grande proporção após o Ministério da Saúde desaconselhar a administração do produto em gestantes e puérperas. Uma medida preventiva que levou em consideração a morte de uma gestante no Rio de Janeiro, dias depois de ter recebido a vacina da Oxford. O objetivo da suspensão é investigar possíveis eventos adversos nestas mulheres após a aplicação das doses. Apesar da decisão, ainda não há estudos que comprovem a relação da vacina com o óbito da grávida. Além disso, o país não tem registros de casos confirmados de trombose associados ao imunizante britânico.

Então, a vacina AstraZeneca é segura?

A resposta é sim. No Brasil, os dados do e-SUS notificam 0,89 casos a cada 100 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca aplicadas, o que faz o Ministério da Saúde classificar como "raros" eventos do tipo. A pasta reforça que ainda "não há comprovação de associação causal com a vacinação" e que o perfil de risco-benefício da vacina "ainda é favorável".

Colocando as coisas em perspectiva, segundo o Ministério, enquanto a proporção de trombose e AVC pela vacina está em <1 caso a cada 100 mil, o número de óbitos em grávidas pela Covid-19 é de 20 por 100 mil. Já entre os infectados com Covid-19 que precisaram de hospitalização — ou seja, sofrem de quadros mais graves da doença —, a taxa de trombose é de 16,5%, segundo uma pesquisa com 3.342 pacientes.

Para elucidar dúvidas gerais, o LeiaJá convidou um médico especialista em vacinas que comentou aspectos técnicos e comparativos do imunizante da Oxford.

— Eduardo Jorge, representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e vice-presidente da Sociedade de Pediatria de Pernambuco (SBP).

LJ: Quais as reações mais comuns da vacina da AstraZeneca? São comuns?

EJ: A vacina AstraZeneca é de vetor viral (ou seja, utiliza um "vírus vivo", como um adenovírus (que causa o resfriado comum), que não tem capacidade de se replicar no organismo humano ou prejudicar a saúde). Igual à vacina da Janssen, igual à vacina Sputnik. Os estudos de fase três, aqueles com mais de 30 mil pessoas que acompanham a eficácia e acompanham os eventos adversos, mostraram que eram vacinas seguras. Especialmente do laboratório AstraZeneca, que pesquisou junto à Universidade de Oxford, mostrou que, na primeira dose, ela dá eventos adversos considerados leves a moderados. Os principais: febre baixa, dor no corpo, que a gente chama de mialgia, dor de cabeça, ou seja, eventos que respondem bem ao uso de analgésicos.

LJ: Qual a relação entre o imunizante e a coagulação sanguínea?

EJ: Houve associação do uso desta vacina, mas também de outras vacinas da mesma plataforma, como a vacina da Janssen, com um fenômeno extremamente raro, variando de um caso para 250 mil de doses aplicadas até, segundo alguns, de um caso para um milhão de doses aplicadas. São casos de trombose associada a trombocitopenia. Essa é uma reação imunológica que alguns pacientes fazem quadros de trombose em artérias e veias importantes, obrigatoriamente associados a plaquetas baixas. Então não é uma trombose de membros inferiores (TEP), que é um tromboembolismo que vai pro pulmão ou outros tipos de trombose. Esse é um fenômeno extremamente raro, mas que, sim, foi associado às vacinas de plataforma de adenovírus.

LJ: É mais comum ocorrer trombose nos vacinados com AstraZeneca ou nos doentes por Covid?

EJ: O risco de ter esse evento, que eu disse que varia de um para cada 250 mil de doses aplicadas e um a cada um milhão de doses aplicadas, é muito menor do que as tromboses que a doença Covid causa. A Covid-19 é uma doença inflamatória que causa trombose em várias partes do corpo, e em pacientes graves é de mais de 60% a possibilidade de trombose por doença. Então, entre risco e benefício, é muito melhor tomar vacina.

Agora, é importantíssimo que o diagnóstico precoce da trombose seja dado. Os sintomas podem ser falta de ar, inchaço nas pernas, desorientação, crise convulsiva. Que esses pacientes sejam rapidamente diagnosticados, porque hoje também tem o tratamento deste evento adverso: a trombose com trombocitopenia. O tratamento com corticoide que está funcionando muito bem quando esse quadro é diagnosticado.

LJ: Há alguma contraindicação ao público geral?

EJ: Não. Em relação aos eventos adversos leves, a vacina dá febre, dor local, mialgia, que pode durar até dois dias, semelhante à Coronavac e semelhante à vacina da Pfizer. A vacina Coronavac, por ser uma vacina inativada, tem menos eventos adversos do que a Pfizer e a AstraZeneca. Mas o mais importante para a população é saber que esses eventos adversos da vacina da AstraZeneca são eventos leves na imensa maioria dos casos e que desaparecem com analgésico comum.

LJ: Além do grupo de gestantes e puérperas, para o qual a administração da vacina foi suspensa de forma apenas preventiva, a AstraZeneca é contraindicada para mais alguma parcela da população, especificamente?

EJ: Paciente que tem histórico de choque anafilático com qualquer remédio ou com qualquer comida — falo choque anafilático, casos em que é preciso ir ao hospital tomar adrenalina — a orientação, tanto da Pfizer quanto da AstraZeneca, é que seja administrada sob supervisão médica em um ambiente seguro, que tenha adrenalina prontificada para administração. Mas isso vale tanto pra AstraZeneca quanto pra Pfizer. Não é específico da AstraZeneca. E, inclusive, a Pfizer apresentou mais choque anafilático que a AstraZeneca no mundo, dos poucos casos existentes.

LJ: Então a recomendação geral ainda é tomar a vacina?

EJ: Com certeza. No momento que o Brasil caminha ainda com seus 31% de primeira dose, 11,7% de segunda dose, essa é uma das vacinas que a gente tem. Chamamos atenção da população do risco que é desenvolver a trombose pós-Covid, do risco que é morrer de Covid, e do evento extremamente raro que pode ocorrer com a AstraZeneca. A população não precisa de medo, precisa de informação. Não temos possibilidade de escolher vacinas como se fosse um cardápio. A gente precisa acabar com essa pandemia. Não há outra solução a não ser vacinar. A vacina em maior abundância aqui é a da AstraZeneca, que é até a com melhor custo.

O 1º lote de doses da Oxford/AstraZeneca foi importado. Em seguida, a Fiocruz passou a fazer o envase e finalização do processo a partir do recebimento dos ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) vindos do exterior, no caso da China.

De acordo com a fundação, a estrutura de fabricação já recebeu certificado de boas práticas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fase seguinte é o treinamento e preparação do IFA a ser produzido no Brasil, o que deve ocorrer em junho.

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Testes

Esses insumos elaborados no Brasil passarão por testes junto a AstraZeneca para aferir se eles garantem a qualidade, segurança e eficácia necessárias da fórmula original do imunizante.

Em seguida, será preciso submeter a documentação sobre o novo processo produtivo à Anvisa para que a agência autorize a alteração no registro da vacina já obtido, que conta com as informações dos IFAs fabricados no exterior.

A previsão da Fiocruz é que a fabricação das primeiras vacinas totalmente nacionais ocorra a partir de outubro.

Avanço da vacinação

Na cerimônia de assinatura, realizada na sede do Ministério da Saúde, o titular da pasta, Marcelo Queiroga, informou que até o momento foram entregues pela parceria entre Fiocruz e Oxford/AstraZeneca 47 milhões de doses. Pelo contrato, seriam disponibilizadas mais 50 milhões de doses.

“Com o avanço da vacinação, demos início à vacinação dos professores. Diante da ameaça de novas variantes, começamos a vacinação de portos e aeroportos. Com mais de 600 milhões de doses encomendadas, nosso objetivo é oferecer até o fim do ano vacinação para toda a população do país”, disse Queiroga. 

Conforme o painel de vacinação do Ministério da Saúde, ainda estão previstas 20,9 milhões de doses em junho, 36,9 milhões para o 3º trimestre e 110 milhões de doses para o 4º trimestre do ano, totalizando 210,4 milhões de doses contratadas de diferentes laboratórios.

Copa América

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou a cerimônia de assinatura para falar sobre a disposição do governo federal de realizar a Copa América no Brasil após a desistência da Argentina. Ele argumentou que outras competições sul-americanas estão ocorrendo, como Libertadores e Eliminatórias da Copa do Mundo e declarou que “ao que tudo indica” o torneio ocorrerá no Brasil.

“Acabamos com 1ª Fase da Libertadores. Foram 80 jogos sem problema nenhum. Começamos eliminatórias da Copa sem problema nenhum. No que depende do governo federal, seguindo os mesmos protocolos, estávamos em condição de realizar a Copa”, afirmou Bolsonaro.

Hoje o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) enviou ofício ao presidente do Fórum de Governadores, Wellington Dias (Piauí), questionando a realização da Copa América no Brasil.

“Como os grandes eventos revelam-se extremamente importantes para a disseminação do vírus e determinam a necessidade de medidas extremas dos gestores para tentar conter a doença em seus territórios, este Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Conass entende absolutamente inoportuna e desaconselhável a realização de quaisquer campeonatos esportivos capazes de propiciar vários pontos de aglomeração, mesmo que os estádios não recebam torcida, sob pena de termos um agravamento ainda maior da situação epidemiológica no país”, diz o documento.

Acompanhe na íntegra:

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Pernambuco recebeu, na manhã desta quarta-feira (26), mais 241.750 doses de vacinas contra a Covid-19 da Astrazeneca. O quantitativo será destinado exclusivamente para a primeira dose de pessoas com comorbidades e deficiência permanente, trabalhadores das forças de segurança e salvamento e o início da imunização de trabalhadores de portos e aeroportos, categoria que já estava inclusa nos grupos prioritários estabelecidos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

"Com as novas doses de vacinas que Pernambuco recebeu hoje poderemos atender 100% dos trabalhadores portuários e 78% dos aeroviários com a primeira dose. É mais um grupo prioritário que começamos a imunizar no Estado", afirmou o governador Paulo Câmara (PSB).

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A previsão é que 4.820 trabalhadores portuários e 2.970 aeroviários sejam imunizados no Estado. As doses recebidas pela manhã foram levadas para o Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) e, logo em seguida, teve início a distribuição para todas as 12 Gerências Regionais de Saúde do Estado (Geres), repetindo a operação logística por via terrestre e aérea, deixando as vacinas à disposição das secretarias de saúde dos municípios.

Até o momento, o Estado soma 3.975.590 vacinas contra a Covid-19 recebidas, sendo 1.925.170 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz; 1.959.160 da Coronavac/Butantan; e 91.260 da Pfizer/BioNTech.

O Ministério da Saúde divulgou a orientação para as gestantes e puérperas que tomaram uma dose da vacina contra a covid-19 da Oxford/AstraZeneca. Elas deverão aguardar até o fim do puerpério para tomar a segunda dose.

A orientação foi divulgada após o ministério alterar as diretrizes para a vacinação de gestantes e puérperas diante de dois casos de mulheres desses grupos que morreram após receber o imunizante Oxford/AstraZeneca.

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De acordo com a pasta, até 10 de maio, 15 mil gestantes foram imunizadas com a vacina. Estas deverão seguir a recomendação de aguardar o fim do puerpério.

Conforme o comunicado de orientação do Ministério da Saúde, as gestantes que receberam uma dose da Oxford/AstraZeneca e que apresentarem sintomas entre quatro e 28 dias após a aplicação deverão procurar um médico.

Entre os sintomas que devem ensejar a busca por atendimento médico estão falta de ar; dor no peito; inchaço na perna; dor abdominal persistente; sintomas neurológicos, como dor de cabeça persistente e de forte intensidade, borrada, dificuldade na fala ou sonolência; ou pequenas manchas avermelhadas na pele além do local em que foi aplicada a vacina.

Desde a mudança de posição do ministério, a vacinação de gestantes e puérperas passou a ser recomendada apenas para as mulheres que fazem parte desses grupos e que apresentem comorbidades, podendo receber outros tipos de imunizantes, como as vacinas CoronaVac e a da Pfizer.

 

O Ministério da Saúde envia aos estados a partir desta quinta-feira (13) um novo lote com 5,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Nesse estoque, estão doses da Oxford/AstraZeneca e da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

A nova remessa é destinada à segunda dose para trabalhadores da área de saúde e para as faixas etárias de 65 a 69 anos e de 85 a 89 anos, além de povos indígenas, ribeirinhos e comunidades quilombolas e pessoas com deficiência permanente.

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A orientação do Ministério da Saúde é que as pessoas tomem a segunda dose, mesmo que tenha sido ultrapassado o tempo indicado para ela. A recomendação foi dada em razão da falta de doses para a segunda aplicação pela falta de matérias-primas, especialmente no caso da CoronaVac, cuja produção foi retardada pelo atraso no envio do ingredientes farmacêuticos ativos (IFA) da China para a fabricação do imunizante.

As doses dessa remessa também são para gestantes e puérperas. Ontem (11), porém, o Ministério da Saúde emitiu novas recomendações para este público após a morte de uma gestante no Rio de Janeiro  depois da aplicação de dose da Oxford/AstraZeneca. Devem ser vacinadas apenas as mulheres deste segmento com comorbidades e com as vacinas CoronaVac e Pfizer.

De acordo com o comitê de especialistas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), ainda não foi constatada a relação de causalidade entre a vacina e a morte da mulher. O caso está sendo investigado. A suspensão da aplicação da dose do imunizante Oxford/AstraZeneca foi adotada por cautela.

 

A Comissão Europeia abriu uma ação na Justiça contra a AstraZeneca, responsável pela produção e distribuição mundial da vacina anti-Covid da Universidade de Oxford, em nome dos 27 Estados-membros do bloco.

Segundo o porta-voz de Saúde do poder Executivo da União Europeia, Stefan De Keersmaecker, a ação judicial foi aberta na última sexta-feira (23) e tem como base "as violações do contrato de compra antecipada" do imunizante fabricado pela empresa anglo-sueca.

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A Comissão Europeia vinha sendo pressionada pela maior parte dos Estados-membros a acionar a AstraZeneca na Justiça por causa dos recorrentes atrasos da multinacional nas entregas de vacinas.

A companhia farmacêutica começou a distribuir o imunizante no bloco em janeiro, mas nunca conseguiu cumprir o cronograma de entregas acertado com Bruxelas. O contrato prevê o fornecimento de até 400 milhões de doses à UE em 2021, sendo que 120 milhões estavam programadas para o primeiro trimestre, mas, até o momento, foram entregues apenas 31,2 milhões, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.

Para efeito de comparação, a Pfizer já distribuiu mais de 95 milhões de vacinas na União Europeia. "Nossa prioridade é garantir as entregas de vacinas contra a Covid-19 para proteger a saúde da União Europeia. É por isso que a Comissão Europeia, juntamente com todos os Estados-membros, decidiu instaurar ações judiciais contra a AstraZeneca", disse no Twitter a comissária de Saúde do bloco, Stella Kyriakides.

Os atrasos da AZ já fizeram a Itália bloquear a exportação de 250 mil doses de sua vacina para a Austrália, enquanto a UE pretende focar suas compras futuras nos imunizantes de mRNA, como os da Pfizer e da Moderna.

Na semana passada, o comissário europeu de Mercado Interno, Thierry Breton, também admitiu a hipótese de não renovar o acordo com a AstraZeneca.

Reações

A multinacional anglo-sueca divulgou um comunicado afirmando que "lamenta" a decisão da Comissão Europeia e prometendo "se defender firmemente no tribunal".

"Após um ano sem precedentes, nossa empresa está para fornecer quase 50 milhões de doses aos países da UE até o fim de abril, em linha com nossas previsões", diz a nota.

De acordo com a AstraZeneca, o contrato com Bruxelas foi "plenamente respeitado".

Da Ansa

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpre nesta quinta (22) oito mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fraudes em oferta de vacina contra a Covid-19. A empresa e seus representantes são investigados por venderem lotes de imunizante Oxford/AstraZeneca a prefeituras sem garantir a entrega do produto.

Segundo a Polícia Civil, a empresa oferecia cada dose por US$ 7,90 (R$ 43,65) para municípios. No entanto, como as vacinas de AstraZeneca estão todas destinadas a consórcios internacionais e a governos de países, não há doses remanescentes para serem comercializadas com empresas ou mesmo com estados e municípios.

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Entre os municípios que receberam oferta da empresa, sediada em Recife, estão Duque de Caxias e Barra do Piraí, no Rio, e Porto Velho. A capital rondoniense, por exemplo, já teria, segundo a Polícia Civil, feito o pagamento, mas ainda não recebeu as doses.

A operação está sendo feita em parceria com a Polícia Civil de Pernambuco e a Polícia Rodoviária Federal.

O governo brasileiro confirmou que o consórcio Covax Facility, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), enviará quatro milhões de doses da vacina Vaxzevria, da Universidade de Oxford/AstraZeneca, para o Brasil em maio.

O país já havia recebido pouco mais de um milhão de doses da mesma vacina em março, mas o novo lote é uma antecipação do grupo por conta da gravidade da pandemia no país.

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Nesta sexta-feira (16), em uma reunião de governadores e representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), a notícia havia sido antecipada e publicada por diversos líderes estaduais em suas redes sociais.

A Vaxzevria é uma das vacinas já autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ao lado da CoronaVac e da Cominarty.

O Brasil vive o pior momento da pandemia de coronavírus Sars-CoV-2, com médias recordes de mortes e casos. Conforme dados do Conass, são 13.832.455 contágios confirmados e 368.749 vítimas.

Já o portal Covid-19 no Brasil informa que 35.165.088 doses já foram aplicadas no Brasil, sendo que 9,2 milhões de pessoas foram imunizadas com as duas doses necessárias.

Da Ansa

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu no início da manhã deste domingo, 28, duas novas remessas de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da China para a produção da vacina contra a covid-19. O material é suficiente para fabricar cerca de 12 milhões de doses da vacina de Oxford / AstraZeneca.

A carga deveria ter chegado neste sábado, mas houve um atraso na conexão do voo em Luxemburgo, na Bélgica. O avião trazendo os insumos pousou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, por volta das 6h40 deste domingo, 28.

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O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) já tinha recebido na última quinta-feira, 25, insumos para a produção de seis milhões de doses da vacina. Ainda está prevista a chegada de uma nova carga para a fabricação de cinco milhões de doses nesta semana.

Em nota, a Fiocruz informou que os quatro lotes de Ingrediente Farmacêutico Ativo serão suficientes para as entregas de vacinas ao Ministério da Saúde programadas para abril e parte do que está previsto para maio.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou comunicado nesta quinta-feira (25) alertando para o fato de que não deve haver mistura de doses de diferentes fabricantes na imunização de pacientes contra a covid-19.

O Programa Nacional de Imunização contra a doença começou com as vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca. Em março, o governo anunciou contratos de aquisição de novas farmacêuticas, como Janssen e Pfizer.

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Com isso, aumenta o número de diferentes vacinas. Por isso, a Agência reiterou que ainda não há evidências de que a aplicação de doses de fabricantes distintos produza efeito contra o novo coronavírus e não é recomendado.

Caso uma pessoa receba doses de diferentes fabricantes na aplicação dada pelas equipes de saúde da sua cidade deve procurar as autoridades (secretarias de saúde, Ministério Público ou o Ministério da Saúde) e denunciar o ocorrido.

Para lembrar e informar o fabricante da primeira dose, é importante levar o cartão de vacinação onde esta informação foi registrada e apresentar o documento à equipe que for aplicar a segunda dose.

 

Duas reações adversas foram incluídas na bula da vacina contra a Covid-19 Oxford/Astrazeneca/Fiocruz. A primeira é uma reação que pode ser comum, a diarreia. A segunda reação, considerada uma reação incomum após a administração da vacina, é a sonolência. A informação foi divulgada nesta terça-feira (23) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a agência, as alterações na bula foram realizadas no dia 16 de março, após análise da área de farmacovigilância.

Mudança

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A inclusão das duas reações identificadas nos estudos clínicos e em bulas do produto em outros países foi solicitada pela Anvisa, por ocasião da análise do Plano de Gerenciamento de Riscos, durante a etapa de registro da vacina de Oxford/AstraZeneca/Fiocruz.

“O plano de gerenciamento de riscos é uma das etapas para o registro dos medicamentos e vacinas no Brasil. Nenhum produto é isento de riscos e por isso devem ser monitorados. Ele é registrado quando os benefícios superam os riscos, mas essa relação deve ser constantemente avaliada”, explicou a Anvisa em nota.

Uma vez no mercado é iniciada a etapa de monitoramento dos riscos das vacinas ou farmacovigilância. Nessa etapa são avaliadas informações de notificações e da análise de causalidade dos casos suspeitos relatados, sumários executivos de eventos adversos, relatórios periódicos de análise de benefício-risco e de gerenciamento de sinais de segurança. Também são feitas consultas a especialistas, além do constante intercâmbio de informações com autoridades regulatórias de outros países e com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a continuidade do uso da vacina Covishield pela população brasileira. O imunizante é desenvolvido pela empresa AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Em atualização do seu comunicado sobre o monitoramento de eventos adversos relacionados ao uso do imunizante, a Anvisa concluiu que “os dados não apontam alteração no equilíbrio benefício‐risco da vacina”.

De acordo com o órgão, a conclusão foi reforçada após a realização de uma reunião entre a Anvisa e autoridades regulatórias de vários países e também com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. “Nas bases nacionais que reúnem os eventos ocorridos com vacinas não há registros de embolismo e trombose que tenham relação de causa com as vacinas contra a Covid-19.”, diz o comunicado.

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Recentemente, alguns países da Europa decidiram suspender o uso da vacina diante do registro de problemas vasculares em pacientes. De acordo com a Agência de Saúde Europeia, foram reportados casos de múltiplas tromboses e embolia pulmonar em duas pessoas na Áustria e um caso de coágulo no sangue na Dinamarca, em que a pessoa morreu. A entidade afirmou que estudos preliminares não indicam que a causa dessas reações seja a vacina e já está revisando todos os casos relatados.

No Brasil, a Anvisa destacou que o lote que deu início às suspensões feitas na Europa, o ABV5300, não é utilizado no Brasil e que as doses aplicadas até agora da vacina Oxford/AztraZeneca vêm de um lote do Instituto Serum, da Índia, que também produz o imunizante.

A reunião com as agências internacionais foi feita no âmbito da Coalizão Internacional de Agências Reguladoras, que reúne 52 representantes de outras agências como a americana, canadense, japonesa, australiana, britânica, irlandesa, dinamarquesa, singapurense, entre outras. “A discussão técnica apontou para a necessidade de apresentação de outros dados e o aprofundamento das investigações nos países que invocaram o princípio da precaução para suspender o uso da vacina Oxford/AstraZeneca”, explicou a Anvisa.

Hoje (17), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que tem parceria com a farmacêutica AstraZeneca, começa a entrega do primeiro lote de vacinas produzidas no Brasil. A previsão é que sejam entregues um total de 3,8 milhões de doses da Covishield até o final de março, que serão distribuídas pelo Ministério da Saúde de acordo com os critérios do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta sexta-feira (12) o registro da vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A decisão permite a entrega do produto que tem etapa de fabricação no País. Antes, a Anvisa já havia autorizado o uso emergencial do mesmo produto, mas fabricado pelo Instituto Serum, da Índia. O registro não permite a venda ao setor privado, pois a Fiocruz tem apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) e organismos multilaterais como clientes.

A Fiocruz espera entregar cerca de 222 milhões de doses neste ano, sendo 112 milhões até julho. Neste mês, a ideia é distribuir 3,8 milhões de doses. A Anvisa também anunciou o registro do antiviral remdesivir. Fabricado pela Gilead, o medicamento é usado no tratamento de pacientes hospitalizados com Covid-19. A agência já havia registrado a vacina da Pfizer. Neste caso, o produto pode até mesmo ser vendido ao setor privado, mas a empresa afirma que só negocia agora com o Ministério da Saúde.

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Estudos divulgados nessa segunda (8) indicam que as vacinas administradas no Brasil, CoronaVac (Sinovac) e Covishield (AstraZeneca/Oxford) são eficazes contra a variante brasileira P.1 no novo coronavírus. Segundo a agência Reuters, uma fonte ligada ao estudo confirmou que a pesquisa foi conduzida pelo Instituto Butantan.

A variante brasileira originada no Amazonas, P.1, vem gerando grande preocupação, já que o avanço do coronavírus no Brasil está exponencial mesmo com medidas protetoras sendo tomadas pelos governos estaduais. A carga viral nos infectados pela P.1 é dez vezes maior, fazendo com que se espalhe mais rapidamente a contaminação.

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Pensando nisso, empresas e institutos desenvolvedoras das vacinas que estão circulando no Brasil começaram a montar estudos para saber se poderão ser utilizadas nesses casos. Por enquanto, os resultados foram satisfatórios e tranquilizantes.

No caso da Covishield, o estudo de eficiência da vacina contra a variante foi realizado pela Universidade de Oxford e pelo laboratório da AstraZeneca, desenvolvedores da vacina. À agência Reuters, o diretor da Fiocruz, Maurício Zuma, disse que os resultados serão divulgados durante a semana.

Já o estudo brasileiro usou amostras de sangue de pessoas imunizadas pela CoronaVac para testar contra a variante P.1. O resultado foi de eficácia, mas o estudo ainda será ampliado buscando maiores resultados.

No final de fevereiro, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, estava otimista para a eficácia, já que a vacina já havia demonstrado bons resultados contra outros tipos de variantes, como a da África do Sul (B.1.1351) e a da Inglaterra (B.1.1.7).

A Fiocruz anunciou que produzirá a vacina de Oxford/AstraZeneca em grande escala a partir desta segunda-feira, 8. Pelo menos 3,8 milhões de doses do imunizante contra a covid-19 serão entregues até o fim deste mês. Pelo calendário da instituição, 30 milhões de doses serão entregues até abril. E até meados do ano, a Fiocruz espera já ter disponibilizado 100 milhões de doses.

O anúncio foi feito durante a visita do governador Wellington Dias, do Piauí, que preside o consórcio de governos do Nordeste, e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao laboratório de BioManguinhos, onde as vacinas contra a covid-19 estão sendo produzidas.

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Já houve a conclusão dos testes de fábrica - em que as condições da produção são testadas. Os chamados testes de consistência verificam, por exemplo, se há alguma contaminação dos frascos na linha de produção, se o volume envasado está calibrado corretamente, se a temperatura de todo o processo está correta, entre outras variáveis. Para isso são feitas três produções independentes.

Se houver qualquer problema, e preciso parar a produção para reajustar os equipamentos. Havia o temor de que algum desajuste pudesse atrasar ainda mais a produção, mas não houve contratempo.

Pelo calendário original, estava prevista a entrega de 15 milhões de doses até o fim deste mês. Um problema técnico em um dos laboratórios, no entanto, acabou atrasando a produção.

A presidente da Fiocruz, Nísia Silveira, não participou presencialmente da reunião porque teve contato com uma pessoa que testou positivo para covid-19 na ultima sexta-feira, dia 5.

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