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Após romper com o PT, a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados decidiu oficialmente, nesta quinta-feira (14), que vai apoiar o pedido de autorização para abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O líder da legenda na Casa, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que vai encaminhar a votação a favor do impeachment, mas votará contra o processo. 

“Vou encaminhar a partir da decisão da bancada, mas minha posição pessoal é contra o processo de impeachment”, afirmou. Por isso, Picciani também deixou claro que não haverá punição para quem votar contra a decisão da bancada, ou seja, contra o afastamento de Dilma. 

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Além dele, os ministros do PMDB exonerados hoje Mauro Lopes, da Secretaria de Aviação Civil, Celso Pansera, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e Marcelo Castro, da Saúde, também devem se posicionar pela permanência da presidente. 

A bancada do PMDB na Câmara tem 67 parlamentares e o líder estima que 90% dela votará a favor do impeachment. 

Apesar de já ter confirmado a aliados que deixará o governo, o ministro-chefe da Secretaria da Aviação Civil (SAC), Mauro Lopes, afirmou na noite desta terça-feira, 29, que só anunciará sua decisão oficial após conversar com a presidente Dilma Rousseff e com o vice-presidente Michel Temer.

Por meio de sua assessoria, Mauro Lopes, que é deputado federal, informou que, antes do anúncio, conversará ainda com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e com a bancada peemedebista de Minas Gerais. Picciani foi o principal responsável por articular a nomeação do ministro.

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Hoje pela manhã, aliados do ministro chegaram a falar que ele entregaria sua carta de renúncia ainda nesta terça-feira. Lopes, no entanto, decidiu que conversará com Dilma, Temer e outros peemedebistas antes de anunciar sua decisão oficialmente. Com isso, sua saída só deve ser oficializada nos próximos dias.

Assim como Lopes, outros dois ministros do PMDB já comunicaram à cúpula da legenda que devem entregar os cargos nas próximas semanas. De acordo com aliados de Temer, Eduardo Braga (Minas e Energia) e Helder Barbalho (Portos) também já prometeram deixar o governo em breve.

Braga e Barbalho pediram à direção do partido para não entregar o cargo agora, para que possam concluir projetos em andamento em suas respectivas Pastas. Com isso, a data exata da saída deles do governo Dilma Rousseff ainda não foi definida.

Entre os outros três ministros do PMDB, Kátia Abreu (Agricultura) ainda não decidiu se ficará ou não no governo. Já Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) demonstraram disposição de ficar. Nessa segunda, 28, Henrique Eduardo Alves (Turismo) foi o primeiro ministro peemedebista a deixar o governo.

O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes (PMDB-RJ), chegou nesta quinta, 17, no Palácio do Planalto para uma conversa com o ministro chefe de gabinete da Presidência, Jaques Wagner. Lopes é alvo de duras críticas de integrantes de seu partido por ter desrespeitado a moção que proibiu por 30 dias o ingresso em novos cargos no governo.

Mais cedo, em nota, o ex-ministro dos Portos, atual deputado federal pelo PMDB paulista, Edinho Araújo, pediu a expulsão de Lopes da sigla. "Manifesto à instância partidária pela imediata expulsão do referido deputado dos quadros do PMDB. Que se instale no âmbito do partido uma Comissão de Ética para avaliar e decidir. Que o afastamento do deputado possa servir de exemplo para aqueles, apenas preocupados com cargos e empregos", diz.

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A ausência de caciques peemedebistas na posse de Lopes hoje foi mais um sinal de que o PMDB está ensaiando o desembarque do governo da presidente Dilma.

A justificativa dada por assessores do presidente da legenda e vice-presidente da República, Michel Temer, para sua ausência é que a posse de Mauro Lopes era "afronta" à decisão da convenção nacional do PMDB.

"Avisos reiterados foram enviados ao Palácio, que decidiu ignorá-los", diz a assessoria do vice-presidente da República, que informa ainda que, a partir da amanhã, o PMDB irá analisar o processo de expulsão do deputado. Integrantes da cúpula do partido consideraram um desrespeito a decisão da presidente em nomear o deputado.

O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, não compareceu nesta terça-feira (17) à cerimônia de posse coletiva no Palácio do Planalto, entre elas a do deputado federal peemedebista Mauro Lopes (MG) como novo ministro da Secretaria de Aviação Civil.

“O vice-presidente não vai participar da cerimônia em Brasília porque o governo resolveu afrontar uma decisão da convenção nacional do PMDB nomeando Mauro Lopes”, disse, em nota, a assessoria de imprensa de Temer.

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No sábado (12), a convenção do PMDB proibiu membros da sigla de assumir cargos no governo federal em um período de 30 dias. Ontem (16), Lopes disse que recebeu total apoio do partido para assumir a pasta e que a decisão não contraria a determinação da convenção do PMDB.

Segundo o deputado, o convite já havia sido feito há cerca de um mês e teve apoio da maioria da bancada do PMDB na Câmara e dos seis ministros da sigla. “Fiquei até emocionado. Apareceram mais de 30 deputados [me cumprimentando]. Uma coisa impressionante”, afirmou Lopes, logo após a confirmação de sua nomeação ontem.

Mauro Lopes afirmou que conversou com a presidenta Dilma Rousseff antes do anúncio de sua nomeação e que, na ocasião, ela o deixou à vontade e não fez nenhum tipo de apelo no sentido de que ele intercedesse para o partido se manter na base aliada. Segundo o novo ministro, Dilma lhe deu total liberdade para comandar a pasta.

O novo ministro, que também ocupa a função de secretário-geral do PMDB, disse contar com bastante consideração da sua legenda e que mais de 90% do partido se manifestaram favoráveis à nomeação. “O PMDB me conhece, sabe da minha lealdade com o partido, sabe da minha honradez e que não pratiquei nenhum ato que viesse confrontar com a determinação, pois já fui convidado há mais de um mês”.

“Tanto é que, quando quiseram fazer a posse imediata, pedi ao Jaques Wagner [então ministro-chefe da Casa Civil] para que deixasse a posse para depois da convenção, pois, como secretário-geral, tinha como principal tarefa organizar a convenção”, acrescentou.

Apesar de ter aceitado o cargo, Lopes ainda terá de passar pela aprovação da Comissão de Ética do PMDB, que analisará, na sexta-feira (18), se ele desobedeceu ou não à determinação do partido.

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou que ainda não tem posicionamento sobre as declarações de Temer.

Apesar de tida como "encaminhada" por peemedebistas, o Palácio do Planalto só deve bater o martelo sobre a posse do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) como ministro da Secretaria de Aviação Civil na próxima semana. Mesmo já tendo sondado o parlamentar, que demonstrou interesse, o governo tem dúvidas se a indicação do peemedebista ajudará a barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.

A indicação de Lopes para o ministério também faz parte da estratégia do Planalto para ajudar a reconduzir o aliado Leonardo Picciani (RJ) à liderança do PMDB na Câmara. O governo tenta neutralizar a bancada mineira do partido, que tem pelo menos dois integrantes interessados em concorrer com Picciani.

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Dilma deve conversar pessoalmente com Lopes. Hoje, a bancada do PMDB mineira na Câmara se mostra dividida quando o assunto é o processo de afastamento da presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cotado para assumir a Secretaria de Aviação Civil, o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) afirmou, nesta terça-feira (12), que o vice-presidente Michel Temer apoiará o seu nome para o cargo caso o convite seja oficializado pela presidente Dilma Rousseff. "Houve uma sondagem (para assumir a pasta) e eu perguntei ao Michel Temer e ele disse: 'Terá todo o meu apoio'. Ele é o vice-presidente da República e, sendo a vontade da presidente Dilma, ele apoia totalmente", disse Lopes, após deixar o gabinete do vice.

O deputado afirmou que conversou sobre o assunto com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, ainda em dezembro e não hesitou em declarar que aceitará assumir a pasta caso esse seja o desejo da presidente. A indicação de Lopes para o Ministério faz parte da estratégia do Palácio do Planalto para ajudar a reconduzir o aliado Leonardo Picciani (RJ) à liderança do PMDB na Câmara. Ao oferecer espaço ao parlamentar mineiro, o governo tenta neutralizar a bancada do PMDB de Minas Gerais, que quer indicar um candidato para concorrer com Picciani.

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O deputado afirmou, no entanto, que não acredita que a sua indicação vá interferir na escolha da bancada e que pretende se manter neutro na disputa. Apesar do discurso de Lopes, aliados do vice se mostram incomodados com a articulação do governo para influenciar na disputa pela liderança. Segundo eles, o melhor seria o governo não se meter em assuntos internos do PMDB.

Lopes disse ainda que vai apoiar a recondução de Temer à presidência nacional do PMDB e descartou a possibilidade de o partido decidir deixar a base aliada em março, quando será realizada a convenção nacional da sigla. "Para mim e para o Michel (Temer), nós não temos essa história de abandonar o governo. Nós somos governo até 2018", disse.

Caso assuma a Secretaria Nacional da Aviação Civil, Lopes substituirá Eliseu Padilha (RS). Um dos principais aliados do vice, o ex-ministro deixou o cargo em dezembro do ano passado, logo após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatar o pedido de abertura de processo de impeachment de Dilma.

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