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Mesmo apontada como a cidade com o pior congestionamento do País, o tempo médio de ida ao trabalho do recifense diminuiu nos primeiros oito meses deste ano. Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), a duração do trajeto passou de 1h20, em dezembro do ano passado, para 55 minutos em agosto de 2014. O levantamento também revelou que houve uma redução no uso de carros e motocicleta para o deslocamento dos moradores e um aumento de bicicletas, ônibus e metrô. Confira os dados detalhados na tabela abaixo: 

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"Podemos perceber que ao longo deste ano as pessoas têm passado menos tempo nos ônibus/metrô. Isso se deve também ao fato da implantação do Bus Rapid Transport (BRT), que amenizou o sofrimento da população", aponta o economista do IPMN, Djalma Guimarães. 

Segundo o levantamento, os recifenses que levam mais tempo para chegar ao trabalho são aqueles que precisam usar o ônibus e metrô. Eles levam, em média, 60 minutos. Contra 10 minutos de quem usa a bicicleta, o modal apontado pelo estudo como o mais rápido. 

Sobre as classes sociais, o estudo informa que 100% da classe A e 45% da B opta pelo uso do carro para se deslocar. Já a maioria da C e D usa o ônibus como meio de transporte. 

Nas ruas, as pessoas comentam sobre os meios de transporte da capital pernambucana. Para a funcionária pública Cícera Gomes (esq.) o mais rápido é o metrô. "É o melhor. Quando vou para o trabalho, pego o metrô na Estação Aeroporto e desço na Estação Central. O percurso que duraria 40 minutos dura a metade do tempo", informou.

Já para Joelma Oliveira, a diminuição no tempo do percuso se deu por causa da implantação do BRT. "Mesmo não tendo influenciado diretamente o meu bairro (Várzea), o sistema conseguiu melhorar porque o trânsito em outras vias era mais complicado antes do BRT. Consequentemente, diminui o tempo da gente nos coletivos", afirmou. 

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O levantamento foi realizado no mês de agosto contou com 625 entrevistas. A pesquisa tem um nível de confiança estimado de 95%. A margem de erro é de 4,0 pontos percentuais, definidas com base nas fontes oficiais de dados como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE).  

Treze pessoas participam nesta quinta-feira (13) da 1ª edição do Desafio Intermodal do Recife. Espelhado na ação que ocorre desde 2006, no Rio de Janeiro, o objetivo é fazer com que, de diferentes meios de transportes, pessoas realizem um mesmo percurso - no Recife, da Avenida Conde da Boa Vista, no centro, até o Shopping Recife, em Boa Viagem, Zona Sul da cidade. A iniciativa faz parte da programação em alusão ao Dia Mundial Sem Carro, que acontece no próximo dia 22 de setembro.

A ideia é calcular a eficiência dos meios de transporte utilizados para fazer o mesmo trajeto e a sustentabilidade. “Queremos mostrar como a gente utiliza esses meios de forma sustentável e tentar desenvolver o equilíbrio. Não é negar a existência dos carros, mas é como utilizar com consciência e exigir investimento em transporte público e até em calçadas, pois muita gente anda a pé,” esclareceu Mariana Lyra, assessora do Observatório do Recife, entidade organizadora do evento. 

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Participam do Desafio um usuário de cada modalidade, alguns em formato de integração: moto, carro, longboard, que é o  skate. Também, patins, ônibus, a pé (correndo), a pé (caminhada),  bicicleta de roda fixa (que funciona sem macha e o freio é no pedal), e mountain bike. Na base da integração, as experiências serão a pé e metrô, ônibus e metrô, bicicleta e barco, além de bicicleta (dobrável) e metrô.

A saída será do Edifício Garagem do Shopping Boa Vista, às 18h. Será observado o tempo gasto em cada um dos deslocamentos, e eles serão classificados segundo critérios como a emissão de poluentes, o tempo social gasto, a pegada ecológica e o custo para os cidadãos. Em um mês, um relatório será concluído com as reflexões do desafio. Ele poderá ser visto no site do Observatório do Recife.

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