Tópicos | Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Após atuação do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco (PE), a Justiça Federal tornou definitiva a condenação da ex-prefeita de Pombos, na Zona da Mata pernambucana, Cleide Jane Sudário Oliveira, por desvio de recursos originários do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Com o trânsito em julgado do processo, não cabe mais recurso. Após a denúncia do MPF, Cleide Jane Sudário foi condenada pela Justiça a seis anos de reclusão em regime semiaberto, bem como ao ressarcimento do dano causado à União – o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 289 mil. Ela também ficará inabilitada para o exercício de cargo ou função pública por cinco anos.

##RECOMENDA##

Na última quinta-feira (19), o Ministério Público Federal encaminhou, à Justiça Federal, um requerimento para que sejam adotadas as medidas previstas na sentença condenatória e para a execução penal da decisão.

Cleide Jane, conhecida como Jane Povão, chegou a interpor recurso em março, que não foi aceito pela Justiça por ter sido apresentado após o prazo previsto pelo Código de Processo Penal.

As investigações apontam que, entre 2010 e 2012, a ex-prefeita desviou e se apropriou de verbas federais do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), no âmbito de convênio entre o município e o MDS. O MPF detalha que a fraude era praticada mediante a retenção de parte da remuneração das monitoras do programa, que eram ameaçadas de demissão caso não concordassem com a prática. 

Em 2017, o órgão federal já havia conseguido a condenação de Cleide Jane por desvio de recursos federais provenientes do MDS. Em valores de agosto de 2014, o montante desviado chegou a quase R$ 173 mil. A pena determinada pela Justiça foi de oito anos e quatro meses de reclusão em regime fechado.

No Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), a ré teve negado recurso que havia apresentado para reverter essa condenação na 1ª instância. Novo recurso foi então interposto por Cleide Jane ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), ainda não julgado. O MPF defende a não procedência desse recurso, com base na jurisprudência que veda ao STJ fazer novo exame detalhado das provas já feito pela Justiça.

Conforme argumentação do MPF no processo, o Tribunal Regional Federal da 5.ª Região (TRF5), já deixou claro em seu veredito que “há nos autos prova suficiente da prática dos ilícitos penais”. Cleide Jane Sudário ainda é ré em outras seis ações penais que tramitam na Justiça Federal. Em duas delas, já foram proferidas sentenças condenando a ex-prefeita em 1ª instância.

*Com informações do Ministério Público Federal

O deputado Ricardo Barros (PP-PR), nessa sexta-feira (11), propôs oficialmente o corte de R$ 10 bilhões do Programa Bolsa Família. Acerca do corte, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) se pronunciou através de nota sobre o que a atitude significaria para o país. O órgão “reitera ser impossível cortar parcela da dotação do Bolsa Família no Orçamento de 2016 sem provocar um gravíssimo retrocesso social no país, com impacto inclusive nos indicadores de saúde e educação”.

Com o corte proposto pelo deputado seriam retiradas 23 milhões de pessoas do programa de transferência de renda, em que dessas, 11 milhões são crianças e adolescentes de até 18 anos de idade. A nota firma que “esse corte colocaria em risco conquistas como a superação da extrema pobreza, aumento da frequência escolar e redução da mortalidade infantil”.  

##RECOMENDA##

O pronunciamento ainda aponta o reconhecimento do programa fora do Brasil. “A boa gestão do Bolsa Família é reconhecida e elogiada no país e no exterior. O relator distorce informações da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a existência de famílias beneficiárias com renda superior aos R$ 154 por pessoa, valor que garante o acesso ao programa. A própria CGU reconhece que os cruzamentos de dados empreendidos pelo ministério e a atualização dos cadastros são rotinas que mantêm o Bolsa Família com foco nos mais pobres”. 

O documento ainda acrescenta que o relator diz que a regra de permanência não tem amparo legal. “Mais uma vez, não está correta a afirmação. A regra está prevista no artigo 21, § 1º do decreto nº 7.013/2009, que foi editado com base no artigo 2º, § 6º da Lei nº 10.836/2004. O percentual de saque dos beneficiários do Bolsa Família está acima do verificado em outros programas sociais. Por que o ataque somente ao Bolsa Família?”. O Ministério encerra a nota esclarecendo que não somente as famílias beneficiárias sofreiam com eventuais cortes, afinal, o dinheiro do Bolsa Família ajuda na movimentação da economia dos estados e municípios.  

O colegiado do Tribunal de Contas da União (TCU) repudiou, nesta quarta-feira (17), uma nota do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) criticando relatório do órgão fiscalizador divulgado na semana passada que apontou "fragilidades" em programas sociais como o Bolsa Família.

"Não houve qualquer equívoco, ignorância ou preconceito com a análise produzida pela mais alta corte do País", afirmou o presidente do TCU, ministro Augusto Nardes. "Na qualidade de presidente, cabe registra o inconformismo e o repúdio às difamações que atacaram a honra desta Casa", disse.

##RECOMENDA##

O TCU apresentou na semana passada o relatório sistêmico da assistência social no Brasil (FISC Assistência Social), no qual afirma ter identificado erros "como a auto declaração dos dados da renda e o não cruzamento dos dados com outras bases" no fornecimento do benefício. Na ocasião, o ministro-relator Augusto Sherman disse que dados levantados no Bolsa Família sinalizavam o "risco de pessoas estarem recebendo o benefício sem o devido direito".

O tribunal identificou também falhas nos cadastros dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e nos Centros de Referência Especializados de Assistência social (CREAS), indicando "deficiência no controle e gestão de riscos, baixo nível de eficiência dos CRAS e dos CREAS e baixo nível de vigilância socioassistencial da Rede SUAS".

O TCU recomendou ao MDS a realização de estudos para promover e incentivar a "emancipação dos beneficiários do programa Bolsa Família, assim como incentivar os CRAS e os CREAS a buscarem maior eficiência de atuação".

O Ministério classificou as falhas apontadas pelo tribunal como resultado da "ignorância dos técnicos sobre os critérios internacionais de mensuração de pobreza". Em resposta, Sherman afirmou nesta tarde que a nota do ministério era uma manifestação "incivil, indelicada e desrespeitosa" à corte do TCU e ao corpo técnico do órgão.

Os demais ministros acompanharam o presidente e o relator, rebatendo as críticas do MDS e creditando a nota "apressada e impensada" ao possível efeito eleitoral das falhas apontadas no relatório.

Interessados em participar do concurso público do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) podem se inscrever até este domingo (23). São 120 vagas temporárias e as inscrições podem ser feitas através da internet.

As oportunidades são divididas nos cargos de atividades de suporte (55 vagas), com salário de R$ 3,8 mil; atividade técnica especializada (32 vagas), com remuneração de R$ 6,1 mil; e atividade de complexidade gerencial (33 vagas), com salário de R$ 8,3 mil.

##RECOMENDA##

Os selecionados atuarão em 40 horas semanais e quem quiser participar da seleção não pode ser servidor da administração direta ou indireta da União, estados, Distrito Federal ou municípios, nem empregado ou servidor de suas subsidiárias e controladas.

A depender da função pretendida, as taxas de inscrições variam de R$ 45 a R$ 65. Sobre a seleção, as provas objetivas serão realizadas em Brasília, no dia de fevereiro do próximo ano, e os títulos deverão ser entregues nos dias 18 e 19 de março também de 2013. A validade do concurso é de dois anos, podendo ocorrer prorrogação pelo mesmo período.

Quem for selecionado atuará em ações específicas do plano Brasil Sem Miséria, na análise de prestação de contas de convênios e na análise de processos. Além disso, há oportunidades específicas para os profissionais da área de tecnologia da informação. Mais informações sobre o processo seletivo podem ser conseguidas em seu edital.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando