Um estudo realizado pela instituição de ensino Dartmouth College, localizada em New Hampshire (EUA), revela que a sinfonia composta pelo austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) “Sonata Para Dois Pianos em Ré Maior, K. 448” traz efeitos neurais positivos e consegue acalmar o cérebro de pessoas que sofrem com epilepsia.
A descoberta aconteceu a partir da seguinte experiência: 16 participantes com epilepsia refratária foram selecionados e passaram a usar uma espécie de implante cerebral, para monitorar as atividades neurais. Ao tocar a música por 30 segundos, os impulsos elétricos associados à epilepsia tiveram redução considerável.
##RECOMENDA##Em outra tentativa, os cientistas envolvidos na pesquisa tentaram utilizar as músicas favoritas dos pacientes, mas o efeito de redução não foi registrado. E assim, pôde-se averiguar que a sinfonia de Mozart é composta por temas melódicos contrastantes, e as atividades neurais reagem durante as transições de notas mais opostas entre si.
Em mais uma tentativa, os idealizadores da pesquisa utilizaram outra peça musical, pertencente a outro compositor, que possui melodias sutis sem altos contrastes, e assim, foi observado que os efeitos neurais também não reagiram. Desta forma, os pesquisadores disseram que agora pode ser possível desenvolver novos tratamentos não invasivos para a epilepsia.