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O grupo farmacêutico americano Merck Sharp & Dohme (MSD) pagará até 22 bilhões de dólares (R$ 111 bilhões) à japonesa Daiichi Sankyo como parte de uma aliança para desenvolver e comercializar três tratamentos experimentais contra o câncer fora do Japão, anunciaram as duas empresas.

Os tratamentos desenvolvidos pela empresa nipônica são chamados de conjugados anticorpo-fármaco (ADC, na sigla em inglês) e são terapias que atacam as células cancerígenas com mais precisão e menos efeitos colaterais.

Em uma primeira etapa, a MSD deve pagar 4 bilhões de dólares (R$ 20 bilhões) a Daiichi Sankyo e depois efetuará pagamentos adicionais com base no cumprimento de metas futuras de vendas até um máximo de US$ 22 bilhões, informa um comunicado conjunto.

As ações da farmacêutica registraram alta na Bolsa de Tóquio após o anúncio.

"No momento em que a Daiichi Sankyo prossegue sua transformação em líder mundial da oncologia, reforçando sua infraestrutura e talento, uma colaboração com a Merck permitirá disponibilizar estes tratamentos ao maior número de pacientes o mais rápido possível", afirmou o CEO da farmacêutica japonesa, Sunao Manabe.

Os três tratamentos estão em diferentes fases de desenvolvimento clínico para aplicação de forma individual ou combinada em múltiplos tipos de tumores sólidos.

Um deles, o 'patritumab deruxtecan' para o câncer de pulmão, tentará obter autorização das autoridades regulatórias americanas em março de 2024, informaram as empresas.

"O trabalho pioneiro dos cientistas da Daiichi Sankyo evidencia o potencial considerável dos ADC para oferecer novas opções significativas aos pacientes de câncer", disse o CEO da MSD, Robert Davis.

"Estamos impacientes para desenvolver esta colaboração e fornecer a próxima geração de medicamentos anticancerígenos de precisão", acrescentou em um comunicado.

O grupo japonês já tinha uma parceria com a britânica AstraZeneca para o biomedicamento Enhertu contra o câncer de mama, além de outro tratamento contra o câncer de mama e de pulmão.

Com o acordo, o laboratório americano consegue reforçar seu portfólio no mercado oncológico, atualmente já dominado por seu medicamento Keytruda, cuja patente expira esta década, segundo a Bloomberg.

No ano passado, a MSD tentou adquirir a empresa de biotecnologia Seagen, especializada em tratamentos oncológicos e nas terapias ADC, mas foi o grupo farmacêutico Pfizer que a comprou em março por 43 bilhões de dólares (R$ 217 bilhões).

O laboratório americano Merck Sharp & Dohme (MSD) anunciou, nesta segunda-feira (11), ter solicitado autorização de uso emergencial para seu medicamento via oral anticovid-19 nos Estados Unidos, um grande passo na busca de um simples comprimido para tratar a doença.

O MSD apresentou o pedido para o molnupiravir, "um medicamento antiviral oral experimental, para o tratamento de Covid-19 de leve a moderada em adultos que estejam em risco de avançar para Covid-19 grave e/ou internação", disse a empresa, em um comunicado.

O laboratório acrescentou que trabalha "com agências reguladoras do todo o mundo todo para submeter solicitações de uso emergencial, ou autorização de comercialização, nos próximos meses".

"O impacto extraordinário desta pandemia exige que avancemos com uma urgência sem precedentes", comentou Robert Davis, CEO e presidente do laboratório americano, em comentários no comunicado.

Wendy Holman, CEO da Ridgeback Biotherapeutics, parceira da MSD, considerou o pedido como "um passo fundamental para tornar o molnupiravir disponível para pessoas que podem se beneficiar de um medicamento antiviral oral que pode ser tomado em casa logo após o diagnóstico de Covid-19".

MSD e Ridgeback conduziram um ensaio clínico entre cerca de 770 pacientes, dos quais cerca de metade recebeu um tratamento de cinco dias da pílula, enquanto o restante recebeu placebo.

Todos os pacientes tinham Covid-19, com sintomas que se desenvolveram nos cinco dias seguintes à designação para os respectivos grupos.

Dos pacientes que receberam molnupiravir, 7,3% foram hospitalizados, em comparação com 14,1% daqueles que receberam placebo, representando uma redução do risco relativo de cerca de 50%.

As empresas afirmaram que a eficácia é a mesma contra todas as variantes, inclusive a delta, e que o medicamento é seguro.

Especialistas ressaltam, porém, que não é uma cura milagrosa e que deve complementar as vacinas, não substituí-las.

A MSD informou no comunicado que espera produzir 10 milhões de tratamentos até o final de 2021.

Os Estados Unidos já compraram 1,7 milhão desses tratamentos com molnupiravir prevendo sua aprovação, com opção de comprar mais, enquanto a agência global de saúde Unitaid informou que estava trabalhando com uma parceria chamada ACT-Accelerator para garantir o fornecimento para países de baixa e média renda.

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