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O exército dos Estados Unidos derrubou um novo objeto que sobrevoava o Lago Huron em grande altitude neste domingo (12), disseram dois legisladores e o Pentágono, o mais recente caso de dispositivos voadores na América do Norte, colocando as autoridades em Ottawa e Washington em alerta.

A ordem para derrubar o dispositivo foi dada pelo próprio presidente americano, Joe Biden, por "precaução" e "por recomendação do comando militar", disse um alto funcionário, que acrescentou que o objeto - descrito como uma estrutura octogonal da qual pendem cordas - não representava uma "ameaça militar", mas sim um risco para a aviação civil.

O comando aeroespacial americano (Norad) rastreou a trajetória do novo objeto e foi tomada a decisão de abatê-lo sobre o Lago Huron "para evitar que atingisse pessoas no solo e, ao mesmo tempo, para aumentar as chances de que fosse recuperado", informou o Pentágono em um comunicado.

Trata-se de o terceiro "objeto" abatido em três dias pelos americanos em seu país e no Canadá, e o quarto em menos de dez dias. O primeiro foi destruído por um míssil em 4 de fevereiro após sobrevoar parte dos EUA.

"O objeto foi abatido por pilotos da Força Aérea e da Guarda Nacional dos Estados Unidos", tuitou a congressista Elissa Slotkin, de Michigan, estado pelo qual o Lago Huron passa ao norte e ao leste. Outro legislador de Michigan, Jack Bergman, disse que os militares "desativaram" um objeto sobre o Lago Huron.

"O povo americano merece muito mais respostas do que temos no momento", acrescentou Jack Bergman no Twitter, o que reflete os crescentes questionamentos no país e na classe política sobre esses acontecimentos.

Os EUA estimam que o primeiro objeto abatido, um balão, fazia parte de uma frota de aparelhos que Pequim enviou para 40 países para fins de espionagem.

O governo chinês garantiu que tratava-se de um balão civil utilizado para pesquisas, principalmente meteorológicas.

Washington abateu mais dois objetos voadores, sem especificar os detalhes: um na sexta-feira sobre o Alasca e outro no sábado sobre o Canadá.

- Restrições -

Em um sinal de que as autoridades estão em alerta máximo, parte do espaço aéreo sobre o Lago Michigan, no norte dos EUA, foi temporariamente fechado neste domingo por razões de "defesa nacional", de acordo com o órgão regulador da aviação civil americano (FAA).

"Estas restrições foram pensadas para garantir a segurança do tráfego aéreo no setor durante as operações do Norad", explicou a entidade em comunicado.

Na véspera, as autoridades americanas também fecharam o espaço aéreo do estado de Montana, após a detecção de uma "anomalia de radar". Um caça averiguou o ocorrido, mas não identificou nenhum "objeto", segundo o exército.

Neste domingo, porém, o legislador daquele estado Matt Rosendale afirmou estar em "contato constante" com os militares e garantiu que "me disseram que têm certeza de que havia um objeto e que não era uma anomalia", tuitou o representante.

- Beligerância -

Washington e Ottawa estavam ocupados recolhendo os restos dos dispositivos neste domingo.

Essas operações aumentam as tensões entre a China e os EUA, a ponto de o secretário de Estado, Antony Blinken, adiar uma visita a Pequim após a detecção do primeiro balão.

Michael McCaul, um legislador republicano e presidente do comitê de relações exteriores da Câmara dos Representantes, acusou a China de um ato de beligerância neste domingo.

O envio deste objeto "foi feito com a intenção de coletar informações e elementos de nossas três maiores instalações nucleares", acusou em declarações à CBS.

Os republicanos criticaram fortemente Biden por deixar o balão pairar sobre o país por vários dias antes de derrubá-lo.

O Pentágono disse que "monitorou e analisou continuamente" o balão, o que permitiu entender "mais as capacidades e técnicas" da suposta espionagem da China.

Por sua vez, o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, defendeu as decisões de Biden dizendo à ABC neste domingo que a análise dos restos do dispositivo representa "uma grande conquista para os Estados Unidos".

Na última sexta-feira (25) foi divulgado um relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, localizado em Arlington, no estado de Virginia (EUA), que mostra mais informações sobre a aparição de OVNI’s no território norte-americano. O documento do Pentágono revela que dentr os 144 casos de objetos voadores não identificados nos últimos anos no espaço aéreo americanoi, apenas um deles tem explicação. Todos os outros não podem ser considerados objetos extraterrestres, mas também, esta não pode ser uma hipótese descartada.

Dentre as hipóteses que estão sendo cogitadas para os fenômenos que ainda não tiveram explicação, o relatório mostra que alguns destes eventos podem ter ocorrido por conta de aeronaves de outros países, como China e Rússia, ou até fenômenos atmosféricos naturais pouco investigados pela ciência, como cristais de gelo que os sistemas passaram a detectar no espaço norte-americano.

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Nos últimos anos, acontecimentos relacionados a objetos voadores não identificados passaram a ganhar mais seriedade. Entre as ocorrências listadas, 18 apresentam padrões incomuns de movimento ou característica de voo, quando relacionados às tecnologias existentes atualmente. 

Em maio de 2021, dois ex-pilotos foram ao  “60 minutes”, tradicional programa de TV do canal CBS e contaram sobre o episódio que ambos presenciaram. Um dos pilotos afirmou que era difícil identificar o que era o objeto voador, por não ter a visualização de rastro de fumaça ou sistema de propulsão aparente, além de não ser possível identificar uma superfície de controle de voo.

 

 

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