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Escolas particulares investiram para se adequar aos protocolos de saúde e afirmam que estão prontas para receber os alunos em 8 de setembro. Apesar da liberação do Estado para as instituições que estão em regiões de fase amarela, elas precisam da autorização dos municípios para poder retomar as atividades. A capital, que já está na etapa menos restritiva da quarentena desde 26 de junho, ainda não definiu se permitirá a abertura das escolas municipais e particulares. Faculdades também dependem da mesma liberação.

"As escolas privadas vão usar as atividades, vão acolher seus alunos, acredito que a maioria vá voltar em setembro", diz o presidente da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar), Arthur Fonseca Filho.

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Apesar de alguma resistência, as instituições têm feito pesquisas com famílias e a maioria tem respondido que mandará o filho assim que a abertura for permitida. No Colégio Dante Alighieri, 60% disseram na semana passada serem a favor da volta. "Somos uma escola de adolescentes e que estimula sempre a autonomia. Desde o início do distanciamento, fizemos duas pesquisas com os alunos e eles querem voltar", diz o diretor do Colégio Bandeirantes, Mauro Aguiar.

As escolas de elite fizeram convênios caros com hospitais como o Albert Einstein e o Sírio-Libanês - R$ 80 mil e R$ 250 mil, respectivamente, até o fim do ano - para ajudar em seus protocolos de saúde e investiram na mudança de estrutura.

"A ideia do plano é interessante para ir voltando aos poucos, o retorno gradual traz boas contribuições", diz a diretora pedagógica da Escola Viva, Camilla Schiavo. Segundo ela, a intenção é, nos primeiros dias, explicar às crianças os novos espaços, a sinalização, o uso de máscaras.

Ontem, quando o plano foi divulgado, escolas ficaram em dúvida sobre se precisariam da liberação da Prefeitura. Há quem acredite que ela só autorizaria escolas de educação infantil, por ser sua responsabilidade no sistema de ensino. Segundo a professora da Faculdade de Direito do Largo São Francisco Nina Ranieri, essa é uma questão de saúde e não de educacional. Ou seja, por mais que o Estado seja responsável pelo ensino fundamental e médio, compete ao município legislar sobre assuntos de interesse local. "Se o município comprova que naquela localidade o número de infecções está alto, seria omissão não tomar essa providência."

Há ainda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de abril, de que os Estados decidem sobre o funcionamento das atividades econômicas durante a pandemia, mas o município pode ser mais restritivo, como aconteceu com bares e restaurantes na capital. Na coletiva de ontem, o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, disse que a Prefeitura vai decidir "nas próximas semanas" a liberação ou não das escolas.

Pais

Os pais estão divididos. O comerciante Jorge Gabriel Navarro, de 45 anos, pai de um menino de 5 anos, concorda com a volta às aulas. Como a mulher voltou a trabalhar presencialmente, ele reorganizou a sua rotina e tem trabalhado à noite para poder cuidar da criança. "Está complicado. Ainda consigo ficar em casa, mas quem não consegue está deixando as crianças com os avós, que são grupo de risco. Acho que as escolas deveriam voltar, fazendo a redução de riscos."

A advogada Monyse Tesser, de 33 anos, já decidiu que, se for possível, o filho de 3 anos e 7 meses não volta à escola neste ano. Ele está matriculado em uma creche da rede municipal, mas tem ficado com a avó materna. No mês passado, Monyse viu os efeitos do coronavírus.

"Minha mãe, meu pai, eu e meu marido tivemos o vírus. Meu pai ficou pior. Ele tem 83 anos e teve sequelas nos pulmões, mas já está melhor. Não quero que meu filho volte para a escola, porque ele não está imune e também pode trazer o vírus para casa. Não sabemos se podemos pegar novamente." 

Leitos ociosos da rede privada poderão ser requisitados pela Prefeitura de São Paulo. Uma lei autorizando a medida foi publicada nessa sexta-feira (1º), no Diário Oficial da Cidade.

Em nota, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) diz que esse tipo de mecanismo está previsto, mas, se ocorrerem, as requisições devem ser feitas "de forma planejada e ordenada". No texto, a gestão municipal explica que a medida tem por objetivo "maximizar o atendimento e garantir tratamento igualitário'.

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Na capital, a taxa geral de ocupação dos leitos de UTI dos 20 hospitais municipais está em 72%, segundo boletim divulgado ontem. Na rede privada, de acordo com a Anahp, não há um balanço semelhante, mas a entidade afirma que, após queda em março, ocorreu um aumento nos últimos dias - e não só de pacientes com covid-19.

As UTIs dos hospitais da Rede D'Or estão com mais de 90% de ocupação. No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o índice está em 71%. Os dados são gerais.

Em 17 de abril, o prefeito Bruno Covas (PSDB) já havia falado da possibilidade de remunerar leitos do setor privado para ocupar vagas ociosas com pacientes do sistema público de saúde. Segundo a Anahp, a lei "não traz inovação no que se refere às requisições administrativas". No entanto, destaca que a medida deverá ser implementada após o "esgotamento de medidas prévias adotadas pelo Poder Público". A entidade disse ainda que se coloca à disposição para buscar soluções com os gestores de saúde.

Vice-presidente da Rede D'Or, Leandro Tavares afirma que esse tipo de parceria já está consolidada e, com a pandemia, a contribuição da rede privada tem aumentado em todo o País. "Em São Paulo, foram 30 leitos de UTI na Santa Casa de Misericórdia por meio de um consórcio que vai investir R$ 20 milhões."

Já o Hospital Israelita Albert Einstein informou que desenvolve ações de expansão da estrutura e capacidade de atendimento na capital. Entre elas, estão os cem novos leitos de enfermaria abertos no Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch - M'Boi Mirim, na zona sul - e a responsabilidade pela operação do Hospital Municipal de Campanha do Pacaembu.

Já o Hospital Alemão Oswaldo Cruz informa que implementou mais 91 leitos para tratamento das vítimas da doença no Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos. O Sírio Libanês se colocou à disposição do Município e destacou a parceria com o Hospital das Clínicas para a criação de dez leitos de UTI na unidade.

Hotéis

Além dos leitos, a lei determina que a Prefeitura poderá oferecer vagas de hospedagem em hotéis e pousadas para profissionais de saúde, pessoas em situação de rua e mulheres vítimas de violência.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, criticou nesta quinta-feira, 26, salários de professores de universidades federais. Segundo Weintraub, essas despesas são hoje a principal preocupação da pasta, e o MEC tem de "ir atrás da zebra mais gorda". As declarações foram feitas durante o Fórum Nacional do Ensino Superior, em São Paulo.

Segundo Weintraub, o principal problema do MEC é "gastar uma fortuna com um grupo pequeno de pessoas", os professores das universidades federais. "Tenho de ir atrás da zebra mais gorda, que está na universidade federal trabalhando em regime de dedicação exclusiva para dar só 8 horas de aula por semana e ganhar R$ 15 mil, R$ 20 mil."

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Para Antonio Gonçalves, presidente da Andes, sindicato nacional dos professores das federais, a fala do ministro é desrespeitosa e falaciosa. "Quem ele está chamando de 'zebras gordas' é uma minoria. Quem ganha salários nesse patamar são professores perto da aposentadoria, que estão há mais de 30 anos contribuindo para a universidade pública."

Nas 63 federais do País, o teto remuneratório é de 90,25% do salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de cerca de R$ 35,4 mil hoje.

As declarações ocorrem após o ministro anunciar, ao jornal O Estado de S. Paulo, que pretende exigir a contratação dos professores via CLT (carteira assinada), e não por concurso público, para adesão das universidades públicas ao Future-se, programa para captar verbas privadas.

A declaração sobre o regime de contratação de professores fez aumentar a preocupação de reitores sobre o programa, como apurou o jornal. A maior parte das universidades já rejeita aderir ao Future-se.

Fies

No evento desta quinta-feira, Weintraub pediu apoio de faculdades privadas ao Future-se e disse que o governo "não vai fazer nada" para recuperar o Financiamento Estudantil (Fies). "Vocês têm de se virar", disse, em resposta a Hermes Fonseca, presidente do Semesp, entidade que representa donos de faculdades particulares. Fonseca havia questionado o ministro sobre a política para o Fies e se a pasta estudava cobrar mensalidade nas universidades públicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação (MEC) deverá autorizar que faculdades particulares sejam responsáveis por parte do processo de revalidação de diplomas de médicos formados no exterior. Hoje, somente universidades públicas podem executar todas as etapas da revalidação.

A mudança foi incluída na minuta da portaria que definirá novas regras para a revalidação de diplomas médicos no País. A informação, contida em documento ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, foi confirmada pelo MEC à reportagem. A alteração é criticada por entidades que representam a categoria, que temem que a obtenção de um diploma revalidado vire "um balcão de negócios".

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As mudanças na revalidação de diplomas médicos são alvo de grande expectativa e polêmica por causa dos milhares de profissionais brasileiros formados no exterior, muitos integrantes do programa Mais Médicos. O Ministério da Saúde estima que sejam 120 mil brasileiros já formados ou que estudam Medicina fora do País. Também têm interesse na revalidação os cerca de 2 mil médicos cubanos que ficaram no Brasil após o fim da parceria entre os dois países.

A minuta da portaria foi elaborada após dois meses de reuniões de um grupo de trabalho formado pelo MEC para discutir as mudanças necessárias no processo de revalidação. A última reunião do grupo, na qual a minuta foi finalizada, ocorreu na última terça, 16. O documento também traz como novidades a realização de até dois exames de revalidação por ano (hoje não há periodicidade definida) e a participação do Conselho Federal de Medicina (CFM) na avaliação.

De acordo com a minuta, seguirão existindo dois modelos principais de revalidação de diplomas médicos: o exame Revalida, feito em duas fases e promovido por instituto vinculado ao MEC (Inep), e a revalidação feita diretamente junto a universidades públicas. Nesse último caso, cada instituição de ensino define seu modelo de revalidação, que geralmente prevê a análise das disciplinas cursadas pelo médico na universidade estrangeira e a exigência de complementação curricular para que o profissional curse matérias que não foram dadas pela escola estrangeira.

É nessa etapa que entrariam as faculdades particulares. Hoje, todo o processo, inclusive o da complementação de matérias, é feito dentro das universidades públicas. Com a mudança proposta na nova portaria, as faculdades particulares poderão oferecer a complementação e, nesse caso, os candidatos à revalidação terão que pagar mensalidades proporcionais ao período/disciplinas cursadas.

"Historicamente a revalidação é sempre feita por universidade pública para não mercantilizar o processo. Incluir universidade privada prejudica a seriedade do processo porque pode virar um balcão de negócios", disse Diogo Leite Sampaio, vice-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), uma das instituições que integrou o grupo de trabalho e foi contra a inclusão das faculdades privadas no processo.

No caso do formato de aplicação do exame Revalida, também haverá mudanças. Além da nova periodicidade, a prova, hoje organizada pelo Inep, passará a ser realizada pela Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC com a colaboração do CFM. Ela seguirá sendo aplicada em duas fases: a primeira com questões objetivas e a segunda, de habilidades clínicas. Não há previsão para a realização do próximo exame. O último foi aplicado em 2017.

Sampaio também criticou a decisão do MEC de manter, na nova regulamentação, o caráter facultativo do exame Revalida, mantendo a possibilidade de revalidação de diplomas em processos independentes feitos nas universidades. "Achamos que passar pelo exame seria o mínimo para comprovar os conhecimentos adquiridos", diz Sampaio.

Procurado para comentar as mudanças, o MEC confirmou que o grupo de trabalho sugeriu que a complementação curricular possa ser efetuada por escolas privadas, mas ressaltou que isso será permitido apenas para instituições "de excelência nas avaliações do MEC".

Questionado sobre a motivação de incluir instituições privadas no processo, o ministério limitou-se a responder que as faculdades particulares "não serão responsáveis pelo processo de revalidação, mas poderão firmar acordo com as universidades públicas revalidadoras para complementação curricular".

Procurada para comentar as críticas à inclusão das faculdades privadas no processo de revalidação, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) não se pronunciou.

Sobre a não obrigatoriedade do exame Revalida, o MEC afirmou que manteve a possibilidade de processos de revalidação paralelos feitos diretamente pelas universidades pois elas "detêm autonomia administrativa e pedagógica".

Para que as mudanças entrem em vigor, a portaria precisa agora ser publicada. A assessoria do ministério informou que isso irá acontecer "após análise do MEC e trâmites jurídicos relativos a publicações normativas", sem especificar uma data.

Que tal ir para a escola e estudar física quântica, cosmologia, crítica teatral e biotecnologia? Em São Paulo, colégios particulares estão oferecendo até 78 disciplinas eletivas para os alunos do ensino médio só neste ano. Alguns programas têm mais de uma década, mas com a reforma aprovada pelo governo federal o formato vem mudando, ampliando a oferta ou aprofundando o conteúdo.

A reforma do ensino médio prevê que o aluno tenha 40% da carga horária reservada a disciplinas optativas. Os alunos poderão escolher percursos formativos em uma área (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza ou Ciências Humanas) ou formações técnicas.

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No Colégio Bandeirantes, na zona sul da capital paulista, os alunos sempre tiveram a possibilidade de fazer atividades extracurriculares. Mas, neste ano, a escolha de pelo menos uma eletiva por semestre se tornou obrigatória a partir do 2.º ano. A cada seis meses, haverá escolha entre 20 opções, independentemente da área.

"Nossa preocupação era de que o aluno tivesse liberdade, que a primeira opção não o deixasse amarrado em uma área até o fim do ensino médio", diz a diretora pedagógica, Mayra Lora. Apesar de a mudança ter começado em 2018, a ideia surgiu há alguns anos, quando o colégio decidiu não separar mais os alunos por áreas (até 2016, eles escolhiam entre as turmas de Exatas, Humanas ou Biológicas). "Muitos optam por eletivas de áreas diferentes. Essa curiosidade faz parte da adolescência e é reforçada no mundo em que vivemos, onde recebem muita informação", afirma.

No Band, todas as eletivas são interdisciplinares. A matéria de biotecnologia, com 5 turmas e 200 alunos, é um exemplo. "Como montamos um curso bastante interdisciplinar e com aulas práticas, atraímos tanto os que têm interesse pela área da Saúde, quanto os que querem Engenharia", diz a professora Lucianne Aguiar.

Em uma das aulas, a proposta era encontrar solução para um problema: uma escola queria vacinar os alunos, mas enfrentava a resistência de uma família. "Eles debateram, simularam estar em um lado e no outro, encontraram argumentos para defender a posição. No fim, muitos imaginaram como seria ser um advogado ou um médico."

Liberdade

O amplo interesse dos adolescentes também fez o Colégio Dante Alighieri, na região central, mudar e ampliar o número de eletivas oferecidas. Neste ano, havia 78 opções disponíveis, como gastronomia italiana, física quântica, astronomia, mercado de ações. "Mais da metade dos alunos escolheu disciplinas de áreas diferentes, poucos se restringem a apenas um campo. Desde o planejamento, nossa ideia era permitir que os alunos explorassem, experimentassem. Não queríamos criar itinerários formativos que prendessem o jovem em uma única área", diz a coordenadora Sandra Tonidandel.

No Dante, o aluno também escolhe as optativas a cada semestre. Cada uma delas é avaliada pelos estudantes para que o colégio identifique a necessidade de mudanças na grade, conteúdo ou metodologia. "É mais trabalhoso oferecer novas opções a cada semestre, mas nossa intenção é que eles vivenciem novas áreas, aprendizados. Para só depois decidirem o que fazer na faculdade", diz Sandra.

A chance de diferentes vivências, antes de escolher a carreira, também foi o que motivou o Colégio Santa Maria, na zona sul, a ampliar o número de eletivas. Elas passaram de 4 para 13 - vão de geopolítica e relações internacionais a linguagem teatral ou condicionamento físico.

No 3.º ano do médio do Santa Maria, Paula King, de 16 anos, já fez eletivas de redação, xadrez, italiano e geopolítica. "Gosto muito do formato porque a cada seis meses aprendemos sobre um assunto novo, estamos em uma turma diferente, com outros professores. Cada semestre temos uma nova experiência." Apesar de gostar da mudança, ela diz que em alguns cursos sentiu vontade de aprofundar mais o estudo, como no aprendizado da língua italiana.

Para o diretor Silvio Freire, a flexibilidade da reforma do ensino médio é positiva por permitir a oferta de mais eletivas, já que a grade traz menos disciplinas obrigatórias. "O que não concordo é que o aluno tenha de escolher ao fim do 9.º ano qual itinerário formativo quer fazer nos próximos três anos. Aqui os alunos escolhem só para o próximo semestre. Porque ainda são novos, têm muitos interesses e curiosidades, que mudam de tempos em tempos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quando chegou ao Brasil em 2014, o nigeriano Shakiru Olawale, de 31 anos, teve de se adaptar a uma nova realidade: deixou as aulas de Matemática, Ciências e História para adolescentes para ensinar Inglês a adultos. Mas, no mês passado, ele teve a oportunidade de voltar a ensinar para os jovens, dessa vez sobre a cultura de seu país. Como ele, outros imigrantes estão sendo convidados por colégios particulares de São Paulo para dar aulas e trocar experiências com estudantes.

O Colégio Oswald de Andrade, na Vila Madalena, zona sul da capital, iniciou neste ano um trabalho na disciplina de Inglês de troca de cartas entre alunos do 2º ano do ensino médio e imigrantes, que dão aulas de idioma e cultura no projeto Abraço Cultural. "Inicialmente, nossa ideia era fazer com que os alunos tivessem uma experiência mais real com o idioma ao serem obrigados a se comunicar com quem tem uma única língua em comum, o inglês. Mas eles ficaram tão entusiasmados com a troca de experiências que o projeto cresceu", afirma Maria Cristina Ramos, coordenadora da disciplina no colégio.

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Os alunos escreveram 22 cartas para seis imigrantes de Congo, Síria, Paquistão e Nigéria. Em inglês, eles contaram sobre as tradições, a cultura e a situação política no Brasil. "Quando receberam as respostas e ficaram sabendo sobre outras culturas, os motivos da vinda dessas pessoas para cá, ficaram ainda mais interessados", conta Maria Cristina.

Troca

Por isso, o colégio organizou uma tarde de oficinas de culinária paquistanesa, dança nigeriana e caligrafia árabe. "Os alunos ao perceberem que eles tinham uma vida difícil e sofrem preconceito no Brasil, quiseram fazer uma recepção calorosa no colégio. Alguns trouxeram paçoca e brigadeiro para que todos pudessem experimentar", diz a coordenadora.

Olawale conversou com os alunos e ensinou a eles um pouco sobre sua cultura, o que foi gratificante. "Na Nigéria, o sistema de ensino é diferente. Lá, eu dava aula de todas as disciplinas para os alunos, ficava muito próximo deles e sinto falta disso. Com esses jovens, pude resgatar um pouco desse trabalho", destaca.

Para Joana Fontana, coordenadora do Abraço Cultural, experiências como essa são importantes para resgatar a autoestima de imigrantes que sofreram em seu país de origem e ainda são alvo de preconceito e vulnerabilidade no Brasil. "Eles passam por situações muito difíceis por aqui. É enriquecedor ver adolescentes curiosos, que valorizam a cultura deles."

A ideia, segundo Joana, é fazer parceria com outros colégios, não apenas para trabalhar o inglês, mas para a "formação cidadã" dos estudantes. "Para que conheçam outras culturas que não sejam as europeias, que entendam e sejam sensíveis aos problemas do mundo."

No Colégio Equipe, em Higienópolis, região central, quatro imigrantes de Congo, Síria e Camarões deram uma palestra aos pais e alunos. "Eles contaram sobre a vida no Brasil e percebemos o quanto é difícil a situação deles. Por isso, queremos fazer um projeto de oficina em que nos ensinem sobre sua cultura. Mas queremos fazer um trabalho que beneficie esses imigrantes. Isso é parte da missão humanista do colégio", afirma Antonio Carlos de Carvalho, professor de Geografia.

Segundo Carvalho, a ideia é apresentar aos alunos a cultura de outros povos e também abordar temas como imigração e globalização e fazer com que reflitam sobre os problemas que outras nações enfrentam.

Já o Colégio Mary Ward, no Tatuapé, zona leste, fez uma gincana no fim do primeiro semestre e arrecadou cobertores e alimentos a serem doados para abrigos da cidade, incluindo os que recebem imigrantes. "Aproveitamos e abordamos o tema com os alunos. Eu sempre explico que o Brasil é um país formado por imigrantes, que os avôs e bisavós dos alunos podem ter passado por situações difíceis de adaptação - como os refugiados enfrentam hoje", diz o professor de História do colégio, Anderson Nogueira.

Segundo ele, além de o tema da imigração fazer parte do currículo de ensino, também é uma oportunidade para a escola debater questões como preconceito e respeito às diferenças. "Eles (alunos) passam a enxergar as diferenças de cultura e identidade de uma maneira muito mais natural, o que leva a um menor número de conflitos em sala de aula. Este também é um papel da escola: formar alunos mais sensíveis e respeitosos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto as redes municipais têm adotado sistemas de ensino apostilados, as escolas particulares tradicionais de São Paulo apostam nos livros didáticos que tenham recursos extras audiovisuais e tecnológicos - e em materiais produzidos pelos próprios professores.

Cristina Assumpção, coordenadora de conteúdos tecnológicos do Colégio Bandeirantes, na zona sul da capital paulista, disse que a maioria dos professores produz material extra no ambiente virtual adotado, uma vez que os livros didáticos encontrados no mercado nem sempre atendem à especialização que a escola procura dar aos seus alunos. "Assim, o professor também tem mais flexibilidade para dar aula e se sente mais valorizado por ter uma autonomia sobre o conteúdo que vai dar."

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No Colégio Dante Alighieri, na região central paulistana, as apostilas dos sistemas privados só são usadas no fim do 3º ano do ensino médio. "Como é um período de revisão, esse material facilita a organização do aluno. Mas, para as demais séries, não vemos como vantagem, uma vez que é melhor o professor ter liberdade para customizar sua aula para cada série", disse Silvana Leporace, diretora do colégio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Facebook quer impedir que sua rede social e aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram sejam utilizados ​​como um meio para negociar a venda de armas entre particulares. O grupo americano atualizou na sexta-feira (29) suas regras de uso, que agora proíbem os usuários que não são licenciados a utilizar o Facebook para oferecer armas à venda ou negociar transações entre indivíduos.

"Nos últimos dois anos, cada vez mais pessoas passaram a utilizar o Facebook para encontrar produtos e para comprar e vender coisas uns dos outros", explicou Monika Bickert, chefe do setor de políticas de produtos do Facebook.

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"Atualizamos nossas regras para produtos regulamentados de forma a refletir esta evolução", acrescenta ela. As novas regras não afetarão os comerciantes licenciados para vender armas, que continuarão a mostrar o seu catálogo na rede, que conta com 1,59 bilhão de membros.

O Facebook tem regras semelhantes para outros produtos cuja venda é regulamentada, como medicamentos que requerem receita médica, ou para drogas ilegais. Facebook e Instagram já haviam restringido em 2014 as publicações sobre a compra e venda de armas a apenas os seus usuários com mais de 18 anos.

No entanto, a rede social tem sofrido forte pressão política nos Estados Unidos para impedir as pessoas de contornar as leis que regem a venda de armas ou a verificação de antecedentes criminais dos compradores. Os movimentos que defendem um maior controle da venda de armas de fogo o aplaudiram o anúncio.

"Um grande sinal positivo ao Facebook por este passo importante!", declarou em um comunicado Dan Gross, presidente da campanha Brady contra a violência com armas de fogo, cujo nome foi escolhido em homenagem a um ex-porta-voz da Casa Branca que se tornou militante da causa.

Segundo ele, a alteração feita pelo Facebook vai ajudar a prevenir que armas de fogo cheguem às mãos de pessoas perigosas. Um outro movimento, Moms Demand Action, também elogiou a mudança, fruto, de acordo com o grupo, de dois anos de pressão concentrada na rede.

"Esses avanços conduzem a novas políticas para reduzir a exposição das crianças às armas de fogo e esclarecer as leis estaduais em todo da venda e compra de armas online", declarou a fundadora do movimento, Shannon Watts.

Outra organização disse ter realizado uma investigação secreta que mostrou que um grande número de criminosos procuravam e obtinham na internet armas ilegalmente.

Barack Obama ressaltou no início de janeiro a urgência absoluta de agir sobre a questão das armas de fogo nos Estados Unidos, revelando uma série de medidas para melhor o monitoramento e controle de sua venda.

Em escolas particulares da capital, os grêmios estão focados no ensino médio. Os alunos sugerem eventos, projetos e participam de decisões sobre o calendário escolar. Não há eleições e os estudantes participam dos encontros voluntariamente.

Na Escola Móbile, em Moema, zona sul de São Paulo, há 12 pessoas no grêmio. Se houver mais interessados, há sorteio. "Temos reuniões entre os alunos e, uma vez por bimestre, com a coordenação, em que levamos problemas pontuais", explica o estudante do 2º ano Guilherme Rosito, de 16 anos. Neste ano, eles fizeram um ciclo de debates nos moldes da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre diversos temas.

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Outra frente do grupo é promover pequenas melhorias no cotidiano dos alunos. Uma das reivindicações é a ordem das avaliações mensais - os alunos podem escolher a combinação das disciplinas, para se prepararem melhor. Também foram feitas alterações no calendário de aulas. "É importante para o coletivo, já que a chance de sermos ouvidos pela coordenação é maior. E, para mim, vejo que treino o diálogo e o exercício da democracia", disse Rosito.

"O mais interessante é a construção que os alunos fazem em torno de um projeto. O planejamento, a execução, a representatividade diante de outros alunos e da escola. Eles têm um papel que é uma ação política, mas que se dá no espaço harmonioso da escola", explica o coordenador do ensino médio da Móbile, Blaidi Sant’Anna.

Hierarquia

No Colégio Equipe, em Higienópolis, no centro, o grêmio é horizontal, ou seja, não há hierarquia. O grupo se reúne às quintas-feiras. Uma das principais ações feitas foi um festival musical e outras atrações artísticas, na Casa de Cultura Tendal da Lapa. Também é feito um jornal com poemas e artigos de alunos. "Entrei para o grêmio porque senti que faltava mais participação na escola", diz o aluno do 1º ano Vinicius Toscano, de 15 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estão abertas as inscrições para o I Concurso Literário da Escola Sesc de Ensino Médio, voltado para estudantes do segundo grau de escolas públicas e particulares. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 20 de setembro, pela internet.

 Para participar, cada concorrente deve enviar de três a cinco contos inéditos, escritos em língua portuguesa, com o tema Juventudes. Os textos serão analisados por uma comissão julgadora, formada por professores e outros profissionais da área de literatura, selecionados pela organização do evento. 

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Os melhores trabalhos serão publicados em um único livro. Uma coletânea de contos com até três textos de cada autor vencedor. Os dez ganhadores serão anunciados no dia 29 de outubro, no site da Escola Sesc de Ensino Médio.

O I Concurso Literário da Escola Sesc de Ensino Médio tem com objetivo estimular a leitura entre os jovens, por meio da produção de textos dos estudantes brasileiros do Ensino Médio, e incentivar os trabalhos produzido por eles.

 

 

 

Instituições em situação fiscal irregular não poderão participar do Programa Universidade para Todos (ProUni). Conforme foi divulgado ontem (14) pelo Ministério da Educação (MEC), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) suspendeu a liminar que permitia a participação de instituições de ensino que não apresentaram comprovação de regularidade fiscal.

A liminar foi interposta pela Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu), após o MEC ter desvinculado do ProUni, em maio deste ano, 266 mantenedoras que não estavam com as contas em dia.

O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica em instituições privadas de educação superior. Em contrapartida, as que aderem ao programa são isentas de alguns tributos. "Não é admissível que instituições privadas gozem de isenção fiscal devendo ao Tesouro Nacional", diz o MEC. 

A exigência da comprovação da regularidade fiscal está na lei que criou o ProUni (Lei nº 11.128/2005). A confusão é porque, até 2012, isso era dispensado. No ano passado, foi criado o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies) para que as instituições renegociassem as dívidas.

Com o Proies, as instituições poderiam converter até 90% das dívidas em oferta de bolsas de estudos ao longo de 15 anos e, assim, reduzir o pagamento a 10% do total devido.

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