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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta terça-feira (26) decreto que institui a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. A previsão do governo é conectar 138,4 mil escolas em todo o país até 2026. O anúncio foi feito durante o programa Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov. 

“Temos hoje a assinatura do decreto que institui a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. Vamos conectar 138.400 escolas nesse país. Até 2026, a gente vai deixar toda a nossa meninada altamente conectada com wi-fi e tudo o mais que for necessário”, disse o presidente. 

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Durante participação no programa, o ministro da Educação, Camilo Santana, lembrou que mais da metade das escolas brasileiras, atualmente, não tem wi-fi.

Ação de ministérios

Segundo ele, algumas até contam com algum tipo de conectividade, mas somente na sala da direção, por exemplo, sem acesso aos alunos e professores. 

“A estratégia é criar um comitê e, através do decreto assinado hoje, vão participar vários ministérios – Ciência e Tecnologia, Educação e Casa Civil. Os recursos serão do Fundo da Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e também do leilão do 5G”, disse o ministro. 

Acrescentou que “esse comitê vai trabalhar e a meta é - até o final de 2026 - nenhuma escola pública deixar de ter conectividade com fins pedagógicos. Não é só ter internet com baixa velocidade. E ter equipamento, um laboratório de informática, tablet, computador, wi-fi na escola”, concluiu o ministro. 

As adolescentes afegãs retornaram nesta quarta-feira (23) aos colégios do Ensino Médio, sete meses após a tomada de poder pelos talibãs, mas poucas horas depois do reinício das aulas os líderes do governo islamita determinaram o retorno das jovens para casa, em uma mudança política repentina que provocou grande confusão.

"Sim, é verdade", se limitou a declarar à AFP o porta-voz talibã Inamullah Samangani.

"Não estamos autorizados a comentar", disse o porta-voz do ministério da Educação, Aziz Ahmad Rayan.

Uma equipe da AFP estava no colégio Zarghona de Cabul, um dos maiores centros de ensino da capital, quando um professor entrou e ordenou que as alunas retornassem para casa. Abatidas, as estudantes reuniram seu material, entre lágrimas, e deixaram o local.

"Vejo minhas estudantes chorando e relutantes em deixar a aula", afirmou Palwasha, professora na escola para mulheres Omra Khan de Cabul. "É muito doloroso ver as suas estudantes chorando", acrescentou.

A enviada da ONU Deborah Lyons afirmou que as informações sobre o fechamento eram "perturbadoras". "Se for verdade, qual poderia ser a razão?", questionou no Twitter.

Quando os talibãs tomaram o poder em agosto de 2021, as escolas estavam fechadas devido à pandemia de covid-19, mas apenas os homens e as mulheres do ensino básico foram autorizados a retornar às aulas dois meses depois.

A comunidade internacional considera o acesso das mulheres às escolas um ponto fundamental nas negociações de ajuda e reconhecimento do regime islamita, que em seu mandato anterior (1996-2001) proibiu a educação para as mulheres.

- "Responsabilidade" -

Nesta quarta-feira, a ordem de reinício das aulas não foi seguida de maneira igual em todo o país. Em Kandahar (sul), berço do movimento Talibã, o retorno estava previsto para o próximo mês.

Mas vários colégios abriram as portas na capital e em regiões como Herat ou Panshir, ao menos por algumas horas.

"Todas as estudantes que vemos hoje estavam muito felizes e com os olhos bem abertos", declarou à AFP Latifa Hamdard, diretora da escola Gawharshad Begum de Herat.

Os talibãs alegaram que precisavam de tempo para garantir que as jovens com idades entre 12 e 19 anos permaneceriam bem separadas dos homens e que os centros de ensino fossem administrados de acordo com os princípios islâmicos.

"Não abrimos as escolas para agradar a comunidade internacional ou para obter o reconhecimento do mundo", disse Ahmad Rayan, porta-voz do ministério da Educação.

"Nós fazemos isto como parte da nossa responsabilidade de fornecer educação e estruturas educacionais a nossas alunas", acrescentou.

Muitas estudantes estavam ansiosas para voltar às aulas, apesar dos códigos de vestimenta rigorosa que as obrigavam a cobrir quase todo o corpo. "Já estamos atrasadas em nossos estudos", reclamou Raihana Azizi, de 17 anos.

- "Qual será o nosso futuro?" -

Algumas famílias. no entanto, desconfiavam do governo Talibã e tinham medo de permitir a saída de suas filhas. Ou não veem sentido na educação das mulheres diante de um futuro sombrio para o trabalho das jovens.

Em sete meses de governo, os talibãs determinaram várias restrições às mulheres, que foram excluídas dos empregos públicos, enfrentam controles em sua forma de vestir e são impedidas de viajar sozinhas para fora de sua cidade.

O regime fundamentalista também prendeu várias ativistas que defenderam os os direitos das mulheres.

"As meninas que concluíram os estudos permanecem em casa e seu futuro é incerto", lamenta Heela Haya, que decidiu abandonar a escola. "Qual será o nosso futuro?", questiona a jovem.

"Por que você e sua família fariam enormes sacrifícios para estudar se nunca poderá ter a carreira com que sonha?", perguntou Sahar Fetrat, pesquisadora assistente da ONG Human Rights Watch.

Devido à pobreza ou ao conflito que devastou o país, os estudantes afegãos perderam grandes períodos dos anos letivos. Alguns continuam seus estudos até os 20 anos.

O país também enfrenta uma escassez de professores, depois que muitos fugiram ao lado de dezenas de milhares de afegãos após a tomada de poder pelos talibãs.

Pais e mães de alunos de colégios tradicionais do Morumbi, na zona sul paulistana, estão apreensivos com os assaltos que estão ocorrendo nos horários de entrada e saída dos estudantes. Bandidos aproveitam as filas de carros que se formam nas ruas próximas de escolas para assaltar. Outros congestionamentos na região, como na Avenida Giovanni Gronchi, também são foco de ação dos criminosos.

Moradores relatam que longas filas de automóveis se formam nas proximidades dos colégios particulares Visconde de Porto Seguro e Miguel de Cervantes à espera da abertura dos portões, pela manhã, ou na saída dos alunos, no fim da tarde. Como o fluxo de veículos é intenso, a fila demora para andar. É neste momento que os bandidos assaltam.

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"Os pais ficam muito apreensivos na entrada e saída dos alunos. Ficamos todos nas avenidas e ruas paralelas ou que circundam a escola, esperando a escola abrir os portões. Existe um volume grande de carros. Isso já é um perigo, um ponto de exposição", diz uma empresária de 44 anos, que vive no Morumbi há 12 anos. "Nunca havia presenciado tamanha vulnerabilidade e medo. Enfim, estamos reféns", lamenta.

A percepção de insegurança dos moradores é confirmada pelos registros das delegacias de polícia. O 89º Distrito Policial, na região conhecida como Portal do Morumbi, registrou 1.699 roubos em 2021. É o patamar mais elevado desde 2014. Já no 34º DP, na Vila Sônia, foram registrados 1.439 roubos, maior número desde 2019.

Várias dessas ações foram captadas pelas câmeras de segurança instaladas nos prédios e residências. Na quarta-feira (9), por volta de 6h40, na Rua Luís Galhanone, dois homens armados, em cima de uma moto, tentaram assaltar os motoristas. Pelas imagens, é possível perceber veículos andando na contramão quando percebem a ação dos criminosos. Pais contam que a presença de seguranças não inibe a ação dos bandidos.

Funcionários dos colégios da região confirmam a onda de assaltos, mas garantem que se sentem menos expostos, pois usam uma entrada secundária, e não a principal.

MUDANÇA

A preocupação é tão grande que os pais estão mudando a grade curricular dos filhos. "Não coloquei minhas filhas em atividades extracurriculares para que elas não voltem mais tarde da escola e eu não pegue a avenida parada", conta a mãe de duas crianças, uma de 5 e outra de 10 anos, preocupada com o congestionamento no retorno para casa nas vias vizinhas, principalmente na Giovanni Gronchi.

Policiais envolvidos nas investigações confirmaram ao Estadão o elevado número de casos de assalto nas últimas semanas. "Todo dia temos uma ocorrência", afirma um investigador. Para flagrar a ação dos bandidos, uma das estratégias da polícia é usar carros descaracterizados e percorrer as ruas de maior movimento nos horários em que são registradas ocorrências, de manhã e à tarde.

As investigações apontam que os bandidos quase sempre estão com motos. Em alguns casos, são quatro bandidos, dois em cada uma. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que "as forças de segurança estão intensificando as operações policiais em todas as regiões do Estado, inclusive na região do Morumbi". Segundo a pasta, em 2021 foram presos 42 criminosos no Morumbi e recuperados 50 veículos roubados e furtados, além de apreendidas oito armas.

NO TRÂNSITO

As ocorrências na região não ficam restritas às proximidades dos colégios. Câmeras de segurança também registram assaltos a pedestres. Em um deles, no mês de janeiro, um morador está correndo sozinho, com trajes esportivos, quando é abordado por dois homens em uma moto. Ele entrega o celular, o relógio e os fones de ouvido. A câmera marca 5h35. Em outro registro, um casal caminha com cães quando é abordado na frente de um condomínio. Dois bandidos levam os celulares.

Moradores relatam que os assaltos também têm sido frequentes nos congestionamentos da Avenida Giovanni Gronchi. A longa fila de carros parados, com pouco espaço para fuga, representa uma oportunidade para os criminosos. Sabendo disso, muitos moradores mudam sua rotina.

Um empresário de 53 anos conta que tem saído do trabalho, na Rua Vergueiro, uma hora depois do horário habitual para evitar o trânsito. "Os assaltos estão mais recorrentes e o medo de circular pela região é grande. Meu carro não é blindado e confesso que saio receoso."

COLÉGIOS

Procurado pelo Estadão, o Colégio Porto Seguro afirmou em nota que "está atento às ocorrências no bairro e em contato com os órgãos de segurança, visando a contribuir para a tranquilidade da comunidade escolar e em ações que visem a melhorar a segurança de todos". O Colégio Miguel de Cervantes afirma que tem "constante preocupação com o bem-estar e a tranquilidade de seus alunos, professores, colaboradores e famílias que circulam por nossas dependências, acessos e entornos todos os dias, no bairro do Morumbi".

A instituição revela que possui "um plano de segurança que constantemente é revisado e atualizado, no sentido de identificar as necessidades que devem ser atendidas e as orientações que precisam ser passadas a todos os envolvidos". O Miguel de Cervantes também revelou detalhes do seu esquema de segurança. "Temos uma equipe de 30 profissionais de uma empresa especializada em segurança que trabalha para o colégio. Essa equipe de segurança recebe capacitação periódica e acompanha a movimentação nas ruas em que estão nossas duas portarias, principalmente nos horários de entrada e saída dos alunos".

O colégio informa ainda que possui um carro da empresa de segurança que monitora os horários de entrada e saída na portaria. E mantém "controle rigoroso na identificação de todos que acessam nossas dependências" (Colaborou Marco Antonio Carvalho)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No domingo (13), o desembargador Marcello Granado, do TRF 2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), derrubou a decisão da 26º Vara Federal do Rio de Janeiro, que determinava que os pais de uma aluna de 11 anos matriculada no Colégio Pedro II, no campus localizado na zona oeste da capital, vacinassem sua filha contra a Covid-19.

A briga judicial começou após a mãe da estudante pedir à justiça um habeas corpus preventivo para contestar a exigência do colégio pela vacinação da criança, como uma condição para que a mesma pudesse frequentar o ambiente. Como retorno, a juíza Mariana Preturlan, da 26ª Vara, argumentou que a medida judicial se refere ao direito de ir e vir, e não diz respeito a temas como educação e saúde. 

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Ao derrubar a decisão, o desembargador afirma que a juíza Mariana Preturlan causou um “constrangimento legal”, ao negar o pedido de habeas corpus da mãe e extingui-lo sem julgamento do mérito ou posicionamento do Ministério Público Federal (MPF). Porém, Gramado ressalta que a juíza não praticou abuso de autoridade e jamais impôs a vacinação da criança.

Além disso, Marcello Gramado também diz que a exigência de vacinação do colégio, viola a liberdade de locomoção da aluna e ainda derrubou a determinação de que a mãe da criança, Andressa da Conceição Vasconcelos Bento Nogueira, devesse prestar esclarecimentos ao Conselho Tutelar.

Por Thaynara Andrade

O Grupo Rabbit, empresa de consultoria em gestão educacional, divulgou, nesta sexta-feira (11), um levantamento acerca do quantitativo de rematrículas nas instituições de ensino em 2020. A pesquisa foi realizada com cerca de 1,2 mil escolas atendidas pelo Grupo.

Segundo os dados, o número de rematrículas foi de 46% nas instituições de educação básica entre os meses de setembro e novembro deste ano, quase 20% a menos do que o registrado no mesmo período de 2019 (65%). Essa redução, segundo o CEO do Grupo Rabbit, Christian Coelho, ocorre devido ao receio das famílias sobre o ano de 2021.

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“A sazonalidade de procura de escolas e matrículas estava em 40% no meio do ano e agora está em torno dos 25%, ou seja, muitos pais ainda não sabem se devem ou não rematricular os filhos e ainda não estão efetivamente procurando uma instituição de ensino; vamos identificar muitas matrículas até o final de março do ano que vem”, disse em nota.

Conforme Coelho, esse comportamento em esperar até o primeiro trimestre de 2021 para a efetivação das matrículas também vai afetar o projeto pedagógico das escolas. “Teremos muitos alunos entrando na escola depois das aulas já terem iniciado, principalmente na educação infantil e ensino fundamental”, explicou por meio de nota.

A pesquisa também apontou que, mesmo com a queda do número de rematrículas, a perda de alunos entre setembro e novembro foi de apenas 4%. “Esse número é referente aos pais que declararam que não vão rematricular os filhos nas escolas em que estão, mas, por mais que o dado seja baixo, não podemos afirmar que as escolas irão perder mais ou menos alunos nessa mudança de ano letivo, pois cerca de 50% das famílias ainda não tomaram uma decisão”, ressalta, em nota, o CEO.

Para Christian Coelho, existem alguns passos que as escolas precisam fazer para conseguirem traçar o planejamento para o novo ano letivo, diante da pandemia do novo coronavírus; veja:

1- Revisar as estratégias

“O atraso na captação de novos alunos pode trazer uma perspectiva positiva para o replanejamento” afirma. Ele explicou, segundo a assessoria do Grupo, que esse momento permitirá uma revisão das estratégias e ajustes, além de uma parada para o time repor as energias e iniciar o segundo período de alta sazonalidade mais motivado.

2 - Cobrar as mensalidades em atraso

Mesmo no período de férias, Coelho aconselha que é preciso cobrar os familiares que possuem algum tipo de dívida com a escola. “Cuidado com o aumento da inadimplência para que não haja maiores prejuízos para o funcionamento da escola”, alerta.

3 - Rever o fluxo de caixa da escola

Nesse contexto, é a hora de organizar e rever o fluxo de caixa da escola no período e para o planejamento. Christian Coelho indica que as instituições de ensino utilizem ferramentas simplificadas como software umas planilhas.

4 - Manter o vínculo com os alunos já matriculados e seus familiares e com os que saíram da escola

Estabelecer uma boa comunicação pode ser uma boa estratégia para mostrar a importância da relação família-escola. Uma dica, de acordo com o especialista, é enviar mensagens com recomendações de atividades para as férias, alertas sobre os cuidados de prevenção contra a Covid-19, recados de boas festas. “Como disse um dos mais conceituados especialistas de gestão de marketing da história, Philip Kotler, ‘conquistar um novo cliente custa de 5 a 7 vezes mais que manter um atual’”, conclui, por meio de nota, o CEO.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que as escolas privadas do Estado apresentem aos pais dos estudantes um plano de revisão contratual e revejam valores de mensalidades, em decorrência da interrupção das aulas causada pela pandemia de Covid-19. A decisão tem como objetivo facilitar a celebração de acordos com os pais, baseando-se no que as escolas economizaram no período de suspensão dos conteúdos presenciais.

Por meio de uma nota técnica de orientação aos promotores no processo de recomendações às instituições de ensino, o órgão recomendou que os colégios de ensinos fundamental e médio apresentem um plano de revisão contratual aos pais até o dia 30 de abril, mostrando os gastos que efetivamente tiveram durante a pandemia, com descontos implementados a partir da mensalidade relativa ao mês de maio.

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Para a educação infantil, a orientação é que a cobrança de multas referentes ao atraso do pagamento das mensalidades, segundo o órgão, também deve ser flexibilizada “de modo a permitir àqueles que não puderem arcar com o pagamento das mensalidades possam fazê-lo posteriormente sem encargos financeiros”. Além disso, o MPPE orienta que não seja exigido nenhum comprovante de rendimentos dos familiares dos alunos como condição para conceder os descontos nas mensalidades.

Outra determinação do órgão foi que as escolas de educação infantil, ensinos fundamental e médio disponibilizem e divulguem canais de atendimento para tratar de questões financeiras e administrativas referentes à Covid-19 e outro para assuntos pedagógicos. Confira a nota técnica.

Preocupados com o surto de coronavírus em outros países, colégios particulares de São Paulo já estão enviando comunicados aos pais e alunos recomendando quarentena em casos de famílias que voltaram de países atingidos pela doença. Além disso, nos textos, as escolas também repassando informações sobre como se proteger da doença. O Brasil tem dois casos confirmados da doença, os dois em São Paulo. O país tem outros 252 casos suspeitos.

Em mensagem enviada aos pais, a escola americana Avenues pediu que as famílias que estiveram em países atingidos pelo coronavírus fiquem em quarentena por 14 dias após retornar de viagem. A lista inclui 16 países, entre eles Alemanha, França e Itália. O comunicado diz que a medida pode causar inconveniente para algumas famílias. Mas ressalta que "é importante agir com cautela para reduzir o risco à nossa comunidade". A assessoria da Avenues informou que a medida é "apenas uma recomendação" às famílias.

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Em comunicado aos pais, o colégio Pueri Domus afirma que, "por medida preventiva, orienta que qualquer aluno ou familiar mais próximo que tenha visitado países com surto da doença durante o carnaval avise a coordenação da escola e cumpra quarentena de 14 dias, mesmo se não apresentar sintomas da doença." O mesmo se aplica aos funcionários, de acordo com o texto.

O Pueri Domus disse à reportagem que não há uma proibição, que não se tratou de nenhuma determinação e que nenhum aluno ou colaborador foi ou será impedido de ingressar nas unidades. Segundo o colégio, crianças que viajaram e estão assintomáticas estão frequentando a escola. Não há qualquer tipo de checagem para impedir crianças que tenham ido para os países com surto da doença, de acordo com a instituição de ensino. Além disso, em nota, o Pueri Domus informa que os alunos estão recebendo constantemente orientações à respeito das boas práticas de prevenção ao vírus. A escola tem quatro unidades e faz parte do Grupo SEB, um gigante educacional.

O colégio Oswald de Andrade enviou também um comunicado às famílias por causa do coronavírus. A escola informou que está orientando alunos, professores e colaboradores em relação a cuidados básicos para prevenção de gripes em geral. O texto recomenda que a proteção se dá através do ato de lavar as mãos frequentemente, com água e sabão, e também recomenda o uso de álcool gel. Também ensina como descartar lenços de papel e os cuidados ao levar a mão a boca ou nariz ao tossir e espirrar. O texto diz também que a escola mantém a higienização constante da unidade de ensino.

Em carta aos pais, o colégio Santa Cruz também recomenda a importância da higienização das mãos. E solicita que não sejam levados ao colégio alunos em estado febril ou com sintomas respiratórios. E pede que o colégio seja avisado sobre diagnósticos de doenças infectocontagiosas.

Também em texto enviado aos país, por e-mail, o Dante Alighieri recomenda que alunos doentes, com sintomas como febre, tosse seca, coriza e falta de ar, e que tenham recém-chegado de viagens ao exterior, não sejam levados para a escola.

Na semana passada, em nota, a Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) recomendou que as escolas mantenham as aulas regularmente e que sejam repassadas às famílias orientações quanto a medidas de higiene que possam reduzir quadros de contaminação.

O texto diz que as escolas devem orientar também as famílias e alunos que viajaram a países nos quais há mais casos de coronavírus para que procurem as autoridades sanitárias no caso de haver sintomas de gripe (febre, dor de garganta e dificuldades respiratórias).

O texto também afirma que, se o aluno tiver sintomas de gripe e tiver realizado viagem recente a países da Europa ou Ásia, ele não deve frequentar as aulas e que a escola deve ser informada para tomar providências pedagógicas de apoio ao aluno.

Uma das principais apostas do presidente Jair Bolsonaro para melhorar o desempenho educacional no País, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares vai começar o ano letivo sem a presença das Forças Armadas nos colégios. Também não há ainda a definição de todas as unidades que receberão o modelo, piloto em 2020, e diretores esperam do governo os recursos prometidos.

Escolas cívico-militares têm gestão compartilhada entre militares e civis. Hoje, diz o Ministério da Educação (MEC), há 203 colégios no País no modelo. São diferentes das escolas mantidas pelo Exército, que têm custo bem maior do que unidades da rede pública regular e costumam ter processo seletivo.

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Promessa de campanha, o governo anunciou em setembro o programa em 54 escolas, do ensino fundamental (6.º ao 9.º ano) e médio, em 23 Estados e no Distrito Federal este ano. A meta é chegar a 216 unidades até 2023. O projeto prevê que militares da reserva atuem em tutorias e na área administrativa - e não como professores em sala de aula. Apesar de esperar que os oficiais auxiliem na gestão educacional, a orientação do MEC às escolas é que iniciem as aulas e que, depois, os militares vão se "inserir" na rotina e na programação escolar.

O MEC, responsável pelo programa, minimiza a indefinição. Diz que, embora a contratação dos militares não tenha começado e que a pasta ainda não tenha escolhido todas as unidades, "as escolas terão tempo" para adaptação. Segundo o MEC, as contratações serão feitas "nos primeiros meses deste ano" - o Estado apurou que o processo deve ser concluído só em abril, ao menos dois meses após o início das aulas.

O modelo cívico-militar vem sendo elogiado por Bolsonaro e o ministro Abraham Weintraub, mas é visto com ressalvas por especialistas. Nos últimos dias, tem crescido a pressão pela saída de Weintraub. Parecer de uma comissão da Câmara, de novembro, apontou paralisia na execução de políticas do MEC.

Entrave

A seleção dos militares da reserva travou por causa da dificuldade de o ministério definir as escolas que receberiam o modelo. No fim de novembro, a pasta anunciou os municípios que participariam e foi só neste momento que as secretarias de educação indicaram em quais colégios queriam o projeto. Isso contrariou algumas comunidades escolares.

Em Campinas, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Odila Maia Rocha Brito foi indicada sem ter se voluntariado para ter o modelo - o que, segundo o MEC, era critério para a seleção. Também era requisito para entrar no programa o aval da comunidade escolar por consulta pública. Uma votação foi agendada pela prefeitura para dezembro, mas depois suspensa pela Justiça, a pedido de uma entidade estudantil, até o fim das férias escolares.

A incerteza sobre o funcionamento do programa também leva a desistências. Maceió ofereceu uma escola, mas recuou após saber que teria de selecionar por conta própria os militares. "Depois que fomos selecionados, informaram que não havia oficiais do Exército disponíveis para atuar aqui. Teríamos de negociar com o governo estadual para contratar policiais militares ou bombeiros", diz a secretária municipal de Educação, Ana Dayse Dorea. "O ministério entraria só com recurso financeiro para reformas, mas sem informar o valor certo."

É previsto que Estados e municípios escolham entre dois modelos. Em um, há oferta de pessoal e o MEC repassará R$ 28 milhões ao Ministério da Defesa para pagar militares da reserva das Forças Armadas. No outro, a verba é enviada para o governo local usar na infraestrutura - nestas escolas, atuarão PMs e bombeiros militares.

"Em um Estado em que faltam policiais, como nosso caso, não faz sentido. Seria criar um problema muito grande para nossa secretaria. Além do mais, não havia clareza de que o recurso que receberíamos compensaria a mudança", diz Ana.

Nos locais onde o MEC já garantiu que se encarregará da contratação dos militares, também há indefinição e ainda não houve mudança nas escolas. É o caso de Manaus, que teve duas unidades estaduais selecionadas. "Com o modelo que escolhemos, o Estado do Amazonas entra com o recurso para reformas e recebemos os militares. Fizemos o que já é feito em todas as escolas, com a manutenção da parte elétrica, hidráulica e mobiliários das escolas. Agora, esperamos a contratação dos oficiais", explica o coronel André Gomes Ribeiro, indicado como responsável local pela implementação do programa.

Previsões

O Estado pediu ao MEC o nome e a cidade das 54 escolas que receberão o modelo, mas a pasta disse, em nota, que a lista ainda "está sendo atualizada" e será divulgada em breve, sem definir prazo. Questionado sobre quando a verba prometida para reforma e equipamentos chegará às escolas, o ministério não respondeu.

A Defesa, que será responsável por conduzir a contratação dos oficiais, informou seguir o "cronograma inicial do programa" e prevê inscrições dos militares até 16 de fevereiro. A previsão é de que sejam contratados 540 militares inativos das Forças Armadas, mas ainda não há definição do contingente por localidade. Após a contratação, o MEC ainda fará o treinamento dos oficiais antes que eles passem a atuar nas escolas.

Ressalvas

Mesmo com indefinições sobre as escolas cívico-militares, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Abraham Weintraub têm elogiado o modelo. No dia 16, em vídeo juntos nas redes sociais, o presidente diz que colégios militares têm "resultado top em todo o mundo" e o ministro o assegura de que está levando o formato a "várias cidades e Estados". Ainda segundo Weintraub, "o modelo, dando certo, vai expandir rapidamente".

O governo diz que a presença de militares melhora os índices educacionais e traz mais disciplina e segurança. Em alguns Estados que já adotam o formato, como Goiás e Bahia, as redes de unidades cívico-militares têm crescido nos últimos anos.

Em treinamento com diretores de algumas das escolas selecionadas em dezembro, o ministro disse que oferecerá os recursos necessários para ter os melhores resultados do País, mas que não vai "tolerar erros".

Ainda que atinja a meta, de 216 unidades até 2023, esse total só abrange 0,15% das 141 mil escolas públicas do País. Além disso, o ministério ainda não apresentou estudo que comprove ser a presença dos militares o que leva a uma melhora no aprendizado.

"O objetivo do governo deveria ser garantir que todas as crianças aprendam, mas escolheram investir em um número muito restrito de escolas. Ainda mais com um modelo sem comprovação de eficácia", diz Claudia Costin, do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo ela, as indefinições evidenciam a incapacidade de implementar políticas públicas da atual gestão do MEC. "Há preocupação muito grande com a parte ideológica e esqueceram que lidam com operações logísticas muito complexas. Não consideram que o ministério pode desenhar a política, mas a implementação depende dos Estados, municípios, escolas."

Mônica Gardelli Franco, especialista em educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), destaca ainda que o fato de educadores dividirem a gestão com militares demanda adaptação e planejamento. "É uma organização que nenhum dos lados está acostumado. Nem professores, nem militares. Para evitar choque, é preciso que tudo esteja muito bem alinhado. Fazer isso no meio do ano letivo pode ser ainda mais desastroso."

Em 2019, o Ministério Público Federal da Bahia recomendou a escolas cívico-militares já existentes no Estado que não interfiram mais no corte de cabelo, cor da unha ou maquiagem de alunos. Não deve haver, diz o órgão, restrição à liberdade de expressão dos jovens.

Colégio militar

Amanhã, Bolsonaro também deve lançar a pedra fundamental da construção de um colégio militar de São Paulo, ligado às Forças Armadas, no Campo de Marte, na zona norte paulistana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Os alunos chegaram na escola com a tragédia de Suzano em mente. Nós, professores e funcionários, também. Juntos, temos que encontrar uma forma de lidar com que aconteceu", diz Washington Luis Falcão, diretor do colégio estadual Ângelo Bortolo, na zona norte de São Paulo. O massacre que deixou dez mortos fez com que escolas públicas e particulares se mobilizassem para pensar em práticas pedagógicas e medidas de segurança para tranquilizar alunos, pais e educadores.

O secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, disse na quinta-feira (14) que os procedimentos de segurança de todas as 5,3 mil escolas da rede serão reavaliados e que já iniciou um mapeamento para identificar as unidades de ensino "mais vulneráveis". A pasta também planeja uma ação para que todos os colégios tenham atividades para discutir o tema em sala de aula. "Precisamos de mais diálogo e conversa", disse Soares.

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Na quinta, as aulas na escola Ângelo Bortolo começaram com uma roda de conversa em que os professores perguntaram aos alunos o que sentiram ao saberem das mortes em Suzano. "Percebemos que os alunos têm medo de estar no colégio. Eles sempre pediram e demandaram mais segurança, principalmente no entorno da unidade, mas eles se sentiram ainda mais expostos após esse episódio", conta o diretor.

Depois da conversa inicial, foi proposto aos alunos que pensassem no que falariam para as famílias e alunos envolvidos na tragédia e para que propusessem caminhos para evitar que violências desse tipo ocorram novamente. "Precisamos ajudar esse jovens a entender e expressar seus sentimentos. Eles se sentem sozinhos, esquecidos, especialmente os adolescentes da periferia. Temos de mostrar que não estão. Essa é a única forma de evitarmos massacres como este", diz Falcão.

Cláudio Oliveira, orientador do colégio Humboldt, em Interlagos, na zona sul, disse que vários professores já o procuraram para informar que querem trabalhar o episódio em sala de aula para sensibilizar os estudantes. "Uma situação de extrema violência como a que vimos pode suscitar diversas discussões: bullying, isolamento, depressão, doenças psiquiátricas. Não podemos nos furtar do debate dessas questões e esse episódio nos dá a oportunidade de abordá-las", afirmou.

Maria Zélia Miceli, gestora dos colégios Santa Amália, na Saúde e no Tatuapé, zonas sul e leste da capital, contou que, ainda no dia do ataque, foi procurada por pais de alunos preocupados com os protocolos e instrumentos de segurança das unidades. "Eles não estavam desesperados, mas queriam se certificar de que os filhos estão em ambiente seguro. Perguntavam, por exemplo, como é o registro de entrada e saída de pessoas da escola, até que horas o portão fica aberto, quem vigia."

Ela explicou que tranquilizou os pais quanto à eficiência da segurança da unidade e ainda reforçou que a questão vai além. "A única forma de garantirmos que a violência não vai adentrar os nossos muros é preparar os alunos para viver em harmonia e com respeito", disse.

Arthur Fonseca, presidente da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) e diretor do colégio Uirapuru, em Sorocaba, disse ter recebido e-mails de pais preocupados com a segurança dos filhos. Para ele, a orientação para os colégios é de que não tentem esconder ou evitar o assunto com os estudantes e as famílias. Também lembrou que o episódio é uma oportunidade para repensar as medidas de segurança, avaliar se há alguma fragilidade e revisar procedimentos já adotados.

Armas

O secretário estadual também refutou a ideia de dar armas a professores para resolver a violência escolar. "Colocar arma na mão do professor pode ter determinada reação e muitas vezes nem sempre a melhor reação. É uma opinião pessoal, sem ser especialista. Não acho que mais armas vão resolver os problemas."

Na terça-feira, o senador Major Olímpio (PSL-SP) defendeu o decreto que flexibiliza a posse de armas no País. Segundo ele, se algum funcionário do colégio estivesse armado, a tragédia poderia ter sido menor. O presidente americano Donald Trump também já defendeu treinar e armar professores para evitar massacres em escolas.

"Tivemos tragédias desse tipo dentro de igreja e cinema. Vamos ter de colocar arma na mão do padre e do cara que controla a entrada no cinema?", questionou Soares.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

NÃO PUBLICAR - ESPECIAL CENTRO

 

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Entre muitos outros aspectos importantes da cidade, o centro do Recife abrigou por muito tempo uma efervescência e tradição muito fortes no que diz respeito a abrigar grandes instituições de ensino.

Grandes colégios como por exemplo o São José, Salesiano, Ginásio Pernambucano, Vera Cruz, Agnes e Damas ainda continuam ativos e funcionando tanto nos bairros do Recife, Santo Antônio, São José, Boa Vista e suas adjacências. 

No entanto, o descaso e o abandono do centro da cidade como local de encontros, convivência, moradia, expressões culturais e de estudos fez com que, com o passar do tempo, grandes instituições de ensino mudassem de endereço ou até mesmo deixassem de existir.  

O Colégio Marista da Avenida Conde da Boa Vista, o Nossa Senhora do Carmo, Colégio Contato, Colégio Nóbrega e o antigo Liceu de Artes e Ofícios, que foram responsáveis por formar muitos recifenses e pessoas que vinham de outros lugares, colégios que participaram da formação de grandes personalidades da história do Estado (e até mesmo do país), sofreram com esse processo de remodelagem do cenário da cidade e da relação entre os moradores do Recife com os bairros do centro e da periferia.

Os motivos dessa decadência do centro da cidade como um local que abrigava grandes colégios que tinham estruturas enormes e eram referências de educação na região são os mais diversos possíveis e começaram a se desenhar há quase um século. 

Formação do centro do Recife como pólo educativo

De acordo com o professor-doutor de História do Brasil e História das Religiões na Universidade de Pernambuco (UPE), Carlos André Silva de Moura, que durante a sua graduação em história pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) chegou a fazer estágio na antiga sede do Liceu de Artes e Ofícios, problemas com o custo de manutenção, novas configurações urbanas, redução do número de alunos, dificuldades de mobilidade, altas mensalidades, erros de administração, e dificuldades de adaptação aos novos moldes de ensino e acesso aos cursos de nível superior, entre outras razões,levaram à transferência ou fechamento de muitos desses colégios da região central do Recife que tiveram no passado seus tempos áureos.

Carlos explica que o centro do Recife nos séculos XIX e XX já tinha uma forte tradição comercial, mas também abrigava grande parte da população da cidade, configurando-se em uma região de bairros residenciais, uma vez que áreas como as zonas sul e oeste eram extremamente distantes devido às realidades de deslocamento mais lento dessa época. Era comum, segundo ele, encontrar casas com dois ou três andares que abrigavam, ao mesmo tempo, pontos de venda de produtos ou serviços e a moradia dos comerciantes que ali trabalhavam e suas famílias. 

Ensino e religião

Além disso, grande parte destas escolas tradicionais eram (e a maioria das que sobreviveram ainda são) ligadas a grupos e congregações religiosas, católicas ou protestantes e, via de regra, as instituições religiosas também ficavam concentradas na área mais central da cidade, em locais estrategicamente escolhidos para ficar perto da maioria dos fies. 

Carlos André explica ainda que a ligação entre ensino e religião foi parte de um processo muito maior de crescimento das igrejas, que tinham todo um projeto não só educativo mas também sociocultural que buscava aumentar o número de fieis e obter mais poder de influência depois que o Brasil deixou de ter religião oficial, em uma tentativa de estar, de alguma maneira, perto do poder político e influenciando na formação humana e cidadã de indivíduos que deveriam seguir toda uma filosofia e código de moral católica. 

Esse objetivo foi levado adiante por meio da implementação do culto a Nossa Senhora de Fátima fora de Portugal. Uma das razões dessa busca, segundo o historiador, foi a expulsão de padres Jesuítas de Portugal depois de uma lei proibir práticas católicas no país, fazendo com que os religiosos buscassem o exílio.

Nesse contexto, vários colégios começam a surgir como parte desse projeto sociocultural religioso levado a cabo por várias congregações diferentes. O Colégio Manoel da Nóbrega, mais conhecido como Colégio Nóbrega, é um ótimo exemplo desse contexto: foi fundado por Jesuítas em 1917 no bairro da Boa Vista quando o Palácio da Soledade, que era residência do bispo, foi cedido para a abrigar o colégio, juntamente com o terreno ao lado desse prédio para construir uma estrutura educacional maior e também o primeiro santuário dedicado a Nossa Senhora de Fátima fora de Portugal. Seguindo uma lógica semelhante, outras ordens também fundam colégios como o Salesiano, Marista, Nossa Senhora do Carmo, Damas e São José. 

O grande número de alunos, o prestígio trazido por se configurarem em referências de qualidade de ensino e nomes de estudantes que conseguiram carreiras e vidas públicas de sucesso e notoriedade após saírem dos seus colégios fez com que todas essas grandes instituições localizadas nos bairros centrais do Recife tivessem uma grande tradição de ensino e resistissem por um longo período de tempo, deixando marcas na paisagem da capital de Pernambuco, na memória e na afetividade dos moradores, alunos, professores e ex-alunos.

Reformulação Urbana

Essa prosperidade, no entanto, começou a mudar quando algumas mudanças no perfil de habitação e fluxos de mobilidade urbana se alteraram por força de algumas decisões políticas que mudaram “a cara” do Bairro do Recife, de São José, Santo Antônio e da Boa Vista. 

O historiador Carlos André Silva de Moura conta que a reforma no Porto do Recife, levada a cabo nas décadas de 10 e 20 do século passado, juntamente com os projetos de “higienização” do centro, que tinham por objetivo retirar habitações precárias e a população mais pobre do centro da cidade realizados pelo governador Agamenon Magalhães durante o período do Estado Novo (década de 1930) fizeram com que muitas pessoas que residiam na área central da cidade tivessem que se mudar para áreas mais distantes. 

Paralelamente, a abertura de grandes avenidas na década de 1950 e a chegada de mais escolas em bairros que ficavam em regiões periféricas fez com que muitos estudantes que tinham dificuldades de sair de onde moravam e chegar até o centro para estudar fossem matriculados em escolas que ficavam mais perto de suas casas, reduzindo o contingente de alunos de instituições localizadas na área central. 

Crescimento do Ensino Público

Dificuldades financeiras advindas de crises econômicas que o Brasil enfrentou no século passado e novas políticas de ensino gratuito e laico, juntamente a novas formas de acesso à educação superior pública também foram fatores que causaram um grande impacto aos colégios que sumiram do centro da cidade. 

O surgimento do sistema de cotas para estudantes de escolas públicas em universidades federais e estaduais, a ampliação do ensino em período integral nas Escolas de Referência em Ensino Médio, o surgimento de colégios de aplicação ligados a universidades públicas e a multiplicação de Institutos Federais que aliam o ensino médio a uma formação técnica fizeram com que o ensino público se tornasse, gradativamente, uma opção atrativa para as famílias de muitos estudantes que não podiam arcar com as altas mensalidades dos grandes colégios do centro do Recife. 

Dificuldades de Adaptação

Carlos André explicou também que várias instituições de ensino tradicionais continuaram a pensar a gestão baseada em um período em que não havia um grande índice de inadimplência, onde os meios de acesso ao ensino superior eram diferentes e o desejo dos pais e estudantes começava a deixar de ser ligado à filosofia social e religiosa da escola e fica muito mais atento à qualidade do ensino.

Dessa maneira, vários dos colégios que permaneceram na área central tiveram que lidar com um número de alunos que diminuía e custos de manutenção estrutural que se mantinham no mesmo patamar ou se elevavam.

Muitas dessas escolas tradicionais, segundo o professor, tiveram dificuldades de adaptar suas estruturas físicas grandiosas, a administração financeira e o perfil de ensino praticado no passado à nova realidade urbana e social do Recife. 

Assim, a falência, venda a grupos empresariais ou mudança de endereço para lugares de mais fácil acesso via transporte público foram problemas que atingiram grande parte dos colégios de grande tradição dos bairros centrais do Recife. Veja, a seguir, alguns exemplos:

Lyceu de Artes e Officios

O Liceu de Artes e Ofícios, que oferecia educação profissional privada e depois também instituiu o ensino básico, passou para o controle do Estado de Pernambuco. Com o tempo a sua antiga sede, um prédio neoclássico localizado junto à Praça da República, não comportava mais o número de alunos a que a instituição atendia sem que recebesse a manutenção adequada de que precisava. 

Por ter uma parceria com a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), que enviava estudantes de graduação de diversas áreas para estagiar no Liceu, a instituição foi temporariamente transferida para as instalações do antigo Colégio Nóbrega, que pertencia à Unicap, na época do fechamento do mesmo, criando-se então o Liceu Nóbrega, localizado entre a rua Oliveira Lima e a Rua do Príncipe.  

De acordo com o professor de História e pesquisador Carlos André, ainda existe uma pretensão de que o Liceu retorne para o seu antigo endereço. No entanto, o prédio está muito danificado pela falta de manutenção e pelos anos de abandono, não existindo também nenhum projeto de restauração do edifício em andamento no momento. 

Colégio Nóbrega

O antigo Colégio Nóbrega foi fundado por padres da Ordem dos Jesuítas no ano de 1917, começando a funcionar no Palácio da Boa Vista, um prédio histórico que era utilizado como residência do bispo. 

Além de ceder o palácio para abrigar as turmas de anos do ensino primário, a igreja também ofereceu um terreno de 17 mil metros quadrados que hoje tem cinco edificações ao longo de um quarteirão inteiro, ligado à Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), que segue sendo a administradora da estrutura física do antigo colégio, abrigando atualmente o Liceu Nóbrega em uma união do Liceu de Artes e Ofícios com o espaço do Nóbrega. 

Com uma estrutura grandiosa, um alunado altamente numeroso que incluía personalidades ilustres, um ensino que era reconhecido por sua qualidade e uma preocupação com a formação humana e religiosa dos estudantes, o colégio Nóbrega abrigava o primeiro santuário dedicado a Nossa Senhora de Fátima fora de Portugal, que ainda funciona no mesmo local. 

Em um documentário produzido por uma ex-aluna do colégio, o reitor da Unicap afirmou que o fechamento do colégio foi inevitável e veio após uma luta de 15 anos para salvar o Nóbrega. De acordo com ele, a ordem religiosa fez esforços dentro e fora do Brasil pelo colégio, mas “O Nóbrega mostrou que não tinha capacidade, não tinha força para ser o colégio que ficou na memória das pessoas. Por mais triste que tenha sido a notícia, ela tem um lado de realidade que não é só uma história do Colégio Nóbrega, é a história de muitas instituições do Recife que não conseguem, por mais que elas tenham valor, se readaptar aos novos desafios”, disse ele referindo-se a dificuldades financeiras e perda de alunos devido a dificuldades de mobilidade urbana e criação de novos colégios em bairros mais afastados do centro da cidade. 

O colégio é lembrado até hoje com muito carinho e saudade por seus muitos ex-alunos que ficaram entristecidos tanto com o fechamento de sua antiga escola, que foi um choque, quanto com o descaso com a estrutura que um dia abrigou a instituição de ensino e se encontrava literalmente em ruínas, correndo risco de desabamento. Os problemas estruturais eram de uma gravidade tamanha que muitos ex-alunos queriam acionar o Ministério Público contra a universidade, uma vez que a estrutura do Nóbrega é tombada como patrimônio histórico. 

A comunidade escolar do Nóbrega continuou unida em torno do objetivo de lutar pela preservação do legado do colégio que os formou, no qual amizades que duram toda a vida e até histórias de amor que resultaram em casamento tiveram início, onde boas lembranças foram cultivadas e havia um sentimento quase familiar entre alunos, professores e funcionários. 

Um exemplo de ex-aluno que segue ligado ao colégio mesmo 38 anos depois de ter saído do colégio é Luís Eduardo Travassos, de 54 anos, que estudou no Nóbrega de 1964 a 1980 e hoje, além de trabalhar no Tribunal de Justiça de Pernambuco, é diretor da criação de um memorial ao Colégio Nóbrega, idealizado pela Associação dos Amigos de Fátima (Amifat), instituição ligada ao santuário e que tem em seu organograma a criação de um memorial ao antigo colégio. 

No ano de 2017, Luís também esteve à frente da articulação para a celebração dos aniversários de cem anos do colégio e também da aparição de Nossa Senhora de Fátima, que coincide com a fundação do Nóbrega. 

Além disso, Luís organizou várias confraternizações de ex-alunos e está à frente da montagem e lançamento de um livro que resgata parte das memórias dos estudantes do antigo Nóbrega. Entre os motivos para seguir atuante, à frente das articulações pela preservação do Nóbrega e de sua memória, Luís aponta a importância que a instituição teve não apenas para a sua vida, mas também para o Recife e para Pernambuco como um todo através da formação de figuras públicas que tiveram e ainda têm importância política e histórica. 

VÍDEO - importância do colégio

O sentimento de tristeza com o fechamento deriva de um amor, um carinho, de uma afetividade muito forte dos ex-alunos e ex-funcionários com o antigo colégio. 

Todo esse afeto fazia e faz, até hoje, com que os estudantes não consigam se afastar e se desligar do espaço do colégio e das lembranças que ele abrigou. Amizades com décadas de duração, romances, brincadeiras, acolhimento e um sentimento familiar marcaram a vida destas pessoas que estão dispostas a não deixar que essas lembranças se percam no tempo ou sejam esquecidas. 

VÍDEO Afetividade dos ex-alunos

Esse mesmo afeto que faz com que os ex-alunos não se desconectem do colégio os movimenta e motiva a manter a força de articulação, sempre planejando novas ações que os mantenham unidos e atuantes para garantir tanto a preservação do local onde o colégio ficava através da reforma estrutural e também do restauro interno, para lutar pelo resgate de antigos materiais da instituição e para dar um uso, um destino ao espaço do Nóbrega, onde deverá ficar o memorial. 

Essa força dos antigos estudantes foi de fundamental importância para que fossem o colégio recebesse a atenção que merecia diante da sua importância sociocultural durante os 89 anos em que esteve aberto e funcionando. 

Vídeo  Articulação pela memória

Para o futuro, o desejo de Luís Eduardo e também de outros ex-alunos é que o memorial seja concluído, continuar fazendo reuniões e fundar uma associação de ex-alunos do colégio. Para ele, “a construção desse memorial é a consolidação de toda a nossa luta nesses 12 anos”. 

Colégio Marista

O Colégio Marista que ficava no coração do centro do Recife, na Avenida Conde da Boa Vista, também era uma instituição de ensino católica, com uma estrutura física imensa e um grande número de alunos que ajudava a movimentar a região central desde o ano de 1924 até 2002, após 78 anos de uma história tradicional, sendo reconhecido como um colégio que era referência em qualidade de ensino. 

Os motivos do fechamento seguem a mesma linha das demais instituições de ensino tradicionais que não conseguiram resistir no centro do Recife. No entanto, há um agravante no caso do antigo Colégio Marista no que diz respeito a preservação da memória do que o colégio foi nos seus tempos áureos e da importância que ele teve para a cidade: com o fechamento, o prédio do colégio foi comprado pelo grupo varejista Atacado dos Presentes, que instalou uma unidade da empresa no local onde antes havia uma capela, piscina, quadra de esportes e salas de aulas. Além disso, o acesso da frente para a avenida foi fechado com tapumes e uma corrente de ferro que são guardadas por seguranças contratados pela loja. 

Para quem estudou no colégio e tinha carinho pelos bons momentos ali vividos, pelas amizades construídas e pelas boas lembranças que ficam depois dos tempos de escola, ver o colégio fechado, a estrutura descaracterizada e uma megaloja no lugar que fez parte da sua formação é motivo de tristeza e pesar. 

O empresário Roderick Jordão, de 38 anos, foi aluno do antigo Marista durante o ensino médio entre os anos de 1996 e 1998. Essa fase da vida, de acordo com ele, foi muito legal e repleta de novidades que o colégio proporcionou, tanto nas aulas quanto fazendo amigos e em momentos legais vividos intensamente “aprontando” e “dando trabalho” no colégio. Esse carinho, as lembranças felizes e algumas das amizades da época, de acordo com Roderick, sobreviveram ao tempo como o colégio, infelizmente, não conseguiu.

VÍDEO - LEMBRANÇAS

O dia-a-dia dos aredores do colégio e a maneira como os estudantes e a sua presença no centro, o deslocamento até o colégio impactava na região e movimentava a avenida, que ficava repleta de alunos todos os dias. 

Roderick ainda se recorda e mostra onde ficava cada parte do colégio, lembrando momentos e partes da rotina que aconteciam em cada parte daquele território, incluindo as partes que, após a venda para o Atacado Dos Presentes, foram demolidas. 

VÍDEO- ONDE FICAVA CADA PARTE DO COLÉGIO

A notícia do fechamento foi chegando aos poucos a cada ex-alunos através de um grupo que todos eles mantinham na internet, através do Orkut, rede social mais popular da época. As reações foram as mais diversas, mas o sentimento de tristeza foi geral, havendo inclusive pessoas que choraram ao saber que o colégio seria fechado e transformado em loja. 

Para Roderick, foi uma surpresa triste, que parecia inimaginável diante do tamanho e do número de alunos de um colégio como aquele, que tinha salas lotadas com seis turmas só no primeiro ano do Ensino Médio. 

Roderick não morava no Recife quando recebeu a notícia sobre o fechamento do Marista, mas tem a triste lembrança de que chegou a ir ver o momento da demolição do colégio após a venda para o grupo de varejo. 

VÍDEO- SENTIMENTO COM O FECHAMENTO

Ginásio Pernambucano: Tradição e Resistência

Uma das razões apontadas pelo historiador e professor Carlos André Silva de Moura para que muitas escolas tradicionais não tenham conseguido seguir em funcionamento foi o alto custo das mensalidades que eram cobradas para poder manter as grandes estruturas físicas dessas instituições, abrindo espaço para que muitos estudantes troquem essas instituições por escolas públicas que também apresentam um ensino de boa qualidade a um custo mais baixo. No mesmo contexto, as dificuldades de se adaptar às novas lógicas de acesso ao ensino superior tornou difícil a permanência de antigos colégios.

Nesse sentido, o Ginásio Pernambucano, colégio de 192 anos que tem sua principal sede localizada na Rua da Aurora, bairro da Boa Vista, se torna um bom exemplo de colégio tradicional que se ampliou ainda mantendo-se no centro da cidade. 

A gratuidade e o ensino de referência em tempo integral, aliados à tradição da instituição que ajudou a formar personalidades como Clarice Lispector, Assis Chateaubriand e Ariano Suassuna. 

O ex-governador do Estado, Joaquim Francisco, foi aluno do Ginásio Pernambucano entre os anos de 1962 e ficou até 1964, entre seus 14 e 16 anos de idade, cursando do primeiro ao terceiro ano clássico (que equivaleria a um ensino médio focado em temas de ciências humanas e sociais). De lá, ele saiu para a Faculdade de Direito do Recife, que também é uma instituição de ensino de grande peso e tradição, localizada na área central da cidade. 

Joaquim conta que durante o tempo em que estudou no Ginásio, teve ótimas lembranças de suas aulas, de seus professores e de seus colegas. Entre algumas características do colégio, ele destacou o perfil dos professores, que eram catedráticos que tinham muitas obras publicadas e também ensinavam em universidades, uma rigidez no ensino, efervescência cultural, e no respeito ao patrimônio público. “Era um colégio republicano que formava homens públicos”, disse ele. 


O ex-governador também destacou um sentimento de satisfação e orgulho por estudar no ginásio, uma vez que havia uma espécie de vestibular para admissão ao colégio que era considerado um dos melhores colégios de todo o país, junto com o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. "Sempre fui um bom aluno que tinha gosto de tirar 10, eu 'gosto fo folhoso', estudo muito", contou ele.

O Ginásio Pernambucano significou, para ele, um espaço muito importante para a sua formação humana, social e pública. Minha primeira visita depois de me tornar governador, no dia da minha posse, foi ao Ginásio, por ter sido o colégio que me deu a base sólida que eu adquiri em Latim Português, Francês, Geografia, em História o professor Amaro Quintas (pai de Fátima Quintas, da Academia Pernambucana de Letras) que foi um historiador extraordinário, o ginásio era uma catedral de conhecimento”, disse ele. 

 

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Respeitar ao próximo deveria ser uma obrigação de todo cidadão, mas vira e mexe é noticiado abusos que revoltam a sociedade, principalmente, quando se trata de idosos. De forma a que a terceira idade seja mais respeitada, um projeto de lei em tramitação no Senado Federal pretende que o tema sobre o cuidado e respeito aos idosos façam parte do currículo da educação básica. 

De autoria do senador Omar Aziz (PSD), a proposta prevê que profissionais graduados em Terapia Ocupacional, Psicologia, Serviço Social e áreas afins ensinem o conteúdo nas escolas. Para Omar, as instituições de ensino podem ajudar a sociedade a aprender a lidar com a população idosa. “A escola precisa ser chamada a colaborar na ação educativa das novas gerações para a compreensão das virtudes da terceira idade”. Ele também destacou no texto que, até 2060, o Brasil terá mais de 58 milhões de pessoas idosas. 

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O projeto tramita em decisão terminativa na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

As matrículas das escolas da rede estadual de ensino em Pernambuco foram abertas às 7h desta quinta-feira (16), exclusivamente através da internet, até o dia 30 de dezembro. São oferecidas 82.080 vagas para alunos novatos nos níveis fundamental e médio. 

Os estudantes que já estão matriculados na rede têm a matrícula renovada automaticamente e 93.167 estudantes oriundos da rede municipal já têm vagas reservadas. Assim, o total de vagas ofertadas é de 175 mil. Após a reserva, é necessário fazer a efetivação do cadastro de 2 a 17 de janeiro de 2018, diretamente na escola escolhida para entregar os documentos solicitados, junto com o protocolo gerado ao final do processo de reserva. 

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As escolas que possuem laboratórios de informática prestarão apoio a membros da comunidade escolar que não tenham acesso à internet, cedendo os computadores e a conexão da escola. Também é possível tirar dúvidas gratuitamente através do telefone 0800 286 0086, das 7h às 21h, de segunda a sábado, durante os meses de novembro e dezembro.

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O Programa de inclusão educacional, Educa Mais Brasil, está oferecendo bolsas de estudos em escolas particulares. Só em Pernambuco, foram abertas 46,5 mil vagas para o ano letivo de 2018 com benefícios de até 50% de desconto.

As oportunidades atendem ao nível de educação básica, ou seja, berçario, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Entre as escolas parceiras do programa e que estão com as vagas disponíveis há os colégios Decisão, Contato, 2001 e Americano Batista.

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Segundo o Educa Mais Brasil, há também oportunidades para outras regiões do Brasil. Para participar, os pais ou responsáveis podem realizar a inscrição do candidato por meio do site do programa. Além disso, as vagas são para quem não possui condições de pagar o valor integral da mensalidade.

De acordo com a diretora de Expansão e Relacionamento, Andréia Torres, com esse benefício, o programa facilita o acesso à escola, aumentando as oportunidades para crianças e jovens. Em caso de dúvidas ou mais informações, os interessados podem entrar em contato através da central de atendimento, pelos telefones 4007-2020 para Capitais e Regiões Metropolitanas ou 0800 724 7202 nas demais localidades.

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As matrículas das escolas municipais do Recife serão abertas na próxima segunda-feira (28), às 8h, para turmas de educação infantil, ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao todo serão 15 mil vagas disponíveis para as escolas, creches e cheches-escolas. A reserva das vagas devem ser feitas pela internet, através do site disponibilizado pelo governo municipal.

O Secretário de Educação, Jorge Vieira, assegura que não é preciso formar filas em frente às escolas e que o sistema de reserva de vagas on-line é seguro: "Se a pessoa conseguiu fazer a reserva no site é porque a vaga existe; ninguém vai tirá-la do aluno", explica.

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Porém, o Secretário alerta que as vagas só estão confirmadas depois do comparecimento à escola para levar os documentos: "O estudante só perde a vaga se a matrícula não for confirmada presencialmente entre os dias 12 e 16. Na internet, só é feita a reserva da matrícula. A vaga só é garantida depois da apresentação dos documentos na escola. Quem não fizer isso perde a vaga".

O responsável pelo estudante deve comparecer à escola escolhida, entre os dias 12 e 16 de dezembro, levando o comprovante de reserva da matrícula, junto com documento de transferência da escola de origem, duas fotos 3x4 recentes e cópias da certidão de nascimento ou RG, carteira de vacinação, cartão do SUS e comprovante de residência. Beneficiários do Bolsa Família também devem levar cópia do Número de Identificação Social (NIS). Alunos do 6° ao 9° ano deverão levar também o CPF para ter direito ao passe livre com passagens de ônibus gratuitas. 

Em caso de dúvidas, há atendimento disponível das 8h às 18h, de segunda a sexta, pelo telefone 0800.200.6565 ou por e-mail matriculaonline@recife.pe.gov.br.

O Exército Brasileiro lançou novo edital destinado ao Concurso de Admissão 2016/2017 para os Colégios Militares de Belém, Manaus, Recife, Fortaleza, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Juiz de Fora, Campo Grande e Santa Maria. As inscrições podem ser realizadas até 12 de setembro de 2016, via internet ou presencial, junto à comissão de inscrição do concurso de admissão ao Colégio Militar.  Para se inscrever o candidato deve pagar uma taxa no valor de R$ 95,00. Para mais informações sobre os Colégios Militares acesse o site aqui. Confira a distribuição das vagas:

Colégios Militares      6° ANO / EF     1° ANO / EM

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Belém (CMBel)           40                         ----

Manaus (CMM)           10                          10

Recife (CMR)              35                          10

Fortaleza (CMF)          40                         -----

Brasília (CMB)              25                       05

Belo Horizonte             25                         10

Curitiba (CMC)            35                    ------

Campo Grande (CMCG)  10                ------

Juiz de Fora (CMJF)      35                  05

Porto Alegre (CMPA)      35                  ----

Rio de Janeiro (CMRJ)   40                   ----- 

Salvador (CMS)           20                      -----

Santa Maria              25                          -----

Outros 23 editais com vagas no Pará estão com inscrições abertas. No total, 1.799 vagas estão sendo ofertadas. Confira a lista: 

Ufopa -Universidade Federal do Oeste do Pará - 76 vagas - técnico administrativo

Ufopa - Universidade Federal do Oeste do Pará - 48 vagas - professor

Unifesspa - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará - 70 vagas

Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFPA) - 41 vagas técnico-administrativo

Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFPA) - 73 vagas professor

Prefeitura de Água Azul do Norte - 231 vagas

Prefeitura de Jacundá - 228 vagas

Prefeitura de Nova Ipixuna  - 151 vagas 

Prefeitura de Tomé-Açú - 573 vagas

Universidade Federal Rural da Amazônia - 26 vagas

Universidade Federal Rural da Amazônia - 93 vagas

UFPA - Universidade Federal do Pará - 48 vagas - técnico administrativo

UFPA - Universidade Federal do Pará (onze editais) - Professor - 141 vagas

 

Quando chegou ao Brasil em 2014, o nigeriano Shakiru Olawale, de 31 anos, teve de se adaptar a uma nova realidade: deixou as aulas de Matemática, Ciências e História para adolescentes para ensinar Inglês a adultos. Mas, no mês passado, ele teve a oportunidade de voltar a ensinar para os jovens, dessa vez sobre a cultura de seu país. Como ele, outros imigrantes estão sendo convidados por colégios particulares de São Paulo para dar aulas e trocar experiências com estudantes.

O Colégio Oswald de Andrade, na Vila Madalena, zona sul da capital, iniciou neste ano um trabalho na disciplina de Inglês de troca de cartas entre alunos do 2º ano do ensino médio e imigrantes, que dão aulas de idioma e cultura no projeto Abraço Cultural. "Inicialmente, nossa ideia era fazer com que os alunos tivessem uma experiência mais real com o idioma ao serem obrigados a se comunicar com quem tem uma única língua em comum, o inglês. Mas eles ficaram tão entusiasmados com a troca de experiências que o projeto cresceu", afirma Maria Cristina Ramos, coordenadora da disciplina no colégio.

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Os alunos escreveram 22 cartas para seis imigrantes de Congo, Síria, Paquistão e Nigéria. Em inglês, eles contaram sobre as tradições, a cultura e a situação política no Brasil. "Quando receberam as respostas e ficaram sabendo sobre outras culturas, os motivos da vinda dessas pessoas para cá, ficaram ainda mais interessados", conta Maria Cristina.

Troca

Por isso, o colégio organizou uma tarde de oficinas de culinária paquistanesa, dança nigeriana e caligrafia árabe. "Os alunos ao perceberem que eles tinham uma vida difícil e sofrem preconceito no Brasil, quiseram fazer uma recepção calorosa no colégio. Alguns trouxeram paçoca e brigadeiro para que todos pudessem experimentar", diz a coordenadora.

Olawale conversou com os alunos e ensinou a eles um pouco sobre sua cultura, o que foi gratificante. "Na Nigéria, o sistema de ensino é diferente. Lá, eu dava aula de todas as disciplinas para os alunos, ficava muito próximo deles e sinto falta disso. Com esses jovens, pude resgatar um pouco desse trabalho", destaca.

Para Joana Fontana, coordenadora do Abraço Cultural, experiências como essa são importantes para resgatar a autoestima de imigrantes que sofreram em seu país de origem e ainda são alvo de preconceito e vulnerabilidade no Brasil. "Eles passam por situações muito difíceis por aqui. É enriquecedor ver adolescentes curiosos, que valorizam a cultura deles."

A ideia, segundo Joana, é fazer parceria com outros colégios, não apenas para trabalhar o inglês, mas para a "formação cidadã" dos estudantes. "Para que conheçam outras culturas que não sejam as europeias, que entendam e sejam sensíveis aos problemas do mundo."

No Colégio Equipe, em Higienópolis, região central, quatro imigrantes de Congo, Síria e Camarões deram uma palestra aos pais e alunos. "Eles contaram sobre a vida no Brasil e percebemos o quanto é difícil a situação deles. Por isso, queremos fazer um projeto de oficina em que nos ensinem sobre sua cultura. Mas queremos fazer um trabalho que beneficie esses imigrantes. Isso é parte da missão humanista do colégio", afirma Antonio Carlos de Carvalho, professor de Geografia.

Segundo Carvalho, a ideia é apresentar aos alunos a cultura de outros povos e também abordar temas como imigração e globalização e fazer com que reflitam sobre os problemas que outras nações enfrentam.

Já o Colégio Mary Ward, no Tatuapé, zona leste, fez uma gincana no fim do primeiro semestre e arrecadou cobertores e alimentos a serem doados para abrigos da cidade, incluindo os que recebem imigrantes. "Aproveitamos e abordamos o tema com os alunos. Eu sempre explico que o Brasil é um país formado por imigrantes, que os avôs e bisavós dos alunos podem ter passado por situações difíceis de adaptação - como os refugiados enfrentam hoje", diz o professor de História do colégio, Anderson Nogueira.

Segundo ele, além de o tema da imigração fazer parte do currículo de ensino, também é uma oportunidade para a escola debater questões como preconceito e respeito às diferenças. "Eles (alunos) passam a enxergar as diferenças de cultura e identidade de uma maneira muito mais natural, o que leva a um menor número de conflitos em sala de aula. Este também é um papel da escola: formar alunos mais sensíveis e respeitosos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de 60 mil estudantes de escolas públicas e particulares são esperados para os Jogos Escolares de Pernambuco (JEPs) 2016. A abertura do evento será realizada nesta quinta-feira (28), às 14h, no Classic Hall, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, e vai contar com desfile de equipes, tocha olímpica e acendimento da pira.

O evento será apresentado pela jornalista Sabrina Rocha e vai contar com a participação das homenageadas deste ano, as nadadoras olímpicas Etiene Medeiros, Joanna Maranhão e Adriana Salazar. As atletas irão carregar a tocha olímpica até o acendimento da pira. Os estudantes também poderão tirar fotos e ganhar autógrafos das esportistas.

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O juramento dos atletas será ficará sob responsabilidade do judoca Leonardo D’Agostin. O juramento dos árbitros será cargo de Alexandre Souza, da Federação Pernambucana de Futsal. 

Este ano, os alunos da Escola Estadual Arquipélago Fernando de Noronha vão estrear na competição. Os estudantes campeões dos jogos estaduais vão participar dos Jogos Brasileiros da Juventude contra escolas de todo o Brasil. Além disso, o melhor atleta da categoria infantil de futebol poderá ter um contrato com um clube da região onde reside.

Os 13 estudantes campeões dos JEPs de 2015 irão participar do Programa Ganhe o Mundo Esportivo, que oferece treino e estudo no Canadá. Em 2017, qualquer um dos 60 mil que estão participando este ano poderá fazer o intercâmbio.

Colégios particulares de São Paulo trocaram a forma de punir os estudantes que infringirem alguma regra escolar. Em vez das punições tradicionais, advertências e suspensões, os alunos são dispensados das aulas por um período para que cumpram atividades socioeducativas, como organizar os livros da biblioteca, ajudar os colegas mais novos e até montar um projeto de pesquisa.

Foi o que aconteceu no mês passado com Leonardo Ribeiro, de 13 anos, aluno do 8º ano do Colégio Horizontes Uirapuru, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. Ele e outros quatro amigos estavam escondendo os materiais escolares de um colega de sala quando foram flagrados, e a coordenação deu aos pais a opção de suspensão ou trabalho socioeducativo. Eles acabaram organizando a biblioteca da escola.

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"Achei ótimo que tivemos a opção de escolher uma atividade que o responsabilizou pelo que havia feito. Ele aprendeu que tudo o que faz tem uma consequência, até mesmo o que para ele era apenas uma brincadeira", contou Flávia Cristina Ribeiro, de 40 anos, mãe de Leonardo.

Segundo Andrea Favero, coordenadora do colégio, ao trocar a punição tradicional por uma alternativa, o objetivo é justamente que os alunos se responsabilizem pelo que fizeram. O mesmo ocorre no Colégio Santa Maria, no Jardim Marajoara, zona sul de São Paulo. "O estudante não pode ficar isento da responsabilidade sobre o que ele provocou. A ideia não é punir o jovem, mas mostrar para ele que há consequências e ele precisa lidar com elas", disse a coordenadora do Santa Maria, Ana Lúcia Parro.

No colégio, um aluno que quebrou a porta do banheiro foi dispensado das aulas para acompanhar e auxiliar a equipe de manutenção da escola durante o conserto. "Os estudantes não têm grandes problemas de indisciplina, mas às vezes eles querem quebrar as regras e não pensam que isso pode prejudicar outras pessoas. É esse lado que queremos mostrar a eles", explicou Ana Lúcia.

Aviso aos pais

No Colégio Horizontes Uirapuru, a introdução das punições alternativas não foi a única mudança. Quando há episódios de indisciplina, não é mais o colégio que telefona para os pais para informá-los sobre o ocorrido. Agora, o estudante tem de fazer um relatório explicando o que houve e, depois, apresentá-lo aos pais.

"O próprio aluno faz uma carta em que conta o que houve, como ele se sentiu, o que o motivou a tomar aquela atitude. Isso faz com que ele reflita sobre seu comportamento. É o estudante também que fica responsável por contar para os pais. É um exercício de maturidade", afirmou a coordenadora.

Para Andrea, as punições tradicionais não alcançam o efeito de responsabilizar o aluno, apenas o castigam. "Qual o impacto na vida de um aluno que levou uma advertência? Nenhum, ele não sofre nenhuma consequência. E a suspensão? É quase um prêmio para o aluno não ir à aula e ficar em casa."

Erros e limites

De acordo com a coordenadora do Colégio Horizonte Uirapuru, a maioria dos pais do colégio opta atualmente pela punição socioeducativa quando questionados após um episódio de indisciplina. "Nós lidamos com adolescentes, e eles erram não por serem maus, mas porque não conhecem os limites."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Cerca de 100 professores da rede municipal do Recife se reúnem, nesta quinta-feira (22), na Praça Oswaldo Cruz, localizada no bairro da Boa Vista, em protesto contra problemas no ensino municipal. A categoria cruza os braços por dois dias, a partir de hoje, para chamar a atenção da Prefeitura. Entre as reivindicações, melhorias na estrutura dos colégios, a implantação da aula-atividade, maior valorização da profissão, erradicação da violência em sala de aula e aumento de 13,22% do piso salarial. A greve de alerta afeta cerca de nove mil alunos que estudam em 325 escolas na capital pernambucana.

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Segundo o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), a Prefeitura do Recife (PCR) já havia estimado o aumento de 13,22% do piso, que é reivindicado pela categoria. No entanto, o reajuste ainda não foi implantado pelo órgão.

A coordenadora geral do Sinpere, Simone Fontana, afirma que hoje todas as licenciaturas estão “esvaziadas”. “Ninguém mais quer ser professor. Nossa profissão é sinônimo de desvalorização”, afirmou.

Já a diretora do sindicato, Claudia Ribeiro, reforça que os professores precisam de tempo para preparar as atividades executadas em classe. “Precisamos de pelo menos um terço da nossa jornada. A falta de aula-atividade faz com que tenhamos uma rotina exaustiva”, complementa.

O ato seguirá para a Câmara dos Vereadores, no bairro da Boa Vista. Na próxima segunda-feira (26) ocorrerá uma assembleia geral da categoria, onde será decidido se os professores da rede municipal vão aderir a uma greve por tempo indeterminado.

Com informações de Danilo Galindo

Investir altos valores financeiros em preparatórios para passar em concorridos vestibulares é algo bem comum. Há cursos que cobram mensalidades muitas vezes bem mais caras do que os custos com faculdades, por exemplo. Aprender outro idioma ou estudar em uma instituição de ensino superior também requer um bom investimento. Mas, não é apenas nessa fase juvenil que se gasta muito. Atualmente, dar uma boa educação escolar para as crianças, nos primeiros anos de vida, também não é algo tão barato. Na cidade do Recife, os pais e responsáveis podem escolher uma, entre tantas opções, que se enquadra no perfil pretendido para a formação dos filhos e também "sirva" no bolso.

No âmbito das novas tendências que permeia o ensino infantil privado, o ensino de dois idiomas ao mesmo tempo já uma realidade que no passado era difícil de ser encontrada na capital pernambucana. Umas das instituições educacionais que oferece o serviço é o Colégio Boa Viagem (CBV), que além de dar aulas em dois turnos (manhã e tarde), ainda promove aulas de português e inglês, alfabetizando os alunos com os dois idiomas. O custo mensal é de mais de R$ 1,2 mil.

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A robótica se tornou também um dos focos educacionais de Pernambuco. O Colégio Apoio é um dos responsáveis por isso, depois de conquistar e ganhar destaque em diversas competições, inclusive internacionalmente falando. É justamente por esse desempenho que muitos pais fazem fila para matricular seus filhos no estabelecimento ou simplesmente renovar as matrículas dos veteranos. De acordo com a diretora da escola, Terezinha Cysneiros, a procura dos pais está sendo tão grande que quase não restam mais vagas para o próximo ano letivo. “A maioria das salas da educação infantil estão lotadas. Trabalhamos com crianças de 1 ano e 8 meses até os 6 anos e os pais sabem que iniciar a base educacional com qualidade é essencial para que os filhos tenham uma boa formação no futuro. O investimento precisa ser feito, porque nós investimos muito em nossos profissionais e no projeto pedagógico do Apoio”, explica a diretora. Segundo Terezinha, a mensalidade da educação infantil gira em torno de R$ 600 e, caso os responsáveis pelos pequenos queiram mantê-los no período integral, é necessário desembolsar quase a mesma quantia da mensalidade.

Para a coordenadora pedagógica da educação infantil do BJ Colégio e Curso, outra unidade educacional privada do Recife, Ana Amalia Cadena, mensalidades não tão baratas e o investimento que as escolas fazem hoje têm um motivo. “A demanda de hoje é bem diferente. O mundo está muito informatizado e as crianças têm hoje outro nível de conhecimento. As escolas precisam investir bem para formar bem seus alunos”, explica a coordenadora. A proposta do BJ, por exemplo, trabalha filosofia e inglês com crianças a partir dos 3 anos. Aos 2 de idade, elas já passam por um processo de incentivo à leitura. As mensalidades na unidade educacional giram em torno de R$ 550, e, quem optar pelo ensino integral, adiciona uma quantia de cerca de R$ 470.

O Colégio Motivo também vem investindo no nível infantil. As mensalidades para o turno da manhã custam R$ 735 e à tarde o valor cai para R$ 661. No próprio site da escola, há um cadastro disponível para a realização de matrículas, porém, existe um aviso que deixa clara a necessidade dos pais ou responsáveis terem condições financeiras para arcar com os custos: “cadastro sujeito à análise de crédito”.

Do pré-vestibular para a educação infantil

O Colégio GGE há 18 anos têm se destacado em com seus preparatórios para vestibulares e turmas dos níveis fundamental e médio. A escola também resolveu entrar no mercado da educação infantil. As mensalidades também não são acessíveis para todos os públicos, custando R$ 830. Os pais que também querem que os filhos estudem integralmente terão pagar o mesmo valor a mais.

Um novo prédio do GGE está sendo construído no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, próximo a um centro de compras. Com previsão de atender 100 crianças de 1 até 5 anos de idade, a nova unidade foi criada a partir de pedidos de pais que já tinham filhos mais velhos estudando no Colégio. “Eles diziam que gostavam muito a proposta pedagógica do GGE, mas, também tinham filhos menores que poderiam estudar na escola. Nosso diferencial é fazer com que a família esteja envolvida com os alunos e professores”, explica a coordenadora pedagógica da educação infantil no GGE, Anabelle Veloso.

O estabelecimento terá 10 mil metros de área construída e também oferecerá aulas dos ensinos fundamental e médio. As matrículas já estão disponíveis.

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Serviço

BJ Colégio e Curso

Rua Benfica, 197, Madalena

Fone: (81) 3225-6800



www.colegiobj.com.br

Colégio Apoio



Rua Conselheiro Nabuco, 44, Casa Amarela

Fone: (81) 3441-5015

www.colegioapoio.net

Colégio Boa Viagem



Rua Professor Eduardo Wanderley Filho, 539, Boa Viagem



Fone: (81) 3465-4444



www.cbvweb.com.br/novo

Colégio Motivo



Rua Padre Carapuceiro, 590, Boa Viagem

Fone: (81) 2119-9777

www.colegiomotivo.com.br

Colégio GGE



Rua José da Silva Lucena, 30, Boa Viagem

Fone: (81) 3227-1000

www.gge.com.br/web

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