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Segundo dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Boa Vista SCPC, a melhora no cenário econômico nacional representa queda no número de pedidos de falência das empresas brasileiras em 2017. Em relação ao ano passado (2016), os pedidos caíram 12,4%.

De acordo com a pesquisa, as falências efetivamente decretadas também caíram no primeiro semestre. De janeiro a junho, a queda foi de 8,2%, em comparação com o mesmo período de 2016. “Passado o período de intensa retração da atividade econômica, redução do consumo, restrição e encarecimento do crédito, entre outros fatores, as empresas passam agora a esboçar sinais mais sólidos dos indicadores de solvência”, explica o relatório do Boa Vista SCPC.

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Em junho, os pedidos de falência mostraram recuo de 27,2% se comparado com 2016. As falências decretadas caíram 14% no mesmo período.

A instabilidade econômica e o encarecimento de custos estão elevando o total de empresas em dificuldade financeira. Em novembro, o número de pedidos de falências no País subiu 34% ante o mesmo mês de 2014, mas cedeu 1,0% em relação a outubro, de acordo com a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). No acumulado do ano até novembro, a alta é de 17,8%.

Os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais deferidas também avançaram. De janeiro a novembro, o aumento foi de 50,3% e 43,6%, respectivamente.

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Conforme os analistas da Boa Vista, a piora nos dados de inadimplência e solvência reflete o atual quadro de estagnação econômica e de crédito caro e escasso, que dificultam a geração de caixa das companhias.

Por enquanto, a entidade não vislumbra melhora desse quadro. "A tendência é que os indicadores de falência se mantenha (alta), encerrando (o ano) com o maior crescimento desde o início da série histórica em 2005", avalia a Boa Vista SCPC em nota.

O número de empresas que entraram com pedido de falência aumentou 6,8% entre janeiro e agosto deste ano em relação a igual período do ano anterior, segundo o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Foram 1.156 solicitações no acumulado de 2015 contra 1.082 apuradas nos oito primeiros meses de 2014.

Somente em agosto foram 185 pedidos, alta de 6,9% sobre o resultado de julho e de 24% ante igual mês do ano passado. Tanto em agosto quanto no acumulado do ano, as micro e pequenas empresas registraram o maior número de solicitações, com 99 no mês e 598 no ano.

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De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aprofundamento do quadro recessivo da economia brasileira ao longo do segundo trimestre deste ano e os sinais de novo enfraquecimento da atividade que começam a surgir relativamente ao terceiro trimestre, conjugados com altas do dólar e dos juros, colocam dificuldades adicionais à solvência financeira das empresas.

Quanto ao número de recuperações judiciais requeridas, houve aumento de 41,6% no acumulado do ano, com 766 ocorrências, contra 541 em igual período de 2014. O resultado é recorde para o período desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências. Em agosto ante julho, a alta foi de 3,0%, para 139. Em relação a agosto do ano passado, o avanço foi de 113,8%.

O mês de novembro apresentou queda nos pedidos de falência, de acordo com o indicador Serasa Experian. Após o registro do maior número de requerimentos do ano, em outubro, num total de 181 pedidos, em novembro houve uma queda, com 131 requerimentos, número pouco maior que o do mesmo período no ano passado, em que foram contabilizados 136 pedidos.

Ainda de acordo com o indicador, dos pedidos registrados, 75 foram de micro e pequenas empresas, 27 de médias e 29 de grandes. De acordo com os economistas da Serasa, um dos motivos para esta queda foi a menor quantidade de dias úteis em relação a outubro (20 contra 23) e a continuidade de recuo nos níveis de inadimplência dos consumidores.

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Para se chegar a este número, a Serasa faz um levantamento mensal, segmentado por porte, das estatísticas de falência e recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da instituição, proveniente de fóruns, varas e falência e Diários Oficias de vários estados.

Com informações da assessoria

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