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A Rede Sustentabilidade, projeto de partido que Marina Silva que não conseguiu se oficializar em 2013, a tempo de participar das eleições do ano passado, pode finalmente sair do papel. O grupo diz ter conseguido 53 mil assinaturas certificadas nos cartórios eleitorais, que vão se somar às 442 mil que a Rede já tinha. Com isso, o grupo chegará a 495 mil apoiamentos, número superior aos 490 mil exigidos pela legislação eleitoral.

O dirigente Pedro Ivo, hoje coordenador nacional de organização da Rede, disse que eles vão reabrir o processo de criação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana. Mesmo com a legislação que foi sancionada este ano e que restringiu a criação de novas legendas, Pedro Ivo disse que o grupo está "otimista e realista" quanto à homologação da Rede. "Temos um acórdão do Tribunal (TSE) dizendo que nosso processo estava correto e que faltavam somente aquelas fichas e que, chegando essas fichas, eles iriam homologar", afirmou.

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A nova legislação diz que pessoas filiadas a um partido não podem assinar fichas de apoiamento a novas agremiações. Uma parcela significativa das assinaturas que a Rede havia coletado antes de a lei ser sancionada era de pessoas que já tinham filiação. O entendimento jurídico da Rede, contudo, é que essas assinaturas não podem perder valor pois foram coletadas antes da promulgação da lei. "Depois da lei, a gente só coletou assinaturas de pessoas sem filiação", esclareceu Ivo.

Consultada pela reportagem, a assessoria de imprensa do TSE informou que há um acórdão dizendo que a Rede poderia reabrir o processo de criação "sem prejuízo" às etapas que já tinham sido cumpridas, ou seja, dando a entender que se partiria já das 442 mil assinaturas homologadas. Mas, de acordo com o órgão, o processo, quando reaberto, é redistribuído na Corte. Assim, a avaliação será do ministro designado para relatar o processo. A assessoria do TSE esclareceu ainda que não há um prazo para a Corte julgar processos de criação de partido.

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Um dos coordenadores da Executiva Nacional da Rede Sustentabilidade, Pedro Ivo afirmou que uma das prioridades do partido é lançar o secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, Sérgio Xavier (PV), como candidato da Frente Popular ao Senado. Com a desistência do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) em disputar a reeleição, a concorrência pela vaga deve ser bastante acirrada entre os membros da coligação que é liderada pelo governador Eduardo Campos (PSB). O verde deve se filiar a sigla liderada pela ex-senadora Marina Silva (PSB) logo após ser registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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“Isso é uma das prioridades. Conversamos com Marina (Silva – PSB) sobre isso. A candidatura (de Sérgio Xavier) tem relação com o que a gente está defendendo. A visão contemporânea da juventude. A forma que eles têm de se manifestar tem a ver com Sérgio. Ele tem essa cara. Queremos somar e apresentar a Pernambuco esse jeito e prática política do nosso partido”, explicou o dirigente, ao Portal LeiaJá, antes da reunião entre os membros da Rede de Pernambuco, nesta quinta-feira (6).

De acordo com Pedro Ivo, o partido quer eleger o maior número de postulantes a cargos majoritários no Nordeste. “Estamos construindo várias alianças na região. Estamos tendo um diálogo bacana com o PSB”, disse.

Segundo Sérgio Xavier, sua candidatura ainda é algo que vai ser discutido entre os membros da Rede e a Frente Popular. “Quero dizer que a candidatura não é meu desejo, não é minha exigência. Ainda está em processo de discussão, e quem deve decidir isso é o governador Eduardo Campos”, relatou o secretário.

Outro nome do partido que pode disputar uma vaga, desta vez na Câmara Federal, é Roberto Leandro (PV). “Vamos ainda sentar e discutir com os membros da Rede, vamos lançar candidatos a deputado estaduais e federais. Ainda estamos no começo das conversas”, despistou.

TSE

Segundo Pedro Ivo, o arquivamento do processo de criação do Rede Sustentabilidade feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é algo burocrático. “Isso é um processo natural. Quando fomos abrir de novo o processo para o registro do partido o TSE ele sairá do arquivo”, ressaltou o dirigente.

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