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Os contratos futuros de petróleo fecharam hoje em ligeira queda depois de quatro sessões seguidas de alta, mas mantiveram-se acima dos US$ 100 em meio às persistentes preocupações com relação à economia global e à demanda pela commodity.

Diante da elevação dos pedidos de auxílio-desemprego na semana, traders interromperam uma sequência que fez o petróleo subir 4,4% em poucos dias. Analistas também observaram que a incapacidade do mercado norte-americano de ações de manter-se em terreno positivo depois da alta de ontem levou à realização de lucros nos futuros de petróleo durante toda a sessão.

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O mercado também ficou de lado para avaliar o impacto de uma inesperada elevação nos estoques de petróleo e destilados na semana passada ante um cenário de preocupação em relação à crise da dívida soberana na zona do euro.

Kyle Cooper, da IAF Energy Advisors, observou que a ação coordenada de grandes bancos centrais para dar liquidez aos mercados globais ontem também serviu para expor a fragilidade da situação. "A perspectiva de crescimento é realmente ruim" na Europa, disse ele. "Certamente ela vai precisar de muita ajuda para evitar um derretimento ainda maior do sistema financeiro", avaliou.

O petróleo para entrega em janeiro fechou hoje em queda de US$ 0,16 (0,16%) na bolsa mercantil de Nova York (Nymex), a US$ 100,20 por barril. Na plataforma eletrônica ICE, o Brent para janeiro caiu US$ 1,53 (1,38%), encerrando a US$ 108,99 por barril.

O spread entre o petróleo negociado na Nymex e o Brent caiu hoje a US$ 8,79 por barril, o menor desde 8 de março. Segundo traders, o Brent está sob pressão da recuperação mais rápida que a esperada da produção de petróleo da Líbia. Durante a guerra deste ano no país africano, a demanda pelo Brent levou o spread a quase US$ 28 por barril. As informações são da Dow Jones.

Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em alta e tocaram US$ 100 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex) pela primeira vez em mais de uma semana, impulsionados por tensões na Síria e pela perspectiva de mais sanções comerciais ao Irã.

O contrato do petróleo para janeiro negociado na Nymex subiu US$ 1,44, ou 1,49%, para US$ 98,21 por barril, com máxima intradia de US$ 100,74 o barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent avançou US$ 2,60, ou 2,44%, para US$ 109,00 por barril.

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Hoje, a União Europeia indicou que vai recomendar, na próxima quinta-feira, a imposição de mais sanções comerciais ao Irã - incluindo proibições à importação do petróleo produzido pelo país - por suspeitar que o governo iraniano está desenvolvendo uma bomba nuclear. Além disso, a Liga Árabe aprovou, no domingo, sanções econômicas à Síria como punição ao governo, que vem repreendendo violentamente os opositores do atual regime.

"Essa tensão na Síria, possíveis sanções ao Irã - são coisas que geram potencial de alta" nos preços, disse Peter Donovan, vice-presidente da Vantage Trading, uma corretora de opções de petróleo em Nova York.

O Irã é o terceiro maior exportador de petróleo do mundo, segundo informações do Departamento de Energia dos EUA. No ano passado, os iranianos exportaram 2,2 milhões de barris de petróleo por dia e a União Europeia foi o segundo maior consumidor desse total.

A Síria não é uma grande produtora de petróleo, mas investidores temem que os protestos no país, de grande escala e ampla duração, se espalhem para grandes produtores de petróleo na região, como a Arábia Saudita.

Qualquer redução na oferta de petróleo colocaria a economia mundial em uma situação delicada, visto que a Europa está lidando com um aperto no fornecimento da commodity desde o início das tensões na Líbia, em fevereiro. Nos EUA, os estoques de petróleo começaram a cair com mais ênfase recentemente, em parte para compensar a redução da oferta na Europa.

"O momento para embargos ao Irã dificilmente poderia ser pior", disse James Zhang, estrategista de commodities do Standard Bank. As informações são da Dow Jones.

Apesar do cenário de retração da economia mundial, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, acredita que a tendência para o preço do petróleo é de crescimento. "A era do petróleo barato já passou", disse ele. Segundo Gabrielli, vem ocorrendo um deslocamento da demanda pelo insumo nos últimos anos. Enquanto a demanda dos Estados Unidos, da Europa e do Japão passam por uma estagnação, a dos países emergentes vem crescendo a passos mais largos. Tanto que, nos últimos cinco anos, a demanda mundial subiu de 83 milhões de barris para 87 milhões de barris por dia.

Gabrielli lembra que, mesmo que a demanda se mantenha nesse nível, será necessário acrescentar ao longo dos próximos 30 anos de 45 milhões a 65 milhões de barris só para compensar o declínio de produção dos campos atuais. O executivo participa de um seminário sobre petróleo e gás no Rio de Janeiro.

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Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em alta, refletindo os receios com a possibilidade de a oferta de barris do Irã, terceiro maior exportador mundial da commodity, diminuir no mercado mundial em razão de novas sanções comerciais impostas ao país pelos EUA.

O preço do contrato do petróleo para janeiro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) subiu US$ 1,09, ou 1,12%, para US$ 98,01 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent avançou US$ 2,15, ou 2,01%, para US$ 109,03 por barril.

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Ontem, os EUA impuseram novas sanções comerciais ao Irã por suspeitarem que o programa nuclear do país possui finalidade bélica. As medidas incluem a proibição das vendas de bens e serviços à indústria petrolífera iraniana e restrições à capacidade dos bancos do país para fazer negócio ao redor do mundo. Outros países ocidentais, entre eles a França, o Reino Unido e o Canadá, apoiaram as sanções.

O Irã não fornece petróleo diretamente para os EUA, mas investidores temem a possibilidade de escassez da commodity se eventualmente o mercado for privado da produção iraniana. Esses receios ofuscaram inclusive fatores negativos para os preços do petróleo, como dados que mostraram um crescimento menor do que o originalmente previsto da economia norte-americana no terceiro trimestre.

O Departamento do Comércio dos EUA divulgou hoje que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu à taxa anualizada de 2,0% no terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior. A leitura foi inferior à preliminar, de expansão de 2,5%, e também ficou abaixo da estimativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones, de 2,3%.

"O que realmente estamos vendo aqui é uma batalha entre preocupações econômicas e as sanções ao Irã e seus potenciais efeitos sobre o horizonte do petróleo", disse Tom Bentz, diretor do BNP Paribas Prime Brokerage. As informações são da Dow Jones.

 

Brasília - O Brasil será, em dez anos, o maior produtor de petróleo do mundo entre as nações que não integram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disse hoje (22) o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, durante o balanço da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

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"O pré-sal já atinge 2% da média anual da produção de petróleo brasileira. É a produção que mais vai crescer entre 2011 e 2015”, destacou. “Fora a Opep, teremos a maior produção de petróleo do mundo. O Brasil será o país que dará a maior contribuição de petróleo nos próximos dez anos”, disse Gabrielli, ao destacar as previsões de contratação de materiais, equipamentos e serviços, pela estatal petrolífera brasileira.

Segundo ele, isso beneficiará, direta e indiretamente, mais de 250 mil empresas no país. “Dentro do PAC, estamos com papel importante. Porém, a atividade vai além, e beneficia a indústria brasileira em diversas frentes.” Gabrielli destacou também a geração de empregos em decorrência dessa expansão prevista para ocorrer no país até 2020.

“Serão mais de 1 milhão de empregos gerados, o que vai requerer treinamento de mão de obra. O país é um canteiro de obras com mercado de trabalho cada vez mais aquecido. Quase 290 mil pessoas [serão preparadas] até 2014. Já treinamos mais de 70 mil para 180 diferentes ocupações”, ressaltou o presidente da estatal.

Ele acrescentou que há a previsão de investimentos em pesquisas sobre diferentes temas, por meio de convênios com diversas universidades, visando ao avanço tecnológico do setor.

A Petrobras pretende contratar 28 navios-sonda e plataformas semissubmersíveis, construídos no Brasil, com pelo menos 55% de conteúdo nacional. Além disso, está prevista a renovação da frota, com 146 embarcações de médio e grande portes, a serem recebidas entre 2012 e 2018. Destas, 40 já foram contratadas.

O presidente da estatal apresentou ainda uma lista com a demanda de materiais e equipamentos que devem ser adquiridos entre 2011 e 2020. Entre os 22 itens apresentados há grande quantidade de compressores, guinchos, guindastes, motores a combustão, turbinas, bombas, geradores, filtros, reatores, revestimentos e tubos, entre outros.

Rio de Janeiro – O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, disse hoje (21) acreditar que tenha cessado o vazamento de petróleo no Campo de Frade, operado pela Chevron, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

“O vazamento - pelos dados que nós temos, pelas informações técnicas que nós temos, Ibama, Marinha e Agência Nacional do Petróleo - cessou. No entanto, óleo residual que está infiltrado nas rochas poderá, nos próximos três ou quatro dias, ainda aflorar à superfície”.

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Trennepohl confirmou a multa de R$ 50 milhões imposta pelo instituto à petrolífera e disse que outra multa também poderia ser aplicada. “Caso se comprove que a empresa falhou na execução do plano de emergência individual, será aplicada uma outra multa que poderá chegar a mais R$ 10 milhões”.

O presidente do Ibama disse que a licença da Chevron só seria cassada se fosse resultado de um processo administrativo. “Até o momento, não há nenhum indicativo de que essa licença seja cassada. A não ser que, na instrução do processo, surjam fatos que demonstrem a necessidade da cassação da licença”.

Trennepohl disse que o ambientalmente correto seria recolher o óleo que vazou do poço, mas reconheceu que isso poderia não ser tecnicamente possível. “A segunda hipótese admitida é a dispersão mecânica, com água. Eles estão fazendo a dispersão mecânica e o recolhimento”.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, informou que já foram recolhidos 385 mil litros de água com óleo, trazidos para serem tratados por uma empresa na Ilha da Conceição, na Baía de Guanabara. Após reunião com o presidente do Ibama, Minc disse que metade da multa a ser paga pela Chevron será investida na manutenção de parques naturais costeiros do estado.

Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em baixa, pressionados por um movimento generalizado de aversão ao risco após a Moody's anunciar que pode colocar o rating da França em revisão para potencial rebaixamento e diante da possibilidade crescente do chamado "supercomitê" do Congresso dos Estados Unidos não conseguir cumprir a tarefa de apresentar um plano para reduzir o déficit orçamentário do país.

O petróleo também foi influenciado pela apreciação do dólar, que tende a pesar sobre o valor do barril pois torna-o mais caro para os detentores de outras divisas. Perto do horário de fechamento da commodity, o índice ICE Dollar, que monitora o valor da moeda em relação a uma cesta de divisas, subia 0,3%.

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"Houve uma grande repatriação rumo ao dólar", disse Phil Flynn, analista de energia da corretora PFG Best. "O bode na sala continua sendo a Europa."

O contrato do petróleo para janeiro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) caiu US$ 0,75, ou 0,77%, a US$ 96,92 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para janeiro teve declínio de US$ 0,68, ou 0,63%, para US$ 106,88 por barril.

O índice acionário S&P 500, seguido em muitas das últimas sessões pelos preços do petróleo, fechou em baixa de 1,86%. "Em todo o mercado, parece que não temos muita força", disse Tony Rosado, operador da GA Global Markets, uma corretora de opções de petróleo. "Nossas ações estão caindo consideravelmente - estamos seguindo isso e os mercados internacionais", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje que o governo estuda o ingresso do Brasil na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A afirmação veio em resposta ao questionamento sobre a possibilidade de o País participar da organização.

Ele comentou que o Brasil vem sendo chamado para participar como convidado especial de reuniões da entidade e indicou que há interesse em se tornar membro da Opep, mas ponderou que o País ainda não atende a determinados critérios da organização, como o volume de produção mensal. "Mas só o fato de termos sido convidados para integrar os quadros da Opep já nos deixa muito orgulhosos", afirmou.

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O secretário de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, afirmou hoje que o vazamento de óleo na Bacia de Campos poderia ter sido evitado. Segundo ele, vazaram cerca de 25 mil barris porque houve falha no estudo de geologia marinha e "erros crassos" da Transocean, empresa que fez a perfuração do poço. Minc disse ainda que a Chevron é corresponsável pelos erros cometidos pelas companhias contratadas para a exploração de petróleo no local. "Esse acidente poderia ter sido evitado. Não foi um raio do céu azul ou uma falha humana", afirmou Minc em entrevista à rádio Estadão/ESPN.

O secretário disse que a Chevron cometeu crime ao não informar de forma correta a extensão do problema. "É certo que a Chevron subestimou e informou de forma incorreta os dados do acidente e durante dez dias não deu uma resposta adequada ao vazamento", afirmou. Para ele, os procedimentos utilizados em caso de vazamento deveriam estar claros e prontos para serem colocados em operação antes do acidente. "A limpeza foi outro ponto falho. Observação aérea não avistou navios retirando o óleo, só utilizando jatos d'água do mar para dispersar a mancha."

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Minc disse que pediu aplicação do valor máximo para multa de crime ambiental contra a Chevron, mas admitiu que o valor (R$ 50 milhões) está defasado. "É o mesmo valor de 12 anos atrás", afirmou. "A multa deveria ser de R$ 116 milhões corrigidos." Segundo ele, boa parte do valor da multa será aplicada em parques estaduais e federais localizados no Estado.

O secretário exige reparação ambiental dos danos causados à fauna e à flora da região do Campo de Frade, no norte fluminense. "Fauna e flora marinha foram seriamente afetados por mais de 25 mil barris de óleo que criaram uma mancha de 60 a 70 quilômetros quadrados, afetando toda a rica biodiversidade da região", disse, ao citar que o local faz parte de rota migratória de baleias e golfinhos nesta época do ano.

Minc disse que até amanhã será fechado um quadro completo do acidente com a ajuda de imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que podem detectar óleo abaixo do espelho d'água. Ele afirmou que as praias de Macaé e Cabo Frio só não foram atingidas pelo óleo porque o vento soprou a mancha na direção contrária, mas que correm riscos os municípios de Arraial do Cabo, Búzios e Rio das Ostras. Ele contou ainda que o governo do Rio vai pedir o descredenciamento da Transocean.

O presidente da unidade brasileira da petroleira Chevron Corp., George Buck, disse hoje que a companhia assume "total responsabilidade" pelo vazamento de óleo que ocorreu na Bacia de Campos. "Qualquer óleo na superfície do oceano é inaceitável para a Chevron", disse o executivo.

Segundo Buck, a companhia tampou o poço de avaliação, que foi a fonte primária do vazamento. O óleo chegou à superfície através de um buraco, após a parede de rocha do poço ter se rompido.

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A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) estimou o vazamento entre 200 e 330 barris de petróleo por dia. Outras estimativas governamentais colocam o volume total do óleo vazado entre 5 mil e 8 mil barris.

O presidente da companhia norte-americana no Brasil disse ainda que a Chevron não utilizou dispersantes químicos na superfície do Oceano Atlântico, mas apenas métodos de dispersão e coleta mecânica do óleo vazado. Ele negou que a empresa tenha usado jatos de areia para limpar o óleo. As informações são da Dow Jones.

Brasília - A mancha de óleo na Bacia de Campos, provocada pelo vazamento em um campo de exploração de petróleo da Chevron está diminuindo de tamanho e continua se afastando da costa. A informação é da Marinha do Brasil e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que sobrevoaram hoje (18) a região do vazamento, no litoral norte do Rio de Janeiro.

As autoridades estimam que a mancha tem 18 quilômetros (km) de extensão e 11,8 quilômetros quadrados (km²) de área. Na terça-feira (14), a área da mancha era 13 km².

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No entanto, a maior parte do óleo está concentrada 1 metro abaixo da superfície do mar, e não pode ser vista no sobrevoo. Os dados de satélites, mais adequados nesse caso, indicam que no dia 14 a extensão da mancha chegava a 68 km, com cerca de 160 km² de área.

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) estima que a vazão média de óleo derramado foi de 200 a 330 barris/dia no período de 8 a 15 de novembro. Um barril tem 159 litros.

A ANP, o Ibama e a Marinha instauraram processos administrativos para investigação do vazamento. A Polícia Federal também está investigando o incidente. O delegado Fábio Scliar, chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, deve intimar pelo menos seis diretores da Chevron para depor na semana que vem sobre o acidente.

Conforme estimativas da ANP, a vazão média de óleo derramado estaria entre 200 e 330 barris/dia no período de 8 a 15 de novembro. A agência divulgou fotos do sobrevoo realizado hoje no local do acidente e um vídeo com imagens submarinas de um trecho da fenda do solo por onde está ocorrendo o vazamento.

Segundo a ANP, tanto a agência quanto o Ibama e a Marinha já instauraram processos administrativos, no âmbito de suas competências, para investigação do incidente e aplicação das medidas cabíveis, de acordo com a legislação em vigor.
 

Técnicos de órgãos do governo fizeram hoje um sobrevoo pela Bacia de Campos, no norte fluminense, com o objetivo de verificar a dimensão da mancha provocada pelo vazamento de óleo no local. A missão é composta de especialistas da Marinha, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além do secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

Ontem, a ANP divulgou nota informando que a empresa Chevron Brasil conseguiu cimentar o poço de onde está vazando o petróleo. Apenas um vazamento residual permanece. Segundo a Chevron, a mancha está localizada a 120 quilômetros do continente e se desloca na direção contrária à costa brasileira. As informações são da Agência Brasil.

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A empresa Chevron Brasil Upstream informou hoje (17) que já começou o procedimento de cimentação para vedar totalmente o poço no Campo de Frade, onde foi detectado vazamento de petróleo desde o último dia 9, a 120 quilômetros da costa, na Bacia de Campos.

Segundo Crevron, a quantidade de óleo ainda vazando é muito pequena. “O monitoramento mais recente indica que o óleo das linhas de exsudação próximas do fundo do oceano se reduziu a um gotejamento ocasional”, informa nota divulgada pela empresa no início da noite.

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De acordo com a Chevron, a mancha de óleo está se dissipando significativamente em direção ao alto-mar. A empresa calculou também que a quantidade de petróleo na água em 65 barris, o equivalente a 10.335 litros (cada barril tem 159 litros).

Segundo o deputado Sarney Filho (PV-MA), que se reuniu na manhã de hoje com diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o total vazado até o momento seria de 2,3 mil barris, ou 365.700 litros.

A Marinha informou que foi montado um grupo de acompanhamento com representantes da própria força, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da ANP, com o propósito de analisar diariamente as novas informações sobre o incidente.

Um helicóptero e um navio-patrulha foram disponibilizados pela Marinha para acompanhar o andamento das atividades de contenção do vazamento. Se as condições meteorológicas permitirem, amanhã (18) uma equipe com técnicos do Ibama, da ANP e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) fará um sobrevoo da área atingida.

Os contratos futuros de petróleo voltaram para um valor abaixo de US$ 100 o barril, devolvendo os ganhos da véspera em meio a dúvidas quanto à capacidade da economia de digerir preços tão altos para a commodity.

O petróleo para entrega em dezembro fechou em queda de US$ 3,77 (3,67%), a US$ 98,82 por barril na bolsa mercantil de Nova York (Nymex). O contrato dezembro deixará de ser negociado ao término da sessão de amanhã. Com isso, o petróleo para entrega em janeiro foi o mais negociado hoje na Nymex e cedeu US$ 3,67 (3,58%), terminando em US$ 98,93 o barril. Na plataforma eletrônica ICE, o Brent para janeiro recuou US$ 3,66 (3,27%), fechando em US$ 108,22 por barril.

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Os futuros na Nymex caíram em meio a uma onda de vendas, com traders pensando duas vezes com relação à sustentabilidade do barril acima de US$ 100 em meio à atual situação da economia global. A queda das ações em Nova York e a intensificação dos temores em relação à crise da dívida na Europa tiraram o fôlego da onda de alta que dominou o mercado de petróleo no decorrer das últimas semanas.

"O preço do petróleo acima de US$ 100 o barril é de difícil sustentação em uma época de fraca demanda e aumento da produção", avaliou Tim Evans, analista de energia da Citi Futures Perspective. Antes da queda de hoje, o barril do petróleo havia subido 32% desde o início de outubro, ajudado por sinais de melhora na economia dos Estados Unidos e medidas que atenuaram a crise da dívida soberana na Europa. "Agora não temos um motivo real para continuar indo para cima", comentou Tony Rosado, corretor da GA Global Markets. As informações são da Dow Jones.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje que a decisão sobre a distribuição dos royalties do petróleo deve ficar para 2012. Segundo Lobão, em encontro realizado ontem entre a presidente Dilma Rousseff e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, a presidente disse que os números que constam no projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) são diferentes dos do governo. "Dilma disse a ele (Casagrande) que os números que nós temos são diferentes dos apresentados pelo senador", afirmou Lobão.

O projeto do senador Vital do Rêgo aumenta a participação de quem não produz petróleo no rateio das receitas. Questionado se recomendaria o veto ao projeto do senador, Lobão disse que "não tem uma opinião formada sobre o projeto".

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O euro atingiu a mínima ante o dólar na sessão europeia hoje, após o governo da Espanha pagar um yield (retorno ao investidor) histórico em um leilão de bônus. A moeda recuou para US$ 1,3422 depois de a Espanha vender 3,563 bilhões de euros em bônus de 10 anos com um yield médio de 6,975% - o maior já pago pelo país desde a introdução do euro.

O spread do yield do bônus de 10 anos da Espanha sobre o yield dos bônus equivalentes da Alemanha atingiu uma nova alta recorde - em outro sinal do nervosismo sobre a dívida espanhola.

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Às 8h16 (de Brasília), o euro valia US$ 1,3452, de US$ 1,3465 ontem. O dólar estava em 76,98 ienes, de 77,06 ontem.

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo estavam em queda no início da manhã de hoje. Por volta das 8h05 (de Brasília), o contrato do petróleo Brent para janeiro recuava 1,14%, para US$ 110,61 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato do petróleo WTI para dezembro cedia 0,19%, para US$ 102,39 o barril, após atingir mais cedo uma máxima em cinco meses, de US$ 103,37 o barril. As informações são da Dow Jones.

A assessoria do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, esclareceu hoje que ele não tem nenhum encontro agendado com a presidente Dilma Rousseff para discutir o projeto de lei de redistribuição dos royalties do petróleo que tramita no Congresso. Dilma inicia nesta quarta-feira uma rodada de conversas com governadores para discutir a divisão dos royalties do petróleo, cuja votação na Câmara dos Deputados ela quer deixar para o ano que vem.

Havia a expectativa de que a presidente começasse as conversas com os dois Estados produtores que mais perdem com a aprovação do projeto, mas a agenda de Dilma hoje só prevê um encontro dela com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, no Palácio do Planalto. A assessoria de Cabral informou que ele não vai hoje a Brasília e que não há previsão de qualquer encontro dele com Dilma, indicando que ele ainda não foi convidado pela presidente.

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Cabral, um dos principais aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da eleição de Dilma, não tem escondido a insatisfação com a atuação da presidente nas articulações para evitar a aprovação do projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) já votado no Senado. Na semana passada, ele promoveu uma grande passeata no Rio contra o projeto que reuniu mais de 100 mil pessoas e consumiu R$ 780 mil.

No entanto, Cabral tem evitado declarações criticando abertamente a presidente, deixando para aliados a cobrança de mais empenho de Dilma para proteger os interesses do Rio, onde o governador a ajudou a conquistar mais de 70% dos votos na última eleição.

A presidente Dilma Rousseff recebe hoje, às 15 horas, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, para discutir a divisão dos royalties do petróleo. Dilma decidiu assumir o comando das articulações em torno do projeto em tramitação na Câmara. Pela proposta, os principais Estados produtores, Espírito Santo e Rio de Janeiro, perderão receita.

A presidente pediu dados para analisar o impacto do projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), ganhando tempo na estratégia de protelar a votação para o próximo ano.

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Dilma trabalha também para diminuir a pressão na base aliada e afastar a polêmica entre os produtores e não produtores para evitar que a discussão contamine a votação de projetos de interesse do governo que precisam ser aprovados ainda este ano. A prioridade, além do Orçamento de 2012, é votar em tempo recorde a proposta de Desvinculação das Receitas da União (DRU), sem a qual a presidente perderá margem de manobra na aplicação dos recursos orçamentários.

Um salto nas vendas brasileiras de petróleo e produtos siderúrgicos para os Estados Unidos está amenizando a desaceleração das exportações para a Europa, que sofre com o agravamento da crise. Mesmo com uma economia cujos indicadores de crescimento não empolgam os mercados internacionais, os EUA voltaram a ganhar peso nas exportações brasileiras, empurrados por fatores conjunturais, depois de nove anos perdendo relevância.

Segundo levantamento da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), entre 2002 e 2010, a fatia dos Estados Unidos nas vendas externas brasileiras caiu ano a ano, de 25,4% para 9,5%. Entre janeiro e outubro deste ano, o porcentual registrado foi levemente superior: 9,7%.

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Para especialistas, no entanto, ainda é cedo para se falar em uma reversão da tendência de queda da participação americana. "O petróleo é o grande sustentáculo desse crescimento. Se a fatia dos EUA crescer daqui para a frente, é por causa do petróleo", afirma Fernando Ribeiro, economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

Ele avalia que as perspectivas para produtos industrializados, que competem com itens chineses, continuam desfavoráveis, especialmente num momento em que a economia americana não vive a melhor fase. "Os EUA são um país bastante aberto, as tarifas são muito baixas para calçados e bens de capital. Mesmo que fizéssemos acordo comercial, não faria muita diferença", diz.

Os números da balança comercial deste ano são resultado, em grande parte, de um empurrão dado em Santa Cruz, bairro da zona oeste no Rio, pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). É de lá que a usina de € 5,2 bilhões inaugurada pela ThyssenKrupp e pela Vale há menos de um ano e meio está embarcando sua produção de placas de aço para os Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os preços do petróleo fecharam em queda, em meio às preocupações quanto à crise da dívida europeia. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo bruto para dezembro chegaram ao fim da sessão abaixo dos contratos para janeiro, restabelecendo a relação que vinha prevalecendo nos últimos três anos.

Na Nymex, os contratos de petróleo bruto para dezembro fecharam a US$ 98,14 por barril, em queda de US$ 0,85 (0,86%). Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo tipo Brent para dezembro, que vencem ao fim da sessão de hoje, fecharam a US$ 111,89 por barril, em queda de US$ 2,27 (1,99%).

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A baixa dos preços, em dia de baixa do euro frente ao dólar, foi atribuída à percepção de que mesmo com novos governos tomando posse na Grécia e na Itália, ainda persistem as dúvidas sobre se haverá em breve uma solução para a crise da dívida europeia. A alta do dólar afastou investidores que operam com outras moedas; outros venderam para realizar lucros, depois das altas da sexta-feira passada.

Segundo o analista Tim Evans, da Citi Futures Perspective, o fato de os preços dos contratos para dezembro terem caído mais do que os dos contratos para janeiro "mostra que os estoques de petróleo bruto não estão apertados". Embora o nível dos estoques norte-americanos tenha se reduzido na semana passada, eles permanecem acima da média dos últimos cinco anos.

"O mercado exagerou quando passamos dos US$ 95 por barril para perto de US$ 100, e podemos estar na direção de um recuo para menos de US$ 90. Mas, se não ouvirmos notícias realmente ruins da Europa sobre uma recessão que tenha impacto na economia global, então poderemos ter um rali no quarto trimestre", observou o corretor e analista Gene McGillian, da Tradition Energy. As informações são da Dow Jones.

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