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Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em baixa hoje pela primeira vez em seis sessões, após atingirem seu ponto mais alto em três meses mais cedo nesta quarta-feira, em meio a uma onda de notícias com tendência tanto de alta quanto de baixa para o mercado.

Os preços estavam em baixa no começo do dia em meio a preocupações sobre a estabilidade financeira na zona do euro, antes de subirem fortemente na sequência de dados sobre os estoques de petróleo nos Estados Unidos. Os estoques de petróleo dos EUA recuaram 1,37 milhão de barris na semana encerrada em 4 de novembro, para 338,09 milhões de barris, informou o Departamento de Energia (DOE, na sigla em inglês). A expectativa dos analistas era de alta de 700 mil barris.

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O mercado, então, foi puxado para baixo novamente durante toda a tarde, em conjunto com os mercados de ações em queda e uma ascensão do dólar em meio a grandes preocupações sobre as finanças na Europa. O contrato do petróleo para dezembro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) caiu US$ 1,06, ou 1,09%, para US$ 95,74 o barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent perdeu US$ 2,69, ou 2,34%, para US$ 112,31 por barril.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirmou hoje que os preços da commodity não devem atingir novos picos em breve, com o retorno da produção na Líbia e a frágil demanda segurando os mercados, que recentemente estão sendo impulsionados por riscos geopolíticos. No último mês, o preço do barril de petróleo nos EUA subiu mais de US$ 20,00, com crescentes temores sobre a situação entre o Ocidente e o Irã. O país é um importante produtor de petróleo e pode receber novas sanções em razão do seu programa de energia nuclear.

Apesar de outros fatores, o que de fato se refletiu no mercado durante o dia foi a imagem de desintegração na Europa. Na Itália, o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, prometeu renunciar após a votação das medidas de austeridade no Parlamento, o que poderá acontecer no domingo. O yield dos bônus de 10 anos do país chegou a 7,4%, bem acima do nível psicologicamente importante de 7%, com o qual Grécia, Irlanda e Portugal foram forçados no passado a procurar ajuda.

Enquanto isso, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, do Partido Socialista (Pasok), e Antonis Samaras, presidente do partido Nova Democracia e representante da oposição, não conseguiram chegar a um acordo sobre quem deve comandar o próximo governo de coalizão grego, forçando o presidente do país, Karolos Papoulias, a convocar uma reunião com líderes políticos na quinta-feira para tentar resolver o assunto. "Se a economia na Europa entrar em colapso, a demanda vai diminuir e o preço do petróleo vai ficar mais baixo", disse Mark Waggoner, presidente da corretora Excel Futures. As informações são da Dow Jones.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou hoje o excesso de foco na mudança da lei que trata da partilha dos royalties do petróleo entre todos os Estados da Federação, em detrimento da discussão sobre como será conduzida a exploração do pré-sal. "Eu sei que houve uma mudança importante na lei do petróleo. Mas não sei de que forma será explorado o pré-sal. Só se falou dos royalties de algo que não existe. Ninguém discutiu se era necessário ou não fazer a lei dos royalties", disse o ex-presidente.

Fernando Henrique Cardoso reclamou da falta de discussões aprofundadas acerca de projetos do governo. "O que de relevante o congresso discute hoje? Royalty? Palavra inglesa, o povo não entende. E o royalty é para dar um tombo no Rio de Janeiro, no Espírito Santo", declarou.

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Segundo ele, faltou discutir publicamente o projeto do trem-bala, se a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte deveria ter recursos públicos e de que forma os aeroportos deveriam passar para a administração privada. "Voltamos ao período dos projetos de impacto da ditadura militar", afirmou.

Durante o encerramento do seminário "A Nova Agenda - Desafios e oportunidades para o Brasil", promovido pelo Instituto Teotônio Vilela, no Rio, FHC também rejeitou a teoria de que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu continuidade às políticas de sua administração. "O governo do presidente Lula deformou o que foi feito antes", disparou.

Mais de 200 autoridades e representantes de entidades sindicais e patronais lotaram auditório do Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio de Janeiro, na manhã de hoje, para participar de reunião preparatória para a manifestação "Contra a Injustiça - Em Defesa do Rio", programada para quinta-feira.

O tom dos discursos foi crítico às mudanças propostas no Congresso para alterar a divisão de pagamentos dos royalties do petróleo - que prejudica os Estados produtores - e de revolta contra a postura do governo federal. Os políticos fluminenses voltaram a cobrar que a presidente Dilma Rousseff vete a proposta que já foi aprovada pelo Senado e que está para ser votada na Câmara.

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"O que nós queremos é mostrar ao governo federal e ao Congresso Nacional que nós não queremos invadir o direito de ninguém, mas também não queremos que invadam o nosso direito", argumentou o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB). "O Rio não quer nada mais do que os seus direitos. Não quer a violação dos seus direitos. Não quer que receitas tão importantes para a vida das pessoas sejam comprometidas", explicou o peemedebista.

Foi confirmado, durante a reunião, que todas as repartições públicas estaduais e municipais terão ponto facultativo durante a manifestação. As concessionárias de transporte público não vão cobrar passagem das pessoas interessadas em participar. A expectativa dos organizadores do ato é de que mais de 100 mil pessoas se juntem à manifestação.

A produção brasileira de petróleo alcançou 2,099 milhões de barris diários por dia (barris/d) em setembro, volume 5,1% superior ao registrado em setembro de 2010 e 2,3% maior do que em agosto de 2011. O resultado divulgado hoje pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reverte uma tendência de dois meses consecutivos de queda na produção doméstica.

Pela quinta vez seguida, o poço 9BRSA716RJS, do campo de Lula (pré-sal), segue como o poço com a maior produção de petróleo, com um total de 27,5 mil barris/d. A produção total do pré-sal no mês passado foi de 113,1 mil barris/dia de petróleo.

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Já a produção de gás natural no pré-sal alcançou 3,5 milhões de metros cúbicos diários, de um total de 65,3 milhões de metros cúbicos de gás natural produzidos no mês passado. O resultado representou um incremento de 2,1% em relação a setembro do ano passado, mas foi 1,9% inferior ao verificado em agosto.

A produção total de petróleo e gás do Brasil no mês passado ficou em 2,510 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), alta de 4,6% em relação a setembro do ano passado e de 1,6% em relação a agosto deste ano. Este é o melhor resultado do indicador desde junho passado (2,560 milhões de boe/d).

Gás natural

A queima de gás natural em setembro apresentou retração de 17% em relação a setembro do ano passado, mas teve alta de 19,9% na comparação com agosto, segundo da ANP. "O maior aumento na queima de gás natural foi registrado no campo de Marlim Sul, devido ao período de comissionamento (preparo e manutenção de equipamentos após o início das operações) da plataforma P-56", destacou a ANP, por meio de comunicado.

O ministro do Petróleo da Venezuela, Rafael Ramirez, afirmou hoje que o país manterá o nível de produção de petróleo em 3 milhões de barris por dia em 2012. Falando durante uma apresentação ao comitê de finanças da Assembleia Nacional, Ramirez também justificou o preço base de US$ 50 por barril determinado pelo governo para o orçamento do próximo ano. "É uma estimativa prudente", disse Ramirez, citando fortes quedas nos preços do petróleo durante o pico da crise econômica global de 2008, o que levou a uma contração da economia venezuelana em 2009 e 2010.

Alguns analistas dizem, entretanto, que o referencial baixo em geral não consegue cobrir os gastos do governo, o que permite que o presidente Hugo Chávez compense o déficit com uma série de fundos extra orçamento controlados pelo Executivo, e que não estão sujeitos à supervisão parlamentar. As informações são da Dow Jones.

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O American Petroleum Institute (API) informou que os estoques comerciais de petróleo dos Estados Unidos cresceram 2,712 milhões de barris na semana até 21 de outubro, para 340,010 milhões de barris. As importações de petróleo subiram 619 mil barris por dia, para 9,554 milhões de barris por dia no período.

Os estoques de petróleo em Cushing - ponto de entrega física dos contratos futuros negociados na Nymex - aumentaram 1,004 milhão de barris, para 32,095 milhões de barris. Os estoques de gasolina cresceram 153 mil barris, para 209,717 milhões de barris.

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Os estoques de destilados - categoria que inclui o diesel e o óleo para calefação - tiveram uma redução de 1,822 milhão de barris, para 147,884 milhões de barris. A taxa de utilização da capacidade das refinarias caiu 0,2 ponto porcentual, para 83,2%. As informações são da Dow Jones.

Se o impasse em relação aos royalties, no caso de a divergência entre Estados produtores e não produtores continuar após a apreciação da Justiça, tende a resultar em mais um atraso na fixação das datas das próximas rodadas de licitação de blocos exploratórios de petróleo.

A situação preocupa muito as petroleiras, que há três anos traçam estratégias e articulam parcerias para disputar as áreas que serão ofertadas pelo governo. Na provável hipótese de o caso parar no Supremo Tribunal Federal (STF), deverão continuar sem previsão a 11.ª rodada de licitações (de blocos do pós-sal) e a primeira rodada do pré-sal. Ambas deveriam ter ocorrido neste ano, mas jamais tiveram as datas marcadas pela Presidência da República.

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O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florival Rodrigues de Carvalho, afirmou ontem considerar a possibilidade de os leilões não aconteceram antes de um acordo, seja político ou judicial, embora o substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), aprovado no Senado anteontem, não tenha alterado a alíquota de 10% cobrada às empresas de óleo e gás. "Seria mais sensato resolver o imbróglio e fazer a rodada depois", observou o dirigente.

O substitutivo será agora votado pela Câmara dos Deputados, em um prazo que o meio político estima em cerca de um mês. Caso venha a ser aprovado pelo Congresso, seguirá para apreciação da presidente Dilma Rousseff, a quem caberá ou sancioná-lo ou vetá-lo.

Se Dilma sancionar o projeto, os royalties terão de ser divididos de forma mais igualitária entre Estados produtores (Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo) e não produtores.

Na hipótese de derrota em todos os trâmites políticos, os Estados do Rio e do Espírito Santo já anunciaram a intenção de recorrer ao STF. Não há data para a presidente manifestar sua decisão, caso o projeto passe pela Câmara. Se ela sancionar de imediato, o recurso ao STF pode seguir ainda neste ano. Se ela demorar, só em 2012, o que praticamente inviabilizaria as rodadas no primeiro semestre, pelo menos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em votação simbólica, o Senado aprovou hoje o substitutivo do senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) que altera as regras de distribuição dos royalties de petróleo. Emendas de plenário excluíram dispositivos do relatório que modificavam o marco regulatório da partilha (Lei 12.351/10), sancionado no final do ano passado.

Declararam votos contrários aos projetos toda a bancada do Rio de Janeiro, os senadores Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Ana Rita (PT-ES) e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Irritado, o senador Magno Malta (PR-ES) havia deixado o plenário. O projeto cria um Fundo Especial promovendo a divisão dos royalties de petróleo entre todos os Estados não-produtores de petróleo, que receberão R$ 8 bilhões no ano que vem. Ainda em 2012, os produtores de petróleo, Rio e Espírito Santo, deverão receber R$ 12,1 bilhões, restando cerca de R$ 8,9 bilhões à União, conforme cálculos do relator.

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"A racionalidade preponderou", avaliou o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). Segundo Renan, a aprovação de um texto que se transformara em um "novo marco regulatório" da partilha acabaria dificultando a votação da matéria na Câmara, recrudescendo o movimento pelo veto à Emenda Ibsen.

Com a aprovação do projeto no Senado, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não submeterá mais o veto à apreciação do Congresso no próximo dia 26. Não há previsão, entretanto, para a data de votação do projeto na Câmara. Representante do Rio de Janeiro, o senador Francisco Dornelles (PP) afirmou que os Estados produtores de petróleo "tiveram os direitos desrespeitados, mas num clima democrático". Se o relatório for confirmado pela Câmara, fluminenses e capixabas vão pressionar pelo veto da presidente Dilma Rousseff. Se isso não ocorrer, vão apelar ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Sob pressão do Ministério da Fazenda, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou emenda para recompor em 22% a fatia dos royalties que caberá à União no regime de partilha, conforme proposta do Executivo encaminhada ao Congresso no ano passado. Outra emenda retirou a vinculação de 3% dos royalties da União ao Ministério da Defesa.

As demais emendas, que excluíram os itens polêmicos do projeto, foram apresentadas pelo próprio relator, mediante acordo com os representantes dos Estados não-produtores de petróleo e sob pressão do Ministério da Fazenda. Vital excluiu o dispositivo que impunha limite de 40% ao valor que poderá ser deduzido das petroleiras sobre o custo que tiverem para extrair o óleo do mar. Também foi excluído o artigo estabelecendo que a União ficasse com, no mínimo, 40% do lucro obtido, depois de descontados os custos das empresas.

Vital também retirou o capítulo que criava a "joint venture", ou seja, a possibilidade de a União ser sócia de empresas privadas na disputa por áreas do pré-sal. Por fim, o relator excluiu o artigo que mudava o mapa das bacias de exploração de petróleo. O novo traçado deixaria o Rio de Janeiro de fora de metade da área do pré-sal entre a Bacia de Santos e o Parque das Baleias e traria prejuízos ao Rio Grande do Norte e Sergipe.

Começa nesta terça-feira (18) no Enotel Resort & Spa, em Porto de Galinhas, a 2ª edição do Petroleum Business. O evento tem como proposta explanar todas as possibilidades de crescimento e negócios da indústria do petróleo, gás, offshore e naval da região de Suape, em Pernambuco.

As palestras que fazem parte do evento irão debater assuntos ligados à política industrial brasileira, incentivos fiscais, sustentabilidade e programas de incentivo à cadeia de fornecimento a indústria de petróleo na região.

Autoridades brasileiras e mais de 40 empresas farão parte do evento, que além de palestras e debates, ainda terá uma rodada de negócios organizada pelo Sebrae e a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP). O intuito é diminuir a distância entre as empresas demandantes e ofertantes de bens dos setores de petróleo e logística.

“Hoje, o entorno do território do Cabo de Santo Agostinho está aportando o maior volume de obras do estado, com mais de 45 mil pessoas empregadas”, destaca Paulo Magalhães, gestor do projeto Petróleo e Gás do Sebrae em Pernambuco.

Um acordo entre o Sebrae e a Petrobrás também vai render espaço para que as empresas do RedePETRO possam expor os seus produtos e explicar a atual situação, além de prestar consultoria para empresas que desejem participar no fornecimento de produtos.

Serviço:
O quê: Pernambuco Petroleum Business
Quando: De 18 a 20 de outubro
Onde: Enotel Resort & SPA Porto de Galinhas
Outras informações: www.pebusiness.com.br

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta pela quinta sessão consecutiva em um dia livre da volatilidade que caracterizou esse mercado nos últimos dias. O barril do petróleo abriu em ligeira queda em Nova York, mas se recuperou no meio do dia e reteve os ganhos das sessões anteriores.

O petróleo para entrega em novembro fechou em alta de US$ 0,40 (0,47%) na bolsa mercantil de Nova York (Nymex), a US$ 85,81 por barril. No mercado eletrônico ICE, o Brent para novembro subiu US$ 1,78 (1,63%), encerrando a sessão em US$ 110,73 o barril. O mercado de petróleo virou para o terreno positivo em linha com o movimento nos mercados norte-americanos de ações. Esses dois mercados têm se movido na mesma direção recentemente.

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A alta pela quinta sessão consecutiva ocorre depois de o petróleo ter caído, na semana passada, a seu nível mais baixo em um ano. Desde então, o petróleo subiu mais de US$ 10, ou 13%, na expectativa de uma solução para a crise da dívida da zona do euro e de dados procedentes dos Estados Unidos não tão ruins quanto o esperado.

"Se há algo importante a dizer (sobre a alta de hoje) é que conseguimos manter os ganhos obtidos nas últimas sessões", disse John Kilduff, sócio fundador do fundo de hedge Again Capital. "Em termos técnicos, é uma excelente confirmação da alta." As informações são da Dow Jones.

A presidente Dilma Rousseff chegou a Brasília por volta das 4 horas da madrugada de hoje (9), depois de uma viagem de uma semana pela Europa, por Ancara, capital da Turquia, e Istambul, onde visitou, ontem (8), lugares como o Estreito do Bósforo, o Palácio Topkapi e o Museu de Arqueologia.

Dilma reservou o domingo para o descanso, depois da viagem de cerca de 15 horas da Turquia até Brasília no avião presidencial.

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A presidente retoma os trabalhos amanhã, no Palácio do Planalto. Às 11 horas, recebe o ministro Guido Mantega (Fazenda). No meio da tarde, tem audiência com o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e às 17 horas, a rotineira reunião de coordenação, realizada todas as segundas-feiras.

Neste encontro, Dilma deverá ser comunicada pelos ministros mais próximos, como Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), de que não houve acordo entre os Estados produtores e não produtores de petróleo quanto à distribuição dos royalties.

Julgamento marcado para segunda-feira, na 16ª Vara Federal do Rio de Janeiro, vai decidir o valor de uma dívida já reconhecida pela Petrobras, em ação popular transitada em julgado no Supremo Tribunal Federal, mas que pode ser elevada a um total superior a R$ 5 bilhões, de acordo com nota publicada na coluna Radar, da revista Veja.

O caso remonta à gestão de Paulo Maluf no governo de São Paulo (1979-1982) e à criação do consórcio Paulipetro, formado para encontrar petróleo na bacia do Rio Paraná. O resultado foi um fiasco, pois, apesar de terem sido perfurados 69 poços na bacia, nenhuma jazida viável foi encontrada.

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Em agosto, segundo a Veja, a Petrobras depositou judicialmente R$ 2,4 milhões, valor que a companhia considera correto para a dívida, por ter participado apenas da venda de dados sísmicos. Mas o Ministério Público Federal e os autores da ação popular afirmam que 17 contratos com a Petrobras elevam a dívida acima de R$ 5 bilhões.

Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em alta, após dados mostrarem que a economia dos Estados Unidos criou empregos em setembro, o que ofuscou o fato de a agência de classificação de risco Fitch Ratings ter rebaixado a nota de crédito soberano da Itália e da Espanha, duas das maiores economias europeias.

O contrato do petróleo para novembro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) subiu US$ 0,39, ou 0,47%, para US$ 82,98 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para novembro avançou US$ 0,15, ou 0,14%, para US$ 105,88 por barril. Pela manhã, os preços do petróleo subiram depois de o Departamento de Trabalho dos EUA divulgar que, em setembro, a economia do país criou 103 mil empregos, mais do que os 60 mil previstos por analistas. O ganho não foi suficiente para reduzir a taxa de desemprego, que permaneceu em 9,1%, mas deu aos operadores esperanças de melhora na situação norte-americana.

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"É um caso de boa notícia e má notícia. Foram criadas mais vagas do que se previa, mas isso não foi suficiente para diminuir a taxa de desemprego", disse Andy Lipow, presidente da Lipow Oil Associates, que presta consultoria sobre o mercado de petróleo. O valor do barril, porém, perdeu força depois de a agência de classificação de risco Fitch Ratings ter reduzido a nota de crédito da Itália e da Espanha. Segundo Dominick Chirichella, analista de petróleo do Energy Management Institute, os rebaixamentos anunciados pela Fitch hoje tiraram um pouco da atenção dedicada aos dados de emprego dos EUA.

"O que a Fitch fez hoje foi lembrar todos a respeito da Europa. A Europa é que está conduzindo tudo no momento", acrescentou. A Grécia ainda está em negociações com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) a respeito da liberação da próxima parcela do auxílio financeiro. As informações são da Dow Jones.

O Brasil será o primeiro país a ter energia elétrica gerada tendo como matéria-prima o etanol no continente antártico. A partir de novembro, a Estação Antártica Comandante Ferraz vai substituir o diesel mineral por etanol hidratado na produção de eletricidade.

A iniciativa conta com investimentos de R$ 2,5 milhões vindos de parceria entre a Petrobras Biocombustível, Vale Soluções em Energia (VSE) e pela Marinha do Brasil.

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De acordo com o diretor de etanol da Petrobras Biocombustível, Ricardo Castello Branco, a iniciativa abre a expectativa de criação de um novo campo de uso para o etanol brasileiro na produção de energia elétrica, além de possuir um forte efeito simbólico. "Queremos desenvolver na geração de energia elétrica limpa o mesmo conhecimento e competência que temos na área de etanol combustível", disse Castello Branco.

O executivo explica que, a partir de novembro, será realizado um teste na estação Antártica que deve durar um ano, para que a utilização de etanol sob condições climáticas extremas seja analisada.

O teste deve consumir 350 mil litros de etanol hidratado, que serão disponibilizados pela Petrobras, assim como o transporte até a estação. "Desenvolvemos tanques especiais para levar o etanol até lá, construídos sobre trenós para que ele deslize sobre o gelo", explica.

Segundo o executivo, a utilização de etanol para geração de eletricidade pode ser um mercado importante no médio prazo. "Veja a necessidade de energia do Japão, por exemplo. Grandes geradores que funcionem a partir de etanol poderiam suprir parte dessa demanda", disse.

Parceira do empreendimento, a Vale Soluções em Energia (VSE) produziu o gerador, com capacidade de 250 quilowatts. Segundo o presidente da VSE, James Pessoa, esse volume de energia é suficiente para abastecer e iluminar toda a estação de pesquisa na Antártica. A VSE é uma parceria entre a Vale (que detém 53% da empresa) e o BNDESPar (dono dos outros 47%), que investe em pesquisa, desenvolvimento e produção de sistemas de geração sustentável.

Pessoa explica que a VSE desenvolveu o gerador que opera com etanol hidratado para geração de energia. "Ao contrário do motor que desenvolvemos para ônibus coletivos que estão sendo testados em São Paulo, o gerador da Antártica não precisa de um aditivo extra e funciona apenas com o etanol hidratado puro", disse.

A VSE também construiu geradores para a Amazonas Energia, da Eletrobras, para produzir energia elétrica na Amazônia de forma mais limpa e reduzir a utilização de diesel na região.

Em 2012, a presença brasileira na Antártica completará 30 anos, e a expectativa é de que toda a eletricidade gerada durante a cerimônia que será realizada venha do etanol. Uma das prioridades do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) é a qualidade ambiental das operações do Brasil na Antártica.

Por meio desse programa, gerenciado pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), o Brasil realiza estudos sobre os impactos do aumento da concentração de gases de efeito estufa no planeta, além de pesquisas científicas sobre os fenômenos que ocorrem no continente.

A produção de petróleo no Brasil atingiu 2,052 milhão de barris diários em agosto, segundo dados divulgados hoje pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O resultado representa queda de 1,2% em relação a julho deste ano e de aproximadamente 1,3% ante agosto do ano passado.

No segmento de gás natural, o indicador apresentou resultados menos desfavoráveis. A produção nacional de 66 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) em agosto foi 6,5% superior a agosto do ano passado, mas ainda ficou 0,5% abaixo de julho deste ano.

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A produção total de petróleo e gás alcançou 2,470 milhão de barris óleo equivalente (boe) por dia em agosto, estável em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Na comparação com julho, o indicador encolheu 0,1%. A queda, destaca a ANP, é explicada pelo desempenho do campo de Marlim, cuja produção foi reduzida em 30 milhões de boe por dia na comparação com julho. "O fato é explicado pelas paradas de produção não programadas em diversas plataformas (P-18, P-19, P-20, P-26 e P-35) para adequação de equipamentos nos sistemas de medição e serviços de manutenção", segundo comunicado da ANP.

O poço 9BRSA716RJS, do campo de Lula, foi pela quarta vez consecutiva o de maior produção de petróleo do País, com um total de 27,5 mil barris diários. "O poço produziu mais do que todo o campo de Carmópolis, campo terrestre com a maior produção de petróleo e que produziu 21,9 mil barris diários através de 1.064 poços", comparou a agência.

A produção do pré-sal foi de 111,8 mil barris diários de petróleo e 3,4 milhões de m3/d de gás natural, totalizando 133,2 mil boe diários. O montante representa queda de 12,5% em relação a julho, devido ao final do período de produção do Teste de Longa Duração (TLD) do bloco BM-S-9, destaca a agência no Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural.

Queima de gás

A queima de gás natural no Brasil em agosto encolheu 26,3% em relação a agosto de 2010 e 12,4% ante julho. O aproveitamento de gás natural no mês foi de 94,2% considerando-se apenas as concessões na fase de produção. "Os principais motivos para a redução da queima de gás natural neste mês foram o término do período de TLD do poço 1BRSA594SPS, do bloco BM-S-9, e a resolução dos problemas no sistema de compressão no FPSO Capixaba, localizado no Parque das Baleias", segundo a ANP.

Do total de gás natural queimado, 83,6% se refere a campos na fase de produção e 16,4% de TLDs de áreas na fase de exploração.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), entregou hoje duas cartas ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), defendendo a distribuição equânime entre todos os Estados dos royalties da exploração do petróleo. Os documentos, um deles assinado pelos governadores do Codesul - RS, SC, PR, além de MS -, também serão entregues ainda hoje ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Sem citar números, a proposta dos governadores defende que os Estados produtores recebam uma parcela maior do dinheiro dos royalties que "compense os impactos ambientais gerados". O documento propõe ainda a "definição de uma compensação transitória para evitar que os Estados e os municípios confrontantes tenham perdas de sua atual receita proveniente dos royalties, inclusive reconsiderando critérios de isenções e incidência de outros tributos".

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Marco Maia se reúne hoje à tarde com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), líderes partidários da Câmara e do Senado e governadores de Estado para tentar chegar a um consenso em torno da proposta que trata dos royalties do petróleo e do pré-sal. Maia sinalizou o adiamento da votação do veto presidencial de redistribuição dos royalties do petróleo de forma igualitária a todos os Estados e municípios brasileiros.

O veto está previsto para ser votado amanhã, em sessão do Congresso. "Se para se chegar a um entendimento for necessário mais uma semana para votar o veto, não vejo prejuízo em adiar a votação. Se for necessário não votar, não votaremos", concluiu o presidente da Câmara.

O preço médio por uma cesta de diferentes tipos de petróleo produzidos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ficou abaixo de US$ 100 o barril pela primeira vez desde fevereiro, segundo dados divulgados hoje no site da entidade.

O preço médio da cesta de petróleo da Opep caiu para US$ 99,65 o barril em 3 de outubro, US$ 1,92 a menos que o preço anterior, divulgado em 30 de setembro. É o menor preço desde 18 de fevereiro, quando turbulências políticas afetaram a produção de petróleo no norte da África, segundo o próprio site.

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Ontem, a principal autoridade dos Emirados Árabes para a Opep, Ali Obaid al-Yabhouni, advertiu para o potencial de queda na demanda por petróleo. Segundo ele, a demanda e a oferta parecem estar em geral equilibradas, "porém há nuvens de mau agouro no horizonte, que representam um importante risco de queda" na demanda.

O ministro do Petróleo do Irã, Rostam Ghasemi, pediu hoje que a Opep mantenha sua produção de petróleo em 24,8 milhões de barris por dia no próximo encontro do grupo, marcado para dezembro. Em setembro, a produção da Opep - excluindo o Iraque, que não está sujeito a uma cota - foi de 27,8 milhões de barris diários, segundo pesquisa com funcionários de companhias e analistas do setor. As informações são da Dow Jones.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que o país não permitirá a exploração de petróleo e gás nos arredores do arquipélago de San Andres e Providencia, no mar do Caribe.

Santos explicou que sua decisão tem base na reserva de biosfera da região, bem como no patrimônio cultural e social local. O presidente colombiano disse que as empresas de exploração foram avisadas para que procurem outro lugar para exploração.

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"Quero dar a notícia e segurança a todos os habitantes de San Andrés de Providencia que não vai haver exploração", afirmou o presidente, ontem. As informações são do Archipielago Press, publicação semanal de San Andrés, Providencia y Santa Catalina.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Petrobrás  estão com inscrições abertas para um curso gratuito sobre Processo de Refino de Petróleo. A iniciativa é voltada exclusivamente para professores e instrutores vinculados ao Senai, UFPE, UPE e escolas técnicas federais e estaduais. Além de fazerem parte de uma dessas instituições, os interessados devem ser da área de soldagem, caldeiraria, tubulação industrial, instrumentação, eletricidade, mecânica de montagem, pintura industrial e isolamento, segurança do trabalho, automação industrial, edificações, eletromecânica, química, refrigeração e climatização e sistemas a gás. Durante as aulas os participantes poderão obter uma visão básica sobre as atividades de refino do petróleo sob a ótica dos aspectos técnicos e econômicos. Entre os temas abordados estão refino de petróleo no mundo e no Brasil, qualidade de esquemas de refino, destilação atmosférica, desasfaltação a propano e tratamentos convencionais. Para participar da capacitação, os interessados podem ser inscriver até esta sexta-feira (23) no site www.pe.senai.br. As aulas ocorrerão dos dias 26 a 29 de setembro na Escola Técnica do Senai em Santo Amaro.


As jazidas descobertas na área do pré-sal nas bacias de Campos, Santos e Rio de Janeiro devem proporcionar ao Brasil uma receita de US$ 27,9 bilhões com exportações de petróleo em 2020, calcula estudo preparado pela Ernst Young, em parceria com a FGV Projetos, e divulgado hoje no Rio, marcando a inauguração do Centro de Excelência da empresa para a área de óleo e gás.

Segundo o estudo, são esperados para 2020 volumes de 600 mil barris exportados por dia. A receita estimada representa um aumento de 73% em relação a 2010 (US$ 16,1 bilhões). Levando-se em conta o crescimento do PIB do País ao longo da década passada, as exportações geradas pelo pré-sal terão um impacto positivo de apenas 0,4 ponto porcentual para o PIB brasileiro em 2020 - ressaltando a necessidade de ênfase não só na produção e na exportação de petróleo bruto, mas também em investimentos no refino, para agregar mais valor. "Hoje o Brasil precisa de refinarias para elevar o valor deste produto a ser exportado", afirmou Elizabeth Ramos, sócia da Ernst Young.

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Para a área de gás natural, as estimativas são de que entre 2011 e 2020, a conversão do gás em combustíveis líquidos (GLT) deve ter maior aplicação com a ampliação de sua oferta no mercado internacional por conta da exploração de gás de xisto nos EUA. O aumento do preço do petróleo ajuda a completar esse cenário. No Brasil, a entrada em operação dos campos do pré-sal e a extensão das redes de distribuição do produto farão com que o gás natural ganhe peso e relevância na oferta de energia ao longo das próximas décadas. Além do pré-sal brasileiro, devem entrar em operação o campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, e o de Camarupim, na Bacia de Espírito Santo. Com isso, os números do consumo de gás no País serão maiores.

Atualmente são absorvidos 50 milhões de m3/dia; em 2019, serão 169 milhões de m3/dia. Agregada à recente implantação da infraestrutura de transporte que integra as regiões Sudeste e Nordeste, a nova oferta deve aumentar a gaseificação do consumo energético, atendendo a novas indústrias e garantindo a geração de termelétricas a gás natural.

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