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O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande (MS), Carlos Garcete, enviou em agosto do ano passado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uma proposta para alterar o regime de plantão judiciário em primeiro e segundo graus de jurisdição, disciplinado pela Resolução 71, do órgão. Em uma das modificações, o magistrado solicita que o nome dos juízes e desembargadores em plantão não sejam divulgados.

Em maio deste ano, o pedido de Garcete foi juntado a um outro processo - da Associação dos Magistrados do Distrito Federal e Territórios e da Associação Nacional dos Magistrados Estaduais - Anamages). Os casos foram incluídos na pauta de sete sessões do CNJ entre maio e junho deste ano.

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Os plantões judiciários foram alvo de questionamentos após o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, soltou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - preso desde 7 de abril pela Operação Lava Jato. Em plantão no dia 8 de julho, o magistrado atendeu a um pedido feito 32 minutos depois do começo do plantão e mandou tirar Lula do cárcere por duas vezes.

A primeira decisão do desembargador Favreto foi derrubada pelo relator da Lava Jato, João Pedro Gebran Neto. As duas ordens de soltura perderam efeito, por decisão do presidente da Corte, Thompson Flores.

A Resolução 71 foi assinada em 2009 pelo então presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. O despacho tem 13 artigos.

Em seu pedido de providências, o juiz Carlos Garcete solicita ao Conselho que "aperfeiçoe a Resolução". O magistrado requer a inclusão da "obrigatoriedade de constar, em decisões proferidas durante plantões judiciários, preliminares expositivas da necessidade do exame do caso naquele período excepcional, sob pena de perecimento de direito".

Em outro trecho, Carlos Garcete solicita que os nomes dos magistrados plantonistas não sejam divulgados previamente. Para o juiz, a comunicação é um "flagrante equívoco".

"Referida divulgação - prévia e pública - acaba por direcionar, inequivocamente, grande parte de pleitos em plantões, haja vista que advogados militantes, por conhecerem previamente posicionamentos específicos de magistrados sobre temas Jurídicos, notadamente em caso de desembargadores, acabam por aguardar o plantão daquele desembargador de sua preferência para distribuir, ad exemplum, habeas corpus, diante da prévia escala publicada", afirma o juiz ao CNJ.

"O que deve ser publicado previamente é o local e os contatos com os servidores plantonistas para atendimento e recebimento de petições no plantão, e não os nomes de magistrados", conclui o magistrado.

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a proposta do deputado Marcos Zerbini (PSDB) que obriga as unidades de saúde a publicar em local visível a lista de médicos plantonistas do local. Segundo ele, a determinação traz mais transparência no trato com os cidadãos. "Essa maior eficiência e transparência permitirá que o usuário controle de forma mais consciente e efetiva os serviços a que tem direito", disse o parlamentar.

Falta de médicos e enfermeiros

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O Hospital da Universidade de São Paulo (USP) cortou os atendimentos de urgência e emergência e passou a fazer somente atendimentos de casos extremamente graves. Em postagem no Facebook, o médico Gerson Salvador desabafou sobre a situação da instituição. “Espero que em breve encontremos a solução para o desmonte deste hospital, em benefício de todos que dele dependem”, declarou o profissional. Em três anos, a situação da clínica médica do hospital passou de três para um plantonista apenas.

Com a falta de profissionais na área em âmbito nacional apontada pelo secretário de Controle Externo da Saúde do SUS, Marcelo Chaves, a Câmara dos Deputados aprovou no mês passado um Projeto de Lei que permite a realização de cursos à distância para profissionais da saúde. Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) criticou a decisão. “É público e notório que o ensino à distância não condiz com a área da saúde, principalmente, com a Medicina. Por isso, vamos lutar para que este PL seja revogado”, disse o presidente do Cremesp, Lavíno Nilton Camarim.

Médicos do Hospital Regional do Agreste (HRA) em Caruaru podem parar as atividades por falta de plantonistas na unidade. A categoria anunciou que aguarda, até a sexta-feira (17), o resultado da reunião entre o Sindicado dos Médicos (Simepe) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES), realizada na segunda (13), sobre a ausência de clínicos e ortopedistas nos dias de domingo.  

No encontro, os médicos criticaram a falta de resposta dos gestores públicos, mesmo após as denúncias feitas há quase três meses. Outra queixa dos profissionais é o não funcionamento do serviço de hemodiálise nos fins de semana. Os representantes do Simepe e da Diretoria Regional de Caruaru revelaram que as unidades regionais do Estado enfrentam uma “crise sem precedentes”, por conta de condições de trabalho, recursos humanos, medicamentos escassos e sucateamento de materiais. 

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“No HRA, os médicos plantonistas estão enfrentando uma série de problemas para exercer a medicina com dignidade e tratar os seus pacientes com mais respeito”, afirmou o presidente do Simepe, Mário Jorge Lobo. O gestor sindical disse que o atual modelo está falido e alternativas urgentes precisam ser tomadas para que não os problemas não se tornem em um caos generalizado nos hospitais regionais de Caruaru e Arcoverde. 

Uma das alternativas apontadas pelo diretor regional de Caruaru, Danilo Souza, é uma política de regionalização, através de gratificação por incentivo, para superar as dificuldades de fixação de profissionais no interior do Estado. 

Queixas antigas – Em setembro do ano passado, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) interditou o ambulatório do HRA, em Caruaru, por constatar precariedade nas instalações. Na ocasião, foi denunciada a falta de pia e objetos de higiene pessoal em alguns consultórios, além da inexistência de uma sala específica para serviços de limpeza e esterilização de materiais. 

Com informações da assessoria

Prestadores de serviço do Hospital Otávio de Freitas (HOF), em Tejipió, se reúnem com representantes da direção da entidade, na manhã desta segunda-feira (9), após protesto realizado em frente à instituição. Profissionais de enfermagem contestam a falta de pagamento de salários referentes aos plantões extras, com dois meses de atraso.

De acordo com a instituição, os manifestantes não integram o quadro de servidores do HOF e são plantonistas. Alguns, que teriam expediente nesta segunda, paralisaram suas atividades por conta do protesto, porém o funcionamento do hospital não foi interrompido. Além da reivindicação pelo atraso salarial, os plantonistas questionam o valor recebido pelo plantão, em comparação a outras unidades de saúde do Estado.

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A mobilização acontece menos de uma semana após o protesto dos motoristas de ambulâncias que atendem os hospitais de Pernambuco. Dezoito veículos foram estacionados em frente ao Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda; a demissão de 21 funcionários e o reajuste salarial de R$ 1.496 para R$ 1 mil foram os principais motivo para a reivindicação, que também trazia à tona a questão dos plantões extras.  

A partir da próxima sexta-feira (22), estarão abertas as inscrições para o concurso público que vai selecionar 248 médicos para rede estadual de saúde. O certame da Secretaria Estadual de Saúde (SES), que contempla 21 especialidades médicas, tem o objetivo de preencher lacunas, em áreas consideradas estratégicas, de profissionais que se aposentaram ou se desligaram dos serviços. Para concorrer às vagas, é necessário acessar o site, preencher a ficha até dia 17 de março e pagar a taxa de R$ 250 até o dia 26 de março.

O edital de seleção foi publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (20/02) e também está disponível no portal da Secretaria Estadual de Saúde. O concurso terá validade de dois anos, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. O novo quadro de profissionais irá se juntar aos 4.832 médicos em efetivo exercício vinculados à SES.

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“O último concurso da Saúde foi em 2009, quando foram oferecidas 540 vagas, apesar de termos chamados 1.541 médicos, praticamente o triplo. Cerca de três anos depois, abrimos um novo processo seletivo, o que demonstra a priorização, por parte desta gestão, com o seu quadro de pessoal e a manutenção e a ampliação dos serviços de saúde de emergência, com escalas completas de médicos, especialmente no Interior, onde há uma grande necessidade”, diz a secretária-executiva de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, Cinthia Alves. Ela salienta que, além das vagas abertas no concurso, há a expectativa de convocação de mais médicos até o final de 2014.

A secretária-executiva salienta que uma novidade deste concurso é que o processo, conforme edital, está sendo realizado de forma regionalizada, ou seja, o profissional define, no ato da inscrição, a região do Estado na qual irá trabalhar. “Isso evita, por exemplo, que o profissional assuma uma vaga em uma localidade e depois solicite sua transferência para outro centro. Desta forma, ele terá de atuar naquela região para onde prestou o concurso, o que também beneficia o candidato, que poderá escolher seu destino e se planejar”, explica.

CRONOGRAMA –  O concurso será realizado em duas etapas, sendo a primeira uma prova objetiva com 50 questões, de caráter eliminatório, e a segunda composta por avaliação de títulos. A prova objetiva será no dia 21/04 e a convocação para a prova de títulos, em 06/05. O anúncio do resultado final será no dia 28/05.

A remuneração total do médico, independentemente da especialidade, será de R$ 5.995 (salário-base de R$ 3.668,94 e gratificações de R$ 2.326,06) por uma jornada de dois plantões semanais de 12 horas ou um semanal de 24 horas. Os profissionais ainda contam com um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos que valoriza a qualificação profissional somada à Gratificação por Desempenho, esta vinculada ao alcance de metas de processo e resultados, institucionais e individuais.

QUANTITATIVO – As especialidades com maior número de vagas são tocoginecologia (39), clínica médica (28), pediatria (26), traumatologia e ortopedia (24) e neonatologia (21). Também estão sendo ofertadas vagas nas áreas de anatomopatologia (03), cardiologia (08), cirurgia geral (21), cirurgia pediátrica (07), cirurgia vascular (03), infectologia (01), intensivista adulto (20), intensivista pediátrico (09), nefrologia (01), neurocirurgia (09), neuropediatria (04), neurologia (10), oncologia (03), otorrinolaringologia (2), pneumologia (02) e psiquiatria (04). As vagas serão distribuídas por Gerência Regional de Saúde (Geres). A I e a IV Geres, com sede no Recife e Caruaru, contemplam o maior quantitativo, de 103 e 45 profissionais, respectivamente. Há, ainda, vagas para a II - Limoeiro (09), III - Palmares (3), V - Garanhuns (18), VI - Arcoverde (14), VII - Salgueiro (14), X – Afogados da Ingazeira (12), XI – Serra Talhada (18) e XII - Goiana (12). Os candidatos podem pegar mais informações e tirar dúvidas pelo fone (81) 3184-0016 ou 0017.

Com informações da Secretaria Estadual de Saúde

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