Tópicos | primárias democratas

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou neste sábado o adiamento das eleições primárias democratas no estado de 28 de abril para 23 de junho, a fim de impedir a propagação do novo coronavírus no território mais afetado dos Estados Unidos.

Em dois dos outros focos da Covid-19 no país já realizaram suas eleições primárias: a Califórnia, no dia 3 de março, e o estado de Washington, em 10 de março. Nova Jersey votará em 2 de junho.

"Não acho sensato pedir que muitas pessoas votem no mesmo lugar", disse Andrew Cuomo.

O estado de Nova York é o mais afetado até agora pelo coronavírus nos Estados Unidos, com 52.318 casos e 728 mortes.

Dez outros estados, assim como Porto Rico, já haviam adiado sua data das primarias. Outros mudaram o tipo de votação para a alternativa postal.

Joe Biden atualmente lidera a disputa pela indicação democrata para enfrentar o presidente Donald Trump em novembro, com 1.217 delegados, contra 914 da rival Bernie Sanders.

Para garantir a indicação, estima-se que um candidato chegue a 1.991 delegados.

O pré-candidato democrata à Casa Branca Joe Biden venceu as eleições primárias nos estados da Flórida e do Illinois, realizadas nesta terça-feira (17), ampliando sua vantagem sobre Bernie Sanders para enfrentar o presidente republicano, Donald Trump, em novembro.

Biden, 77 anos e ex-vice-presidente de Barack Obama, bateu com folga o senador de Vermont, 78, no maior dos três estados que realizaram primárias nesta terça nos Estados Unidos, apesar da pandemia de coronavírus, segundo CNN e MSNBC.

Com 87% dos votos apurados na Flórida, Biden obtinha 61%, contra 22% para Sanders. Os meios de comunicação também apontaram a vitória de Biden no Illinois e vantagem na votação no Arizona. "Obrigado, Flórida!", "Obrigado, Illinois!", tuitou Biden sobre sua vitória nos dois estados.

Uma vitória no Arizona, somada aos triunfos na Flórida e no Illinois, pode dar a Biden uma vantagem quase insuperável sobre Sanders para a indicação democrata visando a eleição presidencial de 3 de novembro.

O estado de Ohio também pretendia votar nesta terça-feira, mas o governador Mike DeWine declarou "emergência de saúde" e adiou a primária diante da pandemia.

A pandemia, que já deixou mais de 100 mortos nos Estados Unidos, deve ter um impacto significativo no índice de participação eleitoral desta terça.

Na Flórida, quase dois milhões de pessoas já haviam votado nos dias anteriores ou pelo correio, e a expectativa era de baixa participação. Como medida de prevenção neste estado, os locais de votação que ficavam em centros de convívio de idosos foram tranferidos para outros locais.

Gabriela Carrilho, uma mulher de 51 anos, usou máscara e luvas para votar numa escola primária quase deserta em Miami Beach. "Acho que se você não participa, as coisas nunca mudam", disse Carrilho, acrescentando que se sentia segura para votar.

"Havia desinfetante para as mãos em todas os centros de votação", disse Matt Don, 29 anos. "Eles mantiveram uma distância segura de mim. Tudo ali está seguro."

Em Illinois, os comissários eleitorais de Chicago tiveram dificuldades para encontrar mesários, informou o Chicago Tribune. No Arizona, o movimento de eleitores foi muito baixo. Louisiana, Geórgia e Kentucky, que deveriam votar mais tarde nesta terça, adiaram suas primárias para maio e junho.

- Biden segue firme -

O ex-vice-presidente Joe Biden conquistou mais delegados até o momento, fundamentais para obter a indicação democrata, e está quase 20 pontos na frente de seu rival progressista Bernie Sanders na maioria das pesquisas nacionais.

E Biden já vinha de uma vitória no estado de Washington, que celebrou primárias na semana passada, por uma estreita margem de 37,9% contra 36,4% para Sanders.

Mas o impacto do coronavírus na campanha, que já registrou mudanças espetaculares, continua sendo imprevisível.

Joe Biden tem o apoio do campo moderado, incluindo vários ex-pré-candidatos democratas e dirigentes influentes. O governador de Illinois, JB Pritzker, afirmou na segunda-feira que Joe Biden é "o candidato adequado para vencer Donald Trump".

Famoso por suas gafes, Biden teve um bom desempenho no debate democrata de domingo, impedindo que Sanders, 78 anos, conseguisse recuperar a liderança.

Durante o encontro, Biden anunciou que deve escolher uma mulher como candidata a vice-presidente, o que deve ajudar a reunir apoio suficiente entre os democratas que ficaram decepcionados com o fato de que um grupo recorde de pré-candidatos, que reunia uma grande diversidade, terminou com dois homens brancos septuagenários.

Joe Biden capitalizou os apoios recebidos dos pré-candidatos que abandonaram as primárias democratas e conseguiu derrotar o senador progressista Bernie Sanders em vários estados importantes na 'Superterça', incluindo uma vitória surpreendente no Texas.

Depois de somar uma impressionante série de vitórias em estados populosos, Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama, assume a liderança da disputa democrata, que há duas semanas pertencia a Sanders.

O resultado no Texas - no qual as pesquisas apontavam a liderança de Sanders - encerra uma grande noite para Biden, que saiu vitorioso na maioria do 14 estados que compareceram às urnas.

Com 228 delegados em jogo, o Texas era o segundo estado mais importante da terça-feira, depois da Califórnia, onde as primeiras projeções apontam a vitória de Sanders.

Milhões de americanos votaram na 'Superterça', a data mais importante do calendário das primárias, um dia que distribui um terço do total de delegados da disputa interna democrata para a convenção partidária de julho.

"É uma boa noite e parece que vai ser ainda melhor! Não chama de 'Superterça' à toa", comemorou Biden diante de simpatizantes em Los Angeles após o anúncio das primeiras projeções.

De acordo com os resultados preliminares, o veterano político de 77 anos venceu na Virginia, estado que tem 99 delegados; Carolina do Norte (110), Alabama (52), Oklahoma (37), Tennessee (64), Arkansas (31), Minnestota (75), Massachusetts (91) e no Texas (228).

"Ainda não me enterraram", disse Biden, que entrou na disputa como favorito, mas que teve resultados decepcionantes nas três primeiras votações das primárias.

Biden chegou revitalizado à 'Superterça' depois de vencer no sábado a primária da Carolina do Sul com uma grande vantagem.

Com os resultados, a disputa, que começou com um número recorde de pré-candidatos, fica reduzida a um confronto entre a ala mais moderada do partido, representada pelo ex-vice-presidente, e o setor mais à esquerda representado por Sanders.

Na segunda-feira, Biden recebeu os apoios dos ex-pré-candidatos Pete Buttigieg, Amy Klobuchar e Beto O'Rourke, consolidando o aval dos moderados do partido, que temem que Bernie Sanders é muito radical para conseguir derrotar Trump.

O apoio de O'Rourke - que representou El Paso na Câmara de Representantes antes de tentar, sem sucesso, uma cadeira no Senado - pode ter sido crucial para Biden no Texas, onde Sanders liderava as pesquisas nas últimas semanas.

A 'Superterça' distribui 1.357 delegados e para obter a indicação do partido um candidato precisa de pelo menos 1.991.

Sanders luta agora para recuperar a vantagem que obteve após as vitórias em New Hampshire e Nevada e de terminar quase empatado em Iowa. Na terça-feira, ele venceu no estado de Vermont, pelo qual é senador, somando 16 delegados. Também triunfou no Colorado (67) e em Utah (29).

Para Sanders - que se descreve como "socialista democrático" - a fórmula para derrotar Trump é congregar "a maior participação de eleitores na história do país. Com este empenho, ele espera declarar vitória na Califórnia, estado que tem mais delegados (415).

"Hoje, eu afirmo que tenho absoluta confiança de que vou vencer a indicação democrata", declarou em Vermont.

Sua campanha - que defende ideias como a cobertura universal de saúde e o aumento do salário mínimo - capta boa parte do voto latino, tem grande mobilização e conseguiu uma arrecadação recorde com base em contribuições individuais

A 'Superterça' se tornou um balde de água fria para as candidaturas de Mike Bloomberg, 78 anos, o bilionário ex-prefeito de Nova York - que estreou nas urnas nesta jornada depois de gastar 500 milhões de dólares de sua fortuna na campanha -, e para a senadora progressista Elizabeth Warren.

O ritmo acelera neste domingo (2) em Iowa nas últimas horas antes do início das primárias para escolher o aspirante democrata à Casa Branca e os pré-candidatos intensificam os comícios. Bernie Sanders, o favorito no estado, atrai o maior número de simpatizantes.

"Tudo começa em Iowa!", afirmou o senador independente de 78 anos diante de quare 3.000 pessoas no sábado à noite em Cedar Rapids.

Como aconteceu há quatro anos, o grupo Vampire Weekend se apresentou antes do discurso do homem que defende uma revolução política para alcançar um país mais igualitário.

Na segunda-feira à noite, Iowa será o primeiro estado a votar para escolher o candidato democrata que enfrentará o presidente Donald Trump na eleição de novembro.

Na véspera da votação, Sanders, que tem grande apoio entre os jovens, mantém a liderança nas pesquisas neste estado rural, de população pequena mas muito influente. O esquerdista está na frente do ex-vice-presidente centrista Joe Biden (77 anos), do ex-prefeito moderado Pete Buttigieg (38) e da senadora progressista Elizabeth Warren (70)

O entusiasmo dos seguidores de Sanders chama a atenção, levando em consideração que o julgamento político de Trump obrigou o senador a permanecer em Washington durante quase as duas últimas semanas de campanha em Iowa, um estado onde a vitória costuma ser definida na busca por votos porta a porta.

Como ele, outras duas figuras importantes do partido tivera que acompanhar o julgamento do presidente no Congresso: as senadoras Warren e Amy Klobuchar, uma moderada que aparece em quinto lugar nas pesquisas em Iowa.

O fim do processo contra Trump está previsto para quarta-feira. A provável absolvição das acusações de abuso de poder e obstrução ao Congresso seria uma grande vitória para o republicano, que almeja o segundo mandato.

- "Vencer Trump" -

Iowa é considerado um estado crucial nas primárias por ser o primeiro a organizar a votação. Um bom resultado pode estimular um pré-candidato a novas vitórias nos estados que votarão em seguida, começando por New Hampshire, que comparece às urnas oito dias depois. Um fracasso pode representar o fim da disputa.

Sete dos 11 pré-candidatos democratas que aspiram a indicação do partido continuam a campanha neste domingo no estado de três milhões de habitantes.

Milhares de voluntários estão mobilizados para tentar convencer os moradores, em um estado onde quase metade dos eleitores democratas se declaravam indecisos na semana passada.

Na segunda-feira às 19h locais (22h de Brasília), quase 600.000 habitantes filiados ao Partido Democrata poderão comparecer a 1.700 salas - escolas, teatros, igrejas - para mostrar publicamente seu apoio em encontros com as demais pessoas que apoiam seu candidato.

Em resposta aos que o consideram muito radical para unir os democratas, Sanders se apresentou este fim de semana como o candidato com mais possibilidades de "vencer Trump" porque consegue atrair "milhões pessoas que não costumam votar".

Warren, que compartilha com Sanders a ala mais à esquerda do partido, pediu no sábado "união para derrotar Trump" durante um encontro com 900 pessoas em Iowa City.

"É hora de ter uma mulher na Casa Branca", afirmou na cidade considerada progressista, onde influentes políticos locais preferem seu nome ao de Sanders.

- Tensão -

Apesar dos apelos por união, a senadora não hesitou em criticar o bilionário Michael Bloomberg.

O ex-prefeito de Nova York entrou tarde na campanha e decidiu não viajar a nenhum dos quatro primeiros estados que votarão nas primárias, mas participará em breve pela primeira vez de um debate do Partido Democrata.

"Vivemos hoje nos Estados Unidos onde um bilionário pode decidir não comparecer aos quatro primeiros estados, mas pode comprar um lugar no espaço do debate", lamentou.

Os seguidores de Sanders também vaiaram Bloomberg no sábado em um comício.

Ter a capacidade de vencer Trump em novembro também é o principal argumento do ex-vice-presidente de Barack Obama, Joe Biden.

"Precisamos de um presidente preparado desde o primeiro dia", repete o veterano da política que lidera as pesquisas a nível nacional.

Assim como ele, Buttigieg multiplicou os eventos de campanha nos últimos dias, enquanto os rivais acompanhavam o julgamento do presidente Trump.

Este ex-soldado e primeiro candidato gay com possibilidades de ganhar a indicação democrata destaca sua juventude ante os demais e insinua que Sanders divide muito o eleitorado.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando