Na manhã desta quarta (10), agentes da Guarda Municipal do Recife realizaram varredura no edifício Holiday, localizado no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Desocupado por ordem judicial desde março de 2019, o prédio vem sofrendo diversas invasões e furtos. A Polícia Militar também esteve no local para auxiliar a operação.

O motorista Renato Gomes da Costa, proprietário do apartamento de número 703, comenta que ladrões já levaram, além de portas e grades, as janelas de alumínio de boa parte dos imóveis. “É triste de ver, estamos chocados, fora a insegurança que está aqui, de dia e de noite. Há quase dois anos, quando a prefeitura pediu para a gente sair daqui, tiraram até as tampas dos meus balcões. Em relação à estrutura, não estão me roubando mais porque fico vindo direto e chamo a polícia quando acontece alguma coisa”, comenta.

Renato Gomes faz visitas regulares ao prédio, na tentativa de conter os roubos. (Júlio Gomes/LeiaJa Imagens)

Renato lembra que os moradores reivindicam indenização pela saída dos imóveis. “Só não estou morando aqui por causa da ordem judicial. A gente está aguardando que o prédio seja restaurado, para voltar a morar nos apartamentos, não tenho interesse em vender o meu. Comprei para morar e essa área é sensacional”, coloca.

Há quem tenha, contudo, menos fé no retorno ao antigo lar. O aposentado Ibege Frasão dos Santos, que viveu quase cinquenta de seus 75 anos de vida no prédio, ressalta os danos estruturais sofridos pelo Holiday durante o período de desocupação. “Ninguém dá mais jeito nisso, nem um milagre. Quando eu cheguei lá em cima, encontrei três motores de elevador desmontados, assim como a fiação central, que a gente poderia usar para fazer instalações, danificada, tiraram tudo”, lamenta.

"Nem um milagre", diz ex-morador Ibege Santos, que não acredita na reocupação do local. (Júlio Gomes/LeiaJa Imagens)

História

Construído em 1956, o Edifício Holiday se destaca na paisagem da Zona Sul do Recife. Com seu estilo tipicamente modernista, o prédio é uma imensa curva de concreto de 17 andares, nos quais são distribuídos 476 apartamentos. Diante do excesso de fiações irregulares e do grande risco de incêndio, a 7ª Vara da Fazenda Pública determinou, em março de 2019, a interdição e desocupação imediata dos imóveis. Cerca de 3 mil moradores precisaram deixar o local.

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Com o objetivo de adaptar técnicos e professores da rede pública de educação de Pernambuco à nova realidade de trabalho durante a pandemia da covid-19, o projeto NEO Brasil promoverá uma qualificação voltada para a produção a partir de ambientes virtuais. Realizado em parceria com a CESAR School e a Secretaria de Educação, o curso teve início no dia 13 de julho e segue até 10 de setembro, com 82 horas/aula, divididas em cinco módulos.

Realizado de forma presencial nas edições anteriores, o curso foi ajustado para a realidade do isolamento social. “Tivemos a preocupação de trazer todo o conteúdo formativo para o contexto do remoto, com o cuidado de pegar a riqueza dos ambientes de ensino para uma forma diferenciada. Os educadores podem replicar na sala de aula e multiplicar essas ferramentas para a rede”, comenta a gerente do projeto na CESAR School, Marcela Cox.

O cursista Raphael França frisa que a adaptação para aulas remotas é difícil para muitos docentes, pois, por vezes, eles mesmos nunca experienciaram tal formato como alunos. “Com o projeto NEO Brasil eles têm primeiro a experiência de formando e depois como formador para esse tipo de modelo. E quanto mais práticas nós tivermos, melhor conseguiremos propor soluções para os diversos cenários encontrados na rede de ensino”, pontua.

Ao fim da atual formação em Educação 3.0, que existe 2018, o projeto chegará ao número de 325 gestores e educadores da Secretaria de Educação e Esportes capacitados a disseminar as práticas e conhecimentos da Educação 3.0 nas Escolas Técnicas Estaduais e Escolas de Referência em Ensino Médio. Já foram contemplados outros 145 educadores de escolas técnicas do SENAI e 16 do IFPE.

A Delikata Doces e Salgados não produzirá ovos de chocolate nesta páscoa. Assim, a empresa decidiu redirecionar a lacuna de seu departamento de marketing no período para divulgar o trabalho de dez mulheres confeiteiras que produzam os ovos de forma caseira e independente. Indicadas pelos seguidores da Delikata nas redes sociais, as selecionadas terão seus trabalhos divulgados pela empresa gratuitamente.

De acordo com o diretor de marketing da Delikata, Clayton Rodrigues, ao mesmo tempo que em já não tinha interesse em produzir os ovos de páscoa, a empresa percebeu que cresceu o número de pessoas que estão criando esses produtos em casa. “Temos um posicionamento sócio-político muito forte: nos colocamos durante as eleições, abrimos vagas para pessoas trans e nosso quadro de funcionários é bem representativo, trabalhamos muito a inclusão. Essa ação da páscoa dá um bom retorno porque é coerente com nosso trabalho e porque nos sentimos parte da sociedade. Esperamos que ela sirva mais como inspiração do que como forma de aumentar as vendas”, comenta.

Clayton garante que as confeiteiras serão selecionadas de forma a ser mantida a diversidade dos perfis. “Vamos entrar em contato com essas mulheres para coletar informações sobre preço, quais as formas de pagamento, se negocia pela internet e faz entrega em casa. Queremos juntar a mulher que vende barato com a que vende caro e etcetera”, completa.