Tópicos | prótese

Mutilado em uma cerca elétrica, o jabuti Rubinho ganhou uma prótese parecida com uma asa e voltou a andar. Antes disso foi testada uma rodinha no lugar da pata amputada, mas ele vivia tombando e corria o risco de morrer asfixiado. Rubinho vinha se locomovendo com rodinhas desde 2011, quando perdeu um dos membros. Ele foi encontrado por duas freiras de Uberaba e enviado para o zoológico local.

A nova prótese foi desenvolvida no Hospital Veterinário de Uberaba (HVU), onde o animal faz tratamento desde o acidente, há quase dois anos. O novo artefato foi confeccionado em PVC e tem quatro milímetros. Foi planejado, em dois meses de estudo, pelo médico veterinário Cláudio Yudi, com o apoio dos alunos da Universidade de Uberaba, mantedora do hospital. Foi preciso uma cirurgia para colocar a prótese que, segundo o veterinário, vai garantir melhor qualidade de vida ao animal mesmo no cativeiro. O jabuti já conseguiu voltar à posição normal e andar com equilíbrio.

##RECOMENDA##

Esta não foi a primeira invenção de Cláudio Yudi para ajudar animais. Ele já fez uma espécie de cadeira de rodas para uma cadela atropelada e, em outra situação mais complicada, usou resina, clipes e parafusos para prender de volta o casco de um cágado que havia sido atacado por cães.

Um estudante inglês de 16 anos está testando uma prótese eletrônica na mão esquerda que pode ser programada por um aplicativo de iPhone. O programa tem ícones para combinar os dedos de 24 maneiras diferentes, imitando gestos simples, como manter apenas o indicador levantado ou deixar a mão em um modo mais adequado para digitar teclas de computador. Ao clicar nesses ícones, a mão se movimenta sozinha.

Desde fevereiro de 2012, Patrick Kane, o garoto da mão biônica, já usava um modelo avançado de prótese, chamado i-Lamb Ultra - eletrodos da prótese detectavam a eletricidade dos músculos do rapaz quando ele pensava em fechar a mão, por exemplo, e as funções que agora estão no aplicativo também podiam ser programadas, mas usando um computador. Ele chegou a carregar a tocha olímpica da Olimpíada de Londres, em julho, com a mão.

##RECOMENDA##

Segundo informações do fabricante da prótese, o rapaz trocou de equipamento neste mês e está testando a mão programada pelo telefone, chamada i-Limb Ultra Revolution, que, além da programação pelo smartphone, também tem o polegar mais flexível. Os movimentos facilitam gestos como segurar um lápis, um mouse de computador e amarrar cadarços do tênis.

O garoto perdeu a perna direita, abaixo do joelho, as pontas de todos os dedos da mão direita e a mão esquerda ainda com nove meses de idade - após ficar três meses internado na UTI - por causa de uma versão virulenta de meningite. Ele passou a usar próteses eletrônicas aos 13 anos, em 2010.

Como qualquer prótese, os equipamentos são fabricados sob medida para cada paciente. Na Inglaterra, um outro homem que não tem as duas mãos também está testando as próteses programadas pelo iPhone. Uma é ajustada para segurar melhor o telefone, fechando mais o dedo mínimo e flexionando o indicador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O tribunal correcional de Marselha, que julga desde quarta-feira o caso das próteses mamárias adulteradas da empresa francesa PIP, rejeitou nesta quinta-feira dois recursos de constitucionalidade apresentados pela defesa e, assim, o processo continua.

No início da audiência desta quinta-feira, a juíza Claude Vieillard, que preside o tribunal, rejeitou o pedido dos advogados de dois acusados, que desejavam a transmissão ao tribunal de cassação de dois questionamentos de constitucionalidade.

Os advogados de Hannelore Font e Claude Couty, diretores da PIP, argumentavam que a maneira como a promotoria organizou o procedimento afeta os direitos da defesa.

Depois de deliberar, o tribunal rejeitou os recursos, que foram considerados "carentes de caráter sério".

"Portanto, a audiência prossegue e o tribunal vai examinar agora os incidentes relevados pelos acusados", disse a juíza.

Jean-Claude Mas, fundador da empresa PIP (Poly Implant Prothèse) e outros quatro diretores da companhia são processados por fraude pelo uso em implantes mamários um gel de silicone impróprio para uso médico.

As próteses foram implantadas em dezenas de milhares de mulheres na França e no exterior, em particular na América Latina.

Os acusados podem ser condenados a até cinco anos de prisão.

Mais de 5.200 mulheres processam a empresa.

O julgamento civil contra o grupo alemão TUV, que certificou a qualidade das próteses mamárias defeituosas fabricadas pela empresa francesa PIP, começou nesta sexta-feira em Toulouse, no sudeste da França.

Seis distribuidores da empresa Poly Implant Prothèse (PIP) no exterior - um búlgaro, um brasileiro, um italiano, um mexicano, um romeno e um sírio - acusam o grupo alemão de negligência e exigem uma indenização de 28 milhões de euros.

Mais de 1.600 mulheres - principalmente sul-americanas - se somaram à demanda. Seus advogados exigem que cada uma delas receba uma indenização de 16.000 euros por danos morais e psicológicos.

O escândalo PIP explodiu em março de 2010 quando foi decidida a retirada das próteses do mercado francês e a quebra judicial da empresa, que havia utilizado para seus implantes um gel de silicone impróprio para uso médico em vez do gel médico homologado, com o objetivo de reduzir seus custos.

Diante dos riscos de rupturas e de irritações que estas próteses apresentam, no fim de dezembro de 2011 o governo francês recomendou que as mulheres portadoras do PIP na França as retirassem, atitude seguida por alguns governos estrangeiros.

As próteses eram fabricadas na França, mas 84% delas eram exportadas, muitas à América Latina.

A operadora de plano de saúde Camed foi condenada a pagar o implante de uma prótese peniano para o seu cliente, cujo o nome não pode ser divulgado. O homem perdeu a capacidade de manter o pênis ereto por mais de um ano, após uma cirurgia de prostectomia total, que implica na retirada do tecido tumoral da próstata.

Devido a demora da recuperação, o médico do paciente solicitou o tratamento de impotência e o implante do objeto, mas a seguradora se negou a pagar a intervenção cirúrgica, alegando que a cláusula de contrato previa uma carência de 180 dias para esse tipo de procedimento. Além da prótese, o homem também receberá uma indenização por danos morais no valor de R$ 12 mil, para compensar o constrangimento sofrido. A seguradora se negou a pagar a indenização, mas segundo a sentença realizada proferida na última terça-feira (12), o plano foi condenado a pagar o que foi requerido.

##RECOMENDA##

A empresa ainda alegou que o paciente estava em período de carência do contrato, além de afirmar que não houve danos morais, mas não conseguiu subtrair a pena. “Face às circunstâncias fáticas mencionadas, tenho que o quantum arbitrado pelo juízo condiz com o razoável e é totalmente proporcional ao dano sofrido, servindo tanto para compensar a ofensa, não chegando a um enriquecimento sem causa, como para coibir nova atitude ilegal e indevida do causador do dano”, contou o desembargador da 3ª Câmara Cível de Pernambuco, Silvio de Arruda Beltrão.

Com informações de assessoria

Charles Heitor Barbosa Pires, 34 anos, ex-surfista que teve as duas mãos arrancadas por um tubarão, há 13 anos, na praia de Boa Viagem, no Recife, conseguiu, na Justiça, o direito de ter duas próteses biônicas custeadas pelo Estado de Pernambuco, que irão ser utilizadas no lugar das mãos, encaixadas nos pulsos.

Importadas da Escócia por meio de uma fornecedora do Rio Grande do Sul, as próteses custaram R$ 654 mil e irão permitir a Charles todos os movimentos dos dedos. Nos primeiros testes realizados com as próteses, o ex-surfista já teve um vislumbre do ganho: "Me emocionei ao poder pegar nas mãos das pessoas", afirmou ele, que também sentiu a alegria de colocar alimentos na boca. "O comando é meu, através do pensamento".

##RECOMENDA##

Devido à necessidade de ajustes, ele viaja ainda neste mês para o Rio Grande do Sul. Sua expectativa é poder retornar ao Recife com total controle sobre suas mãos biônicas, podendo mexer todos os dedos e com capacidade de suportar até 90 quilos. "É o que tem de mais moderno", comemora ele.

Charles perdeu as mãos ao tentar se defender do tubarão que o atacou no dia 1 de maio de 1999. Tinha 21 anos. Casou, tem dois filhos e no próximo ano conclui o curso de Direito. Foi na faculdade, ajudado pelo professor de Direito Constitucional, Marconi Barreto Junior, que se tornou seu advogado, que decidiu entrar, em 2010, com um processo judicial contra o Estado, com base no artigo 196 da Constituição Federal que afirma o direito de reinclusão social do deficiente físico. Em outubro do ano passado, o juiz José Marcelon Silva, da 3. Vara da Fazenda Pública, concedeu a liminar. As próteses chegaram em abril.

Mesmo sem prótese, Charles trabalhou como auxiliar administrativo em uma empresa por sete anos. Ele consegue usar o computador e realizar algumas tarefas com a ajuda de uma tala improvisada. Atualmente no seguro desemprego, já pensa em fazer estágio em um escritório de advocacia e voltar a ser um cidadão integral, sem dependências nem exclusões.

Quando sofreu o ataque de tubarão, as praias do Recife e região metropolitana sul ainda não expunham as placas de proibição de surfe na área devido à presença de tubarões.

Principais órgãos reguladores da saúde pública no Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entraram em choque hoje sobre a troca de implantes de silicone. Pressionada pelo Ministério da Saúde, a ANS teve de voltar atrás e rever as orientações sobre a assistência que planos têm de oferecer para troca de implantes PIP e Rofil. No fim da manhã, a agência informou que planos estariam obrigados a garantir tratamento para complicações de cirurgias estéticas, mas os custos da nova prótese ficariam por conta das pacientes.

A recomendação contrariava a garantia dada pelo presidente da Anvisa Dirceu Barbano, que, na quarta-feira, afirmou que todas as mulheres, independentemente da natureza da cirurgia, teriam direito à troca, desde que a ruptura da prótese fosse constatada. Depois de um telefonema do Ministério da Saúde, veio a mudança: o pagamento da prótese deverá ser discutido numa reunião entre as duas agências e representantes da Pasta, marcada para amanhã, em Brasília.

##RECOMENDA##

"Vamos ter de acompanhar para ver qual definição será dada. Estamos dispostos a colaborar, mas não sei se devemos arcar com a substituição de uma prótese que não implantamos. E se essa também der problemas?", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo, Arlindo Almeida. Esta é a segunda mudança do governo na estratégia para atender as mulheres vítimas da fraude dos implantes de silicone.

Há três semanas, o Ministério da Saúde havia informado que se responsabilizaria apenas pela troca das próteses colocadas durante cirurgias reparadoras. Ontem, numa reunião com representantes de sociedades médicas, o governo anunciou que a troca estava garantida para todas as pacientes. "O governo reconheceu que houve falha na metodologia para autorizar a importação das próteses", contou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Luciano Chaves, que esteve no encontro. "Tanto é que critérios agora foram alterados. Indústrias serão vistoriadas e os lotes do material, analisados". Chaves afirmou que as próteses terão dois itens avaliados: sua composição e resistência.

Os critérios do atendimento das pacientes deverão ser definidos numa reunião. A ideia inicial é que médicos particulares convoquem suas pacientes para uma consulta. A SBCP vai recomendar que os cirurgiões não cobrem por esse atendimento. As mulheres serão então submetidas a um exame de ultrassom e, se necessário, uma ressonância magnética para identificar o rompimento. O mesmo procedimento deverá ser adotado no serviço público de saúde: pacientes farão exame na rede pública e encaminhadas para serviços de cirurgia, caso seja indicado.

De acordo com Ministério da Saúde, nos serviços de média e alta complexidade mulheres serão atendidas de acordo com critérios da equipe médica. Não haverá uma fila específica para estas pacientes. Mas, se médicos considerarem o caso de emergência, ele poderá ser atendido mais rapidamente. Chaves afirma que a cada 100 mulheres que fazem mastectomia, 10 conseguem fazer a cirurgia reparadora nos primeiros 2 anos. A presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, Maira Caleffi, vai além: "Dependendo da região onde a mulher mora, essa cirurgia nunca é feita".

Para Maira, o problema pode piorar caso de não haja um aumento - nem que seja temporário - dos serviços para atender à nova demanda. "Não acho justo que uma mulher que está há anos mutilada, aguardando uma prótese, seja preterida por outra com complicações de uma cirurgia estética", disse. "Principalmente porque não há, em muitos casos, urgência". O Ministério da Saúde afirma não haver nenhum estudo que comprove a demora de dois anos para realização de um implante mamário. De acordo com a Pasta, a espera varia de serviço para serviço.

Chaves afirmou que não está descartada uma revisão nos critérios para indicação da substituição da prótese. "Tudo vai depender dos resultados encontrados" disse. Se ficar constatado, por exemplo, um risco acrescido nas próteses mais antigas, a cirurgia poderá ser recomendada. "Mas, por enquanto, trabalhamos apenas os casos de ruptura. É o mais acertado".

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou hoje no Diário Oficial da União a decisão de suspender em todo o território nacional, a importação, distribuição, comercialização e implantes da prótese mamária M-IMPLANTE fabricada pela empresa holandesa Rofil Medical Nederland, importada no Brasil pela Pharmedic Pharmaceuticals.

A importadora deverá recolher todo o material distribuído e no prazo de 30 dias encaminhar à Anvisa informações sobre o quantitativo importado, comercializado e recolhido.

##RECOMENDA##

A decisão foi tomada pela Anvisa depois que autoridades sanitárias holandesas informaram que a Rofil havia importado implantes da empresa francesa PIP (Poly Implants Protheses), fabricados com silicone impróprio para uso médico.

O governo da França concordou em arcar com as despesas de 30 mil mulheres que potencialmente possam remover as próteses mamárias implantadas do fabricante francês Poly Implant Prothese (PIP). As próteses foram retiradas do mercado na Europa e na América Latina, em consequência da suspeita de que possam se romper e vazar silicone. Há suspeitas não confirmadas de câncer associado ao vazamento de silicone.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou ontem uma espécie de recall das próteses de silicone vendidas pela empresa francesa até 2010, quando o Ministério da Saúde proibiu o seu uso. Cerca de 25 mil brasileiras implantaram essas próteses mamárias.

##RECOMENDA##

A agência de polícia internacional Interpol esclareceu neste sábado que o alerta de busca emitido pelo diretor da empresa, Jean-Claude Mas, não está relacionado ao escândalo das próteses. A Interpol disse que Mas está na lista dos mais procurados da agência desde janeiro, por acusação de dirigir bêbado na Costa Rica.

O ministro da Saúde da França, Xavier Bertrand, disse à rádio Europe 1 neste sábado que os responsáveis pelas próteses devem responder por seus atos. As informações são da Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando