Terminam nesta quinta-feira (19), às 23h59 (horário de Brasília), as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni), que nesta edição está oferecendo 195.030 bolsas, sendo 98.728 integrais e 96.302 parciais em 1.321 instituições de ensino superior particulares.
O ProUni foi criado pelo governo federal em 2004 e institucionalizado pela Lei nº 11.096, em 13 de janeiro de 2005, e oferece isenção de alguns tributos àquelas instituições de ensino que aderem ao programa. Para participar, é necessário que os estudantes sejam egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais, com renda per capita familiar máxima de três salários mínimos.
Através dessa oportunidade, muitos estudantes podem ingressar no ensino superior e obter uma qualificação profissional. Esse é o caso de Maria Cláudia Santos, formada em 2010 no curso de enfermagem, através de uma bolsa integral que conseguiu pelo programa. “Vi o Prouni como uma chance para o meu crescimento profissional. Hoje estou formada, trabalhando na minha área, e ganhando bem”, salientou.
Ela ressalta também que não sabe se teria condições financeiras para pagar uma faculdade particular e que o curso que optou na época que fez vestibular era muito concorrido em uma universidade pública. Segundo a enfermeira, os alunos bolsistas são mais esforçados, pois têm que manter boas notas, além de evitar reprovações. “Vi muitos alunos que foram bolsistas se tornarem chefes de enfermagem, através de seus esforços e da chance que receberam do governo” concluiu.
O estudante Waydson Santos, aluno do 2° período de psicologia, ainda não está no mercado de trabalho, mas recebeu em 2011 o que chama de “presente”: uma bolsa integral para realizar o desejo de criança de se tornar psicólogo. “Sempre fui aluno de escola pública e achava difícil cursar uma faculdade devido à minha renda, que é baixa. Através do Prouni, essa história foi mudada”, analisou.
Caso semelhante ao de Waydson Santos é o de Maria do Carmo Simões, que cursa o 6° período de jornalismo. Ela foi selecionada pelo programa depois de realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por quatro anos seguidos. “Quando descobri o Prouni tive a oportunidade de fazer o curso de jornalismo”, declarou. Ela acrescenta ainda que, se não fosse por esse programa do governo, talvez não estivesse no ensino superior. Na mesma sala de Maria do Carmo estuda o bolsista Almir Resende, que acredita que o Prouni veio facilitar a vida daqueles que precisam de uma qualificação. “Fico feliz, pois esse programa do governo foi bem sucedido. A prova que ele deu certo sou eu, que estou numa faculdade”, concluiu.
Os estudantes que conseguirem as bolsas de estudo, devem comprovar as informações prestadas na instituição para o qual se escreveu. O Prouni já atendeu, desde sua criação até o processo seletivo do segundo semestre de 2011, 919 mil estudantes, sendo 67% com bolsas integrais.