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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que o Brasil entrará em recessão em 2015. A estimativa foi divulgada na manhã desta quarta-feira, 18, na atualização do cenário econômico da Organização que reúne as principais economias desenvolvidas do planeta. Entre 11 países e regiões econômicas listadas nas previsões da OCDE, o Brasil é o único que deve ter contração neste ano.

A previsão da OCDE para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2015 caiu de uma expectativa de alta de 1,5%, conforme cenário divulgado em novembro de 2014, para um recuo de 0,5%. Entre os demais emergentes, a China deve crescer 7% e a Índia deve avançar 7,7%. A previsão para a China caiu 0,1 ponto ante novembro e para a Índia subiu 1,3 ponto porcentual.

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Para 2016, a estimativa para o Brasil também piorou e a aposta da OCDE de crescimento foi reduzida de 2% para 1,2%. Apesar de estar no campo positivo, a previsão para o País é a mais fraca do grupo de 11 economias. O Brasil deve crescer menos que a Itália (+1,3%) e o Japão (+1,4%) em 2016. Entre os emergentes, a China deve desacelerar para 6,9% e a Índia deve acelerar para 8% no próximo ano.

A presidente Dilma Rousseff tem em mãos um conjunto de indicadores econômicos do período entre julho e setembro que permitiriam ao governo federal cravar: a recessão técnica registrada no primeiro semestre acabou. A planilha com 20 indicadores de atividade, obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo, foi preparada pelo governo para subsidiar Dilma e também orientar a equipe da campanha eleitoral, chefiada pelo ministro licenciado da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Não há, contudo, otimismo sobre a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Os técnicos avaliam que a economia crescerá algo entre os 0,27% projetado pelo mercado financeiro na pesquisa Focus e os 0,8% da última previsão do Banco Central. Mas há animação em relação à melhora verificada no terceiro trimestre. Um economista do governo, que falou sob condição de anonimato, resume: "É bom quando os números deixam de ser negativos depois de um início de ano tão difícil".

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No governo, onde oficialmente a recessão técnica, ou recuo do PIB por dois trimestres consecutivos, não é reconhecida, os números do terceiro trimestre têm trazido confiança aos gabinetes da equipe econômica. Tem sido festejado o indicador de PIB do Itaú Unibanco, que apontou uma aceleração - alta de 0,8% em julho seguida de nova elevação de 1% em agosto. Mesmo que o indicador tenha ficado zerado em setembro, o PIB terá aumentado no conjunto do trimestre.

Este é o cenário de melhora dos indicadores que tem sido apresentado a empresários de diversos setores nas últimas semanas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, seu secretário de Política Econômica, Márcio Holland, e também por Mercadante, o coordenador da campanha de Dilma.

Na planilha, há indicadores de todo tipo. Estão desde os índices sobre fluxo de veículos pesados em rodovias até cálculos mensais do BC e do banco Itaú Unibanco sobre PIB, passando pela produção industrial, licenciamento de veículos e dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Exceções

Entre julho e agosto, meses onde todos os 20 indicadores já estão disponíveis, há apenas quatro com sinal negativo - isto é, indicando queda. Em julho, as vendas no varejo restrito caíram 1%, feito o ajuste sazonal. Mas a queda, pondera-se, foi imediatamente compensada pela elevação de 1,1% do mesmo indicador em agosto. Para setembro, o governo avalia ter sido registrada "uma leve alta", mas aguarda dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O fluxo de veículos pesados em rodovias, que indicam incremento dos negócios, foi outro dado cuja queda, em agosto, foi compensada. Depois de expandir-se 3,2% em julho, o indicador da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) recuou 0,6% em agosto. Em setembro, porém, teve alta de 0,5%.

Dos dez indicadores de setembro, apenas um registrou queda até aqui: a expedição de papelão ondulado, termômetro relevante para a produção industrial. Em setembro, houve queda de 0,1% na comparação com agosto. Nos dois meses anteriores, no entanto, a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) anunciou altas de 11,4%, em julho, e de 1,1%, em agosto.

Desde o início do segundo turno, reuniões técnicas têm sido realizadas no Ministério da Fazenda, tanto em Brasília quanto em São Paulo. Também em encontros informais com empresários, ao longo da campanha, os técnicos do governo têm apontado para a melhora dos indicadores, no anseio de recuperar a confiança do setor privado e, assim, ampliar a taxa de investimentos.

Desde o início do governo, em 2011, a presidente Dilma Rousseff anunciou nada menos do que 34 pacotes com medidas para estimular a economia. Seu 35º está pronto para ser anunciado, e consiste na unificação e simplificação de dois dos tributos mais complexos do Brasil - o PIS e a Cofins. A mesma medida é defendida por seu rival na disputa pela presidência, Aécio Neves (PSDB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A economia da Alemanha não está se contraindo, embora o ritmo do crescimento tenha sido prejudicado pelas tensões geopolíticas e pela queda da confiança dos investidores e dos consumidores, afirmou o ministro de Finanças do país, Wolfgang Schäuble, segundo informações do site MarketWatch.

"Nós não temos uma recessão na Alemanha", mas uma "desaceleração do crescimento", disse. Segundo Schäuble, a economia alemã deve crescer 1,5% neste ano. Hoje o governo alemão informou que as exportações caíram 5,8% em agosto, a maior queda mensal desde janeiro de 2009.

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O governo francês divulgou o orçamento para 2015, ponderando entre o corte de gastos para sanear as contas fiscais e o cuidado para não agravar a fragilidade da economia.

O ministro das Finanças Michel Sapin detalhou os cortes de 21 bilhões de euros (US$ 26,5 bilhões), que afetarão desde benefícios sociais até o orçamento das autoridades locais. A redução de despesas, a maior desde o começo do governo do presidente François Hollande, não deve ser suficiente para reduzir o déficit ao patamar prometido no começo do ano. As autoridades argumentaram que cortes maiores poderiam afetar em demasia o crescimento econômico.

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"Estamos comprometidos com a seriedade fiscal, mas recusamos medidas de austeridade", disse Sapin em conferência de imprensa. Neste ano, a previsão é de que o déficit cresça, apesar dos cortes, para 4,4% do PIB, ante o resultado de 4,3% de 2013. O limite estabelecido pela União Europeia é de 3%.

Alguns economistas, no entanto, argumentam que mesmo a redução modesta apresentada pelo governo pode impactar o crescimento econômico de 2015, fazendo com que a atividade demore mais a se recuperar no país. "Os cortes reduzem o PIB. Se reconhecermos que estamos em uma situação já complicada, não parece ser o momento correto para isso", disse Olivier Passet, economista e consultou do grupo Xerfi.

A redução orçamentária dos governos locais, responsáveis por cerca de 70% do investimento público francês, deve levar a uma queda de 30% do total do investimento em 2015, avalia André Laigner, socialista que chefia o Comitê Nacional de Finanças Regionais.

Na apresentação, Hollande disse apoiar os cortes no orçamento de 2015. "Reduzir gastos é necessariamente doloroso", declarou o presidente em discurso no Palácio do Eliseu, sede do poder executivo da França. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Benjamin Steinbruch, disse nesta segunda-feira, 15, que "talvez eu seja o mais angustiado" entre os presentes no Fórum de Economia realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV), com acadêmicos, empresários e representantes dos trabalhadores. "O que angustia é a perspectiva de recessão, desemprego e falta de investimento", comentou, referindo-se ao Brasil.

"Existe uma divergência entre o que percebemos que é realidade com os números apresentados pelo governo e economistas, que não refletem a realidade da produção e do emprego", destacou o presidente da Fiesp. "Causa tremenda agonia e torna talvez pessimista com os dias que estamos vivendo. Não falo só da indústria, mas de todos os outros setores. Esse desconforto está presente em todos eles. A verdade é que o desconforto e o descontentamento está presente em tudo."

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Ele destacou que o seu objetivo é contribuir com o governo com ideias sobre a política econômica, não para gerar críticas, para colaborar de forma construtiva.

A economia brasileira passou por uma recessão técnica no primeiro semestre de 2014. O Produto Interno Bruto (PIB), soma da renda gerada no País, recuou 0,45% no segundo trimestre deste ano, após ter diminuído 0,12% nos primeiros três meses, sempre em relação ao trimestre imediatamente anterior, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB.

O indicador busca antecipar os rumos da atividade seguindo a mesma metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão responsável pelo cálculo oficial.

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Segundo o IBGE, a última vez que a economia brasileira passou por uma recessão técnica, quando há dois resultados negativos consecutivos, foi no início de 2009, na esteira da crise financeira mundial.

"Mas, quando vier o dado do terceiro trimestre, se for positivo, é possível que para trás mude. Por isso, preferimos não falar em recessão, pois o resultado negativo (do primeiro trimestre) pode desaparecer (em função do ajuste sazonal)", pondera Claudio Considera, pesquisador associado do Ibre/FGV e responsável pelo Monitor do PIB. O economista já esteve à frente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE e atuou como secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.

Os relatórios do Monitor do PIB até então não contavam com dados ajustados sazonalmente, que permitem visualizar o resultado na comparação com o período imediatamente anterior. Na segunda-feira, 25, a instituição divulgou com exclusividade ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o primeiro relatório nestes moldes.

Atividades

O desempenho ruim entre abril e junho se deveu principalmente à indústria, cujo PIB teve retração de 2,25% em relação ao primeiro trimestre. A indústria de transformação e a construção tiveram, segundo o Monitor, o quarto trimestre seguido de retração. "É algo assustador, não é pouco não", diz Considera. Entre abril e junho, apenas a indústria extrativa mostrou expansão.

Os serviços, que correspondem a dois terços da economia brasileira, também puxaram o resultado para baixo, com queda de 0,32% no período. A única atividade que permaneceu no azul foi a agropecuária, com elevação de 1,52% no segundo trimestre em relação ao primeiro.

Em 12 meses até junho, o PIB acumula avanço de 1,4%, segundo o Monitor. Os dados oficiais sobre a atividade econômica no segundo trimestre serão conhecidos na próxima sexta-feira, quando o IBGE divulga os resultados das Contas Nacionais Trimestrais.

Há algumas semanas, o mercado tem ventilado a possibilidade não só de uma contração no segundo trimestre, mas também de uma revisão do resultado anterior. Em 30 de maio, o IBGE anunciou que a economia cresceu 0,2% no primeiro trimestre em relação aos três últimos meses do ano passado, mas a expectativa é de que esse número fique negativo por causa do desempenho da indústria, caracterizando a recessão técnica.

A metodologia do Monitor do PIB é "idêntica" à utilizada pelo IBGE, garante Considera, e a margem de erro perante o dado oficial tem sido pequena. Os relatórios são apurados somente pela ótica da oferta, mas a ideia é, no futuro, expandir a análise para a ótica da demanda (que permite visualizar investimentos, consumo das famílias e do governo e importações e exportações). O indicador ainda difere das projeções do Ibre/FGV, que por sua vez são feitas pelo Departamento de Economia Aplicada da instituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A economia britânica está finalmente maior do que antes da crise financeira iniciada há seis anos, de acordo com dados oficiais divulgados ontem (25).

O Produto Interno Bruto (PIB) expandiu 0,8% no período entre abril e junho em comparação ao trimestre anterior, no mesmo ritmo forte dos três primeiros meses do ano e em linha com as estimativas em pesquisa da agência de notícias Reuters feita com economistas.

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Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o crescimento foi de 3,1%, ritmo mais rápido desde o final de 2007, informou a Agência para Estatísticas Nacionais. Isso significa que a produção econômica total foi 0,2% maior do que no primeiro trimestre de 2008, seu pico anterior.

Previsão

A economia britânica ficou praticamente estagnada após a recessão de 2008/09. Mas voltou à vida no ano passado e o país deve ser o que mais cresce no G7 (grupo dos países mais ricos) neste ano, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O FMI prevê que a economia britânica cresça 3,2% neste ano e 2,7% em 2015. A previsão para o país foi revisada recentemente pelo Fundo, com uma elevação de 0,4 ponto porcentual este ano e 0,2 ponto em 2015.

Serviços

A Agência para Estatísticas Nacionais informou que o dominante setor de serviços novamente liderou, com expansão de 1% no segundo trimestre em comparação aos três meses anteriores, crescimento trimestral mais rápido deste o terceiro trimestre de 2012.

Mas em uma lembrança do desafio de colocar a economia em um caminho sustentável no longo prazo, a indústria avançou apenas 0,2% entre abril e junho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma sucessão de notícias econômicas ruins nas últimas semanas vem motivando discussões sobre uma possível recessão no Brasil este ano. Alfredo Coutiño, diretor para América Latina da Moody's Analytics, afirmou nesta terça-feira (22) que a probabilidade de o País ter dois trimestres consecutivos de contração no Produto Interno Bruto (PIB) este ano "está superando 50%".

Coutiño prevê que a economia brasileira tenha sofrido contração no segundo trimestre e que a fraqueza deve aumentar na segunda metade do ano.

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O economista também afirmou que o Banco Central terá uma missão difícil de comunicação pela frente, uma vez que os últimos números mensais de inflação mostraram desaceleração, mas o cenário anual continua mostrando sinais de pressão. "O Banco Central terá que comunicar a questão muito claramente para acalmar os mercados e convencer os participantes da inércia da inflação", afirmou.

O BC optou por manter a taxa básica de juros - a Selic - em 11% nas duas últimas reuniões, em um cenário de fraco desempenho econômico, apesar das pressões inflacionárias. Com informações da Dow Jones Newswires

A probabilidade de a economia brasileira já estar em recessão é de 90%, aponta estudo entregue com exclusividade ao Broadcast pelo Banco Cooperativo Sicredi. O trabalho tomou como premissa o critério de classificação de recessões do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ou seja, a avaliação de séries econômicas de diversos indicadores que podem identificar o curso de um declínio na taxa de crescimento antes de se confirmar uma recessão técnica de dois trimestres seguidos de Produto Interno Bruto (PIB) negativo.

Quando se expurga do modelo o Índice de Confiança da Indústria (ICI), a probabilidade de a economia estar em recessão cai para 20% - indicativo de que a indústria responde destacadamente pelo arrefecimento por qual passa a economia brasileira.

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Existem duas ou mais formas de classificar recessões econômicas, afirma o economista do Sicredi Pedro Ramos. A mais usual é aquela que aceita como tal o registro de dois trimestres consecutivos de PIB negativo. O Ibre, segundo Ramos, tem como critério a avaliação de séries econômicas de diversos indicadores, cruzando-as com períodos em que a economia de fato entrou em rota de declínios.

"Nós pegamos estas séries de variáveis e indicadores antecedentes e coincidentes para ver se neste momento estamos ou não em recessão", explica o economista. Para isso, o Departamento Econômico do Sicredi criou um modelo com uma variável que assume zero (0) quando a economia está em expansão e 1 quando está em recessão.

"Colocamos o conjunto de variáveis no modelo para classificar 0 ou 1 e ver se, pela classificação da FGV, a economia encontra-se em regime de queda. Nosso principal resultado é que estamos com 90% de chance de já estarmos em recessão no segundo trimestre", anotou Ramos.

Entraram no modelo do Sicredi indicadores como expedição de papelão ondulado (ABPO), base monetária, consultas em bases de dados do comércio de São Paulo, empregos formais, confiança do consumidor e da indústria, entre outros.

Interessante, avalia o economista do Sicredi, é que quando se retira o Índice de Confiança da Indústria (ICI) do exercício o modelo mostra num primeiro instante que a equação está incompleta. Mas depois, forçado a rodar assim mesmo, o modelo mostra que a probabilidade de a economia já se encontrar em recessão cai para 20%.

"A conclusão é de que muito dos 90% de probabilidade de a economia estar em processo de declínio na sua taxa de crescimento se deve ao mau comportamento da indústria. Isso é explicado pelo fato do ICI ter chegado a 87 pontos, o que ocorreu só em períodos em que o Brasil esteve em recessão", explicou Ramos.

Colabora para o mau momento da economia o fato de que em outras épocas, a despeito de a indústria não crescer ou crescer menos, a agropecuária e os segmentos de serviços mostravam taxas destacadas de crescimento. Agora, observa Ramos, serviços e agropecuária estão crescendo menos. "Caracteriza-se assim um quadro que não acontecia desde 2009. Agora, as diversas variáveis de confiança estão caindo para níveis não vistos antes", afirma.

NBER

Ramos diz que o Sicredi se sentiu movido a construir um modelo que tentasse identificar se o País já está em processo de recessão porque a economia tem apresentado, por meio de seus diversos indicadores antecedentes e coincidentes de atividade, resultados análogos aos de períodos que antecederam momentos marcados por recessões no Brasil.

Ele lembra que é com base nesse tipo de evidências que o National Bureau of Economic Research (NBER) entendeu em 2000 que os Estados Unidos haviam entrado em recessão antes mesmo dos dois trimestres seguidos de queda do PIB.

"O NBER faz a classificação de ciclos econômicos", disse Ramos. Esse mesmo trabalho, salvo algumas pequenas diferenças, o Ibre faz no Brasil.

De acordo com ele, é pertinente a probabilidade de 90% de a economia brasileira já se encontrar em recessão porque, além de os indicadores antecedentes de atividade já trazerem resultados negativos, a consolidação dos dados econômicos no primeiro trimestre levou a um uma baixa taxa de crescimento do PIB, de apenas 0,2%.

O segundo trimestre, segundo parte majoritária dos analistas do mercado financeiro, deve se encerrar com a economia adentrando no campo negativo. No Sicredi, a previsão é de uma queda de 0,1%.

Na semana passada, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) informou que o fluxo de veículos pesados caiu 4,3% em junho, a Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO) confirmou queda de 3,3% na expedição de papelão ondulado e a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou recuo na fabricação de veículos de 19%, dessazonalizado pelo Banco Sicredi.

Não dá, porém, para assegurar que a economia brasileira terá dois ou três trimestres consecutivos de queda do PIB, afirma o economista. Mesmo porque, segundo Ramos, os setores da economia que viram suas respectivas atividades caírem poderão se recuperar. Para ele, a economia não parou em junho só por causa da indústria. "Parou também para o comércio. Agora o aquecimento deve voltar, mas não o suficiente para recuperar os impactos da Copa sobre os estoques", disse.

A economia da Rússia poderá entrar em recessão no segundo trimestre deste ano, mas o Ministério das Finanças não está planejando aumentar as despesas para conter uma crise, disse hoje o chefe do departamento de projeções do órgão, Maxim Oreshkin.

A economia da Rússia já foi atingida por um declínio da atividade de investimento e uma saída de capital no início do ano à medida que as famílias e as empresas correram para comprar moeda estrangeira na esteira das sanções do ocidente contra o governo de Moscou após a anexação da Crimeia.

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Em uma coletiva, Maxim Oreshkin disse que a economia pode entrar em recessão - ou seja, quanto há contração na atividade por, pelo menos, dois trimestres consecutivos - no segundo trimestre deste ano. De acordo com as avaliações do Ministério das Finanças, a economia da Rússia encolheu 0,5% nos três primeiros meses deste ano na comparação com o período anterior e está a caminho de crescer cerca de 0,5% em todo o ano de 2014.

O Ministério das Finanças projeta uma queda de 1,8% da economia ainda este ano caso a saída de capitais permaneça nos mesmos níveis do primeiro trimestre - mais de US$ 60 bilhões. Oreshkin, no entanto, espera que o movimento perca força e que a saída de capitais do país ao fim do ano totalize US$ 80 bilhões.

O rublo, que caiu para o menor valor de todos os tempos em março desde ano, tem chance de se recuperar caso o superávit em conta corrente não diminua mais, disse o analista.

Oreshkin se opôs a ideia de que Ministério das Finanças aumente a despesa do orçamento para apoiar a economia e disse a política monetária do banco central é a ferramenta mais eficiente para sustentar o crescimento através de uma maior demanda dos consumidores.

A respeito da inflação, Oreshkin disse que o índice de preços ao consumidor deve atingir o pico de 7,5% no meio do ano, mas que deve fechar o ano em 6%, acima do centro da meta, que é de 4,5%. Fonte: Dow Jones Newswires.

A recessão da Espanha, que já durava dois anos, chegou ao fim no terceiro trimestre, segundo avaliação publicada nesta quarta-feira pelo banco central do país.

Em sua primeira estimativa oficial para o trimestre encerrado em setembro, o Banco da Espanha calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) da quarta maior economia da zona do euro teve uma ligeira alta de 0,1% ante o segundo trimestre. Na mesma comparação, a demanda doméstica teria mostrado contração de 0,3%, compensada por uma contribuição maior do setor exportador.

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A projeção do BC espanhol é igual à do governo e suas estimativas costumam ficar em linha com as do Instituto Nacional de Estatística (INE), que planeja divulgar sua previsão de PIB para o terceiro trimestre no próximo dia 30. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Estônia entrou em recessão após revelar uma contração de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, em relação ao primeiro trimestre, anunciou a agência oficial de estatísticas do país. Nos três meses anteriores, a economia teve queda de 1,0%, em bases trimestrais.

Esse desempenho fraco mais uma vez é explicado pela importação de um momento internacional ruim, afirma o estrategista de investimento do SEB Bank, Peeter Koppel. "Nossos principais parceiros estão sendo prejudicados, e nós também. A Finlândia está em recessão, a Suécia se debate e a Rússia está estagnando", disse.

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Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia cresceu 1% no segundo trimestre, ante expansão de 1,1% no primeiro trimestre, afirmou a agência de estatísticas.

A pequena nação báltica, de 1,3 milhão de habitantes e que se tornou o primeiro estado da ex-União soviética a adotar o euro, é amplamente dependente de exportações.

No ano passado a economia da Estônia cresceu 3,2%, após expansão de 8,3% em 2011. O Ministério das Finanças do país cortou recentemente pela metade a previsão para o PIB neste ano, para queda de 1,5%, devido ao declínio pior que o esperado da demanda e do investimento. No entanto, o Ministério manteve sua previsão otimista de crescimento de 3,6% do PIB em 2014. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Danone informou nesta quinta-feira (13) que estuda um corte de empregados na Europa como parte de um plano para economizar cerca de 200 milhões de euros (US$ 261 milhões) nos próximos dois anos. A maior produtora de iogurte do mundo enfrenta dificuldades para retomar as vendas na Europa, afetada pela recessão.

O corte de empregos será limitado a funções administrativas e de suporte e será baseado em demissões voluntárias. As fábricas estão excluídas dos cortes por enquanto, afirmou a empresa.

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A Danone se recusou a dizer quantas posições serão afetadas pelas demissões. A empresa disse que divulgará mais detalhes do planos de corte de custos em março, após seus executivos se reunirem com sindicatos.

As informações são da Dow Jones.

A polícia grega decidiu reagir contra os manifestantes reunidos em frente ao Parlamento que protestam contra o pacote multibilionário de austeridade da Grécia exigido pelos credores internacionais em troca da liberação da próxima parcela do segundo pacote de resgate.

Após os manifestantes jogarem coquetéis Molotov, pedras e fogos de artifício contra a polícia, os policiais reagiram com gás lacrimogêneo, granadas e canhões de água. Muitos manifestantes também removeram pedras das calçadas para lançá-las e usaram barras de ferro para quebrar os vidros das lojas localizadas ao redor da praça onde ocorre o protesto.

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Segundo estimativas da polícia, entre 60 e 70 mil trabalhadores, empresários e estudantes se reuniram em torno de uma praça em frente ao Parlamento, onde congressistas debatem o pacote de austeridade no valor de 13,5 bilhões de euros, cuja votação está prevista para às 20h (de Brasília).

As informações são da Dow Jones.

O orçamento revisado da Grécia para 2013 traz previsões econômicas mais sombrias para o próximo ano em meio ao impacto que bilhões de euros em medidas de austeridade está tendo sobre o desempenho do país.

A proposta orçamentária, que foi submetida hoje ao Parlamento e deverá ser votada na semana que vem, prevê que a economia grega sofrerá uma contração de 4,5% no próximo ano. Numa versão anterior do projeto, a projeção era de um recuo de 3,8%.

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A piora da recessão é consequência das medidas adicionais de austeridade impostas à Grécia pela troica de credores internacionais - Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - como condição para liberar mais auxílio financeiro.

Segundo a última versão da proposta, a Grécia fará agora cortes orçamentários de cerca de 9 bilhões de euros (US$ 11,62 bilhões) no ano que vem, ante os 7,8 bilhões de euros previstos no esboço anterior.

A Grécia está hoje em seu quinto ano de recessão, que levou o desemprego e as falências de empresas a níveis recordes e foi se agravando com a implementação de medidas de austeridade ao longo dos últimos três anos, em troca de dois pacotes de ajuda dos parceiros da zona do euro e do FMI.

A recessão atingiu a arrecadação de impostos e forçou o governo grego a aumentar os gastos para encobrir os buracos de seu deficitário sistema de previdência, que sofre com a queda nas contribuições de trabalhadores devido a reduções salariais e alta do desemprego.

Como consequência, a expectativa é que o déficit fiscal da Grécia fique em 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, em relação a uma meta anterior de 4,2%. Já o superávit primário, que desconsidera os pagamentos de juros sobre a dívida, está projetado agora em 0,4% do PIB, ante uma meta anterior de 1,1%. As informações são da Dow Jones.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia teve contração de 6,2% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, informou a agência nacional de estatísticas, Elstat. O declínio foi menor do que o de 6,5% registrado nos três primeiros meses do ano. Os dados não são ajustados sazonalmente.

A economia grega está no quinto ano de recessão e deverá ter contração de mais de 7,0% neste ano. De acordo com o primeiro-ministro do país, Antonis Samaras, a Grécia provavelmente não vai voltar ao crescimento até 2014. As informações são da Dow Jones

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O Banco da França revelou hoje que prevê que a economia do país vai registrar contração de 0,1% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre do ano, levando a terceira maior economia da zona do euro a entrar em recessão, definida pela maioria dos economistas como dois trimestres consecutivos de contração.

O banco espera contração de 0,1% no segundo trimestre. A França vai se juntar à outras economias da região em recessão, como Grécia, Espanha e Itália, no momento em que a região se debate com a crise de dívida soberana que deixou algumas maiores economias mundiais sem condições de pagar sua dívida.

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Standard & Poor's Ratings Services retirou o rating AAA da França em janeiro citando preocupações com o aumento da dívida e com decisões políticas inapropriadas para reduzi-la. Moody's e Fitch mantiveram o triplo A francês, mas colocaram a classificação em avaliação.

"A previsão para os próximos meses sugere uma ligeira desaceleração na atividade econômica", afirmou o BC francês em relatório divulgado em julho sobre o clima para negócios industriais e serviços.

A previsão lança dúvidas sobre a estimativa do novo governo da França de crescimento econômico de 0,3% este ano e sobre a promessa do presidente François Hollande de favorecer a expansão. O custo dos empréstimos para as maiores parceiros comerciais da França, Espanha e Itália, vem atingindo recordes de alta devido às preocupações dos investidores sobre a capacidade do país cumprir com suas obrigações. A recessão francesa pode forçar o governo a adotar medidas adicionais para conter os gastos públicos, movimento que até o momento difícil de ser aceito.

"A evolução do clima de negócios do Banco da França espelha leitura similar de levantamentos que confirmam que a atividade se contraiu no segundo trimestre e no começo do terceiro trimestre", afirmou o economista Fabrice Montagne, do Barclays. "Não esperamos uma grande recuperação antes do quarto trimestre e, de qualquer forma, ela será gradual." A última vez que a França entrou em recessão foi no segundo semestre de 2009.

No começo de julho, o governo reduziu sua projeção para o crescimento para 0,3% dos 0,4% inicialmente previstos para este ano. Para 2013, a projeção é de crescimento de 1,2%.

O Insee divulgará sua primeira estimativa para o PIB da França no segundo trimestre no dia 14 de agosto. As informações são da Dow Jones.

Um pequeno município espanhol na região de Castilla La Mancha precisará de 7.058 anos para saldar sua dívida pública, afirmou indignado nesta quinta-feira o secretário de Estado para as Administrações Públicas do governo espanhol, Antonio Beteta, dizendo que o endividamento da prefeitura em questão é demonstração do disparate financeiro que tomou conta de cidades e regiões espanholas na década passada. Beteta não nomeou o município, mas a prefeita do município de Pioz, Amelia Rodríguez, acha que ele se referia à cidade que ela governa.

"Acho que ele se referia a nós", disse Amelia à Associated Press em entrevista por telefone. "A situação é muito complicada". Amelia denunciou que a antiga administração de Pioz usou a bolha imobiliária que tomou conta da Espanha na década passada para lançar projetos que foram impossíveis de serem pagos quando a bolha estourou com a crise econômica de 2009. Entre esses projetos, ela enumerou uma piscina olímpica, uma estação depuradora de água, que custou US$ 7 milhões, e um centro médico atualmente abandonado. Pioz, na província de Guadalajara, tem 3.500 habitantes. O município acumula dívida de € 16 milhões (US$ 20,5 milhões).

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"Nós não temos renda de impostos. Não temos empresas e não temos indústrias", disse Amelia Rodríguez. "Não podemos nem pagar a calefação e a iluminação pública". Rodríguez disse que a situação é dramática: "devemos dinheiro a todo mundo".

Segundo ela, a única esperança para o município é um projeto lançado pelo governo espanhol, o qual permitirá que os municípios tenham acesso a uma linha de crédito para saldar dívidas, em troca de um ajuste interno, no qual está prevista a futura devolução do dinheiro a Madri.

Até agora, 4.623 municípios dos 8 mil que existem na Espanha aderiram ao programa do governo. Beteta criticou os gastos que foram feitos nos municípios inadimplentes e mais particularmente o município identificado como Pioz.

"Não sei como eles conseguiram gastar tanto dinheiro, ou como os juros foram computados, mas esperamos que não demorem 7 mil anos para nós devolvermos tudo", disse a prefeita Amelia Rodríguez. "Se levar 7 mil anos, nossos netos e bisnetos continuarão a pagar", disse.

As informações são da Associated Press.

O Reino Unido entrou em recessão no primeiro trimestre deste ano, uma vez que a austeridade e a fraca demanda por suas exportações para a zona do euro cobraram seu tributo. Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, o PIB encolheu 0,2% nos três meses encerrados em março, após contração de 0,3% no trimestre final de 2011. Um país está tecnicamente em recessão após dois trimestres consecutivos de queda na produção.

A última vez que o Reino Unido entrou em recessão foi no auge da crise bancária global de 2008, da qual emergiu no terceiro trimestre de 2009, após cinco sucessivos trimestres de contração econômica.

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O retorno da recessão vai fornecer munição aos opositores do programa de austeridade do ministro das Finanças, George Osborne, um agressivo programa de altas de impostos e cortes de gastos destinados a fechar um persistente déficit orçamentário que os críticos dizem que vai estrangular o crescimento do país.

O quadro vai também levar a economia do país a percorrer difícil caminho em 2012 para atingir as previsões de crescimento do FMI e do Escritório de Responsabilidade Orçamentária, um órgão independente que abastece o governo com projeções econômicas. Ambos preveem que a economia do país vai expandir 0,8% este ano. As informações são da Dow Jones

O economista-chefe do Banco Mundial, Justin Lin, afirmou que a possibilidade de uma recessão econômica na zona do euro é muito alta. Embora a crise da dívida na região pareça estar contida, "há um risco real de um momento de crise como em setembro de 2008", declarou Lin, sem oferecer mais detalhes.

O economista fez as declarações durante entrevista coletiva em Pequim, após divulgar o mais recente relatório Prospectos Econômicos Globais do Banco Mundial, que prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China desacelerará para 8,4% em 2012, de 9,2% em 2011.

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Segundo Lin, a China tem muito espaço para política fiscal de estímulo, tendo em vista que sua dívida soberana total é muito baixa, segundo os padrões internacionais. A dívida total do governo da China está em torno de 45% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo levando-se em consideração os empréstimos tomados pelas companhias apoiados pelos governos locais, disse Lin.

Em comparação, a dívida pública do Japão é duas vez superior ao PIB do país, enquanto a relação dívida-PIB da Alemanha é de 83%.

O economista do banco na China Ardo Hansson acrescentou que é muito cedo para ajustar os controles do setor imobiliário na China. A correção imobiliária vista até agora é resultado desejado dos controles implementados desde abril de 2010, destacou Hansson.

Os preços médios das propriedades em 70 cidades chineses cobertas pela pesquisa do governo recuaram em dezembro pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com dados oficiais. As informações são da Dow Jones.

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