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Inspirado na tradição local das narrativas de horror, o longa de ficção pernambucano “Recife Assombrado” será exibido dentro da programação do 25º Cine PE. O filme de Adriano Portela terá sessão no Teatro do Parque, às 14h, na próxima sexta-feira (26).
Realizado pela produtora pernambucana Viu Cine, “Recife Assombrado” acompanha a história de Hermano (Daniel Rocha), que retorna para o Recife após 20 anos para investigar o desaparecimento de seu irmão. Durante essa busca, ele se depara com assombrações famosas do imaginário recifense.
Com roteiro assinado por Ulisses Brandão, o filme ainda conta com os nomes de Marcio Fecher, Raísa Batista, Rayza Alcântara e Germano Haiut no elenco. Como nos demais dias do Cine PE, o acesso à sessão será gratuito e aberto ao público mediante lotação.

*Da assessoria de imprensa

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A cidade do Recife é a grande protagonista no longa Recife Assombrado. Assinado pelo diretor Adriano Portela, o filme leva para as telonas os lugares e lendas mais assombrados da capital pernambucana. Adriano e parte do elenco, recebem o público para a pré-estreia da produção, nesta segunda (18), no Cinema São Luiz, às 19h. Na quinta (21), será a vez das principais salas da Região Metropolitana do Recife e de outras cidades do estado receberem o longa.

Antes da pré-estreia, a equipe de Recife Assombrado falou sobre o trabalho durante uma coletiva de imprensa. O diretor Adriano Portela, os produtores da Viu Cine, e parte do elenco - Daniel Rocha, Marcio Fecher, Germano Haiut, Pedro Malta, Rhaisa Batista e Rayza Alcântara, contaram um pouco sobre o processo de desenvolvimento do filme que começou em 2015.

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O longa pernambucano tem roteiro de Ulisses Brandão e Bruno Antônio, da Viu Cine, em parceria com André Balaio e Roberto Beltrão, editores do site O Recife Assombrado. Com o objetivo de homenagear a obra de Gilberto Freyre, o filme leva para o cinema as famosas lendas e histórias de assombrações recifenses. "Todo mundo tem uma história de assombração pra contar, ou já ouviu, tem esse sentimento de que o produto é de todo mundo. Costumo dizer que não é um filme de Adriano Portela, é de todos os pernambucanos", diz o diretor do filme. 

Para Pedro Malta e Rhaisa Batista, a oportunidade de trabalhar na produção foi como fazer um resgate à sua própria história. Ambos deixaram Pernambuco ainda crianças e precisaram se familiarizar novamente com tais lendas. "É um reencontro com a nossa própria história. É muito bacana não só propor esse resgate da nossa origem, mas um resgate de nós mesmos", comentou Pedro. 

Já Daniel Rocha, protagonista do longa, diz que o trabalho exigiu um mergulho em um universo totalmente desconhecido. "A questão da tecnologia distanciou até o pessoal daqui dessas lendas, então, imagina uma pessoa vindo do Sudeste, eu não conhecia nada". Ele contou que fez até um passeio de Catamarã pelos pontos mais assombrados da cidade para se preparar, além de contar com a colaboração de toda a equipe do filme. 

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Recursos

Os atores Daniel Rocha e Marcio Fecher fizeram questão de frisar que o filme foi produzido com baixo orçamento. "Fizemos um longa com orçamento de um documentário", disse Fecher. Com linhas de financiamento sendo extintas e problemas em relação a editais estaduais e federais, a situação dos realizadores do audiovisual fica cada vez mais delicada. O diretor Adriano Portela, no entanto, busca formas de já colocar em prática seus próximos projetos. "Tá meio tenebroso, mas a gente está juntando forças e se preparando para alguns novos projetos. Já tenho um em mente para o ano que vem, Guerrilha. A gente também está cercando com o Recife Assombrado, os incentivadores que estão agora acreditando no filme, ele tá apontando pra outras coisas, série, filme dois".

As famosas assombrações do Recife estão chegando às telas do cinema. O filme Recife Assombrado, dirigido por Adriano Portela e produzido pela Viu Cine, estreia no dia 21 de novembro nos principais cinemas do estado de Pernambuco. 

Recife Assombrado leva para a telona uma trama que envolve as famosas lendas da história da capital pernambucana, como a perna cabeluda, o Papa-Figo e a galega de Santo Amaro. Alguns lugares da cidade, famosos pelas suas assombrações, também aparecem no filme. A Praça Chora Menino, na Boa Vista, e a Cruz do Patrão, no Bairro do Recife, serviram de cenário para o longa. 

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O elenco é formado por Daniel Rocha, conhecido por novelas como Avenida Brasil; Pedro Malta, de Coração de Estudante, da Rede Globo e A Prova do Amor, da TV Record; Márcio Fecher, de Bacurau; Rhaissa Batista e Rayza Alcântara e o veterano Germano Haiut. O roteiro é assinado por Ulisses Brandão e direção por Adriano Portela. 

O Museu da Cidade do Recife celebra a Semana da Arte da Tradição-Folclore relembrando algumas das lendas mais assombradas da capital pernambucana. A Vivaz Cia. de Artes e O Recife Assombrado promovem uma programação, nesta sexta (23) e sábado (24), com apresentação teatral, performance, venda de livros e bate-papo com escritores. Todas as atividades são gratuitas.

Abrindo a programação, nesta sexta (23), o espetáculo Assombros conta a história de dois irmãos que dividem as lembranças de causos e lendas numa noite fria do interior. Ao final do espetáculo, os atores Renê Ribeiro e Paulo André Viana vão bater um papo com a plateia. Além disso, o público também vai participar do lançamento de livros.

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Já no sábado (24), será a vez do jornalista, escritor e roteirista Roberto Beltrão, promover uma roda de conversa ao lado de um dos criadores do site O Recife Assombrado, André Balaio. Haverá ainda uma performance de contos assombrados com Paulo André Viana. As atividades começam às 15h30. 

Serviço

Espetáculo Assombros

Sexta (23) - 19h30

Roda de conversa com Roberto Beltrão e André Balaio + Performance com Paulo André Viana

Sábado (24) - 15h30

Museu da Cidade do Recife (Forte das Cinco Pontas, São José)

Gratuito

 

O Recife é uma cidade que convive diariamente com seu passado, tanto na arquitetura, quanto na história. Na capital pernambucana, diariamente, mais de um milhão e meio de pessoas trabalham, estudam, passeiam e vivem por entre pontes, rios, visagens, vultos, assombrações, fantasmas, lobisomens e até demônios. Como classificou, certa vez, o jornalista Nilo Pereira, esta cidade "mágica, meio bruxa, enfeitiça, quebranta, tira as forças" e torna parte indissociável do ser recifense o apreço por suas lendas e mistérios.

Tais mistérios, além de serem parte do imaginário e da prosa popular, já foram mote até para figuras célebres, como o escritor Gilberto Freyre. Em seu livro Assombrações do Recife Velho, ele relembra algumas das histórias mais assustadoras da Cidade Maurícia e assegura que, sem elas, "o passado recifense tomaria o frio aspecto de uma história natural; e pobre da cidade cuja história seja só natural". Como Freyre, tantos outros já se debruçaram, e o fazem até hoje, sobre os insólitos causos e assombros do Recife. O interesse, muitas vezes, vai além da conversa nas calçadas e mesas de bar, e transformam o assunto em livros, filme, programa de televisão e site de internet.

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O pesquisador e jornalista Roberto Beltrão é um dos fascinados por esta mítica da cidade: "Tá no sangue do recifense", diz. As histórias, ele ouvia desde criança : "Na década de 1970 faltava muita energia e a brincadeira das crianças do subúrbio era acender uma vela e ficar contando histórias de assombração", relembra. Mas foi na década de 1980, após tomar emprestado de um amigo o célebre livro de Freyre, citado acima, que o tema virou objeto de pesquisa. E é mencionando o 'mestre' que Roberto tenta explicar o apego dos recifenses a essas lendas: "Para ele, a sociedade canavieira tinha uma visão do mundo em que os mortos são muito importantes. Então, nas casas existia uma hierarquia, que era Deus, os santos e os mortos. Tanto é que até meados do século 19 as pessoas não queriam se afastar dos mortos que eram enterrados próximos de casa ou nas capelas dos engenhos."

Essa proximidade com os mortos fazia com que eles continuassem sendo parte do mundo dos vivos e as pessoas estavam sempre relembrando-os. "Isso gerou uma espécie de catolicismo mediúnico, que é típico do Brasil. Daí que vem esse fascínio, é um reflexo da sociedade patriarcal que considerava os mortos parte do mundo dos viventes". Roberto é editor do site O Recife Assombrado, que reúne histórias antigas e mais atuais das assombrações da cidade, além de ser autor de cinco livros sobre o tema, sendo um deles o Almanaque Pernambucano: dos causos, mal-assombros e lorotas. Mas dentre “isso tudinho que existe no Recife”, sua lenda preferida é a da Perna Cabeluda: “É pelo caráter do absurdo. Uma coisa é você acreditar em uma lenda urbana que envolva pessoas, é possível de existir. Mas uma perna que pula sozinha, é difícil de acreditar e ainda assim, as pessoas tinham medo de verdade, existia um pânico real. Para você ver o poder da imaginação.”

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Nesta Sexta-Feira 13, escolhemos recontar as histórias de 13 lugares que permeiam o imaginário coletivo assombrado recifense. Confira:

Arquivo Público

Localizado na Rua do Imperador, no Bairro de Santo Antônio, área central da cidade, o Arquivo Público, como o próprio nome já sugere, guarda documentos históricos e periódicos disponibilizados para estudantes e pesquisadores. Porém, o lugar foi construído para outro fim, o de ser a casa de Câmera e Cadeia do Recife, em 1731. Um de seus mais célebres presidiários foi Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, morto em uma execução a fuzilamento em 13 de janeiro de 1825. Anos mais tarde, em 1945, quando o prédio tornou-se Arquivo Público, fatos insólitos passaram a tomar parte do  seu cotidiano. Testemunhas afirmam terem se deparado com figuras trajando roupas antigas e há, ainda, quem diga ter visto o espírito do mártir pernambucano, Frei Caneca, rondando pelo velho edifício.

Avenida Dr. Malaquias

O que hoje parece ser apenas uma via, na Zona Norte da cidade, nas proximidades do Bairro das Graças, carrega uma história de crimes, como o famoso caso da morte do chefe da estação de Ponte d'Uchoa, e assombrações. Reza a lenda que, na época em que a iluminação pública era feita com lampiões a gás, acendedores corriam fugidos das aparições do além que frequentemente davam o ar da graça por ali; sem contar nos bichos estranhos, que poderiam facilmente ser lobisomens.

Praça Chora Menino


Um nome que pode até parecer poético, porém, que remonta a uma história de sofrimento e mortes. A praça, localizada no bairro da Boa Vista, foi um dos palcos para um verdadeiro massacre, conhecido como Setembrizada. O fato se deu devido a um motim de soldados, em 1831, revoltados com o extremo rigor da disciplina militar, além do atraso em seus pagamentos. O conflito resultou em, pelo menos, 300 mortos, enchendo as ruas de corpos e sangue. Muitas das vítimas teriam sido enterradas nas terras do Sítio do Mondego, onde hoje está a praça, batizada assim após muitos relatos de transeuntes que, ao passar, escutavam o murmúrio e o lamento de meninos que não podiam ser vistos.

Pátio do Terço 

No bairro de São José, área central da capital recifense, o Pátio do abriga muitos mistérios. Conta-se que em um antigo sobrado, antes numerado de 29, há muitos anos, houve uma morte violenta e passional. O marido, ao pegar a esposa com o amante, teria matado os dois e a empregada da casa. E todos que se aventuraram a morar no local, após o fatídico incidente, tiveram que conviver com vultos que circulavam livremente pelos cômodos e, à noite, quebravam pratos e arrastavam móveis. Além disso, no pátio fica a Igreja do Terço. Acredita-se que a área ao seu redor teria sido um cemitério de negros escravizados.

Cruz do Patrão

Este talvez seja um dos lugares mais impregnados de mistérios no Recife. Localizado em uma área que liga a capital pernambucana à sua cidade irmã, Olinda, a Cruz do Patrão tem difícil acesso e histórias assustadoras. Construído no século 18, o monumento servia para a baliza dos navios que chegavam ao porto mas também funcionou como ponto de fuzilamento de condenados A história conta que os negros escravizados que chegavam à cidade, usavam o lugar para realizar alguns rituais. Lá também foi encontrado, depois de algumas escavações, um cemitério clandestino, onde teriam sido enterrados escravos falecidos nos navios negreiros. Acredita-se que por lá ficaram presas as almas dos fuzilados na Cruz e dos enterrados clandestinamente, que aterrorizam quem se aventura por aquelas bandas.

Forte das Cinco Pontas

Em 1630, o Forte das Cinco Pontas foi erguido para garantir à população o suprimento de água potável - pela sua proximidade às cacimbas de propriedade de Ambrósio Machado - e impedir que navios inimigos circulassem pelo Rio Capibaribe. O lugar também serviu de prisão, com detidos confinados em calabouços subterrâneos, chamados de ‘cemitérios vivos’; e de Quartel General Militar, no século 19. Até hoje, há quem garanta ver e ouvir malassombros no lugar. Alguns relataram visões de mulheres com metade do rosto em caveira e soldados mutilados.

Casa da Cultura 

A Casa da Cultura é um dos mais visitados pontos turísticos da capital recifense. O lugar, transformado em um centro de compras de artesanato e produtos locais, antigamente funcionou como uma prisão, a Casa de Detenção do Recife. Reza a lenda que no prédio ficaram as almas dos presidiários que lá morreram, além dos espíritos dos suicidas que ceifaram suas próprias vidas nas águas do Rio Capibaribe, que passa por trás da edificação.

Rio Capibaribe

E por falar no Capibaribe, o rio que corta toda a cidade do Recife e que já foi protagonista de música e poesia, também tem suas lendas e assombrações, como não poderia deixar de ser. Aquelas águas já foram testemunhas de suicídios, afogamentos e desova de pessoas assassinadas. Antigamente, as lavadeiras que trabalhavam na beira do Capibaribe tinham que lidar com o Vira-roupas, um fantasma zombeteiro que roubava as trouxas deixadas às margens. Atualmente, há quem acredite que as assombrações dos rio surgem como aparições assustadoras por quem passar pelas pontes da cidade no avançado da noite. O perigo também, seria encontrar com o Boca de Ouro, um ser com jeitão de zumbi e dentadura dourada, que aparece pela Rua da Aurora, à beira do rio, e pelas pontes se divertido ao assustar os viventes.

Avenida Caxangá

Motivo de orgulho do povo recifense, a Avenida Caxangá durante muito tempo ostentou o título de maior avenida em linha reta do país. Além disso, a via também tem seu próprio fantasma, a Velhinha da Caxangá. Conta-se que, por volta de meia noite, essa velhinha, toda vestida de preto, dava sinal para o bacurau (ônibus que roda durante a madrugada), nas imediações da Igreja de São Sebastião. Misteriosamente, a senhorinha simplesmente desaparecia do coletivo quando este chegava na altura do Bairro da Madalena, onde a Caxangá termina (ou começa, a depender do ponto de referência). Mas não fica só nisso. Dizem que a Velhinha da Caxangá também atormenta pedestres que circulam pela avenida tarde da noite, sobretudo em frente à igreja.

Açude do Prata

Reza a lenda que, em Dois Irmãos, há muito tempo, uma dona de engenho rica e judia, Branca Dias, teria jogado toda sua prataria no riacho para livrar-lhe da Santa Inquisição. Alguns acreditam que Branca Dias teria morado em um casarão de estilo inglês construído à beira do açude, mas há historiadores que negam essa informação. Fato é que a história que se conta é a de uma sinházinha que teria desaparecido nas águas do açude, sugada pela alma de Branca Dias. Dizem, também, que o fantasma de Branca visita o lugar em noites de lua cheia.

Teatro Santa Isabel

Inaugurado em 1850, o Santa Isabel é considerado um dos 14 teatros-monumento do Brasil e é reconhecido como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; em 2016, o teatro foi eleito como o melhor do país, recebendo o prêmio Cenym de Teatro Nacional pela segunda vez. Mas pelos palcos e coxias do Santa Isabel não passam apenas grandes artistas, as almas, assombrações e vultos também são uma constante no local. E não só no palco. Há relatos de aplausos e gritos de uma plateia invisível quando a casa está fechada.

Palácio do Governo

Nem a sede do governo do Estado poderia ficar de fora do roteiro de seus pernambucanos mais ilustres, os fantasmas. Conta-se que toda vez que algo de muito sério está para acontecer a alguma autoridade do governo, aparece um vulto escuro no salão nobre do Palácio. O mensageiro do além já foi visto por muitos funcionários do local, segundo relatos.

Poço da Panela

O bairro da Zona Norte do Recife, que mantém antigos casarões e sobrados, também tem suas lendas. Há quem acredite que as encruzilhadas do bairro costumavam receber a visita de um ser estranho, meio cachorro meio porco, que suas testemunhas trataram de achar ser o demônio. Outra lenda conta que um homem vestido de preto pode ser visto ajoelhado junto a uma cama de um dos antigos sobrados, rezando, em noite de lua cheia.  

Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

A Bienal Geek, evento que será realizado em maio e trazendo produtos, personalidades conhecidas e atividades voltadas ao público nerd, fã de mangás, HQ’s, filmes, séries e games de cultura pop, ainda não tem a programação fechada, mas as primeiras atrações já foram confirmadas pela organização. 

De acordo com Guilherme Robalinho, já é possível confirmar a presença de Rodrigo Dias, que é YouTuber da empresa de videogames Gameloft, de Sidney Gusmann, editor chefe da Maurício de Souza Produções e do humorista, ator, diretor, dublador, músico e autor de peças de teatro Fernando Caruso. Além dos convidados confirmados, atividades como concursos de cosplay e K-Pop também estão previstas. 

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Beco dos Artistas 

Os artistas que atuam no ramo dos quadrinhos terão na Bienal Geek uma oportunidade de expor e vender o seu trabalho através do edital do Beco dos Artistas, que selecionará esses profissionais, oferecendo 60 vagas, das quais 30 são exclusivas para pernambucanos. Além deste edital, haverá também uma seleção de blogueiros e YouTubers do ramo nerd e geek que se interessarem em participar do evento, realizando a cobertura das atividades e atrações.

Guilherme Robalinho explicou que o evento é um produto à parte e completamente diferente da Bienal do Livro de Pernambuco. “A Bienal Geek é um evento distinto, nós queremos falar de entretenimento, de negócios, trazer o que está rolando de novidade na cena geek mundial e nacional, mas dando também um foco à produção de conteúdo aqui em Pernambuco”, explicou. 

Recife Assombrado

A equipe que criou o site Recife Assombrado, que desde o ano 2000 mapeia e leva para a internet e para HQ’s histórias e lendas apavorantes que fazem parte do imaginário popular da capital pernambucana, lançará um filme em 2019, mostrando vários desses contos recifenses. Na Bienal Geek será realizada em primeira mão a exibição do primeiro conteúdo oficial do filme. 

De acordo com Adriano Portela, cineasta que está produzindo “Recife Assombrado - O Filme”, durante o evento vão ser apresentadas as primeiras imagens do longa metragem. Também haverá um painel com alguns atores do elenco realizando um debate sobre o filme, que está em fase de finalização e pleiteando recursos junto ao FunCultura e à Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Adriano explica que o filme contará a história de Hermano, um recifense que é enviado por seu pai a São Paulo e retorna anos depois à cidade para procurar o seu irmão, que está desaparecido. “Durante a busca pelo irmão, há uma assombração principal, que é o Boca de Ouro, mas o personagem começa a ser perseguido por várias outras assombrações do Recife, a cidade é a personagem principal”, disse o cineasta. 

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As lendas assustadoras do imaginário urbano da cidade do Recife estarão, em breve, nas telas do cinema. O filme Recife Assombrado, do diretor Adriano Portela, inicia suas gravações na próxima segunda (6), com locações na capital pernambucana e em Bezerros, no Agreste do Estado.

O longa conta a história de Hermano, que volta ao Recife, após 20 anos longe da cidade, por conta do desaparecimento do seu irmão Vinícius. Em meio à busca pelo irmão, ele se depara com antigos problemas familiares e um Recife que se torna assustador durante a noite. Hermano acaba passando por episódios em que assombrações famosas da cidade, como a Velhinha da Caxangá e a Galega de Santo Amaro, surgem diante de seus olhos.

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O elenco conta com os atores Daniel Rocha e Pedro Malta - que já tiveram passagens por novelas da Rede Globo -, Marcio Fecher, Raisa Batista, Raiza Alcântara e o veterano, Germano Haiut. O roteiro é do jornalista pernambucano Ulisses Brandão e Bruno Antônio, a produção é da Viu Cine e distribuição da Inquieta Cine.

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Um cenário cercado de mistérios e contos populares tomou conta das ladeiras de Olinda, na noite desta sexta-feira (23). Dando início oficial à primeira Caminhada Mal-assombrada, no Sítio Histórico da cidade, os turistas e visitantes puderam conhecer parte da história do município através de personagens 'assombrados', que passearam pelos casarões e vielas das ruas.

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Macobeba a freira da Academia de Santa Gertrudes e a índia Iangai foram alguns dos personagens que ganharam forma e divertidamente assustaram o público. Para um dos organizadores do tour, Cesár William, a realização do passeio vai além das lendas contadas. “A proposta é trazer as histórias narradas pelas nossas avós - tidas como lendas populares -, porém de forma diferente. Durante a caminhada é possível relembrar alguns momentos históricos e entender um pouco da cidade”, conta o guia.

Ao todo, os visitantes se deparam com cinco histórias que envolvem mistério e assombração. Para o servidor público João Augusto Melo, que participou do passeio com a família, a caminhada é muito importante para o conhecimento histórico e cultural da região. “Sou de Aracaju, mas já conhecia algumas histórias de assombro do Recife. De Olinda, particularmente, não sabia, mas me surpreendi com a proposta”.

A turismóloga  Elizabete Vieira falou que já teve a oportunidade de conhecer e participar de outros passeios assombrados no Recife. Segundo a moradora de Olinda, mesmo com a vivência de presenciar outros tours e morar em Olinda, ela conheceu novas histórias. “É um clima muito diferente, bem peculiar de Olinda. Além disso, fiquei surpresa com novas lendas que me fizeram entender mais a própria cidade”, concluiu.

Segundo César Willian, a capital pernambucana já é conhecida como a cidade mais mal-assombrada do Brasil (que inclusive já teve diversas histórias catalogadas por Gilberto Freyre) e trazer a ideia para as ladeiras do Sítio Histórico foi inevitável.

O passeio será realizado sempre as sextas-feiras a partir das 19h30. A caminhada começa na Casa do Turista, nos Quatro Cantos da Cidade Alta, um dos pontos turísticos mais conhecidos. Para participar, o visitante precisa fazer o investimento de R$ 25 e o ingresso pode ser adquirido no site do Recife Mal-assombrado.  

A cidade do fantástico, do assombro e do sobrenatural. A capital pernambucana guarda histórias lendárias do imaginário popular, que se perpetuam e são contadas por gerações há décadas. Quem é do Recife já ouviu relatos de lendas como a Perna Cabeluda, da Emparedada da Rua Nova, do Papa-figo e da Velhinha da Caxangá. Essas são apenas algumas das histórias que povoam o imaginário assombrado do povo.

Foi a partir dessa ‘verdade’ popular de contos e de assombros que o cineasta pernambucano Adriano Portela adentrou o mundo do sobrenatural. Agora, após realizar vários curtas, o diretor está preparando o seu primeiro longa, que recentemente foi submetido ao edital da Ancine e contemplado com o incentivo financeiro para realização. Encerrando a minissérie de reportagens Terror Pernambucano, do Portal LeiaJá, fomos conversar com o diretor.

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De acordo com o também escritor, o filme Recife Assombrado, que conta com a produção da ViuCine, vai surpreender o público com a mistura de documentário com ficção, levando o sobrenatural de várias lendas pernambucanas para a telona. 

“O filme vai apresentar a história de um personagem central que vivencia uma situação inusitada e, a partir disso, começar a investigar alguns relatos ligados às assombrações do Recife. Com isso, ele vai tentar descobrir e responder por que a capital pernambucana é a mais assombrada do Brasil”, adianta.

Dando o pontapé nas gravações do seu primeiro longa de terror, Portela revela que a opção de trabalhar a temática do  sobrenatural não foi à toa. Em entrevista ao Portal LeiaJá, o cineasta conta que já existe muito material documentado, como vídeo-reportagem, trabalhos e livros que retratam o assunto o que, de certa forma, o motivou para dar continuidade aos estudos. 

"Além de ser um tema que tenho muita afinidade, há várias lendas populares contadas por várias gerações, como O Esqueleto e a Emparedada da Rua Nova, que já estão catalogadas e que agora serão resgatadas para deixar na história", diz Adriano. 

Mesmo sendo o primeiro longa, o escritor Adriano afirma que a temática o acompanha há mais de dez anos. “É um universo que permeio e que eu trago desde a época que eu comecei a trabalhar com cinema. Todos os curtas que eu produzo com possui a temática do assombro, do mito e da lenda", lembra o escritor. Assista à entrevista com o diretor:

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Trilhando a mesma batalha dos demais cineastas, Portela conta com a colaboração da família, amigos e recursos pessoais, que já proporcionaram, durante esses dez anos de atuação, sete trabalhos e premiações. Entre os curtas já lançados estão: Prenúncio, selecionado para o Festival de Cinema Fantástico de São Paulo; Reverso, vencedor do prêmio Agora Curta, da Rede Globo Nordeste; Menina Sem Nome, finalista do festival da UFRJ; Um passo à frente e Ponto de Remendo, curta selecionado e exibido no FestCine 2015.  

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Estreia na próxima sexta (8), a nova série da Rede Globo, Amorteamo. A atração terá cinco capítulos que serão exibidos sempre às sextas-feiras, após o Globo Repórter. Amorteamo foi inspirada em lendas de assombrações do Recife do início do século 20 e leva à tela uma espécie de melodrama que ilustra triângulos amorosos envoltos pela sombra da morte. 

Marina Ruy Barbosa vai interpretar noiva cadáver

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Pernambuco também está representado na equipe do seriado. Guel Arraes e Flávia Alencar são responsáveis pela direção e o roteiro é de Newton Moreno. No elenco, Aramis Trindade, Lívia Falcão, Bruno Garcia e Gheusa Sena. A produção musical é de Juliano Holanda e João Falcão e conta com músicos como Zé Manoel e Isadora Melo. 

Apesar de se tratar de um seriado de época, a preocupação dos realizadores foi de fazer um programa com estética e sonoridade bem contemporâneas. O elenco traz um misto de novos talentos e atores mais experientes. Jhonny Massaro, Arianne Botelho e Marina Ruy Barbosa, interpertando sua primeira vilã, dividem a trama com Jackson Antunes, Tonico Pereira, Letícia Sabatella, Guta Stresser e Daniel de Oliveira. 

O Recife será tema da próxima série da Rede Globo. Assombrações é baseada na peça Assombrações do Recife Velho, do dramaturgo Newton Moreno, que também estará responsável pelo roteiro da atração. Na direção, outra pernambucana, Flávia Lacerda.

A série contará a história de uma família amaldiçoada que vive em um sombrado no Recife do início do século 20. Os cenários serão criados com referência de lugares da cidade como a Rua do Bom Jesus e as pontes da Boa Vista e Duarte Coelho. Apesar de se tratar de uma trama ambientada no século passado, a linguagem será atemporal com uma trilha sonora contemporânea, produzida pelo músico pernambucano Juliano Holanda.

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No elenco estarão nomes como Guta Stresser, Tonico Pereira, Letícia Sabatella, Marina Ruy Barbosa e Johnny Massaro, além dos pernambucanos Aramis Trindade, Gheusa Sena, Livia Falcão e Paulo de Pontes. A previsão de estreia do programa é para maio de 2015.

A segunda edição do Cineclube Toca o Terror, o primeiro do gênero no Recife, acontece neste sábado (6), às 16h, no Museu Murilo La Greca. A sessão conta com mostra de curtas nacionais e internacionais e um debate com André Balaio e Roberto Beltrão do site O Recife Assombrado.

André Balaio e Roberto Beltrão vão discutir as lendas urbanas e causos que envolvem a capital pernambucana desde o século passado. O Recife Assombrado foi criado em julho de 2000 e apresenta histórias em quadrinhos, contos e artigos que enxergam horrores para além da nossa vivência cotidiana.
 
Dentre os curtas a serem exibidos estão "Brutal Relax" (Espanha, 2010), "Lollipop" (Russia, 2009), "Vincent" (EUA, 1982) e os brasileiros "Landau 66", de Fernando Sanches e "A Menina do Algodão", de Kleber Mendonça Filho e Daniel Bandeira.
 
Serviço

Cineclube Toca o Terror
Participação especial: André Balaio e Roberto Beltrão (O Recife Assombrado)
Sábado (6) | 16h
Museu Murilo La Greca (Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366 - Parnamirim)
Gratuito


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