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O Recife é palco, neste sábado (26), de um encontro que reúne grafiteiros brasileiros e internacionais, que através de sua arte colorem muros da Rua da Fundição, próximo ao Parque 13 de Maio, área central da capital pernambucana. O “Recifusion – Festival Internacional de Graffiti” chega a sua oitava edição comemorando, mais uma vez, o 27 de março, data que homenageia esse tipo de arte.

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“Do Caos a Lata” é o tema da edição deste ano, em uma referência ao álbum “Da Lama ao Caos”, de Chico Science. Segundo o produtor do Festival, Johny Cavalcanti, o líder do movimento mangue beat é uma inspiração para os artistas de rua. “Chico Science é uma referência muito forte, não só na música, mas visualmente também. Ele era um cara muito icônico, que influenciou de alguma forma os artistas urbanos”, destacou o produtor.

Pelos menos cinco países participam do evento, como Chile e Argentina. Entre as bandeiras levantadas pelos participantes, estão a liberdade artística, a presença de pessoas de várias comunidades e a participação feminina na arte. De acordo com Johny, o fato de participantes de várias partes do Recife e do mundo estarem no evento, ajuda a fortalecer o movimento. “O mais importante é fazer as pessoas se reencontrarem. A cena se fortalece muito. O movimento do graffiti é muito forte”, complementou o produtor.   

De nome artístico Smile, o grafiteiro Carlos Júnior conheceu o graffiti no início dos anos 2000, após ler revistas e apreciar obras feitas pela cidade de Goiania, onde ele reside. Através de um amigo do Recife, Smile foi convidado para participar do evento e mostrar suas técnicas de desenho. “O que me atrai no graffiti são as letras e as cores, principalmente. A questão da junção das cores, do brilho... O beco e a rua também me atraem no graffiti”, contou o grafiteiro.

Natural de Belo Horizonte, Nica (nome artístico) é uma das mulheres grafiteiras que participam do Festival. Como o evento estimula a participação feminina no meio artístico, ela acredita que a presença da mulher deve acontecer também em outras manifestações. “A participação da mulher é importante em qualquer meio que seja de manifestação artística e cultural. Não é muito fácil esta chegada e conquistar o espaço que a gente tem de direito, mas acho que se a mulher se impor, ela consegue ter seus aliados e ficar no lugar onde quiser. Eu sou muito a favor da igualdade entre o homem e a mulher”, afirmou a artista.

O argentino Emepece é um dos convidados estrangeiros. Para ele, o fortalecimento do graffiti é fator essencial para o respeito à arte de rua. “É fundamental. É uma arte legítima, genuína. Ela ocupa o espaço público, a rua... Sempre tem uma mensagem política ou uma revelação”, disse. Já o recifense Gustavo de Albuquerque, conhecido como Guga Baygon, antes de ingressar no graffiti, se arriscou no mundo da pichação. Quando pichava, Guga sempre colocava desenhos nas paredes, mas não sabia nada sobre grafitagem. Após participar de uma oficina, começou a conhecer, a partir de 1995, as técnicas e os valores do graffitti e desta forma não deixou de representar a arte.

“A grafitagem tira todo o caos que a galera coloca na cidade. O caos que o poder público não cuida e a cidade começa a ficar abandonada. A galera do graffiti começa a desenhar e diminui esse caos”, declarou o artista recifense, em tom de crítica a falta de cuidados do poder público em relação às construções públicas espalhadas pela cidade.

Além dos desenhos feitos pelos grafiteiros, outras atividades estão programadas, até o final da tarde deste sábado, na Rua da Fundição. Artistas musicais, principalmente do estilo rap, prometem agitar o público. É tudo gratuito e aberto aos interessados.   

Com informações de Jorge Cosme

 

Durante a sétima edição do Festival Internacional de Graffiti, uma atividade realizada durante a Vivencia artística, despertou o preconceito de alguns. A divulgação de um desenho com nu artístico de uma modelo, rendeu comentários preconceituosos na rede. O posicionamento machista levantou uma indagação: Fechar os olhos ou articular um movimento para banir o preconceito? A equipe do evento escolheu a segunda opção e deu início a um movimento, utilizando a hashtag #QueMachoUó.

“Nosso intuito foi transformar um ato negativo em complementar. O tema deste ano do Recifusion levanta justamente a bandeira para eliminar o preconceito contra as mulheres. E a hashtag vem contribuir para estimular o debate”, afirmou a coordenadora de comunicação do evento Rafaella Ribeiro, ressaltando que a campanha foi bem aceita pelos participantes e outros internautas. Para a grafiteira Ranne França preconceitos dessa categoria não precisam ser levado em consideração.

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A grafiteira Ranne França defende que dar continuidade ao trabalho das mulheres na arte de rua por si só é uma forma de eliminar o preconceito. “Se fosse comigo não daria importância porque esse cara só pode ser digno de pena. Continuar grafitando na rua e conquistar o meu espaço é uma resposta muito mais firmeza para tudo isso. Mas o movimento é bom para estimular aos demais a pensar sobre esse tipo de comportamento”.

Com a atitude preconceituosa, o movimento também ganhou as rodas de diálogo do evento. Na última sexta-feira (27) , o debate sobre a inserção da mulher na arte ganhou fôlego. Tanto os participantes do festival, quanto os internautas começaram a postar fotos utilizando a #QueMachoUó. “Os artistas da vivencia ficaram chocados com a situação e começaram a postar suas fotos com cartazes utilizando a nova hashtag. O movimento tá fluindo e quem quiser ajudar é só postar uma foto utilizando a #QueMachoUó”, convidou Rafaella. A coordenadora de comunicação ainda adiantou que o movimento deve ter continuidade após o festival.

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Com a proposta de eliminar o preconceito e estimular a arte de rua, a edição de  2015 do Recifusion decidiu investir no Hip Hop. Para abrilhantar o festival,  os organizadores do evento decidiram trazer nomes de peso, conhecidos nacionalmente na área, como os MC’s  Marechal (RJ), Karol de Souza (SP), Douglas Din (BH), Gutierrez (RJ).

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“Para compor a programação musical escolhemos  MC’s e grupos que estão focando no trabalho do grafite.  Além disso abrimos espaços para as pessoas  que se inscreveram no festival o ano passado e não puderam tocar. De novidade  trouxemos alguns artistas de fora para dar um  brilho maior na festa”, ressaltou DJ Big, que é responsável pela programação musical do evento. 

“A batalha de MC tá fortalecendo o movimento. Antigamente não tínhamos muito espaço para curtir o hip hop. Hoje já temos o Recifusion e o Som na Rural que dá uma agitada no estilo”, afirmou  o B - boy Carlos Alberto. 

Apaixonada pelo Hip Hop  a estudante Alana Barbosa louvou a iniciativa dos organizadores do evento.  “O festival é muito bom, porque  ele mostra para as outras pessoas que não conhecem o rap, o hip hop em si, a sua essência.  Parabenizo a quem mantém a iniciativa e espero que continuem investido no movimento”.

Outra ação que movimentou o Recifusion foram as batalhas de Rima. Artistas locais disputaram uma vaga na Batalha das Batalhas, que é uma seletiva para a disputa nacional.  Para chegar aos oito concorrentes, os organizadores do evento contaram com a colaboração dos responsáveis por todas as batalhas de Pernambuco. 

“Estamos fazendo um festival  onde estamos aglutinando a cultura hip hop. As batalhas de break representa a inclusão dos elementos que mais estavam desfocado no evento. Esse tipo de atividade acaba movimentando o cenário e estimulando a produção dessas artes”, completou o DJ.

O vencedor da Batalha das Batalhas além de ter o trabalho reconhecido pelo público, receberá a quantia de R$500. Segundo o DJ Big, na próxima edição do Recifusion a musica ganhará mais espaço dentro do festival. “Apesar do evento ser grande, em termos de rubrica artística musical ainda é pequeno. No próximo ano vamos dar ênfase no projeto e conseguir um valor que represente mais a cultura”. 

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Tem início nesta segunda-feira (23) a sétima edição do Festival Internacional de Graffite , Recifusion.  O evento reúne arte, educação e musica, com o propósito de estimular o diálogo interdisciplinar, por meio da liberdade criativa.

A iniciativa tem amplitude internacional, com a participação de artistas de sete países, além de profissionais de 14 estados brasileiros. Este ano o festival faz uma homenagem as mulheres, com o tema ‘Conquistando Espaços, Fortalecendo o Traço’, destacando a presença feminina na rate urbana. 

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Até o próximo domingo (29), workshops, roda de diálogo, intercâmbio cultural, shows e produção de graffiti prometem movimentar o evento. Na edição de 2015, todos os workshops serão ministrados por mulheres. As oficinas trazem temas como, Laboratório de Aquarela, com Simone Mendes (PE), Iniciação Gráfica, com Gi Vatroi (PE), Mapeamentos Afetivos, com Dani Guerra (PE) e Juliane Xavier (PE) e Como promover sua arte nas Mídias Sociais, com Myrian Isis (PE). 

Uma novidade do evento será a residência artística, onde os convidados do Recifusion  poderão trocar experiências, sobre  produção, materiais e experimentos relacionados a liberdade criativa. O encontro será realizado entre os dias 23 e 27 de março, no Espaço Fonte, no Edf. Pernambuco. 

Nos últimos dias do evento haverá uma programação musical extensa, com direito a batalha de MC’s. Dentre as atrações, DJ Rone,  Mc Rubi e Jota DS, DJ BIG e convidados. 

Programação 

Culminância Multicultural

Sábado (28)

Produção de Graffiti - 10h

Batalha das Batalhas (Mc’s) - 14h

PIMPEX com Mundano (SP) e Artistas Convidados - 15h

Cypher de BREAK - DJ MAS (PE) - 20h

RAP Gospel com Mc Cleyton, Mc Rubi e Jota DS - 21h 

DJ BIG e CONVIDADOS (PE) Long Mc, Mc Gênio, Junior MC e Maciel Salú - 22h

Diomedes Chinaski (PE) - 23h

Gutierrez (RJ) - ooh

Karol de Souza (SP) - 1h

 

Domingo (29)

Produção de Graffiti - 10h

RF7 Break Battle - Seletiva para o Battle Skill (BH) com DJ Stanley e MC Okado - 14h

DJ Lala K (PE) - 17h

Palha de Coco (PE) - 18h

Negrita (PE) - 19h

Douglas DIN (BH) - 19h40

Final da Jornada de MC’s - 20h10

Marechal (RJ) - 21h

Serviço

7º Recifusion

De segunda (23) a sexta (27) | 9h às 12h

Caramiolas Lab (Avenida Dantas Barreto, 324 - Edf. Pernambuco)

Gratuito

 

 

Começa na próxima segunda (23), o 7º Recifusion. O projeto que tem o objetivo de divulgar a importância artística e social do grafifiti foca, nesta edição, na visibilidade e protagonismo feminino dentro da arte urbana.

Será realizada uma série de ações como workshops, roda de diálogo e a produção do painel artístico principal, alimentando a interlocução e apresentação das mulheres artistas no grafitti. Os selecionados para participar dos workshops foram divulgados, nesta quarta (18), no site do evento.

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Serão quatro oficinas diferentes, todas ministradas por mulheres. São elas, Laboratório de Aquarela, com Simone Mendes (PE), Iniciação Gráfica, com Gi Vatroi (PE), Mapeamentos Afetivos, com Dani Guerra (PE) e Juliane Xavier (PE) e Como promover sua arte nas Mídias Sociais, com Myrian Isis (PE). Os encontros vão até a próxima sexta (27).

Encerrando a programação do 7º Recifusion, as graffiteiras Priscila Lima (Witch - PB), Andreza Cintra (Deza - AL), Lídia Soares (Viber - MG), integrantes do Cores Femininas (PE) e Lara Buitron (PE), militante do movimento feminista, participam de uma roda de diálogo aberta à participação do público em geral. Será no Caramiolas Lab, às 14h.

Serviço

7º Recifusion

De segunda (23) a sexta (27) | 9h às 12h

Caramiolas Lab (Avenida Dantas Barreto, 324 - Edf. Pernambuco)

Gratuito

 

Roda de Diálogo Conquistando Espaços - A participação e produção 

 

feminina na arte urbana

Sexta (27) | 14h

Caramiolas Lab (Avenida Dantas Barreto, 324 - Edf. Pernambuco)

Gratuito

O festival de grafite Recifusion chega à 7ª edição em 2015 e já está com a convocatória aberta para artistas que trabalham com a técnica participarem da programação do evento. Uma novidade é que esta é a primeira vez que o festival abre uma seletiva para grafiteiros, que têm até o dia 13 de fevereiro para inscrever seus trabalhos no site oficial do evento. O Recifusion será realizado entre os dias 23 e 29 de março, no Recife, e conta com o apoio do Funcultura.

Os selecionados para integrar a equipe do evento irão produzir painéis de grafite na Culminância Multicultural, etapa do festival que acontece nos dias 28 e 29 de março. O Recifusion oferecerá aos selecionados alojamento para os dois dias da Culminância, alimentação nos dois dias de atividades, material de pintura para desenvolvimento do painel, brindes e camisa oficial do festival. A lista dos selecionados estará disponível no site do evento no dia 20 de fevereiro.

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O bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, ficou mais colorido depois da sexta edição do Recifusion, festival recifense de artes visuais com foco no graffiti e cuja programação encerra neste domingo (30). Cerca de 300 grafiteiros, entre convidados nacionais e internacionais, ao lado de crews de todo o País, participam do encontro desde sábado passado (29), com uma intervenção de grafitagem realizada em vários pontos no entorno da Praça da Várzea.

A programação de destaque do Recifusion, neste domingo (30), envolve, além dos grafiteiros, várias atrações musicais a exemplo da banda Devotos e da Batalha da Escadaria - movimento de MCs recifenses. “O Recifusion é, hoje, um encontro multicultural, e não apenas voltado só para o graffiti. Ele se transformou com o tempo numa coisa maior e que já atrai outros públicos, e isso fica claro durante a programação quando pessoas de vários estilos interagem entre si. Até porque este tipo de arte de rua não abrange apenas quem faz parte da cena, ele está em galerias, em residências e tudo mais”, comenta Junior Eu, grafiteiro e coordenador geral do evento, em entrevista ao LeiaJá.

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Reunião de grafiteiros

Os mais de 300 grafiteiros, convidados pela produção do Recifusion para participar desta edição, grafitaram os muros de um quarteirão composto pelas vias rua Dona Maria Lacerda, av. Afonso Olindense, rua Mendes Martins e rua Sarandi. Um dos convidados é o grafiteiro Sino, do Rio de Janeiro, integrante da crew CRC. “Participei uma vez do Bombardeio Recife, evento que também é voltado para o graffiti, e acabei sendo visto pela produção do Recifusion. Enviei um material meu para o pessoal e a galera gostou muito. Daí surgiu o convite”, comenta Sino.

Outros coletivos de grafitagem, como a Nova Desordem, da Bahia, vieram ao Recife para participar do festival por conta própria. “Vivo o graffiti todos os dias e esse evento pra mim é como se fosse uma pelada de futebol com os amigos e outros caras que fazem a arte de rua acontecer. Já frequento o Recife há sete anos, mas essa é a minha primeira vez no Recifusion e é a primeira vez também que toda a crew Nova Desordem veio completa para o festival”, explica Julio Costa, integrante do coletivo. “Gosto muito do Recifusion, do evento em si. Não tenho nada pra dizer sobre a parte artística da história, e isso deixo aos críticos. Mas em relação à articulação e produção do festival, a galera está de parabéns”, complementa.

Recifusion colore mais uma vez o Recife com grafitagens

Johny Cavalcanti, um dos organizadores do festival, explica como funciona o processo de escolha dos muros por parte dos grupos autônomos. “A galera que veio por conta própria atuou em vários muros no entorno da Praça da Várzea. A crew Nova Desordem, por exemplo, solicitou à direção da Escola Estadual Cândido Duarte o muro da instituição para fazer seus ‘trampos’. A única coisa que a diretoria pediu em troca foi que os graffitis seguissem a temática da educação, mas sem limitar muito o processo criativo dos artistas”, revela o organizador do Recifusion.

Moradores do bairro da Várzea aprovaram a iniciativa, que encheu de cor muros que até então estavam sujos e abandonados. “Adorei a proposta do festival e nunca tinha visto alguém fazer um graffiti ao vivo, só via os desenhos já prontos pela cidade. Acho bem bonito e foi um trabalho que deu uma nova cara pra Praça da Várzea, que estava bem suja e sem vida”, comemora Luiz Monteiro, morador da Várzea há 44 anos.

Um dos maiores eventos de artes visuais contemporâneas com foco na arte do grafite de Pernambuco, a quinta edição do Festival Nacional de Graffiti Recifusion acontece entre os dias 16 e 24 de março, pelas ruas do Recife. Com a temática Inclusão & Acessibilidade, o Recifusion, que é dividido em duas etapas, promove atividades sócioeducativas para jovens de escolas públicas e pessoas com deficiência na primeira fase, intitulada Prévias.

Já a segunda etapa, que acontece nos dias 23 e 24 de março, acontece na Rua da fundição, no bairro de Santo Amaro, às 9h, com produção de grafite de 60 artistas selecionados nos muros do Colégio IEP, Creche e Compesa. Além disso, acontecem apresentações musicais e feira de produtos em geral.

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Confira a programação completa no site do festival.

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