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Parte do mundo parou para acompanhar a coroação do Rei Charles 3º, neste sábado (6). Vários detalhes da cerimônia chamaram a atenção do público, porém, um em especial deixou a internet bastante intrigada: uma pessoa, possivelmente mulher, completamente vestida de preto, que surgiu durante a solenidade andando apressadamente. De imediato, vários palpites sobre quem seria aquela figura começaram a pipocar nas redes sociais. 

Um vídeo com a inusitada aparição tem circulado nas redes. Nas imagens, é possível ver uma pessoa cruzando a entrada da Abadia de Westminster, com passos rápidos, toda vestida de preto. Nas mãos, a figura segurava um objeto pontudo, como uma lança, ou talvez um cajado.

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O momento inusitado logo viralizou nas redes sociais. Alguns disseram que seria a Rainha Elizabeth 2ª, falecida em setembro do último ano, vindo conferir a coroação do filho. Outros disseram que seria a própria morte passeando pelo evento. Também houve quem tenha dito que a figura seria a professora Minerva McGonagall, da saga Harry Potter. 

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Charles III e sua esposa Camilla serão coroados neste sábado (6) em uma grande cerimônia em Londres, onde milhares de admiradores e alguns críticos devem acompanhar um evento que inédito no Reino Unido há 70 anos, que foi perturbado pela detenção de dezenas de manifestantes que pretendiam protestar contra o evento.

Um grupo de ativistas antimonarquia retirava de um caminhão diversas faixas com a frase "Not my king" (Não é meu rei) quando vários deles foram detidos por policiais.

"Prenderam seis dos nossos organizadores e confiscaram centenas de cartazes. Não disseram o motivo da detenção nem para onde foram levados", declarou à AFP uma das centenas de pessoas que compareceram a 'Trafalgar Square' para o protesto convocado pelo grupo "Republic".

Quase 20 membros do grupo ecologista "Just Stop Oil" também foram detidos e algemados na mesma área, segundo um fotógrafo da AFP.

"Isto é algo que esperaríamos ver em Moscou, não em Londres", disse Yasmine Ahmed, diretora da ONG Human Rights Watch. "Os protestos pacíficos permitem exigir que os que estão no poder sejam responsabilizados, algo a que o governo do Reino Unido parece cada vez mais relutante", acrescentou, em referência a uma nova lei aprovada esta semana que dá mais poderes à polícia contra as manifestações.

Ao mesmo tempo, a poucos metros do local, milhares de fãs da família real estavam reunidos atrás das barreiras de segurança instaladas no 'Mall', a grande avenida que começa no Palácio de Buckingham.

"Estamos muito entusiasmados, muito orgulhosos de sermos britânicos", disse à AFP Phyllis Taylor, 60 anos, que viajou da Escócia para Londres com o marido para "esta ocasião muito especial".

O rei, 74 anos, e a rainha, 75, desfilarão pelo centro de Londres em uma carruagem que os levará até a Abadia de Westminster.

A imponente igreja gótica já começou a receber alguns dos 2.300 convidados, incluindo a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, os reis Felipe VI e Letizia da Espanha, além de centenas de representantes da sociedade civil britânica.

Charles III será coroado diante dos convidados, e de milhões de telespectadores, oito meses após a morte de sua mãe, Elizabeth II, que reinou durante sete décadas.

- Ritual milenar -

Embora o rei desejasse uma cerimônia mais moderna e simples que a de sua mãe, em um momento de grave crise pelo aumento do custo de vida, o evento terá um ritual pomposo, que praticamente não muda há mil anos, único entre as monarquias europeias.

Serão utilizadas três coroas cravejadas de diamantes e pedras preciosas, diversas vestimentas antigas bordadas com ouro que o rei usará nas diferentes fases da cerimônia, três cetros e um par de esporas de ouro.

Em um aceno às preocupações modernas, o óleo da unção será vegano, embora consagrado como a tradição exige na Igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém, onde os cristãos acreditam que Jesus foi enterrado.

Na parte considerada a mais sagrada da cerimônia, o arcebispo de Canterbury, líder espiritual da Igreja da Inglaterra, da qual o rei é o líder máximo, ungirá as mãos, o peito e a cabeça de Charles III e Camilla, escondidos da visão de todos por uma tela.

Antes, o monarca será apresentado aos convidados, que o reconhecerão com saudações. E com a mão na Bíblia, ele prestará juramento.

A parte central da cerimônia acontecerá quando o arcebispo Justin Welby colocar sobre a cabeça de Charles III a coroa de Santo Eduardo, que só é utilizada no momento da coroação.

Em substituição à tradicional homenagem dos aristocratas, o religioso convidará todas as pessoas, de onde estiverem assistindo ou escutado a cerimônia, a jurar lealdade ao novo rei, uma novidade histórica que busca a democratização da cerimônia, mas que provocou fortes críticas.

- "Uma nova era" -

Acompanhados por milhares de militares e integrantes da realeza, os monarcas retornarão em uma nova procissão ao Palácio de Buckingham, onde, acompanhados por sua família, acenarão para a multidão.

Harry, 38 anos, filho mais novo de Charles e em divergências com a família real, comparecerá à coroação sem a esposa, a americana Meghan Markle, que ficou na Califórnia com os dois filhos.

Ele não deve aparecer na sacada, a não ser que a família decida por um gesto de reconciliação com o príncipe, que fez duras críticas à monarquia, em particular contra a rainha Camilla e seu irmão William, o herdeiro do trono de 40 anos.

Os sinos tocarão em todo o Reino Unido para marcar esta ocasião histórica, que será saudada com salvas de canhão no Hyde Park e na Torre de Londres.

"Nenhum outro país poderia oferecer um espetáculo tão deslumbrante: as procissões, a pompa, as cerimônias e as festas nas ruas", afirmou o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

"Mas não é apenas um espetáculo. É uma expressão orgulhosa de nossa história, cultura e tradições. Uma demonstração vívida do caráter moderno de nosso país. E um ritual apreciado, com o qual nasce uma nova era", acrescentou.

O Óleo do Crisma para a coroação do soberano britânico Charles III, que ocorre em 6 de maio, foi consagrado em Jerusalém, anunciou o Palácio de Buckingham.

A cerimônia aconteceu na sexta-feira (3) na Basílica do Santo Sepulcro, onde Jesus teria sido sepultado, e foi realizada pelo patriarca greco-ortodoxo Teófilo III e o arcebispo anglicano de Jerusalém Hosam Naoum.

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O óleo será utilizado para ungir Charles III e sua esposa, a rainha consorte Camilla, durante a coroação na Abadia de Westminster, em Londres.

O Palácio detalhou que a mistura singular foi "perfumada com óleos essenciais" e possui extratos de gergelim, jasmim e canela. Feita com os mesmos ingredientes que o óleo utilizado na coroação da rainha Elizabeth II em 1953, é baseada em uma fórmula "usada há centenas de anos", destacou o Palácio.

O óleo foi elaborado com frutos colhidos em duas oliveiras do Monte das Oliveiras de Jerusalém: uma na Capela da Ascensão e outro na Igreja de Santa Maria Madalena, onde a avó de Charles, a princesa Alice de Battenberg, foi sepultada.

As azeitonas foram prensadas nos arredores da cidade palestina de Belém, na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.

O arcebispo da Cantuária, chefe da igreja anglicana e responsável pela cerimônia, Justin Welby, acredita que este óleo reflete "o vínculo pessoal da família real com a Terra Santa".

"Desde os reis antigos até os dias atuais, os monarcas foram ungidos com óleo deste local sagrado", disse ele.

Um homem foi preso pela polícia britânica nesta quarta-feira (9) depois de jogar ovos na direção do rei Charles III, errando por pouco, durante a viagem do monarca ao norte da Inglaterra.

Imagens transmitidas pela televisão britânica mostram o rei e sua esposa Camilla apertando as mãos de pessoas reunidas em uma rua de York quando três ovos jogados em sua direção caíram no chão a poucos centímetros de onde estavam.

"Este país foi construído com sangue de escravos", gritou o autor do ataque antes de ser preso por vários agentes.

"Que vergonha!", gritaram algumas das centenas de admiradores que vieram cumprimentar o novo casal real. "Deus salve o rei", gritaram outros.

Charles III, de 73 anos, e a rainha consorte, de 75, visitavam o norte da Inglaterra, onde uma estátua da rainha Elizabeth II deve ser inaugurada nesta quarta-feira, a primeira desde a morte da icônica monarca em setembro.

O rei, que será oficialmente coroado em uma cerimônia em maio, oito meses depois de ascender ao trono, é muito menos popular do que sua falecida mãe, admirada pelos britânicos durante seus 70 anos de reinado.

No entanto, após a morte de Elizabeth II, Charles III viu sua popularidade aumentar, embora ainda seja menos apreciado que seu filho William, herdeiro do trono, e sua esposa, Catherine.

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Enquanto o mundo diz adeus a Elizabeth II, Charles assume o trono diante de um cenário desafiador, se tornando a peça central de um complicado quebra-cabeça para manter a unidade do Reino Unido e preservar a monarquia. Mas não tem sido fácil ser rei.

Em apenas dez dias como líder da família real britânica, ele já teve de lidar com manifestações contra a monarquia e ameaças de países da comunidade britânica que desejam virar repúblicas. Charles III vem demonstrando irritação com funcionários e com as especulações sobre seu estado de saúde, após uma foto de suas mãos se tornar assunto nacional.

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Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, uma das primeiras tarefas será conter o burburinho separatista da Escócia e evitar um referendo sobre a reunificação das Irlandas. "Se a Escócia se tornar independente durante o reinado de Charles, ele continuará sendo rei. No entanto, seria um golpe no seu prestígio", disse Robert Hazell, professor da University College London.

Outro foco de atenção será a integridade da Commonwealth, associação de 56 países dos quais 14 ainda têm o monarca da Casa de Windsor como chefe de Estado. Durante seu reinado, a rainha cultivou relações pessoais amigáveis com muitos líderes da comunidade britânica, mas Charles não tem o carisma e o prestígio da mãe.

Repúblicas

"Vários países da Commonwealth indicaram que pretendem avançar para ter presidentes como chefes de Estado, incluindo a Austrália", afirmou Robert Blackburn, professor de direito constitucional no King's College London.

Seguindo o exemplo de Barbados, que se tornou república no ano passado, outros países do Caribe - como Jamaica, Antígua e Barbuda - devem seguir o mesmo caminho.

Segundo Blackburn, o novo reinado pode oferecer as condições para uma reavaliação da monarquia moderna em todo o mundo, talvez até mesmo no Reino Unido. "A conduta de Charles III será um fator determinante nisso", disse.

"O princípio fundamental da monarquia constitucional é a doutrina da responsabilidade ministerial, segundo a qual o monarca segue o conselho ministerial. Portanto, é vital que ele se abstenha de discursos ou ações que criem polêmica, devendo obedecer a orientação sobre os limites em que pode expressar suas opiniões."

Manifestações

Especialistas acreditam que a monarquia pode nunca mais funcionar tão bem quanto sob Elizabeth II. Ela governou por 70 anos, tornando-se a monarca que reinou por mais tempo na história britânica, sendo adorada e respeitada dentro e fora do Reino Unido. Ocupar esse vácuo não será fácil.

Nos últimos dias, foram registradas várias manifestações contra a monarquia, com a resposta dura da polícia e crítica de ativistas. Em Londres, Edimburgo e Oxford, alguns manifestantes foram intimidados e alguns chegaram a ser presos.

Custos

Para manter a monarquia relevante, Charles também terá de fazer ajustes não apenas no comportamento tradicional que acompanha a instituição, mas cortando gastos que pesam no bolso do contribuinte - principalmente em um momento de crise econômica.

Analistas esperam que Charles torne a monarquia uma instituição mais enxuta, cortando gastos com a redução no número de membros graúdos da realeza. Para Blackburn, a Casa de Windsor cumpre a função de ser um símbolo do Estado, uma força unificadora e um processo conveniente para legitimar várias formas de negócios do governo. "No entanto, a monarquia em uma democracia continua sendo uma anomalia."

Já Hazell acredita que a família real representa estabilidade, continuidade e tradição, mas também deve acompanhar as mudanças na sociedade. "O apoio à monarquia tem sido forte e estável há muito tempo, mesmo em períodos difíceis. E é provável que esse cenário continue assim", afirmou.

"Charles já mostrou que tem consciência da necessidade de manter a monarquia relevante, visitando Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte na primeira semana de reinado. Ele encontrará outras maneiras de manter a monarquia relevante, e terá a ajuda do príncipe William e da geração mais jovem."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos, a rainha Elizabeth II, confirmou o Palácio de Buckingham.

"A rainha morreu pacificamente em Balmoral nesta tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral essa noite e retornarão para Londres amanhã", escreveram nas redes sociais referindo-se a Charles e Camilla.

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A situação de saúde da monarca já havia deixado os britânicos em alerta desde as primeiras horas da manhã, quando foi emitido um comunicado informando que ela estava "sob supervisão médica".

"A rainha permanece confortável em Balmoral [residência da realeza na Escócia]", conclui a nota de apenas três linhas divulgada por volta das 8h30.

Nas horas seguintes, a apreensão ganhou corpo com a notícia de que os membros da monarquia começaram a se dirigir às pressas para Balmoral, incluindo o príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, que estão a caminho do Reino Unido.

Todos os quatro filhos da rainha - Charles, Anne, Andrew e Edward - estavam na residência desde as primeiras horas.

Desde que as notícias surgiram, súditos já se aglomeravam nos arredores do Castelo de Balmoral, e o Palácio de Buckingham, em Londres, suspendeu a tradicional cerimônia de troca de guarda.

Elizabeth II era rainha desde 6 de fevereiro de 1952, totalizando mais de sete décadas como soberana, reinado mais longevo na história do Reino Unido. (ANSA

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Da Ansa

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