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O Reino Unido recordou nesta sexta-feira (8) o primeiro aniversário da morte de Elizabeth II, após 70 anos de reinado, e a ascensão ao trono de seu filho Charles III.

A rainha morreu aos 96 anos em 8 de setembro de 2022 no Castelo de Balmoral, na Escócia, onde costumava passar os verões.

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Na ocasião, milhares de pessoas esperaram horas para ver o caixão da monarca mais longeva no trono britânico.

Um novo capítulo começava no Reino Unido e nas demais 14 nações nas quais o soberano britânico é chefe de Estado, com a chegada de Charles III ao trono aos 73 anos (74 atualmente).

Um ano depois, não há nenhum grande evento público programado para marcar a mudança de era.

O rei e sua esposa, a rainha Camilla, que estão em Balmoral, preservando a tradição iniciada por Elizabeth, visitarão a uma pequena igreja nos arredores de Crathie Kirk para rezar.

O príncipe William, herdeiro do trono, e sua esposa Catherine, assistirão a uma missa privada em Gales, na cidade de St Davids, que a falecida rainha visitou em 1955.

Na capital britânica, uma salva de tiros de canhão ressoará no Hyde Park e na Torre de Londres.

Há alguns dias, o governo revelou que em 2026, no centenário do nascimento de Elizabeth II, será apresentado um projeto de "memorial permanente".

"Recordamos com grande afeto sua longa vida, o serviço devoto e tudo o que significou para tantos de nós", disse Charles III em uma mensagem gravada para o aniversário, reproduzida nas primeiras páginas de muitos jornais.

"Estou profundamente agradecido, também, pelo amor e apoio demonstrados a mim e a minha esposa durante ano, enquanto fizemos o possível para estar a serviço de todos", afirmou.

- Harry, de passagem -

O monarca, nestas últimas semanas, esteve presente algumas festas tradicionais na Escócia com sua esposa, Camilla, e sua irmã, a princesa Anne.

Seu primeiro ano como rei foi repleto de novidades, como a nomeação de um novo primeiro-ministro, seu primeiro discurso de Natal, a primeira visita de Estado ao exterior, à Alemanha, e a recepção a chefes de Estado.

Bem menos popular que sua adorada mãe, o rei viu o aumento das manifestações antimonarquia em suas viagens pelo país, em particular durante sua coração em 6 de maio.

Porém, uma recente pesquisa do YouGovs indicou que 59% dos britânicos consideram que o rei faz um "bom trabalho", contra 17% que pensam o contrário.

Sue Hulley, funcionária de um escritório de advocacia, de 58 anos, entrevistada pela AFP perto do Palácio de Buckingham, acredita que o rei "fez bem (...) em não introduzir mudanças radicais" na monarquia.

Joanne Hughes, aposentada de 61 anos, destacou sua "abordagem moderna" no posicionamento da família real.

Entre os jovens, o apoio à monarquia despencou.

Jessica Wilcock, estudante de 21 anos, acredita que o rei "não fez nada de destaque" até agora.

Não é provável que este aniversário seja a ocasião para a reconciliação entre o príncipe Harry, o filho mais novo de Charles, e a família real.

O duque de Sussex, que vive na Califórnia com sua esposa Meghan e seus dois filhos, está no Reino Unido para um evento beneficente, mas segundo a imprensa britânica, não há previsão de que encontre seu pai Charles e o irmão William.

Em um mercado londrino está tudo pronto para a coroação de Charles III: chaveiros, colheres e dedais de costura com a imagem do novo rei. No entanto, faltam os clientes, que parecem pouco entusiasmados com o evento.

A coroação de Charles e de sua esposa Camilla acontecerá no dia 6 de maio na Abadia de Westminster. A de sua mãe, Elizabeth II, em 1953, contou com uma pomposa cerimônia e enorme fervor popular. Mas poucos traços restaram desse ímpeto nacional.

Uma pesquisa realizada em meados de abril mostrou que dois terços dos britânicos não estão interessados no evento.

"As pessoas compram menos do que no Jubileu" do reinado de 70 anos de Elizabeth II no ano passado, lamenta Kirtesh Patel, que vende objetos dedicados ao novo monarca no mercado de Walthamstow, no nordeste de Londres.

Canecas com o retrato de Charles e a frase "A Coroação de Sua Majestade" são vendidas por 6 libras (o equivalente a 7,5 dólares ou a 37,50 reais em valores atuais) e chaveiros por 3 (cerca de 18,75 reais em valores atuais).

"As pessoas estão menos interessadas neste rei", diz o comerciante indiano de 44 anos.

A soberana que faleceu em setembro, aos 96 anos, era extremamente popular. Mas seu herdeiro é um rei idoso, de 74 anos, e seu casamento com Camilla está longe do glamour de William, seu filho, com Catherine.

O vendedor também menciona a inflação acima de 10%, que afeta milhões de britânicos e muda a ordem de suas prioridades.

- "Custa muito" -

Perto de sua loja, Carole McNeil, uma professora aposentada de 82 anos, esclarece desde o início que não é "antimonarquia" e que acompanhará a coroação.

A professora relata, no entanto, que se sente "incomodada" porque a cerimônia "custa muito" ao país, ainda que seja muito mais modesta do que a cerimônia de 1953.

Para Carole McNeil, a família real deveria fazer mais. "Quando você ouve falar em todo o dinheiro que eles têm, eles mesmos deveriam pagá-la", ela protesta.

Rose Vetich se declara "republicana" e exclui a possibilidade de assistir à coroação. “Se o tempo estiver bom, vou passear pelo campo para tentar não pensar na monarquia”, diz esta professora e pesquisadora de 49 anos.

Sua opinião é minoritária. 58% dos britânicos mantêm seu apoio à monarquia e apenas 26% gostariam de um chefe de Estado eleito, de acordo com uma pesquisa recente.

Por isso, há também aqueles que, como Peter Haseldine, aguardam com ansiedade pelas comemorações do fim de semana.

Este contador aposentado esteve presente em 1953, com apenas cinco anos de idade, ao Mall, a avenida que parte do Palácio de Buckingham, para celebrar a ascensão ao trono de Elizabeth II. "Que multidão!", lembra ele.

“Viva o rei!” proclama sua esposa Lynn Jones, uma funcionária pública aposentada, orgulhosa de se apresentar como uma “grande defensora da monarquia”.

A sua casa está decorada com bandeiras com a imagem de Charles III. “A geração mais antiga é mais favorável” à Coroa, admite.

A várias gerações de distância, Louisa Keight, de 25 anos, "ainda" não teve tempo para pensar sobre tudo isso.

“Pode” ser que acompanhe a cerimônia porque pode ser interessante “do ponto de vista acadêmico ou histórico”, diz.

Como muitos britânicos, ela não é a favor nem contra a monarquia. “É uma situação complicada”, diz.

Após 12 dias de homenagens solenes a Elizabeth II, o Reino Unido retoma a vida normal nesta terça-feira (20), com o fim do luto nacional e o retorno à realidade de um país em crise e uma monarquia em mudança.

As bandeiras nos prédios oficiais, que estavam a meio mastro desde a morte da rainha em 8 de setembro com 96 anos em sua residência escocesa de Balmoral, voltaram a ser hasteadas no topo.

Durante quase duas semanas, Londres e a capital escocesa, Edimburgo, foram cenários de grandes cerimônias: da proclamação do novo rei Charles III até a procissão fúnebre solene que levou a monarca até sua morada final em Windsor, onde foi sepultada ao lado dos pais e do marido.

Os rituais tradicionais e os coloridos uniformes medievais levaram o país, e o mundo diante das telas, a um período quase irreal.

A família real britânica permanecerá de luto por mais sete dias, mas o luto nacional decretado pelo governo terminou nesta terça-feira.

Londres iniciou uma gigantesca operação de limpeza após o "funeral do século", celebrado na Abadia de Westminster e que reuniu quase um milhão de pessoas nas ruas, de acordo com as estimativas da polícia.

Dados provisórios indicam que mais de 250.000 pessoas passaram pelo Parlamento, afirmou a ministra da Cultura, Michelle Donelan, a Sky News, em referência à capela ardente instalada durante cinco dias em Westminster Hall, que registrou cenas de emoção e filas quilométricas de acesso.

- Custo de vida -

Após o fim do luto nacional, o Executivo também retoma as atividades.

A primeira-ministra Liz Truss, designada por Elizabeth II apenas dois dias antes de sua morte, viajou a Nova York na segunda-feira à noite para participar na Assembleia Geral da ONU, onde reafirmará o apoio total do governo britânico à Ucrânia, invadida pela Rússia.

"A segurança de vocês é a nossa segurança", afirmou aos ucranianos em um comunicado, comprometendo-se a igualar ou superar em 2023 a quantia de 2,3 milhões de libras (2,6 milhões de dólares) em ajuda militar prometida a Kiev este ano.

A nova líder conservadora também terá que buscar soluções para a grave crise do custo de vida no Reino Unido.

O ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, apresentará na sexta-feira um plano econômico para combater as consequências de uma inflação de 9,9%, provocada em grande parte pelos preços da energia.

Um bilhete curto entregue enquanto discursava no Parlamento em 8 de setembro informou Truss sobre a saúde da rainha. Ela interrompeu a sessão e saiu, minutos depois de anunciar o congelamento dos preços do gás e da energia elétrica por dois anos, um plano que não teve o custo revelado.

- Mudanças na monarquia? -

A emoção popular com a morte da monarca após 70 anos de reinado provocou uma pausa no descontentamento social, que deve retornar nos próximos dias.

Uma greve de maquinistas, adiada após a morte de Elizabeth II, será retomada na próxima semana, ameaçando mergulhar o país no caos de 1 a 5 de outubro.

Além disso, muitos questionam o custo do grandioso funeral de Estado que reuniu em Londres centenas de líderes mundiais, do presidente americano Joe Biden ao imperador Naruhito do Japão, e de outras homenagens.

"Foi um dinheiro bem gasto", se limitou a declarar Donelan, sem revelar um valor.

Com a chegada ao trono de Charles III, de 73 anos, menos popular que sua mãe, porém determinado a modernizar a monarquia, mudanças devem acontecer na instituição e em suas finanças.

Há alguns meses, havia anunciado a intenção de limitar atividades a ele, sua esposa e os príncipes de Gales - William e Catherine junto com seus três filhos pequenos - em uma família real atualmente muito grande, que multiplica gastos e escândalos.

Ainda sem data para acontecer, estas e outras modernizações pretendem reconquistar algumas pessoas em um país complexo, formado por quatro nações, com três delas - Escócia, Irlanda do Norte e Gales - registrando pedidos de independência após a morte de Elizabeth II.

Um agente da Scotland Yard, a polícia britânica, desmaiou diante da Abadia de Westminster durante o funeral de Estado da rainha Elizabeth II, realizado nesta segunda-feira (19).

O policial acordou logo em seguida, mas foi socorrido de maca por militares da Marinha Real. O esquema de segurança para o último dia de eventos pela morte da monarca reúne milhares de policiais e militares.

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Após o funeral, o caixão de Elizabeth II foi levado a pé até o Arco de Wellington, em um trajeto de cerca de dois quilômetros.

Em seguida, o esquife iniciou uma viagem de carro até o Castelo de Windsor, nos arredores de Londres.

Em Windsor, haverá um funeral privado na Capela de São Jorge. O corpo de Elizabeth II será sepultado na cripta real ao lado de seu marido, o príncipe Philip, morto em 9 de abril de 2021, aos 99 anos.

Da Ansa

Centenas de britânicos se levantaram de madrugada nesta segunda-feira (19) para comparecer ao funeral da rainha Elizabeth II, "um pedaço da História", e buscar os melhores lugares para ver a passagem do caixão pelo centro de Londres.

Apesar da temperatura fria da manhã na capital britânica, o público já estava lotado em torno do Palácio de Buckingham e da Abadia de Westminster antes das 07h00 (03h00 no horário de Brasília), onde a cerimônia religiosa começou às 11h00.

"Eu queria fazer parte [do evento]. É um grande dia da nossa história, isso faz parte de nossas vidas", disse à AFP Susan Davies, 53 anos, que chegou às 6h30 no Hyde Park Corner, vinda de Essex, ao leste de Londres, com o marido e dois filhos adolescentes.

A mulher, equipada com uma cadeira e "muita comida", espera poder ver o caixão da rainha que, deste local próximo ao Palácio de Buckingham, será transportado em um carro fúnebre para sua última morada, o Castelo de Windsor.

"Eu quero fazer parte da História", afirma Jack, seu filho de 14 anos, que deseja explicar o evento às futuras gerações. "Falarei deste momento com meus filhos. Direi a eles: Estava lá!".

Um pouco depois na fila, Calon Thompson, um estudante de cinema de 20 anos e morador de Bedford (norte de Londres), espera assistir ao funeral ao vivo com seu celular, já que queria ver a passagem "do caixão e da família real". Ele chegou às 06h00 da manhã.

"Queríamos estar na primeira fila. Pensávamos que estaríamos em meio à multidão, mas estamos aqui, no melhor lugar, com a melhor vista. Fantástico!", afirmou, descrevendo uma atmosfera "muito emocionante, mas também triste".

Os primeiros metros a partir das estações mais próximas estão lotados. Algumas pessoas passaram a noite. Muitos sacos de dormir são vistos no chão em Whitehall, uma avenida central de Londres que recebe regularmente ministros e funcionários de alto escalão.

Bethany Beardmore, contadora de 26 anos, chegou às 21h00 de domingo para não perder "uma parte da História". "Fazia frio, nós não dormimos", mas "havia um clima agradável, todo mundo conversava", explica o homem, que aguentou a fila graças ao açúcar e à cafeína.

Jovens e idosos aguardam com paciência. Os mais bem preparados tomam café. Os melhores lugares já estão ocupados para ver o cortejo fúnebre.

Uma estação de metrô de Paris foi renomeada Elizabeth II por um dia como homenagem à rainha britânica durante seu funeral.

Localizada nos Campos Elísios, a estação de George V --que leva o nome do avô da falecida soberana-- foi substituído nesta segunda-feira por uma placa que lembra a monarca mais antiga do Reino Unido.

"Queríamos nos juntar ao luto colocando a placa 'Elizabeth II 1926-2022' na estação George V na linha 1", disse à AFP uma porta-voz da operadora RATP.

A estação voltará ao seu nome oficial na terça-feira.

A estação de metrô tem o nome de George V, que reinou de 1910 a 1936. Seus filhos o sucederam sob os nomes de Edward VIII e George VI (o pai da futura Elizabeth II).

Na França, as autoridades ordenaram que bandeiras fossem hasteadas a meio mastro em prédios públicos nesta segunda-feira para o funeral de Estado da rainha.

Ícone de uma era, Elizabeth II, que faleceu após 70 anos de reinado, recebe o último adeus nesta segunda-feira (19) no "funeral do século", na presença de governantes de todo o mundo, antes de ser enterrada em uma cerimônia privada no Castelo de Windsor.

"Adeus à nossa gloriosa rainha", "uma vida de serviço", afirmam as manchetes dos jornais britânicos, que elogiam a dedicação de Elizabeth à coroa.

Após 10 dias de luto nacional, homenagens e rituais de grande pompa, quase 2.000 pessoas, incluindo centenas de governantes e monarcas, comparecem à cerimônia religiosa na Abadia de Westminster, que começará às 11H00 locais (7H00 de Brasília).

Do presidente americano Joe Biden ao brasileiro Jair Bolsonaro, passando pelo rei da Espanha, Felipe VI, e o imperador japonês Naruhito, quase 500 líderes e monarcas estão convidados para a cerimônia, que representa o maior "desafio" de segurança para o Reino Unido.

Nos últimos cinco dias, centenas de milhares de pessoas passaram pela capela instalada na área mais antiga do Parlamento britânico, após uma espera que chegou a 24 horas em alguns momentos, em uma fila de vários quilômetros no centro de Londres.

Chrissy Heerey, integrante da ativa da Força Aérea britânica (RAF), foi a última pessoa a passar pelo local. "Quando me disseram: 'Você é a última pessoa', eu respondi: De verdade?", afirmou à AFP a britânica, que enfrentou duas vezes na fila.

A partir das 10H35 (6H35 de Brasília), o caixão será levado em procissão até a Abadia de Westminster, seguido a pé pelo novo rei Charles III e outros integrantes da família real britânica, para um funeral que promete ser grandioso.

"A rainha não queria cerimônias longas e cansativas, não haverá tédio, as pessoas serão transportadas para a glória ao ouvir o serviço", disse à BBC o ex-arcebispo de York, John Sentamu.

O deão de Westminster, David Hoyle, vai comandar a cerimônia religiosa e o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana, pronunciará o sermão.

- Milhares de pessoas nas ruas -

A rainha mais longeva da história do Reino Unido faleceu em 8 de setembro aos 96 anos, em sua residência escocesa de Balmoral.

A morte de uma monarca que parecia eterna provocou grande comoção no país e no mundo.

O Reino Unido a homenageou com 10 dias de luto nacional, cortejos e procissões, com uma carga de emoção popular tão grande que tornou quase imperceptíveis os protestos da minoria de republicanos.

Seu filho mais velho, de 73 anos, a sucedeu como Charles III. Até então um dos membros menos apreciados da família real britânica, sua popularidade subiu nos últimos dias.

Com capacidade para 2.200 pessoas, a imponente Abadia de Westminster não pode receber a multidão que deseja acompanhar sua rainha até o fim.

Durante a manhã, milhares de pessoas de todas as idades aguardavam na famosa avenida Mall, diante do Palácio de Buckingham.

Muitos passaram uma ou várias noites ao ar livre para reservar um lugar no trajeto do cortejo fúnebre.

Depois de sair da Abadia de Westminster, uma carruagem levará o caixão pelo centro de Londres até o Wellington Arch, no Hyde Park Corner. A partir deste ponto, um carro fúnebre transportará o caixão até o Castelo de Windsor, que será a última morada da rainha.

- Reunida com os pais e o marido -

Símbolo de uma era de grandes mudanças, Elizabeth II assumiu o trono em 1952, em um Reino Unido ainda abalado pelo pós-guerra, e faleceu em 2022, no pós-pandemia e Brexit.

Ela conheceu 15 primeiros-ministros, de Winston Churchill à atual Liz Truss, assim como figuras históricas que incluem o soviético Nikita Khrushchev), a madre Teresa de Calcutá e o sul-africano Nelson Mandela.

Em Windsor, o caixão será levado para a Capela de St. George. Nesta igreja do século XV, conhecida por ter sido cenário dos últimos casamentos reais, será organizada mais uma cerimônia religiosa com 800 convidados, incluindo funcionários do castelo.

Depois, em uma última cerimônia privada, reservada aos familiares mais próximas, a rainha será sepultada no "Memorial George VI", um anexo onde foram enterrados seus pais e as cinzas de sua irmã Margaret.

O caixão de seu marido, o príncipe Philip, será enterrado ao lado dela, depois de ser transferido da cripta real, onde está desde sua morte em abril de 2021.

O adeus definitivo a Elizabeth II se aproxima e Londres recebe neste domingo (18) chefes de Estado e de Governo de todo o mundo para acompanhar seu funeral, no último dia completo para que os britânicos possam prestar suas homenagens diante do caixão da monarca.

De acordo com os cálculos do governo, os cidadãos devem enfrentar uma fila de mais de 13 horas para chegar ao Westminster Hall.

O impacto e o simbolismo da monarca mais longeva da história do país, com um reinado de sete décadas, ficam evidentes com a lista de participantes no funeral, um evento que Londres não registra desde a morte, em 1965, de Winston Churchill, que liderou o país durante a Segunda Guerra Mundial.

Sua nora, a rainha consorte Camilla, destacou que Elizabeth II foi uma "mulher só" em um mundo de homens, em uma mensagem que transmitirá à nação pouco antes do minuto de silêncio que será respeitado às 20H00 (16H00 de Brasília), que teve um trecho divulgado de maneira antecipada.

"Não havia mulheres primeiras-ministras, nem presidentes. Ela era a única, sendo assim penso que forjou seu próprio papel", afirma a esposa do rei Charles III, que nunca esquecerá, segundo suas palavras, os "maravilhosos olhos azuis" da rainha, que faleceu aos 96 anos.

Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, França, Emmanuel Macron, Brasil, Jair Bolsonaro, assim como os monarcas da Espanha, Suécia, Noruega, Luxemburgo, Mônaco, Bélgica e Holanda, além do imperador japonês Naruhito, acompanharão o funeral de Estado na Abadia de Westminster.

Alguns já estão na capital britânica, como Biden, que desembarcou no sábado à noite com a esposa Jill, e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, que se reuniu no sábado com o rei Charles III e outros representantes da Commonwealth.

A quantidade de líderes mundiais e o funeral de modo geral representam um desafio de segurança "maior que os Jogos Olímpicos de 2012", disse o vice-comissário da Scotland Yard, Stuart Cundy.

Os governantes devem comparecer durante a tarde a uma recepção oferecida por Charles III no Palácio de Buckingham.

O evento deve incluir o encontro do rei Felipe VI da Espanha e seu pai, Juan Carlos I, o que não acontece desde que este último se mudou para os Emirados Árabes Unidos em 2020 após a divulgação de que sua fortuna estava sob investigação.

- Cortejo acompanhado por um milhão de pessoas -

O funeral de segunda-feira começará com o transporte do caixão da rainha, que está no Parlamento britânico, para a Abadia de Westminster.

Às 11H00 (7H00 de Brasília) começará a cerimônia fúnebre, oficiada pelo deão de Westminster, David Hoyle, e com um sermão de Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana, da qual o monarca da Inglaterra é o chefe desde o rompimento de Henrique VIII com Roma no século XVI.

Após a cerimônia, o caixão de Elizabeth II será levado em uma montaria, com a participação de militares, pelas ruas de Londres até o Wellington Arch, em Hyde Park Corner, em um cortejo que deve ser observado por um milhão de pessoas.

A partir deste ponto será levado de carro até o o Castelo de Windsor, a 30 quilômetros de distância, onde acontecerão uma nova cerimônia fúnebre, apenas para a família, e o enterro.

Desde sábado, 48 horas antes do cortejo fúnebre, muitas pessoas já estavam posicionadas nas ruas do trajeto.

"A noite foi fria, mas vale a pena", disse Carole Budd, uma professora de 65 anos, que está perto de Westminster.

"Assisti ao funeral de Lady Di quando era adolescente, diante da Abadia de Westminster, e o ambiente era incrível", recordou Magdalena Staples, de 38 anos e acampada na Praça do Parlamento, ao citar a despedida da primeira esposa de Charles III.

A Abadia de Westminster tem capacidade para 2.200 pessoas. Do lado britânico estarão presentes a família real, a primeira-ministra Liz Truss, ex-primeiros-ministros e outras personalidades.

Também estarão na igreja quase 200 pessoas condecoradas pela rainha em junho deste ano, incluindo profissionais da saúde que participaram na resposta à pandemia de covid-19.

Milhares de britânicos desafiavam neste sábado (17) a longa fila de "pelo menos 24 horas" de espera para a despedida de Elizabeth II, antes do "funeral do século" na segunda-feira.

"A fila chegou a Southwark Park e o tempo de espera é de pelo menos 24 horas", anunciou o governo britânico, que alertou para uma possível nova suspensão do acesso à fila caso esta alcance a capacidade máxima.

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Londres tem o último fim de semana de adeus da população à única soberana conhecida pela maioria dos britânicos até sua morte, em 8 de setembro, aos 96 anos, após sete décadas de reinado.

"Todos estamos aqui para agradecer a Sua Majestade por ser tão amorosa, carinhosa e reconfortante ao longo dos anos. E com um legado incrível", disse o ex-jogador de futebol David Beckham na sexta-feira ao sair do Westminster Hall.

O edifício quase milenar, com teto de vigas de madeira, o mais antigo do complexo do Parlamento britânico, recebeu o caixão da monarca e deve ser visitado por 750.000 pessoas até segunda-feira.

Nos últimos dias, os serviços de ambulâncias de Londres atenderam mais de 430 pessoas na fila de vários quilômetros ao longo do Tâmisa, a maioria por casos de desmaio.

O adeus à rainha Elizabeth acontece em um ambiente de recolhimento, solenidade e disciplina. Na sexta-feira à noite, no entanto, um homem foi preso ao sair da fila e tentar se aproximar do caixão, informaram as autoridades.

No mesmo dia, os britânicos registraram outro momento solene: o novo rei Charles III, 73 anos, e seus três irmãos Anne (72), Andrew (62) e Edward (58), ficaram próximos ao corpo de sua mãe por 15 minutos para a "Vigília dos Príncipes".

Ao contrário do velório celebrado na segunda-feira na Escócia, onde a monarca faleceu, Andrew vestiu seu uniforme militar, uma honra que a própria rainha havia retirado do filho por seu envolvimento em um escândalo sexual.

Na tarde de sábado será a vez dos oito netos da rainha, incluindo o príncipe herdeiro, William de Gales, e seu irmão Harry, que na semana passada apareceram em público ao lado de suas esposas, Catherine e Meghan.

O momento, que segundo a imprensa britânica foi possível após 45 minutos de "longas negociações", pretendia mostrar uma aproximação entre os filhos de Charles III e Diana depois que Harry e Meghan decidiram abandonar em 2020 a família real e mudar para a Califórnia.

"Funeral do século"

As autoridades britânicas se preparam para receber na segunda-feira (19) o primeiro funeral de Estado desde o do ex-primeiro-ministro Winston Churchill, em 1965, com a presença de dezenas de líderes mundiais.

"Posso confirmar que será o maior evento que a polícia londrina terá que administrar, maior que os Jogos Olímpicos de 2012", declarou o vice-comandante Stuart Cundy.

O "funeral do século" começará na segunda-feira às 10H00 GMT (7H00 de Brasília) na Abadia de Westminster, diante de 2.000 convidados. Analistas calculam que será assistido por 4,1 bilhões de pessoas no mundo, graças à televisão e às redes sociais.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou presença, assim como o brasileiro Jair Bolsonaro e o rei da Espanha, Felipe VI.

O vice-presidente chinês, Wang Qishan, representará seu país. A China foi convidada ao funeral, ao contrário da Rússia, devido à guerra na Ucrânia, e um reduzido número de países, como Venezuela e Mianmar.

Alguns chefes de Governo já chegaram a Londres. A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, prestou homenagem na sexta-feira diante do caixão de Elizabeth II. Neste sábado, representantes de 14 países da Commonwealth devem fazer o mesmo.

Após o funeral, o caixão será transportado pela capital britânica até o Arco de Wellington, no Hyde Park Corner. No local, será colocado em um carro fúnebre para a última viagem até o Castelo de Windsor.

Uma última cerimônia privada, com a presença apenas dos integrantes mais próximos da família real, será celebrada e a rainha será sepultada às 19H30 (15H30 de Brasília).

O corpo da monarca mais longeva do Reino Unido permanecerá, ao lado de seu marido, na capela do rei George VI, onde estão os caixões de seu pai e sua mãe, assim como as cinzas de sua irmã Margaret.

Muitos estabelecimentos comerciais fecharão na segunda-feira para o funeral de Estado da rainha Elizabeth II, mas milhares de pubs e bares permanecerão abertos para os britânicos brindarem pela falecida monarca.

O Reino Unido declarou feriado para o evento, que contará com a presença de dezenas de líderes mundiais e será acompanhado por milhões de pessoas em todo o mundo na televisão e nas redes sociais.

As escolas britânicas e a Bolsa de Valores de Londres estarão fechadas nesse dia, como é o caso em todos os feriados do Reino Unido, e os hospitais adiaram várias consultas.

Este dia de descanso para milhões de britânicos pesará sobre a economia do Reino Unido, que já se encaminha para a recessão devido à alta inflação.

Os maiores supermercados do Reino Unido, liderados por Tesco e Sainsbury's, fecharão, assim como a principal loja de roupas Primark.

A varejista de alimentos e roupas Marks and Spencer planeja abrir apenas algumas lojas localizadas perto de onde o funeral e o enterro ocorrerão, dentro e nos arredores de Londres. Todas as filiais do gigante americano McDonald's no Reino Unido fecharão até que o funeral termine.

Mas nem todo mundo está feliz com os fechamentos. O descontentamento dos turistas nas casas de veraneio do Center Parcs reverteu a decisão de impedir o acesso por 24 horas.

Os visitantes foram informados de que teriam que desocupar os parques na próxima segunda-feira "por respeito e para permitir que o maior número possível de funcionários faça parte deste momento histórico".

Após s reclamações, no entanto, o Center Parcs disse que os hóspedes que ainda estivessem de férias em suas instalações teriam permissão para ficar. Aqueles que estavam agendados para entrar na segunda-feira terão que atrasar sua chegada em um dia.

"Depois de refletir e ouvir, tomamos a decisão de permitir que hóspedes com estadias mais longas fiquem (...) em 19 de setembro", disse a empresa em uma mensagem aos seus clientes, publicada pela mídia.

- Pubs "homenageiam" a rainha -

O maior grupo de pubs do Reino Unido disse que planeja manter os pubs abertos e exibir o funeral em suas televisões.

"A morte de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II é um momento importante e triste", disse o grupo Stonegate, que administra cerca de 4.500 estabelecimentos, em nota.

"Os nossos 'pubs', bares e espaços vão continuar abertos e, na medida do possível, transmitirão o funeral (...) para homenagear a sua vida e o seu serviço", acrescentou o seu proprietário.

Muitos outros 'pubs' planejam continuar funcionando, como o Greene King, que abrirá todos os seus estabelecimentos no centro de Londres, permitindo que as "comunidades se unam".

Por outro lado, o aeroporto de Heathrow, em Londres, indicou que são prováveis interrupções nos voos.

"Prevemos mais mudanças nas operações de Heathrow... quando o funeral de Sua Majestade acontecer", disse o aeroporto.

O tráfego aéreo sobre o centro de Londres já estava limitado na quarta-feira durante a transferência do caixão da rainha do Palácio de Buckingham para Westminster. Ele permanecerá lá até a manhã de 19 de setembro, quando será transferido para a Abadia de Westminster para o funeral de Estado, antes de seu enterro mais tarde nesse dia no Castelo de Windsor.

Milhares de pessoas passaram, de modo incessante e com paciência, durante a madrugada de quinta-feira em Londres diante do caixão de Elizabeth II, a única rainha que muitos conheceram no Reino Unido e uma figura que gozou do raro privilégio do afeto quase unânime em seu país.

"Devemos à rainha ter estado aqui por todas as nossas vidas", disse Andrew Clyde, 53 anos, um norte-irlandês que viajou de Belfast até Londres para visitar a capela da monarca, que ficará aberta ao público até a madrugada de segunda-feira 19 de setembro.

Elizabeth II faleceu na quinta-feira da semana passada, 8 de setembro, aos 96 anos, após sete décadas de reinado. O caixão com o corpo da monarca foi levado para Westminster Hall, a área mais antiga do Parlamento, uma sala majestosa do século XI que é o berço institucional do Reino Unido.

Os súditos aguardaram em uma fila de vários quilômetros por horas, apenas com o que era possível levar de comida e água em uma pequena bolsa, em função dos controles de segurança rígidos na entrada do Parlamento.

"É o mínimo que podemos fazer", declarou Adam Armendáriz, diretor de vendas de uma empresa em Londres, ao lado de vários colegas.

A meteorologia deve ajudar, com a previsão de tempo ensolarado para os próximos días.

Carmen Martínez, uma advogada colombiana casada com um britânico e grávida de sete meses do primeiro filho, afirmou se sentia bem ao participar na manifestação de luto.

"Ela representa tudo para o país. É como a avó de todos", disse Martínez.

- Até 30 horas de espera -

Durante os próximos cinco dias, centenas de milhares de britânicos e estrangeiros, número que pode chegar a 750.000 segundo a imprensa, passarão pelo local, que permanecerá aberto até a madrugada de 19 de setembro, dia em que acontecerão o funeral de Estado na Abadia de Westminster e o sepultamento na capela George VI do Castelo de Windsor.

O governo alertou que a espera pode chegar a 30 horas em uma fila de até 10 quilômetros, que atravessa o centro da cidade ao logo do rio Tâmisa.

"Levem isto em consideração antes de decidir comparecer ou trazer crianças", alertou Downing Street.

Mais de 100 chefes de Estado e de Governo e outras personalidades devem comparecer ao "funeral do século", como o presidente americano, Joe Biden, o brasileiro Jair Bolsonaro, o rei da Espanha, Felipe VI, e o imperador do Japão, Naruhito.

O enterro da soberana que conheceu 15 primeiros-ministros - o primeiro, Winston Churchill, nascido em 1874 e a atual, Liz Truss, nascida em 1975 - acontecerá no mesmo dia no Castelo de Windsor em uma cerimônia privada.

O caixão de Elizabeth II saiu nesta quarta-feira (14) do Palácio de Buckingham, sua residência oficial em Londres durante sete décadas, e chegou ao Parlamento para uma grande homenagem popular, na última etapa do longo adeus antes do funeral de Estado e sepultamento em 19 de setembro.

Com pontualidade britânica, a comitiva que acompanha o caixão, coberto com o estandarte real, flores e a coroa imperial, saiu às 14H22 (10H22 de Brasília) de Buckingham com destino ao Palácio de Westminster.

O caixão, colocado em uma montaria puxada por cavalos, percorreu as ruas lotadas de Londres, seguido a pé por Charles III e seus irmãos Anne, Edward e Andrews, assim como pelos filhos do novo monarca, William e Harry, juntos logo atrás de seu pai.

O cortejo foi acompanhado por uma banda da Guarda Escocesa e a banda da Guarda de Granadeiros, que interpretaram as marchas fúnebres de Beethoven, Mendelssohn e Chopin, além do terceiro movimento de sua Sonata para piano nº 2, também interpretada nos funerais dos primeiros-ministros britânicos Winston Churchill e Margareth Thatcher.

O trajeto de 38 minutos e quase 15 quilômetros foi acompanhado a cada 60 segundos por uma salva de canhão do Hyde Park e pelo som dos sinos do Big Ben, uma homenagem à monarca mais longeva do Reino Unido.

A câmara-ardente de Elizabeth II, que faleceu na quinta-feira (8) aos 96 anos, abrirá as portas às 17H00 (13H00 de Brasília) no Westminster Hall, onde os cidadãos poderão prestar a última homenagem antes do funeral de Estado e do sepultamento.

- 750.000 pessoas -

A imprensa britânica especula que quase 750.000 pessoas devem passar pelo local para a despedida da rainha, o que significará filas de quase 10 quilômetros às margens do rio Tâmisa dia e noite até 19 de setembro.

Na manhã desta quarta-feira, os primeiros da fila estavam com cobertores, cadeiras de camping, barracas e capas de chuva, sinais de que passaram a noite no local. Outras pessoas começaram a chegar ao local, diante do olhar atento dos policiais.

"A noite foi bastante úmida, fria e molhada, mas eu tenho uma pequena cadeira e um guarda-chuva grande, então fiquei bem seco. Melhor que os outros!", brincou Dan Ford, policial aposentado de 52 anos, que chegou na terça-feira à tarde com luvas e gorro.

Na terça-feira, milhares de pessoas desafiaram a chuva para acompanhar, com aplausos e as lanternas dos celulares, a chegada do caixão a Buckingham. Quase 33.000 pessoas passaram pela câmara-ardente instalada em Edimburgo, capital da Escócia.

As autoridades pediram às pessoas em Londres que usem roupas "adequadas" e alertaram que a espera pode demorar muitas horas, inclusive a noite inteira. O público só poderá entrar no local com uma pequena mochila, mas sem água ou comida.

- "Funeral do século" -

Hotéis lotados, sistema de transporte perturbado, pubs repletos: a capital britânica se prepara para a grande homenagem popular, que terminará na segunda-feira às 6H30 (02h30 de Brasília), antes do "funeral do século" na Abadia de Westminster.

Mais de 100 chefes de Estado e Governo devem comparecer ao funeral, incluindo o presidente americano, Joe Biden, o rei da Espanha, Felipe VI, o imperador do Japão, Naruhito I, e o presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e Nicarágua, Daniel Ortega, não foram convidados ao funeral, afirmou uma fonte governamental à agência de noticias britânica Press Association, somando-se a outros governantes como o presidente russo Vladimir Putin e seu colega bielorrusso.

Embora um documento do governo que vazou para a imprensa tenha dado a entender que as autoridades teriam que pegar um ônibus para seguir até a abadia, os organizadores explicaram que os aliados mais próximos do Reino Unido poderão usar seus próprios meios de transporte.

O enterro da soberana que conheceu 15 primeiros-ministros - o primeiro, Winston Churchill, nascido em 1874 e a atual, Liz Truss, nascida em 1975 - acontecerá no mesmo dia no Castelo de Windsor em uma cerimônia privada, confirmando o fim de uma era.

Ao mesmo tempo, Charles III assume o poder, mas seus primeiros passos também provocam polêmica, como durante a visita de terça-feira à Irlanda do Norte, parte de uma viagem pelas nações do Reino Unido que terminará na sexta-feira em Gales.

Imagens divulgadas mostraram o novo rei irritado com uma caneta utilizada para assinar o livro de honra que parece perder a tinta. "Oh, Deus, eu odeio isso! (...) Eu não aguento essa maldita coisa"", disse o monarca.

O príncipe Harry prestou nesta segunda-feira (12) uma homenagem a sua falecida avó, a rainha Elizabeth II, a quem ele se referiu como sua "bússola", e prometeu "honrar" seu pai em seu novo papel como rei Charles III.

Em sua primeira reação pública desde a morte da rainha na quinta-feira, Harry, 37 anos, que abandonou a monarquia em 2020, afirmou que é "eternamente grato" a sua avó que sente "muita saudade".

"Vovó, embora esta despedida final provoque uma grande tristeza, eu sou eternamente grato por todos os nossos primeiros encontros, das minhas primeiras lembranças de infância, ao nosso primeiro encontro como comandante-em-chefe, até o primeiro momento em que conheceu minha querida esposa e quando abraçou seus bisnetos", acrescentou.

"Eu aprecio estes momentos compartilhados contigo e os muitos outros momentos especiais entre eles. Já sentimos muita saudade, não apenas por nós, mas o mundo inteiro", completou o príncipe, que desde 2020 mora com sua esposa Meghan Markle na Califórnia.

"E como são os primeiros encontros, agora honramos meu pai em seu novo papel de rei Charles III", afirmou Harry, que nos últimos anos teve uma relação tensa com o pai e o irmão mais velho, William.

Desde sua saída conturbada da monarquia, Harry sempre fez questão de destacar o bom relacionamento com a rainha.

No momento da morte, o príncipe estava em Londres para participar de eventos beneficentes e viajou imediatamente para a residência escocesa de Balmoral onde a monarca faleceu.

Charles III expressou o seu "amor" por Harry e Meghan em seu primeiro discurso. E no sábado, Willliam, de 40 anos, agora herdeiro do trono, e Harry apareceram juntos em Windsor, com suas respectivas esposas.

Esta foi a primeira aparição pública do casal desde março de 2020, quando os duques de Sussex abandonaram o Reino Unido.

Os dois casais estavam em Windsor, onde William e Catherine vivem com os três filhos e onde Harry e Meghan ficam hospedados durante suas visitas ao Reino Unido.

Nelson Mandela chamava a rainha Elizabeth II por seu nome, um privilégio incomum no rígido protocolo da monarquia, lembrou nesta sexta-feira (9) a fundação do herói da luta contra o apartheid, ao compartilhar varias anedotas sobre sua amizade.

Mandela, que passou 27 anos na prisão antes de se tornar o primeiro presidente da jovem democracia sul-africana, e a rainha Elizabeth II, que morreu na quinta-feira (8) aos 96 anos, mantinham uma amizade próxima, explica a Fundação Mandela em nota.

"Eles se falavam com frequência ao telefone, chamavam-se pelos respectivos nomes, em sinal de respeito e afeto mútuos", afirma o texto.

"Como ele mesmo disse, Nelson Mandela era um anglófilo e, nos anos que se seguiram à sua libertação, cultivou um vínculo estreito com a rainha", acrescentou.

O líder sul-africano, que morreu em 2013, aos 95 anos, também deu à soberana o apelido de "Motlalepula", que significa "chegada com a chuva". Em uma visita de Estado em 1995, "Elizabeth" chegou ao mesmo tempo que chuvas torrenciais "como há muito não se viam" na ex-colônia britânica, explicou Mandela dois anos depois em um banquete em homenagem ao então príncipe Charles, hoje monarca.

Durante os últimos anos de sua vida, Madiba (o nome do clã de Mandela) se divertiu perguntando ironicamente a todo britânico ou pessoa que voltava do Reino Unido: 'Você conheceu a rainha?', antes de explicar suas próprias anedotas com a soberana.

A fundação se junta às demonstrações de dor ao redor do mundo para dizer "'hamba kahle' (vá em paz) à rainha".

O rei Charles III fará nesta sexta-feira (9) seu primeiro discurso aos britânicos, muito abalados com a morte de Elizabeth II, que encerrou um reinado histórico de 70 anos.

Elizabeth faleceu na quinta-feira aos 96 anos no castelo escocês de Balmoral, após um ano de crescentes problemas de saúde.

Os súditos seguiram para o Palácio de Buckingham em Londres para homenagear a soberana, enquanto as mensagens de condolências chegavam de todo o mundo.

Fotografias de uma sorridente Elizabeth II em várias etapas de sua vida estão nas primeiras páginas dos jornais britânicos nesta sexta-feira. "A dor é o preço que pagamos pelo amor", afirma o Daily Telegraph.

"Eu a amava. Era a única autoridade digna do nome que restava no país", lamentou Paul White, de 48 anos, no metrô de Londres. "Charles III (...) terá dificuldade para reinar depois dela, mas vou apoiá-lo e a sua família".

Aos 73 anos, Charles é o monarca mais velho a assumir o trono do Reino Unido. Nesta sexta-feira ele deve deixar Balmoral, a residência escocesa onde morreu sua "amada mãe", e seguir para Londres.

"Durante este período de luto e mudança, minha família e eu nos sentiremos confortados e apoiados por nosso conhecimento do respeito e do profundo afeto do qual a rainha gozava", escreveu em um comunicado.

As homenagens vieram de todas as partes do mundo. A Torre Eiffel apagou as luzes em recordação à monarca, enquanto o Empire State de Nova York foi iluminado com as cores roxo e prata.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou uma "estadista de dignidade e constância inigualáveis". O chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, disse que Elizabeth II tinha "autoridade" no mundo.

- Discurso do rei -

A Casa Real ainda deve confirmar a agenda dos próximos dias, mas os principais eventos são conhecidos.

O primeiro discurso de Charles, pré-gravado, deve ser exibido na sexta-feira à noite, como parte de 10 dias de planos que foram ajustados durante décadas pela Casa Real e o governo britânico.

O novo rei deve ter a primeira audiência com a primeira-ministra, a conservadora Liz Truss, nomeada pela rainha Elizabeth II na terça-feira em um de seus últimos atos oficiais.

"Oferecemos (a Charles) nossa lealdade e devoção, assim como sua mãe dedicou tanto a tantos durante muito tempo", disse Truss na quinta-feira em um discurso em Downing Street.

Como parte de sua agenda, Charles III também deve se reunir com os funcionários responsáveis pelos preparativos do grande funeral de Estado de sua mãe, que terá a presença de monarcas, chefes de Estado e chefes de Governo de todo o mundo.

Nesta sexta-feira serão disparadas 96 salvas de canhão. As igrejas, capelas e catedrais devem tocar os sinos a partir do meio-dia e as bandeiras serão hasteadas a meio mastro para marcar o luto.

Charles será proclamado formalmente rei no sábado por um conselho formado por autoridades políticas, religiosas, altos funcionários da 'City' de Londres e embaixadores da 'Commonwealth'.

- Última viagem -

O caixão de Elizabeth II deve viajar nos próximos dias da Escócia para Londres: ela será velada, homenageada e enterrada em um funeral de Estado que não deve ocorrer antes de 10 dias.

A rainha chegou ao trono com apenas 25 anos e seus 70 anos de reinado registraram vários recordes.

Após a grande popularidade de Elizabeth, o futuro da monarquia britânica promete ser mais complicado com Charles III, menos apreciado pela opinião pública.

Os britânicos preferem seu filho mais velho, William, de 40 anos, e a esposa deste, Catherine, que ao lado dos filhos pequenos, George, Charlotte e Louis, são considerados uma família mais moderna.

A Nova Zelândia, um dos 14 países da Commonwealth que tinha Elizabeth II como chefe de Estado, já proclamou Charles como novo rei.

No Reino Unido, o luto oficial terminará com um último adeus à monarca na abadia londrina de Westminster.

A cerimônia de coroação de Charles acontecerá em uma data que ainda será definida. Elizabeth teve que esperar mais de um ano antes do evento oficial que a tornou rainha.

A multidão reunida em frente ao Palácio de Buckingham, em Londres, acompanhou nesta quinta-feira (8) o hasteamento da bandeira a meio mastro após a morte de Elizabeth II, às 18h30 locais (14h30 de Brasília). Às lágrimas, seguiu-se o silêncio e pouco depois começou a soar o hino nacional, "God save the Queen".

"Ah não!", ouviu-se na multidão quando foi anunciada a morte da monarca, de 96 anos.

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Nas primeiras horas da tarde, admiradores, turistas e jornalistas começaram a se reunir em frente ao palácio, preocupados com o estado de saúde da rainha Elizabeth II, após um comunicado emitido pelo Palácio de Buckingham.

A monarca mais famosa do mundo faleceu em seu castelo de Balmoral, no norte da Escócia.

Ao longo da tarde, milhares de pessoas de todas as idades foram às portas do Palácio. Algumas choravam, outras levavam buquês de flores. De vez em quando, ouviam-se aplausos.

"Viemos homenageá-la. Era como uma avó para a nação. Era nossa consciência. É uma perda enorme", disse à AFP Sophie, uma inglesa de 27 anos.

"Claro que me sinto triste. Esteve presente por toda a minha vida. Representa muito para nós. Ninguém sabe o que vai acontecer sem ela", comentou Lukas Baskov, um inglês de 26 anos.

- A mãe da nação -

Joshua Ellis, londrino de 24 anos, deixou escapar algumas lágrimas. "Sei que tinha 96 anos, mas isso não me impede de estar em choque. Está nos nossos corações. É difícil definir o que significa ser britânico, mas sempre podíamos olhar e ver a estabilidade (...) Representava também um vínculo com a minha avó, que era uma grande admiradora e faleceu no ano passado", disse.

Para Suzan Antonowicz, "é como perder alguém da família". "Nós a conhecemos por toda a nossa vida. É a mãe da Nação. Foi heroica em tantas situações. Meu respeito por ela é incrível, mas meu amor é ainda maior. Durante anos vamos chorar por ela", acrescentou esta inglesa.

Referindo-se ao novo rei, Charles III, Antonowicz considerou que tem "muito talento". "Tenho muita esperança", acrescentou.

Nesta quinta-feira, os médicos da soberana haviam expressado "preocupação" em relação à saúde de Elizabeth II.

"Esperava que o clima escocês lhe fizesse bem", disse Elizabeth Jackson, de 66 anos, que recebeu o nome da rainha, antes do anúncio de sua morte.

"Foi rainha durante toda a nossa vida, era tão tranquila, tão comedida", disse, emocionada, Maureen Barnett, uma professora aposentada.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, emitiu nesta quinta-feira (8) nota de pesar pelo falecimento da rainha Elizabeth II, a quem definiu como “exemplo de estadista”. Ela vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos anos e estava sob cuidados médicos no Castelo de Balmoral, na Escócia. Os senadores usaram as redes sociais para lamentar a morte da rainha. 

“Recebo com tristeza a notícia do falecimento da rainha Elizabeth II. Ela era a chefe de Estado do Reino Unido e de mais 14 Estados independentes dos Reinos da Comunidade de Nações. A rainha também liderava a Commomwealth, a Comunidade das Nações, organização intergovernamental composta por 56 países e população de 2,5 bilhões de pessoas. Aos 96 anos, e mais de 70 anos de reinado, Elizabeth II vivenciou alguns dos momentos mais importantes da história da humanidade. Cumpriu seu papel constitucional com louvor e foi um exemplo de estadista. Em nome do Congresso Nacional brasileiro, presto condolências à família e a todo o povo do Reino Unido”, diz a nota de pesar de Rodrigo Pacheco. 

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Redes sociais

Entre os senadores que repercutiram a morte da rainha Elizabeth II nas redes sociais, Luiz Carlos Heinze (PP-RS) afirmou que o mundo perde hoje uma grande mulher, um exemplo a ser seguido por todos os líderes mundiais. O senador definiu a rainha como “resiliente”, que “sempre zelou pela união da sua nação”. 

Simone Tebet (MDB-MS) avaliou o reinado de Elizabeth II como modelo de estabilidade e de convivência respeitosa entre instituições de Estado “num mundo em que valores como estes têm sido cada vez mais aviltados, como vem acontecendo, infelizmente, em nosso país. Em suas próprias palavras: ‘Foram as mulheres que inspiraram gentileza e cuidado no duro progresso da humanidade.’” 

Segundo Fabiano Contarato (PT-ES), a memória da falecida monarca “inspira respeito e inclui relações sempre amistosas com o Brasil. Maria do Carmo Alves (PP-SE) disse que é uma perda para o Reino Unido e para o mundo, afirmando que Elizabeth II “deixará seus grandes ensinamentos a seu povo”.

Para Soraya Thronicke (União-MS), Elizabeth II foi a “personificação da dedicação e da coragem, uma mulher à frente de seu tempo”.  Humberto Costa (PT-PE) destacou que a soberana “teve a oportunidade de ter três mulheres como primeiras-ministras em suas sete décadas de monarca”.

Mara Gabrilli (PSDB-SP) declarou que a rainha “simbolizou, com firmeza e coragem, a importância das mulheres nos mais altos cargos de poder”. Izalci Lucas (PSDB-DF) disse que a história de Elizabeth II “se confunde com a História universal por sua atuação política no pós-guerra, pela longevidade de seu reinado e a inconfundível capacidade de interagir com a sociedade britânica”. 

Luiz Pastore (MDB-ES), da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, registrou que a morte da rainha Elizabeth II "não significa apenas o fim da vida de uma importante liderança mundial, mas de uma destacada geração que foi capaz de recompor o continente europeu atravessando momentos de muita turbulência ao longo da história, incluindo duas grandes guerras", acrescentando que seu legado "deixa o exemplo comprovado de que com diálogo, acolhimento e o comprometimento com a humanidade é possível sim construirmos um futuro promissor às próximas gerações". 

Elizabeth Alexandra Mary, conhecida como Elizabeth II, nasceu em Londres, no dia 21 de abril de 1926. Ela assumiu o trono da Inglaterra em 1952, aos 25 anos. A cerimônia de coroação ocorreu no ano seguinte. Foram 70 anos de reinado. Seu sucessor será o príncipe Charles, o mais velho de seus quatro filhos com o príncipe Philip, que morreu no ano passado, que usará o nome de rei Charles III. Uma das últimas medidas da rainha Elizabeth, na última terça-feira (6), foi a nomeação da nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss. 

*Da Agência Senado

Charles III, que se tornou rei nesta quinta-feira (8) após a morte de sua mãe Elizabeth II, disse inúmeras frases controversas ou memoráveis durante seus anos como príncipe. A seguir uma seleção das principais:

- "Um momento de grande tristeza para mim e para todos os membros da minha família", declarou hoje sobre a morte da rainha.

- "Colditz com kilt", disse ele sobre a escola Gordonstoun, onde passou anos difíceis na adolescência, comparando o internato escocês a um castelo transformado em campo de prisioneiros pelos nazistas.

- "Brandy de cereja", disse aos 14 anos, quando entrou em um bar e se sentiu compelido a pedir uma bebida, causando um escândalo por não ter idade suficiente para beber álcool.

- "O que quer que signifique 'estar apaixonado', sim. Todo mundo tem sua própria interpretação", respondeu à pergunta se ele amava Diana Spencer em uma entrevista em 1981 por ocasião do noivado.

- "Estou absolutamente encantado e francamente surpreso que Diana esteja disposta a me aceitar" como marido, disse ele pouco antes.

- "Como um furúnculo monstruoso no rosto de um amigo querido e elegante", foi sua opinião em 1984 sobre uma proposta de modernização da National Gallery.

- "Realmente não há um emprego ou um papel estabelecido (...) seria muito fácil não fazer nada. O importante é servir este país", disse ele sobre seu papel na monarquia em 1985.

- "Tenho certeza que deve ser um inferno viver com uma coisa velha como eu!", afirmou em entrevista com Diana.

- "Venho falar com as plantas, realmente, é muito importante falar com elas. Acho que elas respondem", comentou sobre a jardinagem em 1986.

- "Sim. Até que as coisas se quebraram irremediavelmente, nós dois tentamos", disse ele em 1994, quando perguntado se ele tinha sido fiel a Diana.

- "A Sra. Parker Bowles é uma grande amiga... e continuará sendo amiga por muito tempo", disse na mesma entrevista, onde falou pela primeira vez sobre o fim de seu casamento.

- "Não sou muito bom em exibir sabedoria", declarou ele enquanto posava para fotógrafos em 1994.

- "Assustadoras e velhas estátuas de cera", teria dito sobre a delegação chinesa em declarações vazadas por ocasião da devolução de Hong Kong em 1997.

- "Espero, em particular, que a pesca ilegal da merluza austral ocupe um lugar de destaque em sua lista de prioridades", escreveu numa carta dirigida ao governo em 2004, mas revelada em 2015 por ocasião da publicação de cartas manuscritas endereçadas a diferentes ministérios durante o governo de Tony Blair.

- "Não suporto este homem. Ele é horrível, de verdade", disse ele sobre o correspondente real da BBC, capturado por um microfone, durante uma sessão de fotos com seus dois filhos antes de seu casamento com Camila.

- "Cansei de ser chamado de bastardo inglês (Pommie Bastard, expressão pejorativa australiana que designa os britânicos), posso garantir. Olha o que fez comigo. Graças a Deus foi bom para o caráter. Se você quer fortalecer o caráter vá para a Austrália", declarou ele em 2011 sobre seus estudos em Victoria.

- "Sua Majestade, mamãe", declarou durante o discurso de encerramento do Jubileu de diamante em 2012.

- "Não quero me ver na frente dos meus futuros netos dizendo: por que você não fez nada?", disse ele em 2013 sobre as mudanças climáticas.

- "Literalmente não temos mais tempo", lançou diante dos líderes mundiais na COP26 em novembro de 2021.

A Família Real anunciou a morte da Rainha Elizabeth II através de um comunicado na tarde desta quinta-feira (08). A monarca faleceu pacificamente aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia. Com isso, os principais clubes ingleses prestaram suas condolências nas redes sociais.

‘’O Manchester United compartilha a tristeza de toda a nação após o anúncio do Palácio de Buckingham sobre o falecimento de Sua Alteza Real a Rainha Elizabeth II’’, comunicou o perfil oficial do Manchester United.

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O Clube inglês joga contra o Real Sociedad ainda hoje, às 16h, pela Liga Europa. A partida não foi adiada e acontecerá normalmente, contando com homenagens à Rainha antes da bola rolar.

‘’O Manchester City deseja expressar suas sinceras condolências à Família Real após o falecimento de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II. A dedicação e o serviço de Sua Majestade têm sido exemplares e nos juntamos ao nosso país e à Commonwealth no luto por sua perda’’, disse o Manchester City.

A Premier League também prestou suas condolências para a Família Real. A liga ainda não se manifestou sobre o possível adiamento da 7ª rodada, prevista para acontecer neste sábado (10).

‘’A Premier League está profundamente triste ao saber do falecimento de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II. Nossos pensamentos e condolências estão com a família real e todos ao redor do mundo que lamentam a perda de Sua Majestade’’, afirmou em nota.

‘’O Chelsea Football Club está profundamente triste ao saber do falecimento de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II. Nós nos juntamos ao luto no Reino Unido e em todo o mundo. Gostaríamos de enviar nossas condolências à Família Real e a todos os afetados por esta notícia muito triste’’, comunicou o Chelsea.

‘’Lamentamos profundamente o falecimento de Sua Majestade, a Rainha. Junto com muitos de nossos apoiadores hoje, teremos tempo para lamentar e refletir sobre a vida incrível e o serviço dedicado de Sua Majestade’’, publicou o Arsenal.

‘’O Tottenham Hotspur se une à nação em luto pela morte de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II. O Clube gostaria de estender suas condolências a todos os membros da Família Real neste momento triste'', expressou o Tottenham.

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Morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos, a rainha Elizabeth II, confirmou o Palácio de Buckingham.

"A rainha morreu pacificamente em Balmoral nesta tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral essa noite e retornarão para Londres amanhã", escreveram nas redes sociais referindo-se a Charles e Camilla.

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A situação de saúde da monarca já havia deixado os britânicos em alerta desde as primeiras horas da manhã, quando foi emitido um comunicado informando que ela estava "sob supervisão médica".

"A rainha permanece confortável em Balmoral [residência da realeza na Escócia]", conclui a nota de apenas três linhas divulgada por volta das 8h30.

Nas horas seguintes, a apreensão ganhou corpo com a notícia de que os membros da monarquia começaram a se dirigir às pressas para Balmoral, incluindo o príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, que estão a caminho do Reino Unido.

Todos os quatro filhos da rainha - Charles, Anne, Andrew e Edward - estavam na residência desde as primeiras horas.

Desde que as notícias surgiram, súditos já se aglomeravam nos arredores do Castelo de Balmoral, e o Palácio de Buckingham, em Londres, suspendeu a tradicional cerimônia de troca de guarda.

Elizabeth II era rainha desde 6 de fevereiro de 1952, totalizando mais de sete décadas como soberana, reinado mais longevo na história do Reino Unido. (ANSA

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Da Ansa

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