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Nesta quarta-feira (8), a Operação Acesso Livre retirou mais de cinco toneladas de materiais espalhados nas calçadas da Rua Gomes Taborda (antiga Rua da Lama), no bairro do Prado. Os dados são da Prefeitura do Recife. Segundo a gestão municipal, foram removidos entulhos, resíduos, cadeiras, cavaletes cones, além da demolição de dois bancos de cimento e de um banheiro clandestino. 

A ação é a segunda da Operação, iniciado na terça-feira (7), no bairro de Afogados. De acordo com os responsáveis pela fiscalização, não houve resistência ou tumulto por parte da população. A Prefeitura informa que todos os moradores e comerciantes, em situação irregular, receberam notificação prévia sobre a Operação, desde o início de dezembro. 

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Nestes dois dias de intervenções, foram apreendidos 12 toneladas de entulhos e resíduos, um banheiro de madeira, sete cones de sinalização, nove cavaletes publicitários, seis faixas publicitárias, quatro compartimentos de lixo, oito grades de ferro, quatro cadeiras, dois bancos de cimento e oito metros de tela de ferro. 

Com informações da assessoria

 



O Brasil tem 2.906 lixões em atividade e das 189 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia apenas 1,4% é reciclado. Mudar esse quadro –  acabando com os lixões até 2014 e aumentando o percentual de reciclagem – é uma das principais metas da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que este ano vai discutir a geração e o tratamento dos resíduos sólidos. O evento ocorre em Brasília, de 24 a 27 de outubro.

O tema ganhou relevância após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305, de 2010, que determina que todos os municípios tenham um plano de gestão de resíduos sólidos para ter acesso a recursos financeiros do governo federal e investimento no setor.

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Os 1.352 delegados debaterão a PNRS com base nas propostas apresentadas nas 26 etapas estaduais e na etapa distrital e nas 643 conferências municipais e 179 regionais que mobilizaram 3.602 cidades e 200 mil pessoas. A conferência terá quatro eixos temáticos: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental.

Na etapa nacional, será produzido um documento com 60 ações prioritárias, sendo 15 por eixo. “O governo vai deter sua atenção nessas ações demandadas pela conferência para implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos,” disse o diretor de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Geraldo Abreu. Esses resultados constarão na carta de responsabilidade compartilhada da 4ª CNMA.

Pela Lei 12.305, após 2014 o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários. Além disso, os resíduos recicláveis não poderão ser enviados para os aterros sanitários e os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados.

O desafio é grande: existem quase 3 mil lixões no Brasil para serem fechados no prazo fixado na PNRS, apenas 27% das cidades brasileiras têm aterros sanitários e somente 14% dos municípios brasileiros fazem coleta seletiva do lixo. “Precisamos transformar os resíduos em matéria-prima para que o meio ambiente não seja tão pressionado. Perdemos potencial econômico com a não reutilização dos produtos”, explicou Abreu. Segundo o MMA, se os resíduos forem reaproveitados podem valer cerca de R$ 8 bilhões por ano.

“A gestão de resíduos sólidos, até a publicação da lei, se deu de forma muito desordenada, trazendo uma série de prejuízos à população. Vimos proliferar lixões por todo o Brasil, com desperdício de recursos naturais que, pela ausência de um processo de reciclagem, acabam indo para esses locais inadequados”, disse Abreu.

A conferência vai discutir, entre outras medidas, o fortalecimento da organização dos catadores de material reciclável por meio de incentivos à criação de cooperativas, da ampliação da coleta seletiva, do fomento ao consumo consciente e da intensificação da logística reversa, que obriga as empresas a fazer a coleta e dar uma destinação final ambientalmente adequada dos produtos.

Ratos, fezes e preservativos rodeiam Julio César Cu, um mergulhador de esgoto que há trinta anos ganha a vida em meio aos resíduos produzidos pelos mais de 20 milhões de habitantes da Cidade do México.

"Aqui achamos tudo o que você imaginar, de uma sacola de celofane até partes de carros", conta à AFP este homem robusto de 53 anos, vestindo roupa de neoprene e com seu escafandro na mão. Às vezes inclusive "estamos trabalhando e chega um corpo boiando", lembra.

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O mergulhador é consciente da dureza de seu trabalho e prova disso é que desde que o cargo foi criado, em 1980, é o único que se manteve no posto por 30 anos. Mas Julio César acredita que "alguém tinha que fazer este trabalho" em uma megacidade de mais de 20 milhões de habitantes, que produz diariamente 12.700 toneladas de resíduos. "O cheiro é desagradável, mas é tudo. A gente se acostuma", diz, pouco antes de iniciar seu primeiro mergulho do dia, em uma usina de bombeamento do centro da capital.

Sua função é, sobretudo, preventiva. Trata-se de descer as tubulações, canos e usinas de bombeamento e, enquanto nada ou se arrasta entre dejetos, descongestiona manualmente os resíduos - às vezes inesperados - que impedem a água de circular, acelerando um trabalho que uma máquina levaria até 15 dias para fazer.

E Julio César faz tudo às cegas. "Quando entramos, com 10 centímetros a visibilidade já é nula", explica o mergulhador que, pelas características pesadas e sujas da água negra, não usa cilindro de oxigênio, mas respira através de um "cordão umbilical" ligado ao exterior.

Os riscos debaixo das águas residuais

Julio César é monitorado de fora por três colegas - dois deles seus jovens aprendizes - que se comunicam com ele através de um sistema de microfones e fones instalado em seu escafandro, verificando que tudo esteja em ordem.

Este trabalho traz muitos riscos. "Uma gota d'água que chegue a nos tocar é uma infecção certa para nós", admite Julio César, explicando que os pregos, vidros ou seringas que correm pelas águas contaminadas da Cidade do México representam um verdadeiro risco para a saúde.

E embora assegure que nunca sofreu um acidente, ainda lembra com dor a perda de um colega, falecido há 15 anos arrastado pela água de uma represa. Sendo o seu trabalho altamente arriscado, com salário pouco atraente e ingrato, muitos se perguntam o que motiva este homem a continuar mergulhando, dia após dia, no esgoto. "Minha mulher diz que trabalho por amor à arte, mas gosto muito do meu trabalho, é minha paixão. O que me motiva, acho, é a emoção porque eu nunca sei o que vou encontrar lá embaixo", revela.

A necessidade de novas gerações

"A função do mergulhador ainda vai ter que existir um tempo mais e vai se reduzir à medida que a população aprenda a descartar seu lixo e não deixá-lo na rua, indo parar na rede de drenagem", explica Sergio Palacios Mayorga, pesquisador do instituto de Geologia da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).

Para o especialista, na Cidade do México se juntaram diferentes fatores que congestionaram a drenagem e tornaram necessário o trabalho do mergulhador: sua população gigantesca (é a terceira área urbana mais populosa do mundo, depois de Tóquio e Nova Délhi, segundo a ONU), sua "inadequada" construção sobre um lago e a fraca cultura de reciclagem de alguns mexicanos, que jogam o lixo nos rios ou ruas causando inundações.

Agustín Isaías é um técnico de informática de 32 anos, que há um ano e meio se prepara, ao lado de Luis Ángel, de 23, para dar continuidade ao trabalho de Julio César. Este aprendiz acredita que é importante que a prefeitura da capital dê mais recursos para "que possa haver mais gente" trabalhando como mergulhador no sistema de águas. "Seria bom que isto não se perdesse", disse o jovem, que não esconde a admiração por seu professor e acredita que faltam pelo menos um par de anos para poder trabalhar sem sua supervisão.

Até que isto aconteça e enquanto continuar treinando os dois rapazes, Julio César diz que continuará com seu ofício "até que o corpo aguente (...) Eu não quero que este trabalho de mergulho se perca porque, na verdade, é importante. Não é o ponto nevrálgico, mas sim, é importante".

O Ministério da Agricultura definiu o monitoramento dos níveis máximos de 290 tipos de resíduos e contaminantes para este ano, os quais são usados em carnes (bovina, suína, equina, caprina, ovina e de avestruz), leite, pescado, mel e ovos. O número de produtos que serão monitorados aumentou 40% sobre os 207 tipos de 2012. A relação de produtos consta da instrução normativa publicada na edição desta sexta-feira do "Diário Oficial" da União (DOU), que atualiza o subprograma de monitoramento referente ao Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal (PNCRB).

O Ministério da Agricultura afirma que o subprograma é atualizado anualmente pela Coordenação de Resíduos e Contaminantes (CRC), subordinada à Secretaria de Defesa Agropecuária. "O objetivo principal é promover a garantia de qualidade do sistema de produção de alimentos de origem animal ao longo das cadeias produtivas, levando em consideração a efetividade dos autocontroles instituídos por todos os entes responsáveis pela segurança do alimento", afirma o ministério, em nota.

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O coordenador de Resíduos e Contaminantes do ministério, Leandro Feijó, diz que a publicação da normativa oficializa a finalidade do PNCRB, que é obter informações sobre a frequência, níveis e distribuição dos resíduos de produtos de uso veterinário e contaminantes nas espécies monitoradas em todo o País. Os exames serão realizados nos laboratórios oficiais e credenciados da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários. A amostragem será aleatória, com sorteio dos estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF) e propriedades rurais dos quais serão colhidas as amostras.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) assinou, nessa quinta-feira (18), no Recife, uma parceria com a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). A ideia do convênio é incentivar o desenvolvimento do projeto que viabilizará quatro usinas experimentais movidas a biogás, combustível gerado a partir de resíduos, tais como lixo e fezes de animais.

De acordo com informações da instituição de ensino, o investimento foi de R$ 45 milhões, em que desse montante, 13% foi bancado pelo governo do Estado e todo o restante pela Chesf. O valor servirá para o estudo de viabilidade da produção de biogás, o mapeamento dos locais para a instalação das quatro usinas, a construção das plantas industriais, os equipamentos e a implantação de um laboratório especializado no setor.

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Duas das quatro usinas usarão a manipueira como matéria prima, com capacidade para gear 0,2 megawatts (MW). A manipueira é um líquido extraído da mandioca quando ela é prensada no processo de fabricação da farinha.  Uma das unidades usará a vinhaça, sub-produto do processo de produção do álcool, como matéria prima e produzirá 1 MW. Segundo a UFPE, toda energia é suficiente para abastecer em torno de 20 mil residências de classe média baixa. A previsão é que o projeto inteiro seja finalizado em 36 meses.  

 



O bairro do Arruda, localizado na Zona Norte do Recife, ganhará um Galpão de Triagem de Resíduos Recicláveis que terá o investimento de R$ 1.023.396,06 para a construção e aquisição de equipamentos. A Ordem de Serviço da obra com prazo de execução de oito meses será assinada nesta quarta-feira (20), às 15h, pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), na Rua Professor José dos Anjos.

Todos os recursos para a elaboração do depósito serão custeados pelo Executivo municipal. A finalidade da iniciativa é beneficiar dezenas de famílias que trabalham com a reciclagem no entorno do Arruda.

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O projeto prevê 959,7 m² de área construída em um terreno de 2.246m². Estão previstas áreas para triagem, armazenamento e expedição, além de banheiros, vestiários e escritório. Também serão adquiridos: uma balança mecânica de 500 quilos, duas prensas eletrohidráulicas de 25 toneladas de força, com capacidade de 200 litros para alumínio, plástico, papelão e PET; entre outros materiais. Além disso, o projeto contemplará a aquisição de dois veículos hidráulicos para locomoção dos materiais e um elevador.

 

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