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Os pedidos da diretoria do Internacional e, especialmente, de Paolo Guerrero surtiram efeito. Nesta sexta-feira, o centroavante não foi convocado pelo técnico argentino Ricardo Gareca para os dois amistosos da seleção do Peru nos Estados Unidos, em setembro, contra Equador e Brasil, e poderá defender o clube gaúcho na partida de volta das semifinais da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, em Porto Alegre.

Em uma entrevista coletiva na sede da Federação Peruana de Futebol (FPF, na sigla em espanhol), Gareca divulgou uma lista de 24 jogadores e explicou as razões de não chamar o centroavante do Internacional para os dois primeiros amistosos depois de terminar a Copa América no Brasil com o vice-campeonato - perdeu a final por 2 a 1 para a seleção brasileira no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

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"Foi um pedido especial dele, Guerrero não está. Aceitamos, sempre escutamos os jogadores. Ele estava na lista, mas pediu para não estar", afirmou Gareca, que terá pela frente os jogos contra o Equador, no dia 5 de setembro, em Nova Jersey, e contra o Brasil, em Los Angeles, cinco dias depois. Como os amistosos são realizados em datas Fifa, o Internacional seria obrigado a liberar o centroavante caso ele fosse chamado.

Dispensado da seleção, Guerrero poderá participar da partida contra o Cruzeiro, que está marcado para o dia 4 de setembro, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. E não terá que se desgastar em uma viagem longa, dos Estados Unidos ao Brasil, caso o Internacional avance à decisão da Copa do Brasil, que terá o jogo de ida no dia 11.

"Consideramos os pedidos dos jogadores e aceitamos. Nós decidimos que não está convocado, se decidiu em uma situação muito particular e especial. Não atendemos pedidos institucionais, mas sim os pedidos pessoais. Acreditamos que era o mais conveniente e aceitamos", completou Gareca, ressaltando que foi o pedido de Guerrero que foi atendido.

Na lista de convocados do Peru, o único jogador que atua no Brasil a ser chamado pelo técnico argentino foi o meia Christian Cueva, que não tem tido muitas chances no Santos com o também argentino Jorge Sampaoli. Gareca procurou manter a base do time que jogou a Copa América e manteve nomes de destaque como o goleiro Pedro Gallese, o lateral-esquerdo Miguel Trauco (ex-Flamengo), o meia Yoshimar Yotún e o atacante Raúl Ruidíaz.

Levar a seleção peruana para a final da Copa América foi um grande feito para o técnico Ricardo Gareca, que neste domingo, após a derrota por 3 a 1 no Maracanã, reconheceu a superioridade brasileira e apontou a evolução do seu time na América do Sul. O Peru foi a única seleção que furou a defesa brasileira na competição.

"O mais importante é perceber que evoluímos com o tempo. Isso não pode nos confundir e sim nos fortalecer. Não podemos ficar parados agora. Temos de seguir insistindo, manter a humildade, saber que somos uma boa seleção, que chegamos à final por méritos próprios, mas que há seleções melhores do que a nossa. Enfrentamos um rival que foi muito efetivo. Eu acho que estamos bem, apesar da dor da derrota. Estamos no caminho certo", disse o comandante, em entrevista coletiva.

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Gareca admitiu ter errado na primeira vez que enfrentou o Brasil nesta Copa América, na fase de grupos da competição, na qual perdeu por 5 a 0. Neste domingo, no Maracanã, voltou a sofrer três gols, mas reconheceu que seu time foi melhor, embora também tenha admitido a superioridade da equipe de Tite.

"O Brasil foi um justo ganhador. Nós melhoramos em relação ao jogo anterior. Tivemos nossos momentos, mas o segundo gol do Brasil foi importante. Eles aproveitaram bem as oportunidades. O que vem pela frente é continuar nos superando, continuar com calma. Estamos melhorando, vamos melhorar", disse. "Viemos ao Brasil para ganhar a Copa América, não conseguimos, mas viemos com essa mentalidade, de ganhar."

Ao contrário da conduta da Argentina, a seleção do Peru evitou culpar a arbitragem e a Conmebol pela derrota na final para a seleção brasileira neste domingo (7), no Maracanã. O técnico Ricardo Gareca discordou de Messi sobre a possibilidade de haver corrupção na entidade que organiza a Copa América e preferiu defender o futebol sul-americano.

"Messi é uma voz autorizada, mas não significa que concorde com ele. Respeito o jogador, o homem. Não tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. Creio que ele parece ser uma pessoa bem centrada, mas eu não gostaria que os sul-americanos fossem abordados como corruptos", disse o treinador argentino. "Na Europa há coisas boas, mas nós também temos e gostaria de defender o futebol sul-americano. Para falar de corrupção, é preciso ter provas muito sólidas", analisou.

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Acostumado a dar poucas entrevistas, o craque argentino mudou sua conduta e desabafou contra a arbitragem da competição e a Conmebol após a vitória por 2 a 1 sobre o Chile, que garantiu o terceiro lugar à sua seleção. "Não fui à premiação porque nós não temos que ser parte desta corrupção. Nos faltaram com respeito durante toda esta Copa. Não nos deixaram chegar na final", afirmou o camisa 10, que também disse que a "Copa América está armada para o Brasil".

Sobre o boato de que pode substituir Lionel Scaloni no comando da Argentina, Gareca foi assertivo e afirmou que pretende cumprir seu contrato com a seleção peruana, que tem validade até 2021 e pode ser renovado caso a equipe se classifique à Copa do Mundo do Catar, em 2022.

"Tenho um grande respeito pelo meu país, tenho muito carinho, sou argentino, amo meu país. Mas tenho um contrato com um país que me ofereceu tudo, me deu tudo. Para além de qualquer situação que envolva clubes, países, o que seja, eu estou acostumado a respeitar contratos", apontou.

Na final deste domingo, o juiz assinalou, com direito à confirmação com a ajuda do árbitro de vídeo, um pênalti polêmico a favor do Brasil. Os jogadores peruanos reclamaram muito, mas Gareca preferiu não entrar em polêmica. Apesar disso, o treinador indicou que o VAR precisa ser aperfeiçoado e pediu que as imagens geradas pela tecnologia e os áudios dos árbitros sejam expostos.

"O pênalti eu não sei, estava tão longe. Tenho informações diversas. Eu não saberia dizer. Na minha carreira já fui favorecido, já fui prejudicado. Faz parte", declarou. "Depois vamos entrar num debate sobre o que manter, o que incluir. Vai melhorar aos poucos, para que não se tenha tantas dúvidas e que os árbitros tenham mais segurança. Seria bom se nós soubéssemos o que acontece, o que falam. Se não, se alimenta qualquer tipo de suspeita", completou.

O técnico da seleção peruana, Ricardo Gareca, disse nessa sexta-feira, após o sorteio das chaves da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, que gostou de ter França, Austrália e Dinamarca como primeiros adversários, no Grupo C. Para ele, o nível de dificuldade que os peruanos encontrarão fará o time buscar o melhor rendimento possível.

"São rivais para tomar cuidado. É muito bom para nós. É importante. Nos farão buscar o máximo rendimento", disse o treinador, a uma emissora peruana. "É um grupo difícil, mas gostei. As características deles podem se adaptar bem às nossas."

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De volta a uma Copa do Mundo depois de 36 anos, o Peru terá como principal desafio na primeira fase uma das seleções favoritas ao título em 2018, a França. "É um time que pode mostrar seu diferencial. O torcedor peruano precisa ficar tranquilo e confiar em nós. Vamos ter cuidado. Será um grande aprendizado, mas temos expectativas importantes."

O Peru estreia no Mundial contra a Dinamarca, no dia 26 de junho em Saransk. Depois, viaja a Ecaterimburgo para enfrentar a França. Por fim, joga contra a Austrália em Sochi.

AUSTRÁLIA - O zagueiro Bailey Wright, da seleção australiana, disse depois do sorteio que não teme enfrentar a França no Grupo C da Copa do Mundo. "Você olha para a intensidade e os jogadores que eles têm para colocar em campo e percebe que é por isso que eles estão lá", disse, à Sky Sports. "Eles são alguns dos melhores do mundo. Mas é por isso que você quer jogar num torneio como esse. Você quer jogar contra os melhores países e os melhores jogadores, e a França tem isso. Mas vamos enfrentar qualquer um."

O técnico da seleção do Peru, o argentino Ricardo Gareca, tem na partida desta terça-feira (17) em Salvador uma oportunidade de melhorar a sua imagem com o torcedor brasileiro. Não que isso seja fundamental em sua carreira. Mas é, digamos, "um capricho". É que ele não conseguiu dizer a que veio na sua breve e fracassada experiência no Palmeiras no ano passado e gostaria, por profissionalismo e certa dose de vaidade, mostrar que tem "predicados".

A rigor, "El Tigre", como esse argentino de 57 anos é conhecido, tem até preocupações maiores. Apesar de sua situação na seleção peruana ter melhorado após a vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai, na última sexta-feira, a sua cabeça ainda não está livre da guilhotina.

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A expectativa e a pressão para o Peru voltar a participar de uma Copa do Mundo depois de tantos anos de ausência - a última vez em que esteve presente foi em 1982, na Espanha - é grande e os resultados ruins nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias para o Mundial de 2018, na Rússia, o deixaram sob risco.

Ricardo Gareca foi o primeiro treinador a desembarcar no Brasil nesta onda de contratação de estrangeiros. Chegou antes do uruguaio Diego Aguirre e do colombiano Juan Carlos Osorio. Como os colegas gringos, não durou muito no cargo.

Seu trabalho no Palmeiras foi encerrado depois de menos de três meses (começou em 16 de junho de 2014 e foi demitido em 1.º de setembro) com oito derrotas, um empate e quatro vitórias em 13 jogos - um pífio aproveitamento de 33%.

Demissão que ainda fere o orgulho do treinador. "Gostaria de ter ficado mais tempo no Palmeiras e feito um bom trabalho. Mas foi muito difícil para mim e a verdade é que não me saí muito bem", admitiu durante a Copa América disputada no meio do ano no Chile.

E, segundo pessoas próximas a Ricardo Gareca, o que mais o chateou foi não conseguir mostrar em um país em que o futebol tem força enorme aquilo que caracterizou seu trabalho de quase 20 anos como treinador (começou em 1996, no Talleres argentino). De maneira resumida, defende um futebol de aplicação tática, mas sem abdicar nunca do jogo ofensivo.

SEM ENGRENAR - Ele voltou para a Argentina, mas foi parar no Peru - onde está desde março e tem prestígio pelo trabalho feito no Universitário em 2007 e 2008 (levou o time de Lima à conquista do Torneio Apertura). O problema é que, apesar do terceiro lugar na Copa América, a seleção não engrena - em 13 jogos são quatro vitórias, três empates e quatro derrotas. "Gareca precisa corrigir os erros rapidamente se quiser se manter no caminho da classificação", criticou o jornalista peruano Julio Menéndez.

O treinador reconhece que a seleção ainda não atingiu o rendimento ideal, mas diz acreditar no potencial dos jogadores e demonstra confiança em dar mais um passo, que seria o maior, contra o Brasil de Neymar. "É possível vencer o Brasil e vamos trabalhar para isso", garantiu. Ricardo Gareca sabe a importância de um bom resultado na Arena Fonte Nova para ele. Pelo passado, presente e futuro.

Após reunião realizada na tarde desta segunda-feira (1º), a diretoria do Palmeiras anunciou a demissão do técnico Ricardo Gareca. O argentino não resistiu à sequência negativa de oito derrotas em 13 partidas e foi dispensado junto do preparador físico Néstor Bonillo e do auxiliar técnico Sergio Santin. Alberto Valentim será novamente o interino do clube paulista.

"O argentino Ricardo Gareca não é mais técnico da Sociedade Esportiva Palmeiras. Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, na Academia de Futebol, o clube decidiu pela saída do treinador", anunciou o clube, em nota. "A Sociedade Esportiva Palmeiras agradece os serviços prestados pelo técnico e deseja sorte na sequência de sua carreira."

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Gareca chegou ao clube em junho, mas só estreou no comando da equipe depois da Copa do Mundo, em julho para poder conhecer melhor o elenco antes de ir para a beira do gramado. Aposta da diretoria, o treinador não correspondeu às expectativas, após brilhar à frente do Vélez Sarsfield, da Argentina.

Em 13 jogos, conquistou quatro vitórias, um empate e oito derrotas. Dois dos triunfos foram obtidos na Copa do Brasil - outro aconteceu em amistoso. No Brasileirão, foi apenas uma vitória, além de um empate e seis derrotas, resultados que chegaram a empurrar o time para a lanterna da tabela.

No momento, o Palmeiras está apenas uma posição acima da zona de rebaixamento, com os mesmos 17 pontos do Criciúma, já dentro da zona da degola. Com esta sequência no comando da equipe paulista, Gareca registrou aproveitamento de apenas 16% dos pontos, abaixo até do lanterna Vitória.

Os seguidos tropeços aumentaram gradativamente a pressão sobre o técnico e sobre a própria diretoria, que bancou o treinador até o último momento. No entanto, a gestão do presidente Paulo Nobre acabou não resistindo nesta segunda, principalmente em razão do risco de novo rebaixamento à Série B, justamente no ano do centenário do clube.

Gareca deixará como legado ao clube quatro jogadores argentinos contratados em sua passagem pelo clube. Tobio, Allione e Cristaldo trabalharam com o treinador no Vélez. Além deles, ele indicou a contratação de Mouche. Com estes reforços, o Palmeiras passou a contar com oito estrangeiros no elenco - há ainda Victorino, Eguren, Mendieta e Valdivia. Pelas regras da CBF, os times só podem contar com cinco jogadores estrangeiros inscritos por jogo.

Sem o treinador argentino, o Palmeiras agora busca por um novo nome para comandar a equipe. E o mais cotado para assumir é Dorival Júnior. Jorginho, que comandou o time em 2009, também é um dos nomes considerados pela diretoria.

Apesar da situação delicada no Campeonato Brasileiro, o técnico Ricardo Gareca continua no comando do Palmeiras e neste sábado, pela primeira vez, deu uma entrevista mostrando muito abatimento e em alguns momentos até irritação. "Temos qualidade no time e força para sair dessa situação. Se a diretoria confia em meu trabalho, vamos seguir até o fim", avisou.

Ao ser questionado sobre seu limite, deixou claro que não pretende abandonar o barco. "Dirigir o Palmeiras é o que melhor aconteceu em minha carreira. Quero seguir, porque nunca tive um rebaixamento na carreira", afirmou, após a derrota por 1 a 0 para o Internacional, no Pacaembu, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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Gareca assegura que não tem dúvidas sobre o seu trabalho. "Nós temos força para suportar tudo isso. Se eu sentisse que não tivesse, eu já teria saído. Estou convencido do meu trabalho e do que posso fazer. Se a diretoria confia, vamos manter o trabalho. Creio nos jogadores e quero devolver a confiança para eles", disse.

O momento de maior tensão foi quando acabou questionado sobre o fato de ter montado um time muito ofensivo para o duelo com o Inter. "Jogo para ganhar. O Palmeiras é muito grande. Vieram 30 mil pessoas ao Pacaembu para ver o time vencer e não jogar na defesa. Sempre joguei para frente. Se quiser que o Palmeiras mude isso, que contrate outro técnico", afirmou, elevando o tom da voz. "Eu sou o melhor para o Palmeiras, Estou machucado, mas tenho fé que tudo vai mudar".

Já o diretor executivo, José Carlos Brunoro, assegurou que Gareca fica, mas promete mudanças. "Do jeito que está, não dá. O técnico fica, mas algumas coisas precisam mudam. Precisamos recuperam a autoestima do grupo."

A terceira derrota seguida do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, em três jogos sob seu comando, criou uma situação desconfortável para o técnico argentino Ricardo Gareca. Ele garante que continua acreditando que a equipe vai encontrar o "rumo", mas reconhece que não sabe se a diretoria terá paciência para esperar até seu trabalho começar a dar resultados.

"Não falo do futuro e sim do jogo com o Corinthians, que ganhou merecidamente", disse, na entrevista coletiva. "Penso em fazer o meu trabalho. Agradeço pela confiança do presidente (Paulo Nobre), da diretoria, mas não sei o que eles pensam com três derrotas seguidas", acrescentou, com franqueza.

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Abatido, Ricardo Gareca admitiu que não esperava passar por uma fase tão difícil logo no início de seu trabalho. Mas garantiu ter força para fazer o time reagir. "Não pensava em viver esse momento, mas já passei por situações difíceis na minha carreira. É difícil perder três jogos seguidos aqui, na Argentina e em qualquer parte do mundo. Mais ainda um clássico. Mas tenho força para continuar e estou convencido de que com o tempo posso armar um bom time".

A princípio, Ricardo Gareca não corre risco, mesmo porque foi uma aposta de Paulo Nobre que sabe que um treinador precisa de tempo para implantar a sua filosofia de trabalho. Mas tropeços consecutivos, mal rendimento do time e a situação delicada na tabela de classificação de uma equipe que voltou este ano para a primeira divisão podem trazer turbulência.

O argentino, no entanto, continua acreditando que, mesmo que o atual elenco não receba grandes reforços, poderá se recuperar no Brasileirão - e manter a boa campanha na Copa do Brasil. Mas admite que isso tem de ocorrer rapidamente. "Eu penso que o Palmeiras tem qualidade. Nós temos bons jogadores", defendeu. "Mas não estivemos em um bom dia", concluiu, falando especificamente da partida deste domingo.

Ricardo Gareca reconheceu que o Corinthians teve o controle do jogo e que foi superior até mesmo no primeiro tempo, quando a partida foi mais equilibrada e o Palmeiras, pelo menos, conseguiu se defender bem. "O Corinthians teve mérito por não nos deixar jogar. Nunca tivemos uma oportunidade clara para atacar. Tivemos posse de bola, mas atacamos pouco".

Quanto à necessidade de reação rápida, uma boa oportunidade se apresentará na próxima rodada - o Palmeiras recebe o Bahia, que está na zona do rebaixamento. Ricardo Gareca pode aproveitar o amistoso desta quarta-feira contra a Fiorentina, no estádio do Pacaembu, para fazer alguns ajustes na equipe pensando no confronto do próximo domingo.

Mas futebol consistente, o Palmeiras talvez ainda demore para mostrar. "Com o tempo se pode armar um bom time. É uma etapa difícil, mas vamos ter de suportar e superar", disse Ricardo Gareca.

O técnico Ricardo Gareca comandou um treinamento na manhã desta sexta-feira, na Academia de Futebol, e não quis dar pistas do time do Palmeiras que faz o clássico com o Corinthians, domingo, no Itaquerão, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. O treinador garante que ainda tem dúvidas na formação, já que, após três partidas fazendo testes, ele conta com diversas opções para definir os titulares.

Nem mesmo a formação tática ele tem definida. A tendência é que ele mantenha o time no esquema 4-3-3, mas existe a possibilidade dele montar um time mais cauteloso, armado no 4-4-2. "Agora ainda não temos o time. Amanhã (sábado) é possível que confirme a escalação. Para jogar com três atacantes, vou ver como se recuperam os jogadores", disse o treinador.

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Quem pode fazer a diferença é Marcelo Oliveira. O fato de o jogador atuar em várias posições, cria diversas opções. "Vou resolver, mas tenho que resolver no futuro. Ele pode jogar em todas as posições. É importante para ter tranquilidade em que posição ele vai jogar", explicou Gareca.

Marcelo Oliveira pode jogar na zaga, como lateral-esquerdo e volante. Existem oito jogadores que têm presença confirmada no jogo: Fábio, Wendel, Tobio, Marcelo Oliveira, Renato, Wesley, Felipe Menezes e Mouche. Os demais brigam por posições.

O Palmeiras trata as contratações de Fernando Tobio e Lucas Pratto como prioridades e espera sacramentar os dois acordos ainda durante a Copa do Mundo. Os dois contam com o aval e a indicação de Ricardo Gareca, que trabalhou com a dupla no Vélez Sarsfield, e as conversas estão em situações bem distintas, mas a confiança entre os dirigentes é grande em um desfecho feliz nas negociações.

Tobio tem contrato até o fim de junho e já mantém conversas adiantadas em relação a salário. Como já está livre para acertar com outro clube, o que pode dificultar o acerto é a possibilidade de algum time aparecer nos próximos dias e oferecer uma proposta tentadora. Por isso, o Palmeiras corre para tentar acertar tudo até o começo da semana que vem.

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Em relação a Pratto, o clube conta com a forte concorrência do Valencia, que quer comprar 100% dos direitos federativos do atleta. O time espanhol ofereceu 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 13,8 milhões), valor não aceito pelos argentinos, que querem 5 milhões de euros (aproximadamente R$ 15,4 milhões).

O Palmeiras fez uma proposta por 50% dos direitos e pela metade do que quer o Vélez, mas o negócio não foi adiante. O time argentino quer negociar 100% e exige que a conversa seja feita pessoalmente. O Palmeiras enviou a proposta por fax.

A vontade de Pratto em voltar a trabalhar com Gareca, entretanto, pode ajudar - e, caso o Palmeiras consiga igualar o que foi oferecido pelo Valencia, pode conseguir contratar o atacante.

A procura por um novo treinador faz com que a diretoria do Palmeiras olhe também para fora do Brasil. O ex-lateral e atual treinador Arce e Ricardo Gareca estão na seleta lista de treinadores que serão sondados pelos dirigentes do time antes que eles definam quem vai substituir Gilson Kleina. Mas se depender do zagueiro Lúcio, a vaga será preenchida por um técnico do Brasil.

"É uma outra cultura. Tem que saber se ele fala português fluente para passar todas as orientações. É complicado. É mais fácil para ele e para nós, porque tudo influencia", disse o capitão palmeirense, que acredita ser necessário um treinador brasileiro pois a equipe não tem muito tempo para perder.

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"Futebol é dinâmico e tem momentos que não dá para parar e explicar devagar. Fica bem mais difícil alguém que não domina a língua", avisou o defensor. Entretanto, Lúcio garante que não tem qualquer interferência na escolha. "Meu foco está no campo. Os jogadores estão fechados ao máximo para isso˜ (falta de técnico) não atrapalhar o nosso rendimento."

Lúcio pode não gostar da possibilidade, mas existem chances reais do técnico do Palmeiras ser um estrangeiro. A favor do paraguaio Arce, conta seu passado pelo clube e o fato de saber falar português, já que além de jogar muitos anos no Palmeiras, também defendeu o Grêmio e fez estágio para treinador com o técnico Luiz Felipe Scolari. Já Gareca conta com a experiência. O argentino já tem 56 anos e até o ano passado trabalhava no Vélez Sarsfield, onde saiu após quatro temporadas. Ele também negocia com o Universidad do Chile e com times do futebol espanhol.

Além dos dois estrangeiros, quem também está na disputa são Dorival Júnior e Vanderlei Luxemburgo, que estão desempregados desde o fim do ano passado. Enquanto não define quem será o técnico, Alberto Valentim permanece como interino e será o comandante da equipe na partida contra o Vitória, domingo, em Salvador, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

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