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Instituído a partir de 1985 com a realização do Festival Live Aid, o 13 de julho se tornou um marco entre os fãs da cena rock n' roll. Para celebrar o Dia Internacional do Rock em São Paulo, fãs do segmento poderão curtir uma semana inteira com cerca de 50 atrações artísticas em 25 pontos da capital. A Semana Municipal do Rock acontece entre os dias 6 e 14 de julho.

Entre os principais shows gratuitos da semana especial estão as apresentações da banda Dead Fish (dia 7), na Casa de Cultura de São Mateus, e a cantora Miranda Kassin homenageia Amy Winehouse (1983-2011) na Casa de Cultura da Freguesia do Ó (dia 12) e na Casa de Cultura de Guaianases (dia 13). A banda Vanguart também se apresenta em dois locais, primeiro na Casa de Cultura do Tremembé (dia 9), depois na Casa de Cultura da Brasilândia (dia 11).

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No dia 13, o Dia Internacional do Rock, muitos shows estão programados para a região central da cidade. A banda Legião Urbana, com dois membros de sua formação original, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos, toca na Praça da República. No mesmo palco, a cantora carioca Marina Lima e a banda paulistana Ira! também são os destaques. Outro palco, montado no cruzamento da Avenida Ipiranga com a Rua 24 de Maio terá a banda gaúcha Krisiun, do segmento death metal, o cantor Supla e o líder da banda de heavy metal Almah, Edu Falaschi. Bem próximo, no Centro Cultural Olido, acontece uma feira de discos de vinil, shows de Deaf Kids e Mercenárias, além do Festival de Novas Bandas. Todos os eventos serão gratuitos.

Ainda no dia 13, as comemorações seguem no Centro Cultural São Paulo (CCSP), com o encontro das bandas The Mönic e Violet Soda. Os ingressos custam R$ 25. Já no Centro Cultural da Penha, em evento gratuito, o show "Somos Todos Bolívia Rock" homenageia Edgar Franz, fotógrafo conhecido como Bolívia Rock, e a banda Ôncalo se apresenta tocando sucessos do pai do rock brasileiro Raul Seixas (1945-1989).

Confira a programação completa da Semana Municipal do Rock em www.capital.sp.gov.br.

O Brasil é um dos 10 maiores consumidores da música rock no mundo, segundo uma avaliação da plataforma musical Deezer. O ritmo é tão amado no país que ganhou até um dia para chamar de seu. O 13 de julho foi escolhido por Phil Collins para ser o Dia Mundial do Rock. Em 1985, o cantor batizou a data depois de ter tocado nas duas cidades do marcante festival Live Aid (Londres e Filadélfia).

Por aqui, a data se popularizou quando rádios de São Paulo dedicadas ao ritmo começaram a anunciar em sua programação o 13 de julho como sendo especial para os roqueiros. Com o tempo, os ouvintes abraçaram a ideia e o dia se tornou popular em todo o país.

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Mesmo não estando mais em seu auge, esse gênero musical ainda coleciona inúmeros fãs das mais diversas vertentes. Suas letras e sons atravessam gerações desde os anos 1950, época do seu surgimento, e até hoje mantêm um público fiel. Lucas Reis, guitarrista da banda pernambucana Diablo Moto, justifica essa imortalidade: “O rock é a melhor forma de sentir e transmitir todo tipo de energia sem preconceitos, sem barreiras, sem nenhum tipo de trava social que existe”, e conclui:  “É talvez a melhor forma de passar certos tipos de ideias que vão de encontro com o óbvio, o socialmente aceito e o politicamente correto”.

Jarbas Brandão, de 49 anos, é outro fã desse gênero musical marcante, e relata o que o atraiu: “Curtir rock, gostar de rock de maneira geral é ser uma pessoa que tem atitude, personalidade, que quer buscar a felicidade, diversão, conhecimento, amizade, não importa a idade... O rock simboliza tudo isso”, e completa “Ele tem letras mais agressivas que tratavam de coisas atuais, problemas da sociedade, etc.”

 

A NOVA GERAÇÃO DE FÃS

Cortesia/Eber Pimenta

Para os fãs mais jovens, os motivos que fizeram com que o rock os conquistassem não se diferem tanto da geração anterior de roqueiros. Renata Vasconcelos, estudante de jornalismo de 19 anos, é uma das representantes desses fãs mais jovens, e conta que desde muito nova já achava o ritmo fascinante, e que se atraiu por conta das longas letras muitas vezes reflexivas, além do destaque que o baixo e o violão recebem nas músicas.

Eber Pimenta, que além de ser um amante dessa música faz também parte dela, definiu: “O rock é uma religião, vamos colocar assim, da liberdade, da crítica, da rebeldia, do seu próprio jeito de ser. [...] Ele fala das coisas importantes da vida de uma forma crítica, mas sem perder aquela coisa do ‘sexo, drogas e rock e roll’”. O estudante de 22 anos é vocalista da banda Gelo Baiano, formada em 2011, e tem como inspiração para suas composições grandes nomes como Anthony Kieds, Alex Turner, Humberto Gessinger e Rodrigo Amarante.

“O que me fez entrar nisso foi aquela vontade de querer ser como meus ídolos, querer fazer parte daquela história, fazer meu produto, meu material”, conta ele, que ressalta ainda a importância das novas e antigas bandas nacionais continuarem propagando o ritmo para a geração atual, para que esse ritmo nunca morra.

O DECLÍNIO DO ROCK

Apesar de resistir à passagem de décadas, se mantendo atual e ainda cativando novos públicos, o ritmo já não tem a mesma força de antes. Se na década de 80 o Brasil respirava o rock, atualmente o gênero perdeu espaço para estilos como o sertanejo e o forró, que vem ganhando força de norte a sul no país. "A verdade é que o público hoje não quer saber muito de rock. Aí a gente entra naquela discussão... Será que o rock morreu?  Eu, particularmente, acho que ele nunca vai morrer, mas também nunca mais terá a força que já teve décadas atrás", ressalta Eber Pimenta.

Jarbas Brandão compartilha do mesmo sentimento, e chama atenção para o fato de não haver tantos lugares para quem ainda curte esse tipo de música. "Infelizmente [em Recife] nós não temos muitos locais dedicados ao rock n’ roll por conta de uma série de fatores. A gente não tem muita oportunidade de criação de espaço por aqui. Tem alguns festivais e algumas festas, mas a coisa fica muito no underground, não muito conhecida", lamenta. 

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Após dois anos trabalhando em seu primeiro CD, a banda pernambucana Semente de Vulcão volta aos palcos nesta quinta (23) para lançar seu disco Expresso do Fim do Mundo. Para celebrar o momento, o grupo realiza um show no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Shopping Rio Mar. A apresentação tem início às 20h e a entrada é franca.

A princípio, o disco será disponibilizado apenas na internet, com download gratuito através do site da Semente de Vulcão. Expresso do Fim do Mundo tem produção musical de Paulo Rafael, ex-Ave Sangria e guitarrista de Alceu Valença.

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Sem auxilio de editais, o CD é baseado na teoria dos deuses astronautas, do escritor suíço Eich Daniken, e no livro O 12° planeta, do americano Zecharia Sitchin. No show, o tom performático é a característica da banda. Os integrantes utilizam maquiagens e figurinos com uma forte referência ao teatro.

A Semente de Vulcão tem João Menelau no vocal; Léo Stegmann na craviola, bandolim, guitarra e vocais; Marcelo Araújo no violão e vocais; Rostan Júnior, na percussão e bateria; e Ruan Adrade no contra-baixo e vocais.

Serviço

Show de lançamento do CD Expresso do Fim do Mundo, da banda Semente de Vulcão

Quinta (23) | 20h

Teatro Eva Herz- Livraria Cultura do Shopping RioMar (Avenida República do Líbano, 251 - Pina)

Gratuito

 

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