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O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), primeiro parlamentar do Brasil a contrair coronavírus, declarou que teve uma agenda cheia no Congresso antes de receber o diagnóstico. Ele esteve em audiências com senadores, se reuniu com ministros e participou da sessão que derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Outros 498 parlamentares, sendo 439 deputados e 59 senadores, estavam na votação. 

“Eu abracei meio Congresso. Você entra lá vindo de uma viagem internacional e acaba abraçando os caras. A gente gosta deles. Eles gostam da gente. A gente abraça, pergunta como foi [a viagem]. Estive com Rodrigo Maia, com Davi Alcolumbre, com Paulo Guedes, com Mandetta, com Ramos, numa reunião em que falei que deveríamos tomar providências e ter disciplina. Não precisamos esperar morrer um para depois fazer o que tem que fazer”, afirmou Nelsinho Trad, referindo-se aos ministros da Economia, Saúde e Secretaria de Governo. 

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O senador afirma ainda que tem “certeza” de que sua contaminação pelo COVID-19 se deu no avião presidencial. Ele fez parte da comitiva de Jair Bolsonaro nos Estados Unidos e diz ter viajado sentado na poltrona à frente do secretário de comunicação da presidência, Fábio Wajngarten. Trad é presidente da Comissão de Relações Exteriores e presidiu a reunião da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (CPCMS) no Senado e esteve com o embaixador da Síria, Mohamad Khafif.

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (28) que o encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no início da manhã de hoje foi "excelente" e durou cerca de uma hora. Questionado sobre se conversaram sobre a tramitação da Reforma da Previdência no Congresso, Bolsonaro respondeu apenas que trataram de "um montão de assuntos".

Ao Estadão/Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, Maia confirmou mais cedo que a tramitação da reforma foi assunto da conversa. Ele também afirmou que o governo ainda está discutindo a possível transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Há uma movimentação no Congresso para que o órgão saia da competência do Ministério da Justiça e retorne à estrutura do Ministério da Economia. O ministro Sérgio Moro (Justiça) é contrário à mudança e tem feito apelos públicos para que a sua pasta não seja desidratada.

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No sábado (27), Maia negou que tenha feito críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) quando falou da atuação deles em relação ao pai, o presidente Jair Bolsonaro, em entrevista publicada pelo site Buzzfeed Brasil. Em nota, afirmou que "as informações estão totalmente fora de contexto e que a entrevista aparenta uma agressão verbal que não ocorreu".

Ao Buzzfeed, Maia disse que Eduardo teria saído do "baixíssimo clero" para comandar uma política externa que "é essa loucura aí" e que estaria vivendo um "momento de deslumbramento". Carlos, por sua vez, seria "doido à vontade" mas com estratégia definida por Bolsonaro nas redes sociais.

Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada perto da hora do almoço neste domingo e foi visitar o seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que mora em apartamento em um bairro de classe média alta de Brasília. Ao chegar ao local, disse que é a primeira vez que visita a casa do seu primogênito. Ele chegou acompanhado por seu filho mais novo, Jair Renan.

'Escola sem Partido'

O presidente voltou a defender a ideia da Escola sem Partido e disse que não pode existir um lado apenas nas salas de aula. "Nós queremos a escola sem partidos, ou se tiver partidos, que tenha os dois lados. Não pode é ter um lado só na escola, isso leva ao que não queremos", disse, sem dar maiores detalhes.

O presidente falou sobre o tema ao ser questionado sobre um vídeo postado em seu Twitter nesta manhã com a legenda "professor tem que ensinar e não doutrinar". O vídeo mostra uma aluna questionando uma professora sobre críticas que teriam sido feitas ao governo e ao guru bolsonarista Olavo de Carvalho.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai buscar apoio do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para sua tentativa de reeleição no comando da Casa Legislativa. Os dois se reúnem nesta sexta-feira (4) no Palácio dos Bandeirantes.

Doria tenta aumentar sua influência no comando nacional do PSDB e reforçou sua aproximação com Maia após ser eleito governador. Na Câmara, a legenda tucana ainda não oficializou sua posição em relação à eleição para a Mesa Diretora. Mas há indicação de que isso aconteça. No último dia 2, o líder do partido na Casa, Nilson Leitão (MS), declarou que a tendência do PSDB é apoiar Maia.

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Na quinta-feira, PSL, PRB e PSD anunciaram apoio formal a Maia. O PSD elegeu 34 deputados para a nova legislatura. O PSL terá ao menos 52 parlamentares na Casa - o número deve crescer já que eleitos já sinalizaram a possibilidade de migrar para a legenda de Bolsonaro. Já o PRB, terá 30 deputados. Com isso, se os deputados forem fiéis às orientações de suas lideranças, Maia poderá ter ao menos 145 votos, incluindo nesta conta os 29 do próprio DEM na Câmara.

O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (PE), negou que houve o chamado "toma lá da cá" na consolidação do apoio do partido à candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara. Mesmo assim, Bivar confirmou que foram negociadas posições estratégicas para o partido de Jair Bolsonaro, caso Maia seja reeleito.

A chefia da Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ) foi uma destas posições, assim como a Comissão de Finanças e Tributação e também uma vaga na mesa diretora. Com isso, o PSL amplia exponencialmente seu poder na Casa. "Não houve troca de cargo. A CCJ faz parte da governabilidade", disse Bivar. "Nada ali é remuneratório", afirmou. "Temos uma participação efetiva, para viabilizar a pauta econômica que é o mais significativa para nosso projeto", disse.

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Bivar conversou com jornalistas depois da reunião com parlamentares eleitos do partido, realizada na manhã desta quinta-feira, na Câmara. Segundo ele, o encontro, convocado de última hora, foi feito para consolidar o apoio da legenda ao democrata. Participaram 17 eleitos, entre eles, Major Olímpio (SP), o líder do partido na Câmara, Delegado Waldir (GO) e Joice Hasselmann (SP). O deputado reeleito e filho do meio do presidente, Eduardo Bolsonaro (SP) não estava presente.

"Sentimos um sentimento de coesão, de uma agremiação que tem uma ideia só. Eu acho que a gente dando essa sustentação ao governo federal vamos viabilizar as reformas que o País exige. O PSL não vai ser um partido de questão fechada, somos liberais por natureza", afirmou Bivar. "Não estamos com o Rodrigo Maia por estar, foi a convergência das ideias dele", disse. Bivar afirmou que o partido dará a Maia 53 votos - número total de deputados da legenda em 2019. A votação na Câmara é secreta.

Bivar fez questão de ressaltar que o apoio é uma decisão do partido e não do governo Bolsonaro e disse que nem chegou a conversar com o presidente sobre o tema, antes de tomar a decisão. Ele disse que conversou ontem com membros do governo, como o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e que "todos entenderam a posição do PSL".

Uma das principais articuladoras do apoio do PSL a Maia, a deputada eleita Joice Hasselmann disse que houve resistência dentro do partido, mas que elas foram superadas. "Todas as resistências internas que havia no grupo caíram por terra hoje. Houve ali uma reclamação de um ou outro parlamentar que queria ter participado diretamente das negociações", disse.

Candidato ao Senado

O senador eleito Major Olímpio decidiu aceitar a proposta do partido de concorrer à presidência do Senado na nova legislatura. "Eu me coloco com mais uma opção nesse processo", disse. Ele voltou a defender que a escolha da Casa seja feita pelo voto aberto e admitiu que o principal candidato hoje é o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que tem uma posição contrária à sua sobre o processo eletivo.

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