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Um estudo publicado na revista científica Nature revela que na região desértica do Saara Ocidental e do Sahel há mais de 1,5 milhões de árvores. Descobertas através do uso da inteligência artificial, as árvores foram identificadas com imagens de satélite combinadas com ferramentas de apoio desde o Google Maps até registros do Departamento de Inteligência dos EUA.

O estudo contou com dezenas de cientistas , incluindo alguns da Nasa. O líder do estudo, Martin Brandt, é da universidade dinamarquesa de Copenhague. A contagem do cientista exclui arbustos e pequenas árvores, sendo contabilizadas plantas de, pelo menos, 3 metros quadrados de copa.

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Uma grande densidade foi encontrada no Sahel, faixa que fica abaixo do Saara e serve de lar para boa parte da população de países como Mauritânia, Senegal, Burkina Faso e Mali.

Através dessa descoberta, é possível compreender melhor a biodiversidade da região. “Eu cataloguei manualmente a área da copa de quase 90 mil árvores. Eu registrei muitas porque o nível de detalhe nas imagens é muito alto e as árvores não parecem iguais, e queríamos uma medida relativamente precisa das áreas de suas copas”, explicou o principal autor do estudo em entrevista à BBC.

A descoberta de Brandt mostra a aceitação do solo para novos investimentos sustentáveis, como a introdução de programas de reflorestamento, podendo se estender para dentro do Saara e subindo ao norte, expandindo a área verde dentro do próprio deserto.

Tropas francesas iniciaram nesta sexta-feira operações militares contra insurgentes islamitas no Mali, país da África Ocidental, ao lado de militares locais, em uma escalada dramática do conflito que se arrasta desde 2011 no país do Sahel, onde a insurgência dos tuaregues e dos islamitas ameaça derrubar o frágil governo em Bamako. O presidente da França, François Hollande, disse que tropas francesas já estão no Mali para ajudar o exército local a rechaçar os rebeldes, que nesta semana tomaram a cidade de Konna, no Sahel, e avançam em direção ao oeste.

"Nesta tarde, forças armadas francesas deram apoio a unidades do Exército do Mali na luta contra os terroristas", disse Hollande em Paris. "Essa operação durará o quanto for necessário". A decisão francesa de enviar tropas ao Mali é uma mudança na estratégia de Paris. No ano passado, a França pressionou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a votar uma intervenção militar no Mali contra os islamitas, algo que foi aprovado por unanimidade em dezembro. A resolução da ONU, contudo, previa o envio de uma tropa de países africanos de três mil soldados, ao longo de 2013.

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Hollande disse hoje o envio dos soldados franceses foi necessário também para proteger os seis mil cidadãos franceses que vivem no Mali, uma ex-colônia da França. Atualmente, quatro cidadãos franceses estão reféns dos islamitas. O envio dos soldados franceses pode ser perigoso para os reféns, se seus captores decidirem matá-los.

Após o frágil governo civil do Mali entrar em colapso no primeiro semestre do ano passado, grupos de insurgentes islamitas e tuaregues tomaram o controle da parte norte e desértica do país, onde proclamaram o "Estado Islâmico do Azawad" (État Islamique de l'Azawad). O local virou um santuário para grupos islâmicos extremistas, sequestradores e traficantes de pessoas. Os islamitas impuseram a lei islâmica, Sharia, sobre a região. Já ocorreram confrontos entre islamitas e tribos de tuaregues. Na noite de quinta-feira, o presidente de facto do Mali, Dioncounda Traore, fez um pedido desesperado pela ajuda militar francesa para barrar o avanço dos islamitas e dos tuaregues.

Além das tropas francesas, soldados do Senegal e da Nigéria chegaram ao Mali nesta sexta-feira, disse o porta-voz do Ministério da Defesa do Mali, Diarran Kone. O exército malês, enquanto isso, prepara uma ofensiva para retomar a cidade de Konna, que fica a 700 quilômetros ao leste da capital, Bamako. Confrontos entre soldados e islamitas deixaram 43 mortos no centro do país, informou hoje a emissora Al Jazeera.

Um oficial do Exército do Mali, o coronel Abdrahmane Baby, confirmou nesta sexta-feira que militares franceses chegaram ao país do Oeste da África para ajudar o local a conter o avanço de insurgentes. Baby disse que tropas francesas estão no país, mas não disse quantos soldados e nem o que eles fazem no momento. "Eles estão aqui para ajudar o exército malês", afirmou em Bamako.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou por unanimidade nesta quinta-feira uma operação militar para expulsar os extremistas islâmicos vinculados à rede Al-Qaeda do norte do Mali, mas determinou que tal operação só será desfechada após o treinamento dos militares do Mali e as garantias de que ocorrerão eleições no país do Oeste da África. Os 15 membros do Conselho deram um mandato de um ano para a força militar usar "todas as medidas necessárias" para ajudar o governo do Mali a recuperar o norte do país, de grupos "terroristas, extremistas e armados".

Os países do Oeste africano disseram ter 3.300 soldados prontos a serem enviados ao Mali. Especialistas preveem, contudo, que a operação só deve ser lançada em setembro de 2013. Insurgentes tuaregues, bem como extremistas islâmicos, aproveitaram um golpe de Estado que ocorreu em março e que desestabilizou o governo para tomar o poder no norte do Mali, onde fica o deserto do Saara. Os islamitas passaram a implantar a lei islâmica na região.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Três dias de confrontos entre tribos rivais deixaram mais de 70 mortos na cidade de Sabha, no sul da Líbia, informou nesta quarta-feira o porta-voz do governo da Líbia, Nasser al-Manaa. "É lamentável que mais de 70 pessoas tenham sido mortas e mais de 150 tenham ficado feridas" desde segunda-feira na cidade de Sabha, que fica no Fezzan, a região desértica da Líbia. Os confrontos ocorrem entre tribos árabes e a tribo Toubou, que vive nos oásis do Saara na Líbia e no Chade.

Mais cedo, funcionários de Sabha disseram que os confrontos entre a tribo Toubou e as tribos árabes haviam se acalmado e que os esforços para assegurar uma trégua estavam a caminho. A tribo Toubou disse que está enfrentando um "massacre" pelas mãos dos árabes.

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As informações são da Dow Jones.

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