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Cuba denunciou nesta sexta-feira uma campanha difamatória orquestrada a partir dos Estados Unidos pelas redes sociais contra seus músicos, vários deles de estatura internacional, após um incidente que envolveu o cantor de salsa Alexander Abreu, líder do grupo Havana D'Primera.

"Esta é uma campanha articulada para desacreditar nossas personalidades (...) Isso não é novo. A novidade é usar as redes sociais como plataforma para atacar aqueles artistas que vivem em sua terra natal, cultivam sua música e se recusam para se manifestar contra seu país e seu governo", disse Alexis Triana, representante do Ministério da Cultura, em entrevista coletiva.

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Nesta semana, um programa produzido em Miami (Flórida, sudeste dos Estados Unidos) e transmitido pela internet acusou Abreu de ter intercedido junto às autoridades cubanas para que seu colega Jorge Junior, da banda Los 4, reduzisse a multa que lhe foi aplicada por violar as regras impostas pela pandemia covid-19.

O programa, forte crítico do governo cubano, divulgou o número do celular de Abreu em Cuba, pedindo que ligassem para ele. Pelo Facebook, Abreu disse que recebeu mais de 1.000 mensagens, incluindo seis ameaças de morte.

"Para todos os que escrevem com tanto ódio, tenho um coração cheio de amor e música. Muitas pessoas pegaram meu telefone para me agradecer pela música e sou grato pelo amor que neutraliza as energias negativas”, escreveu.

Um setor da comunidade migrante cubana radicada nos Estados Unidos, que se opõe à revolução socialista de Fidel Castro, critica músicos cubanos que se apresentam na Flórida ou em Nova York, mas que moram na ilha sem se distanciar do governo.

Eles sobreviveram a décadas de marginalização por "diversionismo ideológico", já que tocam "a música do inimigo": os velhos roqueiros de Havana estão se esgueirando pela porta, que hoje está "entreaberta".

Os jovens de cabelos compridos, jeans justos e munhequeiras de couro nunca representaram a imagem do "novo homem" aspirado pela Revolução cubana, embora boa parte nunca tenha emigrado, nem militado na dissidência, vivendo com austeridade por e para sua música.

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Hoje, quando os fios ficaram grisalhos, a calvície começa a dar sinais e em alguns casos uma barriguinha saliente já desponta, eles veem com surpresa a comemoração, em Cuba, neste 13 de julho, do Dia Mundial do Rock, com três dias de shows, no Maxim Rock - teatro dedicado exclusivamente ao gênero desde 2007, sede da Agência Cubana do Rock.

- Tempos difíceis -

O rock chegou a Cuba vindo dos Estados Unidos em 1955, quatro anos antes do triunfo da revolução de Fidel Castro. Teve início, então, o confronto político e ideológico, e Washington decretou um bloqueio econômico em 1962, que perdura até hoje.

Para os defensores dos valores socialistas, qualquer elemento que amplificasse a cultura capitalista, especialmente a norte-americana, era considerado "diversionismo ideológico", nas palavras de Castro.

"Era difícil, difícil, não tinha a facilidade de hoje em dia", lembra Virgilio Torres, de 62 anos, atual vocalista da Vieja Escuela. "Houve momentos em que foi visto como 'diversionismo ideológico'", explica à AFP.

Da década de 60 até o fim dos anos 80, o rock foi vetado na rádio e na TV, e as bandas só podiam tocar em festas particulares.

"Era a música do inimigo, como era cantada em inglês, fizeram confusão. E depois se deram conta de que não, muitos anos depois. Mas aí muitos músicos já tinham aposentado os instrumentos", acrescenta.

Com um cavanhaque branco, Roberto Díaz, de 48 anos, é um dos que tentou ressuscitar o rock no fim dos anos 80.

"Eu era um dos jovens que, de vez em quando, eram parados nas ruas, por exemplo, para ter sua identidade solicitada ou ser levado à polícia, se estivesse com uma guitarra ou um teclado", conta.

Guitarrista e líder da banda Anima Mundi, ele sairá com o grupo em agosto para uma turnê europeia que começará na França.

- Fabricando os instrumentos -

Os instrumentos foram um problema. Os próprios músicos tinham que fabricá-los e os emprestavam para outros tocarem em pequenas festas particulares a baixos preços.

"Os instrumentos eram fabricados, as caixas de som, a bateria... Fazíamos cordas com fios de telefone, microfones com auscultadores de telefones, microfones adaptados. Também fazíamos caixas de som de madeira, buzinas consertadas, equipamentos feitos em casa", explica Aramis Hernández, de 62 anos, baterista e líder da banda Challenger.

Em 1990, com o fim da União Soviética, Cuba atravessou sua pior crise econômica, conhecida como Período Especial.

O rock começou a rondar Havana. Foi aberto o Patio de María, espaço ao ar livre muito perto da Praça da Revolução, coração político do país.

Surgiram, então, as primeiras bandas profissionais. Fidel Castro inaugurou, em 2000, uma estátua de John Lennon, foi aberto o Submarino Amarelo e outros centros culturais estatais que aceitam o rock.

- Porta 'entreaberta' -

A porta para o rock hoje está "entreaberta, ainda faltam muitas coisas. Os problemas de programas de televisão, de rádios e vídeos melhoraram, mas ainda estamos no primeiro andar. Ainda faltam muitos degraus para chegar aonde devemos", opina Hernández.

"Está meio aberta, porque, por exemplo, as discotecas não se interessam", afirma Torres, e destaca que, além desses problemas, "temos um reggaeton que nos esmaga".

Steinar Seland, de 50 anos, é considerado o viking tropical do rock cubano. "Bom, estamos da ilha da salsa, né? E, por problemas da história, o rock foi marginalizado desde o começo dos anos 60", afirma o norueguês que dirige a Vieja Escuela.

Quando chegou a Cuba nos anos 90, "podia-se dizer que o rock ainda era um fenômeno marginal, e continua sendo um fenômeno um pouquinho marginal".

"Começou a aparecer um público que tinha sido perdido, os chamados 'tembas' (velhos) em 'discotembas', e começaram a aparecer pouco a pouco", entre a nostalgia e a possibilidade de viver o rock, diz Torres.

"Aqueles meninos que, em uma época, foram hippies ou roqueiros, agora são arquitetos, médicos, personalidades, músicos, estão totalmente integrados à sociedade. Tudo ao contrário do que se pensou nos anos 60 e 70", acrescenta.

E conclui: "O rock está entrando por um espacinho assim, que é pequeno, e pode ser que cresça amanhã, mas enquanto houver esse espaço, estamos felizes".

A dança de salão será foco de dois cursos ministrados na Academia Ponto de Dança, antiga Cia Terapia Dança de Salão. Um dos cursos é voltado para o público em geral e tem como professores Valter Barbosa e Jacqueline Lima. Eles já dançaram em eventos da cidade como o Festival de Dança do Recife e o Pernambuco em Dança e Vem Dançar, entre outros.

O segundo curso é realizado especialmente para novos alunos sem experiência em dança. Ritmos como salsa, samba, zouk, bolero, bachata, soltinho, balé adulto e infantil, estão na programação das aulas que acontecem duas vezes por semana, com uma hora de duração.

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As inscrições já estão abertas. As aulas começam na terça (7). A matrícula custa R$ 20 e a mensalidade R$ 80, sendo pagas no ato da inscrição.

Serviço

Cursos de dança 

Academia Ponto de Dança (Rua Doutor Berardo, 241 - Madalena)

R$ 20 (matrícula) + R$ 80 (mensalidade)

(81) 3445 4571

A data comemorativa que celebra a união amorosa, o Dia dos Namorados, está se aproximando. Trocar cartões, presentes e chocolates é muito comum entre os enamorados no dia 12 de junho. Para embalar ainda mais os pombinhos e reafirmar seu amor às vésperas do Dia dos Namorados, o Clube das Pás, localizado no bairro de Campo Grande, promove, nesta segunda (10), o I Baile dos Namorados da Terceira Idade ao som da banda Labaredas e da Orquestra das Pás, sob regência do maestro Ernani.

No repertório, muita cumbia, salsa, bolero, brega romântico e samba. Durante o baile, haverá sorteio de um brinde especial. O ingresso custa R$ 20, à venda no Clube das Pás.

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Serviço

I Baile dos Namorados da Terceira Idade

Segunda (10) l das 17h às 23h

Clube das Pás (Rua Odorico Mendes, 263 - Campo Grande)

R$ 20

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