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Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a montar, em Boa Vista, o primeiro dos hospitais de campanha que o governo federal planeja utilizar para atender índios da etnia yanomami.

Segundo o secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba, mais de mil pessoas com graves problemas de saúde já foram transferidas da Terra Indígena Yanomami, perto da fronteira com a Venezuela, para a capital de Roraima - uma viagem que, em aviões de médio porte, dura, em média, duas horas.

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“Pudemos presenciar o estado de calamidade em que o território [yanomami] está. É um cenário de guerra. Nossa unidade de saúde indígena, em Surucucu, assim como a nossa Casai [Casa de Apoio à Saúde Indígena] aqui, em Boa Vista, são praticamente campos de concentração”, declarou o secretário, hoje (24), ao conversar com jornalistas, na capital roraimense.

Conforme a Agência Brasil apurou, ontem (23), havia 583 pessoas alojadas na unidade de saúde de Boa Vista, para onde parte dos yanomami doentes está sendo transferida para receber tratamento médico adequado. Do total, 271 indígenas eram pacientes; 257 acompanhantes e 55 índios que já receberam alta médica e aguardam uma oportunidade de voltar a seus territórios.

“Queremos desafogar o espaço [da Casai de Boa Vista], pois as condições estão insalubres”, disse o secretário nacional, informando que, nesta terça-feira, perto de 700 pessoas estão recebendo atendimento na unidade.

“Estamos implantando um hospital de campanha aqui em Boa Vista para resolvermos o problema de assistência aos indígenas que estão alojados na Casa de Apoio e também para dar assistência aos que estão chegando”, acrescentou Weibe Tapeba, reforçando que o Ministério da Saúde planeja montar ao menos mais um destes equipamentos na região do Surucucu, onde vivem os yanomami em situação de grande vulnerabilidade.

De acordo com o secretário, os principais problemas de saúde identificados são desnutrição, malária e infecção respiratória aguda. Situação que motivou o Ministério da Saúde a, na última sexta-feira (20), declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional – o que permite ao Poder Executivo federal adotar, em caráter de urgência, medidas de “prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública”.

A montagem do Hospital de Campanha de Boa Vista está a cargo da FAB, sob a coordenação dos ministérios da Defesa (MD) e da Saúde (MS). A estrutura abrigará uma equipe multidisciplinar, com militares médicos de várias especialidades (clínica médica, ortopedia, cirurgia-geral, pediatria, radiologia, ginecologia, patologia etc.) além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Aparelhos de raio-x e para a realização de ultrassonografias serão instalados no local, junto a uma farmácia e a um laboratório com capacidade de realizar alguns exames laboratoriais.

O hospital de campanha também contará com leitos de internação para pacientes ambulatoriais e estabilização de pacientes mais graves que precisem ser removidos para unidades de saúde mais complexas.

Começou nesta segunda-feira (14), a 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (6ª CNSI) em Brasília. Até sexta-feira (19), mais de 1,7 mil participantes representantes dos povos originários em todo o Brasil vão ajudar a atualizar a Política Nacional de Saúde Indígena (Pnaspi), que irá redefinir as diretrizes e efetivar as particularidades étnicas e culturais no modelo de atenção à saúde dos povos indígenas dos próximos anos no Brasil. Tudo isso decidido com o voto direto de 1,3 mil delegados das aldeias e comunidades indígenas de todo o Brasil. 

Na abertura do evento o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, relembrou visitas que fez a comunidades indígenas e citou o Posto Leornado, no Alto Xingu, como exemplo de local onde a atenção primária à saúde acontece com consultas oftalmológicas, procedimentos odontológico e até mesmo assistência com apoio de tele saúde. 

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“Essa política pública precisa ser ampliada e, para isso, cada centavo, recurso público que chega na Secretária Especial de Saúde Indígena (Sesai) tem que chegar para as comunidades indígenas brasileiras. A gente sabe que têm ameaças desses recursos não chegarem aos seus verdadeiros donos, os nossos indígenas”, ressaltou  Segundo o Ministério da Saúde, a 6ª CNSI é a etapa final de um trabalho que começou com 302 conferências locais e 34 distritais, realizadas entre outubro e dezembro de 2018. “Das conferências distritais saíram 2.380 propostas consolidadas em 252 proposições a serem analisadas nesta etapa nacional”, detalhou a pasta.  As propostas estão divididas entre sete eixos temáticos: a articulação dos Sistemas Tradicionais Indígenas de Saúde; criação do Modelo de Atenção e Organização dos Serviços de Saúde; Recursos Humanos e Gestão de Pessoal em Contexto Intercultural; Infraestrutura e Saneamento; Financiamento; Determinantes da Saúde; Controle Social e Gestão Participativa. 

“As vozes dos parentes têm força e precisam ser ouvidas. A conferência é o momento do indígena se fazer presente e garantir uma saúde de qualidade para nosso povo”, diz William Uwira Xacriabá, Secretário-Geral da 6ª CNSI. Além disso, a 6ª CNSI tem como meta aprovar as diretrizes que subsidiarão as ações de saúde locais e distritais e a reformulação da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. 

Homenagem

A cerimônia de abertura do evento hoje foi marcada pela entrega da comenda Maninha Xukuru Kariri. A condecoração reconheceu três personalidades brasileiras cujas contribuições foram marcantes na luta por direitos e melhorias da saúde dos povos indígenas do Brasil. Os homenageados foram: Ailson dos Santos (Yssô Truká), no segmento usuário; Maria do Carmo Andrade Filha (Carmem Pankararu), no segmento trabalhador e Ubiratan Pedrosa Moreira, na categoria gestor. 

Conhecida como Maninha Xukuru Kariri, Etelvina Santana da Silva, nasceu em 1966, na aldeia Xukuru-Kariri, em Palmeira dos Índios, interior do estado de Alagoas. Ela é reconhecida como uma das grandes lideranças indígenas ao combater o preconceito na condição de mulher e indígena, sendo a única mulher em meio a tantos caciques e líderes indígenas. Em 2000, foi indicada pelo Projeto “1000 mulheres” ao prêmio Nobel da Paz. 

Ela morreu em outubro de 2006 por problemas de saúde. Em 2007, recebeu in memoriam, o prêmio Renildo José dos Santos, destinado aos que se dedicam à defesa dos direitos humanos. Maninha foi agraciada na categoria Defesa da Identidade Cultural.

O Imip anunciou, nesta segunda-feira (28), a abertura de processo seletivo para a contratação de profissionais no nível superior e médio para atuação na área de saúde indígena. Ao todo são 24 vagas distribuídas entre as unidades do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), localizadas em Pernambuco, Bahia, Maranhão e Paraíba.

Até o momento o concurso conta com seis editais abertos com oportunidades para técnico em enfermagem (4 vagas), técnico em eletrotécnico (1) e técnico em saneamento (1) em Pernambuco; enfermeiro (3) e técnico em enfermagem (4) em Potiguara, na Paraíba; técnico em enfermagem (6) e assistente de administração de saúde indígena (1) no Maranhão e por fim, enfermeiro (1) e técnico de enfermagem (3 vagas) na Bahia.

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Os profissionais contratados terão remuneração entre R$ 2.619,54 a R$ 7.925,79, por uma carga horária de 40h até 44h semanais.

Quanto ao processo seletivo, serão aplicadas as etapas de avaliação escrita, análise curricular e entrevista, a depender do cargo.

Para participar da seleção é preciso enviar a ficha de inscrição e a documentação exigida para as respectivas unidades.

Confira abaixo os editais e os cronogramas:

Edital nº 012/2022: Bahia, inscrições do dia 28 de fevereiro até o dia 08 de março.

e-mail: saudeindigenaselecao.dseiba@imip.org.br.

Edital nº 013/2022: Pernambuco, inscrições do dia 01 a 10 de março.

e-mail: saudeindigenaselecaodseipe@imip.org.br

Edital nº 014/2022 e Edital nº 015/2022: Maranhão, inscrições do dia 28 de fevereiro a 08 de março.

e-mail: saudeindigenaselecao.dseima@imip.org.br

Edital nº 016/2022: Paraíba, inscrições do dia 28 de fevereiro a 09 de março.

e-mail: saudeindigenaselecao.dseipb@imip.org.br

O  Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) está com processo seletivo aberto para contratação temporária de profissionais de profissionais do ensino médio. Os selecionados atuarão na saúde indígena. 

As inscrições podem ser realizadas até às 17h desta sexta-feira (27), por meio do e-mail saudeindigenaselecaodseipe@imip.org.br. Após contratado, o profissional irá atuar Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Pernambuco, em carga horária de 44 horas semanais.

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O processo seletivo será composto de avaliação curricular, prova e entrevista. A prova, prevista para o dia 9 de dezembro, será composta por 15 questões de rotinas administrativas, noções de informática, sistema operacional (Windows), pacote office (Word, Excel, Power Point), internet (navegadores, correio eletrônico) e políticas de segurança da informação (dispositivo de armazenamento, proteção dos dados).

Mais informações sobre a seleção podem ser conferidas por meio do edital de abertura do certame.

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), sediado no Recife, anunciou a realização de um processo seletivo destinado a profissionais com formação de níveis médio e superior que desejem trabalhar no Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia. A informação foi divulgada na página 151 da seção 3 do Diário Oficial da União desta quarta-feira (9). 

O período de inscrição será de segunda (14) até sexta-feira (18), através do site do Imip. Outras informações como número de vagas, cargos, cursos exigidos (para nível superior) e salários serão divulgadas no edital completo que, de acordo com a assessoria de imprensa do Instituto, será publicado na segunda-feira (14). 

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As inscrições para seleção simplificada do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no Recife, terminam nesta quinta-feira (27). As oportunidades são para profissionais da área de saúde que tenham interesse de trabalhar nos cuidados dos povos indígenas.

A participação no processo deve ser efetivada até as 17h, através do e-mail saudeindigenaselecao.dseiba@imip.org.br. Os candidatos precisam enviar a ficha de cadastro disponível no anexo do edital.

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São sete vagas, distribuídas nos níveis médio e superior, divididas entre médicos, técnicos de edificações e saneamento, farmacêutico e auxiliar de saúde bucal. Serão duas fases de avaliações: curricular e entrevistas presenciais. Os salários não foram informados, mas segundo o edital, são compatíveis com o mercado.

Os aprovados irão atuar no Distrito de Especial da Bahia (Disei/BA). Os resultados serão divulgados no site do site do Imip. O prazo de validade da seleção é de 12 meses.

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), com sede no Recife, divulgou edital de um novo processo seletivo nesta quinta-feira (28). O documento traz oportunidades de níveis médio e superior para “execuções das ações em saúde indígena nas áreas de abrangência do Distrito Sanitário Especial Indígena – DSEI/MA”.

De acordo com o edital do certame, são oferecidas 45 vagas. As ocupações estão distribuídas entre os cargos de enfermeiro, cirurgião dentista, nutricionista, psicólogo, auxiliar de saúde bucal e técnico em enfermagem. Todos os aprovados deverão atuar no Maranhão.

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A seleção, segundo o Imip, terá avaliação curricular e entrevistas. A publicação da relação dos aprovados está prevista para 2 de abril. Os valores das remunerações não foram revelados, mas o Instituto garante que as quantias são compatíveis com o mercado.

Os interessados em participar da disputa poderão se inscrever, de 11 até 17h de 15 de março, pelo contato saudeindigenaselecao.dseima@imip.org.br. Todos os detalhes sobre as candidaturas e demais critérios da seleção podem ser vistos no edital.

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) divulgou o edital de uma seleção simplificada com sete vagas para profissionais que desejem atuar na área de saúde indígena em seis municípios do Estado de Alagoas. 

Também haverá formação de cadastro reserva e a remuneração, de acordo com o edital, será na “média do mercado”. Entre os cargos disponíveis, há vagas para médico, cirurgião dentista, farmacêutico, assistente social, enfermeiro e  técnico em eletrotécnica. 

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As inscrições devem ser feitas até as 15h da próxima terça-feira (27), através de e-mail enviado ao endereço processoseletivoimip.dseialse@hotmail.com, contendo a ficha de inscrição junto com currículo formatado no modelo disponibilizado no edital, todos em formato pdf. A seleção dos candidatos será feita através de avaliação curricular e entrevista realizada de 13 a 15 de março. A lista final de aprovados será publicada no dia 19 de março através do site do Imip

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