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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na noite dessa quinta-feira (22), que o Progressistas, partido do provável futuro ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira, pode ser a sigla pela qual concorra à reeleição em 2022. "Pode ser um partido para disputar as eleições? Pode ser. No momento não tenho partido ainda. Não é fácil chegar a um acordo com o partido, porque é como um casamento", disse durante sua transmissão semanal pela internet.

Bolsonaro contemporizou fala de Nogueira em 2017, às vésperas das eleições presidenciais, na qual chama Bolsonaro de fascista e declara apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, a quem se refere como "o melhor presidente da história". O atual chefe do Executivo insinuou que o parlamentar adotou aquela postura em busca de dividendos políticos.

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"Sim, chamou. As coisas mudam. Eu tinha posições no passado que eu não assumo mais hoje, mas nenhuma de forma radical. E quem está no Nordeste e não fosse Lula no passado não tinha sucesso na política", justificou.

Na ocasião, Nogueira enalteceu programas sociais de transferência de renda, como Bolsa Família, responsável, em sua avaliação, por melhorar indicadores socioeconômicos do Nordeste, e o programa de moradias populares Minha casa Minha Vida.

"Lula é o melhor presidente da história deste País, principalmente para o Piauí e para o Nordeste. Por mais que eu tenha que pensar no Brasil, eu não me vejo votando contra o Lula, por tudo que ele fez, por tudo que ele tirou de miséria desse povo, pelo combate à fome", disse. Em seguida afirmou: "É o meu candidato", disse o cacique do Progressistas em entrevista.

Bolsonaro admitiu que a nomeação de Nogueira para a Casa Civil faz parte de estratégia do governo para ampliar a base de apoio no Congresso, onde a sigla tem dez representantes, na Câmara, e sete no Senado. Ele também voltou a dizer que o termo Centrão é pejorativo e utilizado para afastar parlamentares da base do Planalto

"Acreditamos que uma melhor interlocução com o parlamento seria um senador. Quando alguns falam em centrão de forma pejorativa, o que a grande mídia quer é afastar políticos do centro, mais ao centro de mim. São aproximadamente 200 parlamentares. Se eu abrir mão deles, sobram 300. Desses 300, metade são da esquerda, que nunca vão votar conosco", disse.

O presidente, no entanto, não deu certeza absoluta de que a indicação prosperará. Tudo depende, segundo ele, de reunião que será realizada na próxima segunda-feira (26), quando o parlamentar retorna do recesso.

"Vou conversar com ele na segunda-feira para depois tomar uma decisão. Não vai ser um casamento pela internet. Eu conheço o Ciro. Eu passei mais da metade do meu período como parlamentar no Progressistas", disse.

No entanto, Bolsonaro já demitiu Luiz Eduardo Ramos, que chefiava a pasta. Para mantê-lo dentro das estruturas do governo, precisou criar mais um ministério, o de Emprego e Previdência, que será liderado pelo atual secretário-geral da Presidência da República Onyz Lorenzoni. O movimento custou a Bolsonaro a quebra de duas promessas de campanha: não aumentar número de ministérios e delegar a Guedes a gestão do superministério da Economia.

Por 74 votos a 0 e uma abstenção, o plenário do Senado decidiu pela perda do mandato do ex-líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (sem partido - MS), responsável pela delação mais fulminante até agora na Lava Jato, que acusa a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PSDB Aécio Neves e a cúpula do PMDB no Senado, incluindo o presidente da Casa Renan Calheiros.

A votação em plenário foi feita pelo painel eletrônico, o que agilizou o processo. A cassação teve como base a quebra de decoro de Delcídio ao ser preso em flagrante tentando obstruir as investigações da Lava Jato. Ontem, o agora ex-parlamentar fez um depoimento emocionado à CCJ no qual chegou a chorar e afirmar que o plano de fuga do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, que levou à sua prisão, nunca foi concretizado.

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Senadores do PSDB, cujo presidente Aécio Neves entrou na mira da Lava Jato graças ao depoimento de Delcídio, ainda tentaram, sem sucesso, defender a tese da defesa do parlamentar para que a cassação não fosse votada hoje. Com isso, a expectativa é de que o político, o único que já foi filiado ao PSDB e ao PT, perca seu mandato e, com isso, o foro privilegiado a que tem direito.

Após ser pego em flagrante tentando planejar a fuga de Cerveró, Delcídio foi preso preventivamente no ano passado e decidiu colaborar com as investigações. Ele chegou a ser denunciado por tentativa de obstruir as investigações e, após a perda de seu mandato, deverá ser julgado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato no Paraná.

O Fórum Permanente de Combate à Corrupção em Pernambuco (Focco-PE) divulgou nota oficial, nesta quinta-feira (12), em apoio ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), sobre o pedido de intervenção estadual na Prefeitura de Gravatá, no Agreste, comandada pelo prefeito Bruno Martiniano (sem partido). 

Mencionando a "extrema gravidade dos fatos", o Focco-PE disse esperar que os desembargadores do Tribunal de Justiça (TJPE), onde o processo está sendo avaliado, autorizem a intervenção, devido à "sistemática" obstrução aos trabalhos de investigação do TCE.

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Segundo a nota, “neste momento em que a sociedade repudia com veemência a corrupção e a improbidade", é “inadmissível” que uma gestão pública municipal não venha a respeitar a transparência e publicidade. 

O Focco-PE reúne diversas instituições e órgãos públicos que desempenham atividades ligadas ao repasse, controle e fiscalização dos recursos públicos em Pernambuco. Entre eles, o Ministério Público Federal, o MPPE, o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Federal, a Receita Federal, o TCU e TCE. 

Confira a nota na íntegra:

NOTA OFICIAL SOBRE O PEDIDO DE INTERVENÇÃO EM GRAVATÁ-PE

O Fórum Permanente de Combate à Corrupção em Pernambuco (FOCCO-PE), coletivo que reúne instituições e órgãos públicos que desempenham atividades ligadas ao repasse, controle e fiscalização dos recursos públicos em Pernambuco, vem a público manifestar preocupação com a atual situação da gestão municipal em Gravatá-PE, revelada em pedido de intervenção feito pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) e pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE).

Dentre as várias irregularidades mencionadas, causa especial preocupação a  "sistemática" obstrução aos trabalhos de investigação do TCE-PE, mencionada na deliberação do referido órgão, pois é um agravo inaceitável à transparência pública, postulado fundamental para o efetivo controle dos recursos públicos.

Neste momento nacional, em que a sociedade repudia com veemência a corrupção e a improbidade administrativa, é inadmissível que uma gestão pública municipal não venha a respeitar a transparência e publicidade plenas dos atos administrativos.

Desta forma, o FOCCO-PE manifesta integral apoio ao TCE-PE e ao MPPE, esperando dos Excelentíssimos Desembargadores do Tribunal de Justiça o deferimento da intervenção requerida pelo Procurador Geral de Justiça, ante a extrema gravidade dos fatos narrados na referida peça. 

Mal assumiu uma vaga na Câmara de Vereadores de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, e a suplente Rosimery da Apodec já tem problemas para permanecer na função de vereadora. Há poucos meses a suplente se desfilou do Democratas, partido pelo qual concorreu nas eleições de 2012.

Rosimery assinou uma carta de desfiliação e enviou para a Executivo, desde o dia 19 de dezembro fazer o refiliamento. Porém, o segundo suplente, Antônio Carlos (DEM), informou que entrará na Justiça Eleitoral para conseguir a sua nomeação como vereador, na vaga que Rosimery ocupa atualmente.

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Por determinação da Justiça os dez vereadores investigados por tentativa de extorsão deverão ficar afastados das atividades parlamentares por 180 dias.

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