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Os usuários do transporte público do Recife e Região Metropolitana (RMR) podem ser prejudicados mais uma vez. Depois de 38 dias de paralisação dos metroviários e ferroviários, agora são os rodoviários que prometem entrar em greve. A categoria se reunirá nesta terça-feira (26) com donos das empresas do ramo para discutir o assunto.

De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Pernambuco, Diogenes José de Souza, a paralisação depende das propostas que devem ser lançadas pelos empresários nesta terceira rodada de negociações. No último encontro, dia 20 de junho, não houve avaço nas negociações.

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Este ano, a lista de reinvindicações é composta por 108 pontos. “Estamos lutando, principalmente, por melhores salários e condições de trabalho”, afirmou. Os rodoviários querem um aumento de 27% do piso. Caso a proposta seja aceita, o salário dos motoristas passaria de R$ 1.535 para R$ 2 mil. Já a remuneração dos cobradores e fiscais teria um aumento de 60% e 80%, respectivamente, em cima do salário dos motoristas.

Caso seja decretada, a greve prejudicará cerca de 2 milhões de pessoas que utilizam diariamente o serviço de transporte público do Recife e RMR. A reunião está marcada para às 14h, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), localizada na avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife.

Após quase dois anos dos homicídios do diretor financeiro do Sindicato dos Rodoviários, Paulo Colombiano dos Santos, e de sua companheira, Catarina Galindo, ocorridos no dia 29 de junho de 2010, foram presos na manhã desta quinta-feira (17), Claudiomiro César Ferreira Santana e seu irmão, Cássio Antonio Ferreira Santana, donos do Plano de Saúde Mastermed.

A operação foi estourada pela Polícia Civil da Bahia, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com eles, os irmãos são os possíveis mandantes do crime, além de Edilson Duarte Araújo, Wagner Luís Lopes de Souza, Adaílton Araújo de Jesus, ex-funcionários dos empresários.

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Segundo o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, alguns documentos e computadores foram apreendidos na sede do Sindicato dos Rodoviários e na empresa de Plano de Saúde Mastermed. “Desde o início das investigações sabíamos que havia uma relação entre irregularidades do sindicato e as mortes", afirmou.

No apartamento de Claudiomiro, na mansão Victory Tower, no Corredor da Vitória, foram encontradas armas e munições - duas pistolas, um revólver e uma escopeta. O diretor do DHPP, Arthur Gallas, informou que foi recolhido mais de 60 depoimentos ao longo destes dois anos.

Causa dos homicídios - Segundo o DHPP, Paulo Colombiano assumiu a tesouraria do Sindicato dos Rodoviários e passou a apresentar insatisfação com o plano de saúde que atendia à categoria, porque a taxa de administração mensal passava de R$ 700 mil.  “Paulo descobriu que a taxa administrativa paga pelo sindicato à Mastermed era muito alta. Foram pagos R$ 35 milhões para a prestação do serviço de 2005 a 2010. Mais de 30% do valor total pago a empresa, que era de R$ 106 milhões”, destacou o secretário Maurício Barbosa. Ele foi morto, junto com sua esposa, após descobrir as irregularidades, a exemplo de dívidas com o INSS, FGTS e Receita Federal.

*Com informações da SECOM-BA E SSP BA

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