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Catorze pessoas morreram e 341 ficaram feridas num ataque com carros bomba no sul da Tailândia neste sábado, que atingiu consumidores antes do horário de almoço. Suspeita-se que insurgentes muçulmanos tenham orquestrado a explosão. A primeira carga de explosivos, colocada dentro de uma camionete, foi detonada numa área de restaurantes e lojas na cidade de Yala, centro comercial das províncias rebeldes do Sul do país, afirmou o chefe de polícia local, coronel Kritsada Kaewchandee. Cerca de 20 minutos depois, quando algumas pessoas se aglomeraram no local, um segundo carro bomba explodiu, causando a maioria das mortes. "Foi o pior ataque dos últimos anos", disse o porta-voz regional da agência de segurança coronel Pramote Promin.

Mais de cinco mil pessoas foram mortas nas três províncias do extremo Sul da Tailândia - Narathiwat, Pattani e Yala - desde que a instauração da insurgência islâmica em janeiro de 2004. A maioria dos ataques foram explosões de pequena escala ou tiroteios que tinham como alvo soldados, policiais ou autoridades, mas supostos rebeldes também já fizeram grandes investidas contra áreas comerciais.

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Em outubro, supostos militantes atacaram mais de 30 pontos na cidade de Yala, matando três pessoas e ferindo mais de 50. As autoridades tailandesas decretaram estado de emergência desde 2005, o que dá poderes especiais às forças de segurança, como prender e deter suspeitos nas três províncias. Mas o decreto e a presença maciça de forças de segurança não conseguiram evitar a violência e pouco se sabe sobre os militantes e seus objetivos.

Os insurgentes nunca fizeram pronunciamentos públicos, mas acredita-se que lutam por um estado muçulmano independente. A região costumava ser um sultanato islâmico até ser anexada pela Tailândia no começo do século 20.

A comissão de juristas que discute a proposta de um novo Código Penal decidiu incluir no texto do anteprojeto o crime de terrorismo. Os integrantes sugeriram que o delito tenha pena entre oito a 15 anos. A comissão também decidiu pedir a revogação da Lei de Segurança Nacional, criada em 1983, e utilizada até o momento para enquadrar práticas terroristas.

Pela proposta, será considerado crime "causar terror na população" a partir de condutas, como sequestrar ou manter alguém em cárcere privado, usar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos ou outros meios capazes de causar danos.

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Os juristas também enquadraram como crime de terrorismo sabotar o funcionamento ou apoderar-se do controle de comunicação ou transporte, de portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais, inclusive instalações militares. O texto final da proposta ainda está sujeito a alterações.

Durante os debates, o jurista Nabor Bulhões havia sugerido que o crime de terrorismo tivesse uma lei específica. Ele teme que, com a inclusão, a proposta de criminalizar o terrorismo não seja aprovada a tempo de entrar em vigor antes da Copa de 2014.

O presidente da comissão, ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp, discordou. Ele afirmou que a inclusão faria com que o código ganhasse um impulso para ser aprovado logo. "A razão de ser da comissão é acabar com a legislação extravagante", afirmou o relator do colegiado o procurador regional da República Luiz Carlos Gonçalves, para quem o ideal é incluir toda a legislação no Código Penal.

A comissão apresentará um texto final em maio ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Caberá a ele decidir o que fazer com as sugestões da comissão, por exemplo, se transforma em um único projeto de lei.

A comissão decidiu ainda preservar os movimentos sociais e reivindicatórios, determinando que não haverá crime de terrorismo no caso de conduta de pessoas movidas por propósitos sociais e reivindicatórios, "desde que objetivos e meios sejam compatíveis e adequados a sua finalidade".

O receio dos juristas era de que, com a eventual criminalização, a proposta poderia encontrar resistências para ser aprovada por parte do governo e do PT, aliados históricos dessas entidades.

Abdelkader Merah, o francês suspeito de ter ajudado seu irmão a planejar ataques contra crianças judias e paraquedistas militares foi acusado preliminarmente por assassinato e terrorismo neste domingo. Ele negou qualquer participação nos ataques supostamente realizados por seu irmão, Mohammed Merah.

Policiais que investigam os piores ataques ocorridos na França nos últimos anos acreditam que Abdelkader ajudou seu irmão a preparar os ataques e tentam descobrir se os dois têm ligações com uma rede internacional de extremistas ou se atuavam sozinhos.

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A advogada de Abdelkader disse que seu cliente se sente como um "bode expiatório". "Ninguém sabia de nada" sobre o que Mohamed estava planejando, afirmou Anne-Sophie Laguens a jornalistas em Paris. Ela negou relatos de que Abdelkader havia elogiado os ataques cometidos pelo irmão. "Ele não ficou orgulhoso daquelas ações."

Mohamed Merah, de 23 anos, assumiu a responsabilidade pelo assassinato de três crianças judias, um rabino e três paraquedistas militares no início desde ano. Após um cerco policial de 32 horas, ele morreu na quinta-feira, no meio de um tiroteio, ao se jogar da uma janela do apartamento onde estava abrigado, na cidade de Toulouse, sul da França.

Desde então, as atenções se voltaram para seu irmão mais velho, Abdelkader Merah, que foi preliminarmente indiciado neste domingo por cumplicidade para assassinato e roubo, além de envolvimento em iniciativa terrorista, informaram promotores. Preso na semana passada, Abdelkader vai permanecer detido, dependendo do resultado das investigações.

Pela lei francesa, indiciamento preliminar significa que há fortes razões para acreditar que um crime foi cometido, que o magistrados terão tempo para continuar as investigações.

Autoridades suspeitam que Abdelkader participou dos crimes ao adquirir o arsenal para seu irmão mais novo e ao financiar suas viagens ao Afeganistão, Paquistão e Oriente Médio.

Mohamed Merah disse ter ligações com a Al-Qaeda e disse à polícia que esteve no Afeganistão e no Paquistão, onde foi treinado. Abdelkader foi interrogado, anos atrás, sobre sua suposta ligação com uma rede que enviava jovens da região de Toulouse para o Iraque, mas nenhum tipo de ação foi tomado na época. O promotor Francois Molins disse que o inquérito também procura indícios do envolvimento de outras pessoas nos ataques.

A namorada de Abdelkader, Yamina Mesbah, foi detida e posteriormente liberada na manhã deste domingo. Ela não foi indiciada. A mãe de Abdelkader e Mohamed foi liberada na noite de sexta-feira.

A namorada nega qualquer envolvimento nos fatos e disse que ficou chocada com os assassinatos, disse seu advogado Guy Debuisson, acrescentando que, aparentemente, Abdelkader Merah tinha vida dupla. "Esta mulher não tinha ciência de nada sobre a cumplicidade, ou a vida secreta de seu marido", disse a advogada. O casal contraiu matrimônio, segundo as leis islâmicas, em 2006, mas não teve uma cerimônia civil, exigida na França para que o casamento seja reconhecido.

Abdelkader Merah fez cinco ou seis viagens longas ao Egito, supostamente para estudar literatura árabe, e sua namorada foi com ele duas ou três vezes, disse o advogado. Foi durante o interrogatório, segundo o advogado, que Mesbah ficou sabendo que Merah teve outras motivações para viajar ao Egito. "A questão é se Mohamed foi o único a ser doutrinado. Foi apenas ele ou há outros?", questionou Debuisson.

Milhares de pessoas em Paris e Toulouse marcharam em silêncio neste domingo, pedindo unidade e tolerância de todas as religiões e culturas após os assassinatos. As informações são da Associated Press.

Um carro carregado de explosivos foi detonado neste domingo perto de uma igreja católica na cidade rebelde de Jos, na área central da Nigéria, matando ao menos três pessoas e ferindo outras, informou uma autoridade de resgate, na condição de anonimato. Não estava claro se alguma cerimônia era realizada no momento do ataque.

O porta-voz do Estado de Plateau, Pam Ayuba, informou que as autoridades estavam cientes da explosão, que será investigada. Nenhum grupo reivindicou imediatamente a autoria do ataque na cidade, que foi alvo no passado de um grupo radical islâmico, conhecido como Boko Haram.

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Este é o último atentado contra uma igreja católica na cidade de Jos, onde milhares morreram na última década em decorrência do confronto entre cristãos e muçulmanos. As informações são da Associated Press.

A agência de notícias estatal da Síria (SANA) divulgou que três homens armados de um grupo terrorista mataram um general do país em Damasco neste sábado. Caso seja confirmado, o ataque seria o mais agressivo até o momento a um oficial das forças armadas sírias desde março do ano passado, quando começaram os protestos no país.

A SANA divulgou que o general chamava-se Issa al Khawli e era diretor de um hospital. Imagens da televisão estatal mostraram a imagem de um homem que seria o oficial deitado numa poça de sangue. Não era possível identificá-lo porque o rosto do homem estava desfocado. As informações são da Dow Jones.

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Uma lei específica para tratar de crimes terroristas no País. É o que propõe o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) no projeto de lei que, entre outras coisas, revoga a Lei de Segurança Nacional, de 1983, tipifica a conduta de provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação de liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito social, étnico, homofóbico ou xenófobo. As penas chegam a 30 anos de prisão em caso de morte.

Com apenas 10 artigos, a proposta está na fase de recebimento de emendas na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ). O senador afirma que, apesar de ser um fenômeno que há muito tempo preocupa, não existe no País uma lei tipificando o crime.

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"Muitos acordos internacionais, multilaterais e bilaterais foram celebrados e muitas normas internas foram promulgadas sobre o assunto, não havendo consenso sobre a sua definição", afirma. No seu entender, isso torna confusa a aplicação da lei pelos órgãos internos, que acabam por criar sua própria doutrina de modo autônomo e contraditório. "O projeto preenche lacuna grave de nosso ordenamento jurídico, permite o cumprimento de nossas obrigações internacionais e constrói instrumento jurídico para repressão penal de conduta odiosa", explica.

O texto torna o crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia e modifica o previsto na Lei de Crimes Hediondos, ao prever casos de punição de grupo terrorista sem hipótese de redução da pena. Outra inovação é penalizar da mesma forma a formação de grupos terroristas àqueles que o financiam. O crime de financiamento é aumentado em um terço se a conduta for praticada por meio de pessoa jurídica, "com o objetivo de dissimular a origem e a destinação dos recursos ou se os recursos são provenientes do exterior.

Aloysio Nunes Ferreira justifica a revogação da Lei de Segurança Nacional, alegando ser "constrangedor e irresponsável o fato de o único tipo pena que expressamente menciona o terrorismo remontar ao final do regime militar". Ele chama a atenção para o "vício" da lei de reprimir opositores, chamados no texto de "inconformistas políticos, além de não definir o ato terrorista". O senador lembra que, não somente o Brasil, mas muitos países com problemas internos, lançaram mão desse tipo penal para combater "insurgentes ou pessoas contrárias à ordem vigente".

O presidente das Filipinas, Benigno Aquino III, alertou sobre um possível ataque terrorista, incluindo bombardeios, durante uma procissão anual Católica Romana na capital Manila, que atrai milhões de devotos. Junto com autoridades de defesa e segurança, Aquino afirmou em uma entrevista à imprensa convocada às pressas que vários terroristas que planejam interromper a procissão foram vistos na cidade.

Segundo o presidente, a polícia está tentando prender os suspeitos e acabar com qualquer ataque planejado. "A triste realidade do mundo hoje é a de que terroristas querem eliminar a capacidade das pessoas de viverem suas vidas da forma que elas querem, incluindo a liberdade de trabalhar e se engajar em atividades comunitárias", declarou Aquino na entrevista, que foi televisionada.

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Embora exista um "risco alto", Aquino disse que a possibilidade de um ataque terrorista não é suficientemente grande para que seja tomada a decisão sem precedentes de cancelar a procissão. O presidente afirmou que a segurança será reforçada durante a procissão, que leva uma imagem centenária de Jesus Cristo conhecida como Nazareno Negro.

Aquino orientou os devotos a não levarem celulares ou armas para o evento. Os fogos de artifício, que são tradicionalmente usados na procissão, serão proibidos e quem violar a ordem será preso. As informações são da Associated Press.

O atentado suicida que matou cerca de 26 pessoas e deixou 63 feridos sexta-feira (6) em Damasco chamou a atenção do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que expressou na madrugada deste sábado (7) a condenação do governo venezuelano.

Para Chavéz a atitude não desfaz o desejo dos sírios e de seu governo de impulsionar um diálogo nacional. Segundo o jornal a Folha de São Paulo, o venezuelano também reiterou respaldo a Assad “pelo esforço do político de uma saída política soberana e independente das tentativas de desestabilização”.

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Uma explosão suicida ocorrida hoje durante um funeral no norte do Afeganistão deixou 10 mortos, incluindo um membro do Parlamento nacional, informou um porta-voz do governo. O ataque aconteceu no momento em que as pessoas deixavam o funeral na cidade de Talagan, disse Faid Mohammad Tawhedi, porta-voz do escritório do governador da província de Takhar. Segundo ele, 15 pessoas ficaram feridas.

Ataques suicidas são raros na província de Takhar, 250 quilômetros a nordeste de Cabul e considerada umas das regiões mais calmas do país. Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque.

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Por sua vez, o Ministério do Interior disse hoje que as forças de segurança mataram 30 supostos insurgentes em uma série de conflitos em todo o país. Segundo um comunicado do ministério, tropas do Exército, da polícia e da Otan realizaram um total de 11 operações nas últimas 24 horas em todo o país. Sete insurgentes foram presos.

Uma explosão destruiu uma igreja católica durante a missa de Natal perto da capital da Nigéria hoje, matando pelo menos 25 pessoas, segundo autoridades do país. Uma facção radical muçulmana assumiu a responsabilidade pelo ataque e por outra bomba na cidade de Jos.

Os ataques mostram a crescente ambição nacional da facção conhecida como Boko Haram, responsável por pelo menos 491 mortes somente neste ano, de acordo com uma contagem da Associated Press.

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A primeira explosão de hoje atingiu a Igreja Católica St. Theresa em Madalla, uma cidade no Estado de Níger perto da capital, Abuja. Equipes de resgate recuperaram pelo menos 25 corpos na igreja e autoridades continuam a avaliar o número de feridos em vários hospitais, disse Slaku Luguard, coordenador da Agência de Gerenciamento de Emergência da Nigéria.

Em Jos, uma segunda explosão aconteceu perto da Igreja Montanha de Fogo e Milagres, disse o porta-voz do governo Pam Ayuba. Segundo ele, depois disso homens armados abriram fogo contra os policiais na região, matando pelo menos um.

Após os ataques, um porta-voz do Boko Haram, usando o nome de guerra de Abul-Qaga, assumiu a responsabilidade pelas explosões em uma entrevista ao jornal The Daily Trust.

Rebeldes xiitas mataram 20 pessoas e feriram outras 70 em um atentado contra uma escola sunita no norte do Iêmen, informou hoje uma autoridade local. O ataque teve como alvo ao centro de ensino religioso Dar al-Hadith, que treina pregadores em Dammaj, um subúrbio do reduto xiita de Saada, acrescentou a fonte.

A Dar al-Hadith, que é frequentada por estudantes do Iêmen e de outros países, é vista como uma ameaça sunita pelos xiitas Houthis, que dominam a região norte. Na condição de anonimato, um professor da escola afirmou que os Houthis bloquearam a área em torno da escola por duas semanas, impedindo a entrega de alimentos para cerca de 10 mil pessoas. A informação ainda não pode ser confirmada.

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Autoridades locais disseram que os Houthis fortaleceram seu domínio nas províncias do norte do Iêmen nos últimos meses devido ao levante contra o regime, que levou algumas tropas a desertar e as forças de segurança a combater protestos populares. As informações são da Dow Jones.

Caçado há pelo menos dois anos pela Agência Central de Inteligência (CIA), o maior propagandista de ataques terroristas contra os Estados Unidos, Anwar al-Awlaki, foi morto na manhã de ontem no Iêmen durante operação de um avião americano não tripulado. Americano e filho de um ex-tecnocrata iemenita, o religioso radical islâmico de 40 anos estava na lista dos líderes da Al-Qaeda mais procurados pelas forças dos EUA.

A morte de Al-Awlaki reforçou a aposta da Casa Branca na nova estratégia de contraterrorismo, segundo a qual a mobilização de tropas deve dar lugar a operações militares e de inteligência na busca aos líderes da Al-Qaeda. Em maio, os EUA usaram pela primeira vez um avião não tripulado no Iêmen. Al-Awlaki era o alvo. Hoje, o aparelho disparou um míssil contra o veículo no qual ele se deslocava.

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A ação reforça a aliança do governo Obama com o do presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, há 33 anos no poder. Alvo de protestos populares e da oposição, Saleh reafirmou em entrevista publicada hoje sua decisão de não renunciar (mais informações ao lado). Também advertiu os EUA sobre os riscos de seu lugar vir a ser ocupado por aliados da Al-Qaeda. Os EUA teriam planos de instalar na Península Arábica uma base de operações com aviões não tripulados para agir, sobretudo, no Iêmen. O ataque foi comemorado pelo governo de Barack Obama como a segunda maior vitória neste ano, depois da morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, em maio no Paquistão.

Na ação de hoje também foi morto o americano radicado no Iêmen Samir Khan, coeditor da Inspire, revista online em inglês divulgadora do ideário extremista islâmico. Sua última edição celebrou os ataques de 11 de setembro de 2001. "A morte de Al-Awlaki é um golpe no mais ativo militante da Al-Qaeda. Ele era o líder das operações externas da Al-Qaeda na Península Arábica. Nessa função, liderou esforços para assassinar americanos inocentes", declarou Obama. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor da CIA, David Petraeus, disse que a Al-Qaeda está mais fraca e que as agências de inteligência norte-americanas estão mais astutas desde os ataques de 11 de Setembro de 2001, mas que os terroristas estão longe de desistir.

Em sua primeira semana em seu novo cargo, Petraeus disse que a recente perda de Osama bin Laden e de outros integrantes pela Al-Qaeda abriu "uma importante janela de vulnerabilidade" que deve ser explorada.

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Mas ele declarou que o braço do grupo no Iêmen "emergiu como o mais perigoso nódulo regional da jihad global" e se beneficiou da instabilidade polícia no Iêmen.

Em declarações feitas nesta terça-feira durante audiência de um comitê conjunto do Congresso sobre inteligência, Petraeus previu que os líderes da Al-Qaeda podem até mesmo fugir para o Afeganistão ou deixar o sul da Ásia para escapar da CIA, que quadruplicou a cobertura de ataques aéreos com aviões não tripulados no governo de Barack Obama.

Mas Petraeus e o diretor Nacional de Inteligência James Clapper disseram que os grupos ligados à Al-Qaeda no Iêmen e em outros locais estão cada vez mais ousados e perigosos. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Terroristas, em nome de alguma coisa, abordos de dois aviões, derrubaram duas torres nos Estados Unidos. Os atentados de 11 de setembro são lembrados até hoje. Ontem, 11 de setembro de 2011, a imprensa – televisiva e jornais – lembrou intensamente o atentado.

Em 2001, terrorista desejavam dar um recado ao mundo. E deram! Eles avisaram ao Ocidente que não toleram a cultura ocidental. E mostraram que a palavra tolerância não faz parte do seu vocabulário. O terror islâmico, o qual, vale salientar, é praticado por alguns, possibilitou que a aversão ao outro no Ocidente, mais especificamente aos islâmicos, possivelmente, tenha aumentado.

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Bin Laden e variados terroristas deram o recado ao Ocidente. Mas não venceu o Ocidente, como alguns acreditam – Vejam matéria da Revista Carta Capital desta semana. Eles fizeram estragos, mas, por outro lado, possibilitaram guerras, destruição, xenofobia intensa, diminuição do exercício da liberdade, ódio.

Em alguns espaços, está presente argumento inconcebível, mas que precisa ser respeitado. Qual seja: o terror nasceu em razão das práticas do Ocidente, particularmente das práticas americanas.

É fato que os Estados Unidos já foram aliados dos que hoje fazem ou defendem o terror. É fato que existem benefícios econômicos advindos de guerras ocorridas em países como o Iraque e Afeganistão. Mas responsabilizar a América pelo surgimento das ações terroristas é delírio ideológico.

A ideologia exacerbada permite a discriminação do outro. Argumentos contrários não são aceitos. O diálogo não é possível. As diferenças não são respeitadas. As práticas de terrorismo surgem da ausência do diálogo e do respeito. O terror é, portanto, proveniente da ausência de democracia.

Uma pergunta básica: é possível democracia intensa em países dominados pelo Islamismo? Suspeito que não. E vou mais além: não devemos exigir que países islâmicos sejam democráticos. As suas escolhas precisam ser respeitadas. Se eles não desejam a prática democrática, que vivam sem ela, e arquem com as conseqüências, caso existam.

Porém, atores movidos por valores religiosos radicais não podem condenar os países do Ocidente e ameaçá-los com práticas de terror. Teoricamente, repito, teoricamente, o espaço territorial da Terra, possibilita a existência de valores radicalmente diferenciados.

Por que friso teoricamente? Não vislumbro um mundo sem capitalismo, sem mercados e sem liberdades. Não vislumbro um mundo fechado as redes sociais. Não vislumbro um mundo sem interações econômicas. Portanto, a ameaça terrorista tende a continuar, pois existem muitos que não vislumbra o que eu vislumbro.

Um albanês que vive em Nova York foi preso enquanto se preparava para viajar ao Paquistão para juntar-se a um grupo radical islâmico que planeja ações contra alvos norte-americanos, informou ontem o Ministério Público da cidade. O anúncio foi feito horas depois de as autoridades americanas alertarem para a possibilidade de um ataque terrorista às vésperas do aniversário de 10 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Agron Hasbajrami, de 27 anos, foi acusado de fornecer apoio material a terroristas e poderá ser condenado a 15 anos de prisão. Ontem, ele alegou ser inocente diante de uma Corte federal no bairro do Brooklin. O indiciamento descreve o suspeito como um "perigo à comunidade".

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O albanês foi preso pelo FBI na terça-feira, no Aeroporto John F. Kennedy, enquanto se preparava para embarcar em um voo em direção à Turquia, onde, segundo a acusação, ele se encontraria com militantes que o ajudariam a chegar ao Paquistão. A intenção de Hasbajrami, segundo o inquérito de 11 páginas que o acusa de envolvimento com o terrorismo, era juntar-se a radicais islâmicos que combatem as Forças Armadas americanas no Afeganistão.

O suspeito, porém, mantinha contato com um militante que fornecia informações ao FBI. Os agentes da polícia federal americana prenderam o albanês quando ele chegava ao aeroporto, com um bilhete só de ida. Hasbajrami carregava uma barraca, botas e roupas de frio, supostamente para seu treinamento nas regiões montanhosas da fronteira entre Paquistão e Afeganistão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os Estados Unidos "não podem se dar ao luxo de viver com medo, sacrificar nossos valores ou não se envolver com o mundo" por causa de preocupações com o terrorismo, afirmou a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, em declarações preparadas para um discurso em Nova York que será feito nesta sexta-feira.

"Estamos determinados a não permitir que o espectro do terrorismo escureça o caráter nacional, que sempre tem sido nosso bem maior", dirá ela, segundo trechos divulgados antes do discurso, que será feito na John Jay College of Criminal Justice.

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A visita ocorre em meio à intensificação da segurança em razão de uma ameaça terrorista, dois dias antes do 10º aniversário dos ataques terroristas contra Nova York e Washington.

"Antes do 11 de Setembro a América não se adaptou suficientemente rápido às novas e diferentes ameaças. É imperativo que não cometamos o mesmo erro de novo", dirá ela no discurso.

"Embora a liderança principal da Al-Qaeda tenha se enfraquecido significativamente no Afeganistão e no Paquistão, hoje fomos relembrados de que eles ainda podem realizar ataques regionais e internacionais e inspirar outros a fazer o mesmo."

Funcionários de contraterrorismo investigavam ameaças, críveis mas não confirmadas, de que a Al-Qaeda explodiria carros-bomba em pontes e túneis de Nova York e Washington. As informações são da Associated Press.

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