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A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) concluiu nesta quinta-feira os exames em mais de 1 mil crianças que nasceram entre janeiro e junho de 2012, na ala 3 da maternidade do hospital Madre Theodora. Elas tiveram contato direto ou indireto com uma técnica em enfermagem que estava com tuberculose.

Os resultados dos exames vão mostrar que pelo menos 107 bebês foram contaminados dentro do hospital particular - incluindo os três primeiros recém-nascidos que apresentaram a doença e desencadearam a triagem.

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Os números vão confirmar o caso como o maior surto de transmissão do bacilo em uma maternidade com registro na literatura médica mundial e o segundo do mundo - o primeiro foi registrado na Itália, em 2004.

Do total de recém-nascidos que foram contaminados com o bacilo de Koch, pelo menos 17 desenvolveram a doença e estão em tratamento com antibióticos por seis meses. Outros 90 estão infectados, mas a doença não se manifestou, casos chamados de infecção latente. Para esses, o tratamento é mais curto.

A tuberculose é uma doença infecciosa que tem cura. Em recém-nascidos, tanto o diagnóstico como o tratamento são mais difíceis. Transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, o Bacilo de Koch, ela é uma doença conhecida por afetar principalmente os pulmões, mas também pode atingir outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

Uma das características mais comuns para identificação da tuberculose em adultos é tosse com duração superior a três semanas. Em bebês, não há tosse. Sintomas como febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento, comuns nos adultos, também não aparecem nas crianças. Geralmente elas apresentam problemas pulmonares, que são tratados e retornam, e têm dificuldades de ganho de peso.

No caso registrado na Itália, o índice de crianças com infecção latente foi de 8% para aquelas que tiveram contato com o foco de transmissão. No Madre Theodora, 354 crianças tiveram contato direto com o foco da transmissão, a técnica de enfermagem. Em outubro, um balanço parcial divulgado pela coordenadora do programa de tuberculose da prefeitura de Campinas, Maria Alice Satto, indicava que de 166 crianças analisadas, 13 tinha infecção latente - o equivalente a 7,8%. A estimativa era que 1,3 mil crianças seriam analisadas.

O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase), Marcus Conde, neste mês, recebeu o prêmio Charles C. Shepard Science Award. A premiação foi uma consequência do artigo Three Months of Rifapentine and Isoniazid for Latent Tuberculosis Infection" (Três meses de Rifapentina e Isoniazida para Tuberculose Latente), publicado no THE New England Journal of Medicine.    

A ação premia os melhores artigos publicados em jornais científicos de grande impacto em diferentes categorias, tais como controle e prevenção, avaliação, métodos e desenho de estudos. Mérito científico e impacto em termos de saúde pública são os critérios analisados pela comissão julgadora.   

“Ganhar este prêmio significa o reconhecimento de que este foi o mais importante trabalho científico do ano em termos de prevenção de doenças”, conta Conde, conforme informações da assessoria de comunicação da FMP/Fase. Ainda de acordo com a assessoria, a adoção do tratamento proposto pelo professor facilitaria a cura da infecção, pois a maior causa do insucesso do esquema atual é que os pacientes abandonam o tratamento no meio do caminho.

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Subiu para 18 o número de bebês contaminados com o bacilo da tuberculose (bacilo de Koch) na maternidade do hospital Madre Theodora, em Campinas, no interior paulista. O balanço das primeiras 166 análises de crianças, que nasceram entre janeiro e junho e que tiveram contato com o foco de transmissão do surto investigado pela Secretaria da Saúde, indica que deve passar de cem o total de recém-nascidos infectados pela bactéria.

Os 18 casos são uma parcial dos exames feitos até agora, de 354 análises que serão realizadas no primeiro grupo. Cinco dos bebês estão com a tuberculose e sendo tratados com três tipos de antibióticos por seis meses. Os outros 13 foram contaminados com o bacilo, mas não adoeceram.

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"Chamamos de infecção latente, essas crianças também terão que passar por tratamento por seis meses, mas com apenas um tipo de droga", afirma a coordenadora do programa de tuberculose, da prefeitura de Campinas, Maria Alice Satto.

Outros três casos não apresentaram traço do bacilo, mas o quadro clínico e o histórico de saúde fizeram com que fossem pedidos exames mais detalhados para se confirmar ou descartar a tuberculose.

"A incidência atual é de 7,8% e não haverá grande variação. A maioria das crianças não teve contato direto com a funcionária do hospital suspeita de ser ter transmitido a doença", explica a coordenadora. A Secretaria de Saúde estima, a partir desses números, que vai passar de cem o total de crianças com infecção latente do grupo de 1,3 mil analisados.

A origem da contaminação foi uma técnica em enfermagem que trabalha no hospital, que foi diagnosticada com tuberculose, após a notificação da vigilância, e está afastada para tratamento. A tuberculose é uma doença infecciosa que tem cura. Em recém-nascidos, tanto o diagnóstico como o tratamento são mais difíceis. É uma doença que afeta principalmente os pulmões, transmitida pelo ar, pelas gotículas de saliva. Bebês não são considerados transmissores da bactéria.

Faltam 188 crianças para serem examinadas no primeiro grupo de 354, formado pelos que tiveram contato direto com a enfermeira, informa Maria Alice. Em seguida, começarão os exames em outros 1 mil bebês. Para análise das crianças nascidas nesse período no Madre Theodora, foi montado pela Secretaria de Saúde um protocolo de diagnóstico em parceria com as universidades de Campinas. O documento prevê, entre outras coisas, análise de curva de crescimento, desenvolvimento dos bebês, raio X de tórax e testes com reagentes.

Nesta segunda-feira (24), a Secretaria de Saúde do Recife realiza uma “busca ativa” por pacientes que possam ser portadores de Hanseníase e Tuberculose. A ação beneficia os morados de Nova Descoberta e começa às 8h, na Unidade de Saúde da Família Bruno Maia. O objetivo da ação é prevenir a propagação das doenças e conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce.

Com as visitas porta a porta serão atendidos os moradores do córrego do Joaquim, Córrego do Inácio e Pedro Cocada. Dentro das atividades haverá também uma palestra na escola da comunidade Professor Rafael explicando os sintomas, a forma de contaminação, o tratamento e a cura. 

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A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) está investigando um surto de tuberculose em recém-nascidos na ala 3 da maternidade do Hospital Madre Theodora. Três casos foram confirmados em bebês gerados este ano na unidade. Pais de 354 crianças nascidas entre janeiro e junho de 2012 nesse setor do hospital começaram a ser chamados por carta para que seus filhos sejam testados. Numa segunda fase, mais 1,3 mil famílias serão convocadas.

A secretaria informou que, de acordo com a literatura médica, é o segundo caso descrito de transmissão inter-hospitalar de tuberculose em recém-nascidos no mundo - o primeiro aconteceu na Itália. A origem da contaminação foi uma funcionária do hospital, técnica em enfermagem, que foi diagnosticada com tuberculose. Ela estava de férias e foi afastada antes de voltar ao trabalho para tratamento.

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A confirmação de contaminação dos recém-nascidos aconteceu em agosto e foi divulgada na manhã de ontem pela Secretaria de Saúde e pela direção do hospital, que é particular.

As três crianças, nascidas entre fevereiro e maio, receberam o diagnóstico em atendimento nos hospitais Maternidade Celso Pierro, Hospital Mário Gatti e Centro Médico, de Campinas. De acordo com a coordenadora do Departamento de Vigilância em Saúde (Covisa), Brigina Kemp, os bebês estão sendo tratados e respondem bem. Apenas um continua internado.

"Tivemos dois casos de bebês diagnosticados com tuberculose e fomos atrás de pessoas próximas com a doença e não achamos. Descobrimos então que, em comum, eles tinham o fato de terem nascido no mesmo local, num período próximo de tempo. Foi quando apareceu o terceiro caso, com as mesmas origens", explicou Brigina.

Cura

A tuberculose é uma doença infecciosa que tem cura. Em recém-nascidos, tanto o diagnóstico como o tratamento são mais difíceis. Transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, é uma doença conhecida por afetar principalmente os pulmões, mas também pode atingir ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Transmitida pelo ar, por gotículas de saliva, bebês não são transmissores da bactéria.

Uma das características mais comuns para identificação da tuberculose em adultos é tosse com duração superior a três semanas. Em bebês, não há tosse. Sintomas como febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento, comuns nos adultos, também não aparecem. Geralmente as crianças apresentam problemas pulmonares, que são tratados e retornam, e dificuldades de ganho de peso.

Para análise das crianças nascidas nesse período no Madre Theodora, foi montado pela Secretaria de Saúde um protocolo de diagnóstico em parceria com as universidades de Campinas. Ele prevê, entre outras coisas, análise de curva de crescimento, desenvolvimento dos bebês, raio X de tórax e testes com reagentes.

"Não há motivo para pânico. Pode ser considerado um surto porque foi uma ocorrência inusitada, em um determinado local, que foi o ambiente hospitalar, em um determinado período de tempo. Não significa que houve grande número de contaminação, mas sim uma transmissão focal", explica a coordenadora da Covisa.

O hospital informou que começou a enviar cartas para os pais das crianças nascidas entre janeiro e junho na ala 3 e que tiveram contato direto com a fonte da doença. Em seguida, outros 1 mil recém-nascidos desse período e da mesma ala deverão ser chamados para exames. Todos os 730 funcionários e terceirizados do Madre Theodora estão sendo examinados. "Como se trata de transmissão com foco definido e já contido, não há motivos para preocupações", disse Brigina.

O pai de uma recém-nascida em abril na maternidade, que pediu para não ser identificado, afirmou que, assim que soube da notícia pela mulher, ligou para o hospital. "Ficamos preocupados, mas a nenê graças a Deus nunca teve nada. Mas vamos agora ver o que fazer", afirmou o especialista em informática, que ainda não recebeu carta do hospital.

A Secretaria Municipal de Saúde emitiu um documento técnico alertando todos os profissionais de saúde da região de Campinas, em centros médicos e hospitais, para verificarem crianças que apresentarem sintomas da doença e tenham nascido na maternidade do Madre Theodora neste ano e as encaminharem para a Covisa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Um dos países com mais casos de tuberculose no mundo, o Brasil esbarra em uma norma interna para produzir um remédio contra a doença. Três laboratórios podem fabricar o medicamento quatro em um, que reúne quatro princípios ativos em um comprimido e é considerado o mais eficaz pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, para o remédio ser fornecido, o país precisa alterar uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Atualmente, as normas do órgão regulador não permitem que quatro drogas sejam combinadas em um único remédio. Para autorizar a produção do quatro em um, portanto, a Anvisa precisa rever uma resolução, o que foi pedido há mais de um ano. O processo é sigiloso e a agência só informa que recentemente pediu dados a um dos laboratórios com condições de produzi-lo imediatamente, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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A produção em território nacional do quatro em um é fundamental para dar autonomia ao Brasil no tratamento da doença, defende o coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, Draurio Barreira. Atualmente, o medicamento é distribuído gratuitamente para cerca de 80 mil pacientes da rede pública. “O mundo inteiro usa, nós usamos [importado], mas não podemos produzir”, disse. “É uma questão burocrática que vem nos prejudicando”.

Segundo Barreira, o tempo entre a compra e a entrega do quatro em um é um ano, mas pode se estender. No último pedido, relata, o remédio estava em um porto na Índia, pronto para sair, quando acabou sendo vendido para outro país por falta de um documento de importação. “Quer dizer, ficamos na ameaça de abastecimento. São coisas absurdas que acontecem”, disse. Por causa da greve na Anvisa, a importação também foi dificultada, e o país estava no limite do fornecimento até semana passada.

Mas, mesmo com a liberação da agência reguladora para a combinação do medicamento contra tuberculose no Brasil, os laboratórios nacionais continuarão a importar os quatro princípios ativos. A compra dessas drogas e a distribuição do comprimido pronto, no entanto, ficam menos complexas, diz o representante do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Luiz Henrique Costa. “A importação de matérias-primas é muito mais comum e a produção nacional nos dá independência.”

O Brasil gasta por ano R$ 3,6 milhões com o quatro em um. Por mês, são 2,2 milhões de comprimidos para o combate à tuberculose, cuja incidência é 37 casos por 100 mil habitantes, embora os números venham caindo. Entre os problemas estão o abandono do tratamento, que dura seis meses, e os efeitos colaterais dos remédios, que provocam mal-estar e desconforto gastrointestinal.

Com a produção nacional, o Observatório Tuberculose Brasil acredita que a qualidade dos produtos também ficará resguardada. O representante da entidade Carlos Basilia lembra que, em 2010, o estado do Rio – que tem o maior índice de casos no país – devolveu, por má qualidade, um lote inteiro importado da Índia. “A tuberculose não é uma doença que dá lucro, não há interesse de grandes indústrias, o Brasil acaba refém dos laboratórios, enquanto tem tecnologia para fazer isso aqui.”

Além de Farmanguinhos – que desde 2010 tem um acordo com o laboratório indiano Lupin para a transferência de tecnologia do quatro em um – podem produzir o comprimido o Núcleo de Pesquisa em Medicamentos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Laboratório Químico Farmacêutico do Exército, segundo o coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose.

A expectativa dos especialistas é que, antes de alterar a resolução, a Anvisa faça uma consulta pública. Embora a agência seja vinculada ao ministério, “o órgão tem autonomia e a responsabilidade de checar todos os critérios técnicos de segurança”, ressaltou Luiz Henrique Costa, do Departamento de Assistência Farmacêutica. “Estamos mostrando tudo isso. É um processo demorado mesmo”, completou.

Exames gratuitos de tuberculose e hanseníase serão realizados, nesta sexta-feira (3), no Córrego da Josélia, em Nova Descoberta, Zona Norte do Recife. O atendimento será na Associação de Moradores da Comunidade, a partir das 9h. A ação está sendo promovida pela Secretaria de Saúde do Recife.

Durante a realização dos exames, os casos positivos para as doenças serão encaminhados para tratamento na rede municipal de saúde. O tratamento para as duas doenças poderá ser feito nas 121 Unidades de Saúde do Município. Os casos mais graves serão encaminhados para as unidades de referência.

 





Exames que identificam a hanseníase e tuberculose serão realizados nesta sexta-feira (3) no Córrego da Josélia, em Nova Descoberta, concluindo o trabalho de busca ativa de possíveis portadores das duas doenças. A ação acontecerá na Associação de Moradores da comunidade, a partir das 9h. 

Durante toda a semana, técnicos das coordenações municipais para as duas enfermidades, acompanhados de Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces), visitaram os cerca de cinco mil moradores do Córrego para identificar e convidá-los para os exames, que serão realizados por médicos especializados no assunto. 

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No primeiro dia da busca foram distribuídos potes coletores para escarros – no caso dos possíveis portadores de tuberculose -, e fichas de autoimagem para os que possam ter indícios de hanseníase. Ontem (1°), algumas palestras de esclarecimento foram realizadas na associação.

Durante a realização dos exames nesta sexta, os casos positivos para as doenças serão encaminhados para tratamento na rede municipal de saúde. O tratamento para as duas doenças poderá ser feito em qualquer uma das 121 Unidades de Saúde do município. Os casos mais graves serão encaminhados às Unidades de Referência.

Os casos de tuberculose no Brasil caíram 3,54% em relação a 2010. Ano passado, foram confirmadas 69.245 infecções da doença, ante 71.790 registradas em 2010. Apesar da queda, o Brasil ocupa ainda a 17ª posição na lista de 22 países de alta carga da doença, por causa do grande número de infecções. A tuberculose é, ainda, a 4ª causa de morte por doenças infecciosas no Brasil.

Ao anunciar a redução do número de casos de tuberculose, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o novo indicador não é para ser comemorado. "Mas para mostrar que estamos caminhando em um ritmo adequado". De acordo com a Pasta, na última década o País registrou uma queda de 15,9% na incidência da doença.

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Além de números serem altos, indicadores divulgados nesta segunda-feira sinalizam um dado que precisa ser melhor acompanhado: as taxas de cura de tuberculose no Brasil caíram de 73,5% em 2009 para 70,3%, em 2010. O índice está abaixo dos 85% recomendados pela Organização Mundial da Saúde e está associado principalmente ao alto índice de abandono do tratamento.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que 9,5% dos pacientes analfabetos e 6,3% dos que tem mais de 8 anos de escolaridade não concluem o tratamento, que é gratuito. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa, afirma que a mudança dos números de cura podem ser provocados por melhora do registro. Casos que antigamente eram automaticamente considerados como de cura agora são analisados com maior rigor.

Barbosa reconhece, no entanto, ser necessária a adoção de estratégias para tentar reduzir o abandono de tratamento. Uma das medidas anunciadas, que começa em cinco capitais de forma experimental, é o envio de mensagens, por celular, para pacientes em tratamento. Os textos, diários, questionam se o paciente já tomou o remédio. A experiência começa no segundo semestre no Distrito Federal, Vitória, Aracaju, Florianópolis e Palmas.

"Se a iniciativa der certo, ela poderá ser ampliada para todo País, para todos pacientes", disse Barbosa. O Ministério pretende também adotar o teste rápido de tuberculose para acelerar a redução de casos da doença no País. A ideia é ofertar em cidades onde há grande prevalência da infecção, principalmente entre populações mais vulneráveis, para que tratamento comece a ser feito o mais rapidamente possível, e, com isso, ajudar a reduzir o ritmo de novas transmissões da doença no País.

A estratégia já vem sendo adotada, em um estudo piloto, no Rio e Manaus. O resultado deverá ser avaliado em junho. De acordo com a resposta, a iniciativa será expandida para capitais onde há alta prevalência da doença e entre grupos considerados com maior risco, como tribos indígenas e moradores de rua. "O teste rápido reduz o risco de resultados falso negativo. Além disso, ele permite o início do tratamento logo no primeiro estágio da doença", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizará, nesta segunda-feira (26), uma mobilização para alertar a população sobre a tuberculose. A doença atinge, por ano, mais de 4,1 pessoas em Pernambuco. A ação acontecerá das 8h às 12h, no Terminal Integrado (TI) de Passageiros da Macaxeira.

Técnicos e arte-educadores estarão circulando pelo local realizando atividades lúdicas que abordem os sintomas, formas de transmissão e o tratamento da doença. A mobilização faz parte das ações realizadas em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrada no último sábado (24).

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Além das atividades no terminal de passageiros, serão distribuídos informativos no Hospital da Restauração (HR) e no Hospital Geral de Areias (HGA), onde acontecerá palestras durante toda essa semana.

Fique atento – No Brasil, Pernambuco é o 3° estado com maior incidência de tuberculose, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro e do Amazonas. Dentre as capitais brasileiras, Recife fica no segundo lugar, atrás de Porto Alegre.

A tuberculose é transmitida por meio da tosse ou do espirro de pessoas doentes. O risco de contágio aumenta em lugares fechados.  Os principais sintomas apresentados são tosse por mais de três semanas, dor no peito, suor frio durante o sono, febre baixa, emagrecimento rápido e cansaço.

O diagnostico pode ser feito nas unidades básicas de saúde. O tratamento é gratuito, com duração de 6 a 12 meses.







O Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, data celebrada no dia 24 de março, será marcado por várias ações educativas promovidas pela Coordenação da Tuberculose da Secretaria de Saúde de Olinda. As atividades já começam nesta quinta-feira (22) com a presença de uma equipe de técnicos na Policlínica de Ouro Preto e outra na Unidade Saúde da Família de Jardim Fragoso.

Participarão do evento técnicos da Coordenação DST/AIDs, do Núcleo Permanente de Educação Popular e dos Distritos Sanitários I e II da Secretaria de Saúde do município. O objetivo da ação é informar a população sobre os sinais e sintomas da tuberculose.

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Programação - Na manhã desta sexta-feira (23), os usuários dos Programas de Saúde da Família (PSF) de Caixa D’água e Águas Compridas também serão contemplados com as atividades educativas. Já na segunda-feira (26), as ações serão desenvolvidas nas unidades de Bultrins e Monte II, bem como Jardim Atlântico.

Diminuir a taxa de abandono do tratamento contra a tuberculose é o principal desafio do país no combate à doença, segundo afirmou o coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, Draurio Barreira. De acordo com dados do ministério, nove em cada 100 pacientes que iniciam o tratamento não o levam até o fim. O máximo tolerável, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é quase a metade disso: cinco em cada 100.

Embora a taxa de incidência da tuberculose venha caindo no país nas últimas décadas – atualmente é 37,7 casos para 100 mil habitantes – ainda morrem a cada ano cerca de 4.800 brasileiros em função da doença, na maior parte das vezes porque o paciente não concluiu o tratamento.

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“O número de mortes por tuberculose no país representa apenas um décimo da mortalidade mundial, mas é um número absoluto que nos preocupa, porque se trata de uma doença que tem diagnóstico simples, tratamento altamente eficaz e medicamento gratuito oferecido pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. A gente não deveria ter esse número e de fato muito se deve ao abandono do tratamento."

Barreira explicou que a adesão ao tratamento, inversamente proporcional ao abandono, é fundamental para quebrar a cadeia de transmissão da doença e evitar o aumento de resistência da bactéria causadorada enfermidade, o bacilo de Koch. “Muitas pessoas abandonam o tratamento, que leva em média seis meses, nas primeiras semanas, que é quando têm a sensação de estarem curadas, porque se sentem melhor, ganham apetite e peso. Isso ocorre porque a carga do bacilo diminui, mas com o abandono essa carga volta rapidamente e pior ainda, muitas vezes já com característica de resistência”, ressaltou.

Ele destacou que o fortalecimento da atenção básica, como as ações do Programa Saúde da Família, do governo federal, executado pelos municípios, pode contribuir para reverter esse quadro. Barreira explicou que para monitorar a gestão dos municípios e o desempenho da atenção básica no tratamento da tuberculose, técnicos do ministério obedecem a um cronograma estabelecido para visitar a cada dois anos todas as 181 cidades consideradas prioritárias nessa área.

A superintendente de Unidades de Saúde da Secretaria Municipal do Rio, Betina Durovni, citou a comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, como um caso de sucesso em termos de redução das taxas de abandono do tratamento. Embora o local lidere o número de casos de tuberculose no município, com cerca de 300 ocorrências por 100 mil habitantes, o fortalecimento da atenção básica, especialmente com a implantação de uma clínica da família que garante cobertura de 100% da população residente na comunidade, contribuiu para que taxa de cura superasse o patamar recomendado pela OMS, que é 85%.

Segundo ela, esse movimento está diretamente relacionado à redução no índice de abandono do tratamento. “É como se fossem dois pratos de uma mesma balança. Quanto menor o abandono, maior a cura, porque o tratamento, embora simples, é longo, leva em média seis meses, por isso o acompanhamento das equipes de saúde é tão importante, para garantir que o paciente não desista antes da cura total."

A superintendente da Secretaria Municipal de Saúde acrescentou que durante esse período, o paciente precisa tomar regularmente a medicação, fornecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde e disponibilizada nas unidades municipais.

Para a dona de casa Sueli, moradora de uma comunidade da zona sul do Rio, a orientação dos profissionais na unidade de saúde onde buscou atendimento foi fundamental. Ela, que pediu para não ter o sobrenome identificado por medo de ser alvo de preconceito, está em tratamento há um mês contra a tuberculose.

“Foi fundamental, porque eu fiquei muito assustada no início. Mas quando tive o diagnóstico, os profissionais me orientaram, dizendo que a tuberculose não é um bicho de sete cabeças, mas que eu tinha que seguir todo o tratamento e tomar os medicamentos todos os dias, certinho”, contou ela, que embora já sinta redução nos sintomas, garante que não vai abandonar o procedimento até ter certeza da cura.

O governo do Rio de Janeiro também prepara um plano de combate à tuberculose e à aids, que piora a condição do paciente, já que reduz sua imunidade e o deixa mais suscetível a contrair a doença. A iniciativa seria lançada este mês, mas por "problemas logísticos" foi adiada para maio.

De acordo com o superintendente de Vigilância Epidmiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde Alexandre Chieppe, o plano prevê uma pactuação política com municípios fluminenses para garantir maior capilaridade das ações de controle da doença no estado. Ele disse que mais detalhes sobre o plano serão divulgados no momento do lançamento. “A tuberculose é um importante problema de saúde pública no Rio e merece um enfrentamento mais contundente para reduzir os casos."

De acordo com dados do Ministério da Saúde, com aproximadamente 11 mil novos casos da doença a cada ano, o estado lidera o ranking de incidência nacional da tuberculose. Enquanto a média nacional é 37,7 casos por 100 mil habitantes, no Rio de Janeiro ela chega a quase o dobro: mais de 70 ocorrências por 100 mil habitantes.

Rodas de conversa, palestras e peças de teatro serão as ferramentas utilizadas pela gerência de controle da tuberculose do Recife para sensibilizar e informar sobre os sintomas da doença aos moradores da comunidade dos Coelhos. A ação nesta sexta-feira (2) a partir das 9h. Os bairros do Distrito Sanitário I, que compreende, entre outros, as comunidades dos Coelhos, Santo Amaro e Coque, têm o maior coeficiente de Incidência em tuberculose no Município.

Há três anos, a campanha de tuberculose no Recife conta com a parceria do Fundo Global. Os recursos são destinados à prevenção e tratamento dos casos da doença. Somente no bairro dos Coelhos, foram registrados uma média de mais de 20 casos ao ano, tendo como referência 2009 até 2011.

No ano de 2010, o Coeficiente de Incidência no local foi de 293 por 100 mil habitantes, considerando o bairro de altíssima preocupação. A maioria dos casos ocorrem no sexo masculino (cerca de 65%) e na população economicamente ativa com idades entre 20 e 59 anos. Este coeficiente de incidência é o indicador que representa o problema, medindo o risco da população adoecer. Por causa da estatística que aumenta devido a outros fatores de risco como o alcoolismo, drogas e o abandono ao tratamento, a secretaria oferece aos moradores dois serviços básicos com equipes muito atuantes tanto na busca dos sintomáticos respiratórios (suspeitos), como no acompanhamento a um serviço de referência, no caso, a Policlínia Gouveia de Barros, para apoiar nos casos mais complexos.

Durante toda a campanha, iniciada no dia 9 de fevereiro, foram realizadas várias atividades. Entre elas reuniões nas unidades de saúde, distribuição de panfletos de porta em porta, chamada por meio de anuncicletas, atuação nas escolas da comunidade, apresentação teatral e exibição de filmes.

O Ministério da Saúde realiza nesta quinta-feira (18) e sexta-feira (19), em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana de Recife, a Terceira Oficina Regional sobre Tuberculose e População em Situação de Rua e a Oficina Tuberculose e SUS. O coordenador-adjunto do Programa Nacional de Tuberculose (Secretaria de Vigilância em Saúde) do Ministério da Saúde, Fábio Moherdaui, participa do evento.

A oficina tem como objetivo mobilizar gestores e sociedade civil para garantir um melhor atendimento pelo SUS aos moradores de rua afetados pela doença. Pesquisas indicam que o índice de tuberculose entre os moradores de rua pode ser até 70 vezes maior, se comparado com a população em geral.  

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O encontro acontecerá no Hotel Dorisol (Avenida Bernardo Vieira de Melo, Candeias), das 8h30 às 18h.

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