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Os jogos olímpicos de 2016 estão marcados para acontecer apenas no Rio de Janeiro, mas outros diversos estados entraram no clima esportivo do evento. E, neste sábado (6), a Praia de Boa Viagem, em Recife, recebeu diversas atividades esportivas que não eram praticadas somente por atletas, mas por qualquer pessoa que estivesse aproveitando o final de semana na orla e desejasse entrar um pouco dentro do famoso 'espírito olímpico'. A Arena Olímpica UNINASSAU utilizou do tema inclusão para mostrar que todos podem praticar esportes e se exercitar, independente de qualquer outro fator.
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Vôlei sentado, dança, judô, além de aferições de saúde foram algumas das atividades proporcionadas pelo evento organizado pelo UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau. Atraindo grande público, a Arena Olímpica contou com parceria do Projeto Praia Sem Barreiras, que tem o intuito de levar pessoas com deficiência para a praia, e deu o grande tom de esporte para todos no dia. “Estamos no momento olímpico do Brasil e a UNINASSAU teve essa ideia de trazer para praia de Boa Viagem, na arena do projeto Praia sem Barreiras, a Arena Olímpica, para que a população, os frequentadores da praia, pudessem conhecer essas modalidades e participar delas. Quem veio pôde verificar judô, esgrima, atletismo, levantamento de peso, vôlei sentado, então são diversas atividades que pessoas com deficiência ou não podem praticar. É o espírito olímpico e queremos trazer essa sinergia para praia de Boa Viagem”, destacou o organizador do evento Sérgio Murilo Júnior.
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A atleta paralímpica Suely Guimarães, também esteve presente no evento para destacar a importância da inclusão no esporte. Medalhista olímpica em 1992, 1996 e 2004, e tendo cinco edições de Jogos paralímpicos no currículo, ela elogiou a iniciativa do Centro Universitário, onde é formada em educação física. “Esse evento está sendo muito bonito, é onde podemos lutar pela inclusão, que ainda não e regulamentada no nosso país. Estou vendo aqui que estamos tendo essa oportunidade de participar das atividades. Inclusão é isso, ter pessoas com deficiência junto com outras pessoas, mostrando que não há diferença. Sabemos que temos condições de superar limites. Não podemos deixar que as pessoas com deficiência sejam vistas como coitadinhas, porque não somos, somos cidadãos e mostramos até no esporte que temos grandes atletas que estão aí para arrebentar nas paralímpiadas”, exaltou ela, que foi uma das condutoras da tocha olímpica na cidade.
Assim como Suely, diversas pessoas deficientes estiveram no local e mostraram que quando se trata de esportes não há barreiras. Exemplo disso é Emídio Fernando, que além de praticar tradicionalmente o vôlei sentado, no Náutico, e o arremesso de peso, disco e dardo, no Santos Dumont, mostrou disposição para conhecer e praticar as outras modalidades que estavam sendo oferecidas. “Já conheço essa área porque pratico vôlei sentado aqui e fiquei sabendo desse evento hoje por conta de uns amigos que ligaram para mim. Vim conhecer porque são várias modalidades e tenho vontade de conhecê-las como, por exemplo, a esgrima. O esporte para mim abriu as portas do trabalho, da qualidade de vida e através dele pude conhecer quase o Brasil todo. Incentivo todas as pessoas deficiente a praticarem esporte”, afirmou.
A curiosidade por algumas das modalidades paralímpicas foi tanto que mesmo pessoas que não eram deficientes também participavam das atividades para conhecer os desafios. Laís Karen, que já trabalha no Projeto Praia sem Barreiras foi uma das que quis conhecer a prática do vôlei sentado e pontuou as diferenças do estilo mais tradicional do esporte. “É muito difícil do que você pensa quando está olhando. Você não pode tirar o corpo do chão, tem que se locomover rastejando. É uma experiência diferente de ser vivenciada”, pontuou. Outras diversas pessoas aderiram também a ideia do projeto e participara da Arena Olímpica que ocorreu com exclusividade neste sábado.