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Zé Ramalho (1949) é um cantor e compositor brasileiro, conhecido como uma das principais vozes da geração nordestina que surgiu nos anos 70. Nascido no dia 3 de outubro de 1944, é filho de Antônio de Pádua Ramalho e Estelita Torres Ramalho.

Aos 2 anos, ficou órfão de pai, passando a ser criado pelos avós, José e Soledade Alves Ramalho. Em 1960, mudou-se com a família para a cidade de João Pessoa. Zé estudou nos melhores colégios da cidade e, ao terminar o ensino básico, iniciou o curso de medicina.

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Zé Ramalho começou sua carreira artística escrevendo versos de cordel. Cantava em conjuntos inspirados na Jovem Guarda e no Rock inglês. No ano de 1974, teve uma de suas músicas incluída na trilha sonora do filme “Nordeste, Cordel, Repente e Canção”, de Tânia Quaresma.

No ano de 1976, Zé se mudou para o Rio de Janeiro. Em 1977, gravou seu primeiro álbum solo, intitulado “Zé Ramalho”, que incluía a música “Avôhai”, composta em homenagem a seu avô. O álbum também incluía outros clássicos que ficaram eternizados na voz do cantor, como “Chão de Giz” e “Bicho de Sete Cabeças”.

Zé Ramalho ganhou grande projeção nacional ao ter suas músicas incluídas em diversas novelas, entre elas: “Mistério da Meia Noite” - Roque Santeiro (1985), “Oh Pecador” - De Quina Pra Lua - (1986), “Entre a Serpente e a Estrada” - Pedra Sobre Pedra (1992), entre outras.

No ano de 2000, o disco “Nação Nordestina” foi indicado ao Grammy Awards de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras”. O sucesso se seguiu com o discos que homenagearam diversos artistas nacionais e internacionais, entre eles: “Zé Ramalho Canta Raul Seixas” (2001), “Zé Ramalho Canta Bob Dylan” "(2008), “Zé Ramalho Canta Luiz Gonzaga” (2009), “Zé Ramalho Canta Jackson do Pandeiro” (2010) e “Zé Ramalho Canta os Beatles” (2011).

Para comemorar os 40 anos de música, Zé realizou o show “Zé Ramalho Voz e Viola” - 40 anos. O show foi realizado na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador. O show foi registrado e lançado em formato de box em 2016. 

O cantor e compositor recifense Zé Gleisson decidiu disponibilizar seu disco de estreia, “Urbano, demasiado urbano” nas principais plataformas digitais, a exemplo de Spotify, Deezer e Tidal. Lançado há dez anos, o trabalho estará nos streamings a partir da próxima quinta (11). Até então, o disco só havia sido publicado no Soundcloud e no site oficial do artista, em endereço eletrônico que não existe mais.

Ocorre que, na época do lançamento, ainda não existiam as atuais plataformas digitais de hoje em dia e os artistas estavam na transição do CD físico para as novas mídias. Ou seja, apesar de ter sido oficialmente lançado em novembro de 2011, muitos desavisados receberão este disco como inédito. Sinal dos tempos, que leva o artista a se revisitar e ir onde a plateia está e, sem dúvida, esse lugar nos dias de hoje são as plataformas de streaming.

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Com 11 faixas, o trabalho tem a poesia como carro-chefe, acomodada em arranjos que passeiam pelo universo do rock, do pop e até do samba, em sintonia com o que era produzido em Pernambuco e no Brasil no ano de 2011. Por hora, o disco pode ser escutado no SoundCloud do artista. “Há uns meses atrás caiu a ficha de que vai completar exatamente dez anos no dia 11 de novembro e é a data certa de quando foi lançado, um data bem cabalística, dia 11/11/2011”, celebra. Zé Gleisson.

Sobre o artista

Com mais de 20 anos de carreira, o pernambucano Zé Gleisson atua como cantor, compositor e baterista. Fez parte de diversas bandas em Recife, dentre elas: DMP & Os os Fulanos (Vencedora do Primeiro Festival Recbeat), Profiterólis e Rádio de Outono (Lançando um EP em 2004 e se destacando com uma das principais bandas do cenário independente nacional). Em 2011 partiu para uma temporada em São Paulo, que resultou na gravação do seu primeiro disco solo, ‘Urbano, demasiado urbano’. A partir dele, sua carreira como compositor chama a atenção de vários artistas locais que passam não só a regravar músicas do seu disco como algumas canções inéditas e outras parcerias. Dentre eles: Victor Camarote, Dirimbó, Madeira Delay, Bruno Souto, Bê Formiga, Zeba, entre outros.

Já em 2019, após vários encontros com o Coletivo de Compositores ‘Clube da Aurora’ escolhe a música ‘Tampa de Panela’ para lançar como single. Com produção de Luccas Maia e vocais de Larissa Lisboa, a canção foge a tudo que o artista tem feito até então, e mostra ao público sua faceta regional, que sempre esteve presente na sua alma de menino que passou a infância no interior da Bahia.

 O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, de 74 anos, foi aplaudido por profissionais de saúde enquanto recebia vacina contra a covid-19, em um drive thru, na manhã desta quinta (11). O momento foi compartilhado na internet pelo próprio petista, que participava de uma transmissão ao vivo durante o procedimento.

Na presença de Dirceu, os trabalhadores também disseram palavras de ordem como “Viva o SUS” e “Fora, Bolsonaro”. O petista comemorou a postura dos profissionais de saúde. “O grito de guerra aqui é ‘fora, Bolsonaro’. Todo mundo gritando, as enfermeiras, os técnicos, é o Brasil gritando ‘chega'”, afirmou.

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De acordo com os dados da Universidade norte-americana Johns Hopkins, um total de 270.656 brasileiros já morreram em decorrência da covid-19, sendo o país o segundo no mundo a ter perdido mais vidas para a doença. A instituição também aponta que o Brasil já registrou 11.202.305 casos do novo coronavírus.

São cinco horas e meia da tarde e Zé de Mandacaru aguarda, no jardim da galeria de arte da arquiteta Carmem de Andrade Lima, em Casa Amarela, uma repórter atrasada. Um complicador para quem já não gosta de falar ou dar entrevistas. As apresentações são feitas e a resposta para a maioria das perguntas é “porque sim”. O silêncio, contudo, logo é preenchido pelas 103 telas pintadas pelo artista espalhadas pelo ateliê. Mulheres, animais, objetos e criaturas fantásticas dispensam explicações ou sentido. “Eu pinto o que vem na mente”, afirma, repetindo o nome da segunda exposição individual de sua carreira como artista, com inauguração marcada para as 18h do próximo sábado (16). 

Nascido José Antônio Gonçalves, o artista precisou deixar sua cidade natal, Gravatá, no agreste pernambucano, quando a usina em que trabalhava faliu. “Desprezado (demitido) em Chã de Alegria, me chamaram pra ir pro Rio de Janeiro. Passei um mês sozinho, sem trabalho, até que um conhecido me chamou para trabalhar numa empresa que fazia navio. Passei de sete a oito meses como marinheiro e vim embora para Pernambuco, para a casa de meu pai”, conta. 

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Zé expôs em galerias internacionais e já participou de cinco mostras coletivas. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Foi quando surgiu a oportunidade de trabalhar como vigilante da galeria de arte do pintor e escultor Romero de Andrade Lima. “Disseram para mim: ‘Zé, tu tem que pegar nesses pincéis’, eu respondi: ‘já sei, já pintei navio!’. Peguei os rabiscos que sempre fazia no papel e passei pra tela”, lembra. A força das obras logo chamou a atenção de Romero de Andrade e de outros artistas que frequentavam seu ateliê. “Tinha um ‘curiosinho’ chamado Maurício Silva que me perguntou se eu conhecia Mandacaru, que fica em Gravatá. Eu disse que sim e ele respondeu que meu nome seria ‘Zé de Mandacaru’”, explica a assinatura.

 Com o convite para trabalhar como pedreiro na residência e galeria de Carmem de Andrade, familiar de Romero, veio o de montar a primeira exposição. “Amamos o trabalho dele e em 1996, realizamos sua primeira exposição, com 40 miniquadros. Os artistas não gostam de classificar seus trabalhos, mas pesquisando a obra dele, eu e Romero concluímos que ela pode ser enquadrada na arte bruta”, comenta Carmem. De acordo com a curadora da atual exposição de Zé, o conceito foi criado pelo artista francês Jean Dubuffet, para designar trabalhos que não seguem tendências artísticas. “Não há uma técnica específica, instrução, curso de pintura ou intenção de mostrar, divulgar os trabalhos. A pessoa simplesmente pinta o que sente, é a arte mais pura que existe”, opina.

Quadros constantemente tem como temática mulheres, animais e criaturas fantásticas. (Rafael Bandeira/ LeiaJá Imagens)

Após a primeira mostra, Zé de Mandacaru teve seus trabalhos expostos em importantes galerias como a Pullitzer Art Gallery, em Amsterdam, na Holanda, e participou de algumas exposições coletivas. Embora seus quadros tenham cruzado o Atlântico, Zé permaneceu em Recife, tentando conciliar a pintura ao ofício de pedreiro. 

Este ano, Carmem de Andrade se dispôs a fazer a curadoria e abrigar uma nova exposição individual do artista, intitulada com o jargão dele: “eu pinto o que vem na minha mente”. “Quando eu largava do serviço, às cinco da tarde, chegava em casa, sentava num canto e ia desenhar. Porque eu não pinto logo não, eu desenho e depois cubro com tinta”. Não tenho muito tempo, mas não é questão de tempo e sim de se interessar. Amo pintar”, afirma o artista, que criou todas as obras da mostra em apenas dois meses. “Cheguei a fazer 15 numa só noite”, completa. 

Carmem de Andrade Lima é curadora da nova exposição do artista. (Rafael Bandeira/ LeiaJá Imagens)

Depois de prontos, os desenhos foram transportados pelo próprio Zé para a galeria onde serão exibidos. “Eu pinto na minha casa, em Dois Irmãos, e trago para cá, em cima da bicicleta”, aponta para sua velha Monark preta sem freios. Destemido, o artista se prepara para receber jornalistas, admiradores e críticos em sua nova exposição, no espaço onde ergueu escadas e paredes. “Para mim, ser pedreiro é arte quando a gente cola aquelas pedrinhas de cerâmica no chão, uma por uma. Aquilo dá trabalho e uma boa obra de arte da trabalho”, coloca. Apesar do gosto pela construção, Zé confessa que, se pudesse, “vivia de arte”.  “Nossa expectativa é a de vender algumas obras dele para que ele também tenha a pintura como fonte de renda”, afirma Carmem de Andrade. 

SERVIÇO// Exposição "Eu pinto o que vem na minha mente"

Onde: Rua Dona Rosa Fonseca, 75, Casa Amarela

Quando: Sábado, às 18 horas

Entrada: Gratuita 

 

O livro Golpe de Vista, do escritor V.J.Palaoro, confronta preconceito e solidariedade, alegrias e tristezas da vida real de um jovem cego. O enredo é construído a partir de diálogos descontraídos entre as personagens, que buscam representar a essência nua e crua da realidade de pessoas com a deficiência visual.

Desde que nasceu, Zé tem uma deficiência que ele chama de visão subnormal. Já adulto, ele descobriu que, na verdade, sua baixa visão era causada por um tumor que comprimia um nervo óptico. De qualquer modo, não valeria a pena removê-lo, porque o tumor se mostrava estacionado e os danos na visão de Zé já eram irreversíveis. Além disso, tratava-se de uma cirurgia de alto risco, inclusive de morte.

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Após a vitória em Caruaru o técnico Zé Teodoro fez questão de declarar apoio total aos atletas do Tricolor. Segundo ele, os jogadores merecem os louros da vitória, depois de tudo o que passaram durante a semana. De acordo com o treinador, a vitória do Santa foi o resultado mais justo para a partida.

“Seria muita injustiça se nós não conseguíssemos o resultado hoje. Nós criamos mais oportunidades e sempre estavam pegando a bola para tentar o objetivo. Enfrentamos dificuldades durante a semana, por conta da Copa do Brasil, mas eu sempre confiei nos meus atletas. Hoje eu parabenizo todos eles, que demonstraram vontade e garra”, disse.

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O comandante tricolor também falou sobre as alterações que realizou no time. Segundo ele, foram responsáveis pela vitória. “Eu esperava que o Weslley criasse um pouco mais, só que ele teve dificuldade. O Chicão também não teve muito êxito. Então quando eu fiz as modificações eu comentei com o Sandro que nós íamos vencer a partida por conta das substituições”, afirmou o treinador tricolor.

Teodoro completou a entrevista falando sobre os protestos do torcedor. De acordo com ele, o torcedor vive do momento e, com o tempo, vai esquecer a eliminação na Copa do Brasil. “O torcedor vive de emoção. Todos nós ficamos chateados com a eliminação, porque foi um grande baque. Mas nós recuperamos em três dias. Os jogadores assumiram esta responsabilidade e soube dar a volta por cima”, concluiu Zé Teodoro.

COPA DO BRASIL

Depois do jogo contra o Central, circulou a informação que o jogador Fininho, do Penarol-AM, teria jogado de forma irregular contra o Santa Cruz, pela Copa do Brasil. O departamento jurídico coral prometeu que nesta segunda-feira (19) vai fazer uma consulta na CBF. No entanto, o nome de Fininho, que na verdade chama-se Joelson Amorim Guedes, foi publicado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF no dia 6 de março, um dia antes do primeiro jogo entre as duas equipes. No entanto, caso fique comprovada alguma irregularidade, o Penarol seria punido e perderia a vaga na 2ª fase para o Santa Cruz. 

Após a eliminação da Copa do Brasil para o Penarol-AM, os jogadores do Santa Cruz lamentaram bastante o resultado. Além deles, o técnico Zé Teodoro também sentiu o resultado negativo. Mas o treinador quis passar um clima de tranqüilidade ao fim do jogo. Segundo ele, a competição não era o principal objetivo do grupo nesta temporada.

“A Copa do Brasil já faz parte do passado. Vamos trabalhar de olho no Estadual e, no segundo semestre, no Brasileiro, que é o nosso maior projeto para a temporada. Queremos conquistar o acesso à série C”, disse.

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O comandante tricolor também foi perguntado sobre a escalação de Carlinhos Bala, que voltou de contusão e não pareceu estar 100%. Ele confirmou que o jogador ainda não estava na melhor das condições. “Faltou ritmo de jogo, mas jogador só pega ritmo de jogo trabalhando. É preciso botar ele para jogar”, afirmou o treinador tricolor.

Voltando a falar sobre a derrota para o Penarol/AM em casa, Teodoro puxou a responsabilidade para ele. “Quando o time perde, a responsabilidade é toda do treinador. Reconheço o erro. O torcedor tem o direto de ficar chateado, mas ainda vamos dar muitas alegrias a ele durante o ano”, concluiu Zé Teodoro, ressaltando que segue firme no cargo.

O JOGO

O primeiro gol da partida saiu logo aos 8 minutos de jogo, dos pés de Marinélson, que completou um cruzamento feito pelo lateral Isac, abrindo o placar para o Leão da Velha Serpa. Penarol 1x0.

Com este placar o Santa ainda estava classificado, mas foi atrás do gol, mesmo assim. Logo aos 15 minutos o lateral Eduardo Arroz desceu pela lado direito e fez um cruzamento da linha de fundo, na pequena área, que Dênis Marques, sem marcação, empurrou para o gol azulino, empatando a partida. 1x1.

Logo em seguida o Tricolor teve outra chance, após uma tabela do Leandro Souza com Geílson, que Carlinhos Bala ficou com a sobra e mandou para fora. Outra boa chance do Santa foi aos 30 minutos, com Weslley, que chutou a queima roupa e o goleiro Rascifran espalmou para escanteio.

O Santa Cruz voltou mais defensivo no segundo tempo, tentando fazer com que o tempo passasse mais rápido e a classificação chegasse. O primeiro lance de perigo veio aos 23 minutos, depois de uma tabelinha entre Renatinho e Sandro Manoel. O baixinho tricolor mandou uma bomba que passou raspando a trave esquerda do goleiro adversário.

Logo em seguida, cerca de quatro minutos depois, o Penarol alcançou o segundo gol, com Fábio Bala, que recebeu um cruzamento de Marinélson, da direita para a esquerda e, de dentro da pequena área mandou para o gol tricolor. Penarol 2x1.

Este placar levava a partida para os pênaltis, mas a alegria amazonina só durou dois minutos, pois Memo, depois de um bate-rebate na área do Penarol, mandou, sem ângulo, para o gol do Leão, empatando mais uma vez e dando a vantagem para o Tricolor. 2x2.

Aos 36 minutos, porém, o Penarol marcou mais um. Depois de uma belíssima troca de passes, Rondinelle recebeu no lado esquerdo de ataque e mandou uma bomba para o gol do Santa. Penarol 3x2. O Santa estava elininado.

Ficha do jogo

Santa Cruz: Tiago Cardoso; Eduardo Arroz, Leandro Souza, William Alves e Dutra; Memo, Léo (Sandro Manoel), Weslley (Luciano Henrique) e Carlinhos Bala; Dênis Marques e Geílson (Renatinho). Técnico: Zé Teodoro.

Penarol/AM: Rascifran; Isac, Anderson Cristo, Edson Santana e He-Man (Marcos Pezão); Rondinelle, Fininho (Celsinho), Paulo Roberto e Igor; Marinelson e Fernando (Fábio Bala). Técnico: Roberto Vieira.

Local: Estádio do Arruda.

Árbitro: Árbitro: Ítalo Medeiros de Azevedo (RN).

Assistentes: Márcio de Silva (RN) e Vinícius Melo de Lima (ambos do RN).

Gols: Dênis Marques, Memo (S), Marinélson, Fábio Bala e Rondinelli (P).

Cartões amarelos: Eduardo Arroz, Leandro Souza (S), Paulo Roberto e Igor Cearense (P).

Público: 11.667. Renda: R$ 100.900,00.

A quinta-feira (15/12) promete ser movimentada no Santa Cruz. O técnico Zé Teodoro chegou ontem à capital pernambucana e se reúne hoje à tarde com a diretoria coral. Na pauta, a oficialização da permanência do treinador no Arruda, com a assinatura do novo contrato, e também a discussão sobre nomes de possíveis reforços para a próxima temporada.

O zagueiro Vágner Silva, que já defendeu o Náutico, está nos planos. A renovação de alguns atletas, como o meia Bismarck, também está na agenda. O jogador tem seus direitos econômicos presos ao Fortaleza. Quem já acertou para 2012 foi o atacante Thiago Cunha. Outro assunto a ser tratado será a possível antecipação no retorno das férias, que está previsto para a primeira semana de janeiro. 

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Como jogador do Goiás, São Paulo e até da seleção brasileira, ele sempre se destacou. Apesar de não ser um craque, como ele mesmo reconhece. Como treinador, foi campeão estadual pelo Náutico e pelo Ceará. Mas em 2011, aceitou o desafio de tentar soerguer o Santa Cruz, que vinha de cinco anos de frustrações e decepções.

No primeiro semestre, o trabalho foi coroado com o título do pernambucano, taça que não ficava no Arruda desde 2005. Mas faltava o principal: tirar o tricolor da Série D do futebol nacional. E com muito sofrimento o objetivo foi alcançado. Já classificado para a Terceira Divisão, o Santa Cruz se prepara para a semifinal contra o Cuiabá-MT.

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Mas antes Zé Teodoro atendeu a reportagem do Leia Já. Em uma entrevista exclusiva, o treinador fala deste ano positivo à frente do Santa Cruz, dos seus planos para o futuro e também de sua vida fora das quatro linhas.

Leia Já: É evidente que essa é uma vontade de quase todo brasileiro... E você foi jogador, vive do futebol. Como surgiu e aconteceu isso?

Zé Teodoro: Nunca fui um craque. Sempre tive a humildade de dizer que sempre fui um operário, mas também um líder positivo, agregador e motivador. Como jogador e treinador, meu lema sempre foi buscar desafios e acreditar que o trabalho só vai aparecer se pegar a coisa de baixo, transformar e chegar lá em cima. Às vezes pego uns trabalhos que todo mundo acha que é impossível e eu transformo, juntamente com o grupo e com a comissão técnica. Sempre aposto no projeto. Tive 11 propostas para deixar o Santa Cruz e achei melhor permanecer por causa do resultado final. Não me arrependo de nada que fiz.

LJ: Em todo esse trajeto, qual foi a maior dificuldade? Algum momento pensou que não dava mais para continuar?

ZT: Nunca recuei diante das adversidades. Mas já tiveram momentos que não me deram tempo necessário, não tiveram a paciência de fazer um trabalho de médio a longo prazo. Hoje infelizmente no Brasil a leitura de jogo, a parte tática não é entendida por todos. O treinador sempre fica encostado na parede, no fio da navalha, sempre responsabilizado. Os clubes não dão o tempo necessário, às vezes são induzidos pela imprensa, pelo torcedor e o dirigente não aguenta a pressão.

LJ: Título pernambucano, acesso de divisão... Hoje seria o melhor momento da carreira de Zé Teodoro?

ZT: Já tive momentos melhores, em divisões como Série A, Série B, Campeonato Paulista, no Ceará também conquistei títulos. O Santa Cruz foi o maior desafio. Eu queria fazer um povo humilde, simples, que estava com traumas, passando por situações que eu tinha que dar uma ajuda, colaborar. Achei melhor, juntamente com o Sandro, que foi o responsável por ter me trazido, sem dinheiro, sem nada e a gente ajudou, colaborou e estamos dando sequência.

LJ: Como jogador você chegou ao ápice atuar na Seleção Brasileira e disse planejar chegar ao topo também como treinador. O que falta para isso?

ZT: Hoje eu estou preparado. Já estou em condições de esperar a oportunidade aparecer, já estou merecendo uma oportunidade em um time de ponta, pois todos os trabalhos que eu fiz obtive resultados e uma coisa importante para o treinador é conquista, título, currículo. É lógico que eu ainda não tive oportunidade em trabalhar em um time grande, que é totalmente diferente, tem estrutura. Às vezes aqui o desgaste é maior, aqui você se preocupa com todos os setores. E em um time como o São Paulo, Palmeiras, Corinthians, você tem tudo praticamente mastigado. Tem jogadores, elenco, investimento. No dia que eu chegar, vou chegar para ficar.

LJ: E o futuro no Santa Cruz?

ZT: Eu não sei qual é o pensamento, até agora não conversamos. Eu tenho contrato para cumprir até novembro e eles vão esperar. Mas temos que continuar dando seguimento, avaliar o que se pode aproveitar e se eu não ficar vou deixar praticamente o trabalho na metade do caminho. Uma base montada, como deixei no Atlético-GO, no Ceará... Eu acho que esse trabalho pelo conhecimento que eu tenho do mercado, já vou contribuir, mas se eu permanecer é lógico que terão exigências para reforçar mais ainda, melhorar a estrutura, condições, tudo isso nesse ponto eu sou chato e exigente. Quanto mais se conquista mais o clube cresce na cobrança, então eu acho que só posso ficar aqui se receber uma condição melhor que essa de 2011.

LJ: Mas a vontade é ficar?

ZT: Eu estou bem, estou satisfeito. Lógico que a gente não pode dizer que vai ficar, pois tudo pode acontecer. Propostas podem acontecer. Sabemos que a vida é questão de oportunidade, mas estou bem e satisfeito. E se me atenderem, a mim e minha comissão, tudo aquilo que pretendemos, sem dúvida, a intenção do treinador é ficar mais tempo no clube, ficar aqui dois, três anos para realmente dar um resultado e levar o time para uma condição até a Série A.

LJ: Como é o Zé Teodoro fora do futebol?

ZT: Eu sou muito família. Estou longe, mas procuro estar perto pelo telefone da minha mulher, dos meus filhos e sempre que posso eu vou para lá ou eles vêm. Gosto da minha música sertaneja, da minha vida em Goiânia. Adoro minha pelada, a fazenda, para curtir meus amigos. Também de teatro, cinema e atividade física, como dar um trote, jogar bola. Eu sou bem natural, tanto que agora com esse tanto de problemas que estão acontecendo com os treinadores, meu cuidado é maior, principalmente para tirar o estresse, a tensão, pois a pressão e a responsabilidade são enormes. A solidão às vezes acontece, mas temos que conviver e enfrentar todos os tipos de situação. Vamos amadurecendo a cada trabalho.

LJ: O que você mudaria no mundo do futebol?

ZT: Melhores condições de trabalho no aspecto das divisões de base, patrocinador... O maior produto hoje no futebol é o atleta, então deveríamos “desviar” verbas para aquilo que no Brasil nasce com as pessoas, começou a caminhar já é com uma bola. Então deveria ter um interesse e um investimento maior. Também deveria ter mais honestidade e profissionalismo da cartolagem.

LJ: O que o “jornalista Zé Teodoro” iria perguntar para o treinador “Zé Teodoro”?

ZT: Ih. Essa é uma pergunta bem difícil, hein?... Perguntaria qual é o sonho. Mesmo com 48 anos eu tenho sonhos. E respondo: tenho o sonho de trabalhar em um clube grande, em uma Seleção Brasileira Sub-20, uma Copa do Mundo. Essa seria uma pergunta que me faria deixar com otimismo, confiança e de trabalhos futuros.

 

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