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Moradores da cidade de São Paulo com mais de 30 anos poderão receber a partir da próxima segunda-feira, 25, a quarta dose da vacina contra covid-19 - também chamada de segunda dose de reforço. Para isso, o público elegível deve ter recebido a terceira aplicação do imunizante há pelo menos quatro meses. A medida foi anunciada nesta sexta-feira, 22, pela Prefeitura.

Conforme a gestão municipal, cerca de 514,7 mil munícipes estão aptos para a nova etapa. Anteriormente, essa fase do programa de imunização estava disponível somente para pessoas com alto grau de imunossupressão, com mais de 35 anos ou trabalhadores da saúde. Agora, a vacinação foi ampliada, mas também segue para esses grupos.

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Todas as 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de três Centros de Saúde (CSs), 17 Serviços de Atenção Especializada (SAEs) e dois megapostos estarão abertos para a aplicação do imunizante. Mais informações e a lista completa dos postos de saúde podem ser encontradas no Vacina Sampa.

Prefeitura segue vacinando neste fim de semana

A Prefeitura de São Paulo reforçou ainda que a vacinação contra a covid-19, além de múltiplas doenças, segue neste final de semana na capital paulista. No sábado, estarão abertas as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas da capital, das 7h às 19h. No domingo, a vacinação ocorre nos parques Buenos Aires, Severo Gomes, do Carmo e da Juventude, das 8h às 16h. No mesmo horário, também ocorre a imunização em dois pontos na Avenida Paulista: uma tenda localizada no número 52 e uma farmácia parceira, no número 995, que aplicará somente vacinas contra a covid.

Enquanto isso, na multivacinação voltada ao público infantil, são disponibilizados imunizantes como: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), BCG, pentavalente, vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), pneumo 10, rotavírus, meningo C, meningo ACWY, varicela, hepatites A e B, febre amarela, DTP (difteria, tétano e coqueluche), dupla adulto, HPV e pneumo 23.

O Estado de São Paulo começa a aplicar nesta segunda-feira (27) a quarta dose da vacina contra a Covid-19 em pessoas a partir de 40 anos. Segundo a Secretaria de Saúde, há 5 milhões de pessoas dessa faixa etária aptas a receber o imunizante, após pelo menos quatro meses da aplicação anterior. A expectativa é de que a segunda dose de reforço tenha ainda menos reações.

"A cidade de São Paulo tem ampliado, gradativamente, a imunização para novos grupos a fim de reforçar a cobertura vacinal. O avanço resulta na redução de internações por quadros graves da doença e por isso é fundamental", afirmou o secretário da Saúde, Luiz Carlos Zamarco. Outras imunizações, como a da gripe, também continuam a ser feitas.

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Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), destacou ao Estadão que doses subsequentes, na maioria das vezes, "são menos reatogênicas". "Você já foi apresentado àquele antígeno", explica. Ela afirma que para algumas vacinas, às vezes, pode ocorrer uma reação local mais intensa após o reforço. A médica explica que isso acontece porque, para que tenhamos uma resposta imunológica, a vacina gera uma reação inflamatória. Logo, a dor no braço ou de cabeça, por exemplo, é a reação e está relacionada à resposta do sistema imunológico ao imunizante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde ampliou o público elegível a uma quarta dose da vacina contra Covid-19 na segunda-feira (20). A depender do calendário em vigor em cada cidade, pessoas com 40 anos ou mais podem buscar os postos para receber o segundo reforço. Mas com o avanço da vacinação surgem algumas dúvidas: que efeitos adversos esperar? Terei menos ou mais reações que as doses anteriores?

Todas as vacinas em uso no Brasil - Astrazeneca, Coronavac, Janssen e Pfizer - são aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) porque tiveram segurança e eficácia atestadas por estudos.

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Confira respostas para algumas dúvidas:

Após a quarta dose, devo esperar mais ou menos reações adversas?

Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), destaca que doses subsequentes, na maioria das vezes, "são menos reatogênicas". "Você já foi apresentado àquele antígeno", explica.

Ela afirma que para algumas vacinas, às vezes, pode ocorrer uma reação local mais intensa após o reforço. No caso da covid, a médica diz nunca ter visto isso acontecer.

As reações à quarta dose serão diferentes das demais?

Não necessariamente. "Não se espera mais eventos adversos na terceira, quarta dose. Os eventos adversos hoje não são diferentes dos que vimos antes", diz Isabella.

Por que temos reações adversas às vacinas?

A médica explica que isso acontece porque, para que tenhamos uma resposta imunológica, a vacina gera uma reação inflamatória. Logo, a dor no braço ou de cabeça, por exemplo, são reações inflamatórias e estão relacionadas à resposta do sistema imunológico ao imunizante.

"Alguns reagem mais fortemente. Isso não quer dizer que ficam mais protegidos", afirma Isabella.

Quais são os eventos adversos mais comuns?

Isso depende de cada imunizante. Os efeitos previstos são destacados em bula. Para a vacina da Pfizer, por exemplo, reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes) são dor de cabeça, diarreia, dor nas articulações, dor muscular, dor e inchaço no local de injeção, cansaço, calafrios e febre.

Isabella destaca que, mesmo diferentes, os imunizantes aplicados no País compartilham algumas efeitos em comum: reações locais, como vermelhidão e dor muscular; dor de cabeça; sensação de corpo pesado; e febre baixa.

Nos Estados Unidos, o FDA, agência equivalente à Anvisa, limitou o uso da Janssen. Devo me preocupar?

Nos Estados Unidos, a Food & Drug Administration (FDA) limitou o uso da vacina de dose única da Janssen. No país, recebe o imunizante quem não tiver acesso a outro. A decisão da agência americana foi baseada no risco de trombose com síndrome de trombocitopenia (TTS), caracterizada pelo aparecimento de "coágulos sanguíneos raros e potencialmente fatais em combinação com baixos níveis de plaquetas no sangue". Esse efeito, porém, é raro.

Isabella destaca que a trombose é um efeito "raríssimo". Ela explica que a limitação de uso da vacina nos Estados Unidos se deu por eles terem mais opções de imunizantes à disposição. "Eles podem escolher qual priorizar", frisa. "Mas em momento nenhum, a FDA contraindicou o uso da Janssen."

O Ministério da Saúde vai oficializar, nesta segunda-feira (20) a ampliação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 para pessoas acima de 40 anos. Atualmente, a recomendação atende o público com 50 anos ou mais. A nova fase será oficializada com a publicação de uma nota técnica. A pasta marcou uma coletiva às 10 horas para anunciar a ampliação.

A segunda dose de reforço, como é tecnicamente chamada, começou a ser aplicada neste ano no Brasil, já com queda nos índices de casos e mortes pelo novo coronavírus. Nas últimas semanas, porém, os municípios registraram um novo avanço da doença. Somente no sábado (18), o País notificou 19.810 novos casos com crescimento de 15,6% da média móvel em duas semanas.

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O Ministério da Saúde ainda avalia a ampliação da quarta dose para todos os adultos, ou seja, aqueles maiores de 18 anos. Essa extensão, porém, ainda não foi efetivada e depende de conclusões técnicas, de acordo com a pasta. "As regras para a ampliação do público alvo para a segunda dose de reforço serão detalhadas nesta segunda-feira. A inclusão de eventuais novos grupos depende de análise técnica e normatização em Nota Técnica", diz o ministério.

A vacinação com a quarta dose da vacina da Covid-19 para adultos a partir de 50 anos e profissionais de saúde a partir de 18 anos começa a partir desta segunda-feira (6). Pessoas acima de 50 anos também estão elegíveis para receber a vacina contra a gripe.

É necessário ter tomado a primeira dose de reforço (terceira dose) da vacina da covid há pelo menos quatro meses para receber a segunda dose de reforço (quarta dose).

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A ampliação dos grupos elegíveis para a quarta dose acontece com a autorização do Ministério da Saúde após a solicitação feita pela Prefeitura da capital pedindo a imunização desses grupos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o público-alvo atendido pelas novas etapas da vacinação é composto por 942.894 pessoas entre 50 e 60 anos, além de cerca de 600 mil profissionais da área de saúde, totalizando cerca de 1,5 milhão de pessoas elegíveis para as novas doses.

Até a última sexta-feira, a capital já havia aplicado mais de 31,7 milhões de doses contra a covid-19, com cobertura vacinal de 110,4% da primeira dose e 106,9% da segunda dose.

Já a primeira e segunda doses adicionais têm taxas de cobertura vacinal, em relação ao público-alvo para qual estão disponíveis, de 78,1% e 60,8%, respectivamente.

Outros grupos elegíveis

A quinta dose já está disponível, na cidade de São Paulo, aos idosos a partir de 60 anos com alto grau de imunossupressão.

Adolescentes de 12 a 17 anos também já podem receber a terceira dose.

Já em relação à vacina contra o vírus influenza, causador da gripe, podem ser imunizadas as grávidas, puérperas, trabalhadores da saúde, crianças acima de seis meses e menores de cinco anos, povos indígenas, profissionais da educação, pessoas com deficiência ou comorbidade, cidadãos das forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso e trabalhadores portuários.

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou nesta quinta-feira, 2, que a pasta pretende liberar a aplicação da 4ª dose da vacina contra o coronavírus para a população com 50 anos ou mais. "Nós temos vacinas, o governo federal se preparou para isso", disse, na saída de evento para a regulamentação da telessaúde, em Brasília.

Hoje, a aplicação da dose de reforço extra só está autorizada em âmbito federal para a população com 60 anos ou mais ou para imunossuprimidos, como pacientes oncológicos ou transplantados. Na última semana, a pasta liberou também a aplicação da terceira dose para os adolescentes entre os 12 e 17 anos, em meio à alta de infecções pelo coronavírus no País.

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Segundo Queiroga, o recente aumento no número de casos e mortes é um efeito das maiores flexibilizações. "Isso não é só no Brasil, é no mundo todo. Não vamos acabar com o vírus. Queríamos acabar com a covid, não vamos acabar logo, mas temos que continuar com a nossa vida."

"Em relação às máscaras, é direito de cada um fazer uso", completou, reforçando que "impor" o uso da proteção facial "não funciona" e "é muito difícil de fiscalizar". Procurado, o Ministério da Saúde não deu mais detalhes sobre a previsão de Queiroga.

O Ministério da Saúde anunciou na tarde desta quarta-feira, 23, a recomendação para a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em idosos acima de 80 anos de todo o País. A nova orientação já consta em nota técnica publicada pela pasta. Conforme o Estadão antecipou na segunda-feira, 21, fontes do governo disseram que uma nova rodada deveria ser divulgada em breve.

A estimativa é que 4,6 milhões de brasileiros sejam imunizados. São Paulo e Mato Grosso do Sul já se anteciparam e estão imunizando essa faixa etária. A partir de agora, outros Estados já podem iniciar essa etapa da campanha nacional de vacinação para esse público.

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A recomendação é que o imunizante aplicado deve ser, preferencialmente, da Pfizer e de maneira alternativa usadas as vacinas da Janssen e Astrazeneca, independentemente da dose utilizada anteriormente. A aplicação deve ocorrer quatro meses após a administração da terceira dose.

De acordo com o ministério, a recomendação foi discutida pelos especialistas da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI), que consideraram a situação epidemiológica do Brasil e a redução da efetividade das vacinas, principalmente entre as faixas etárias mais avançadas.

"Segundo os estudos, a diminuição da efetividade das vacinas em idosos, a partir de três a quatro meses depois da aplicação, também pode ser explicada pelo envelhecimento natural do sistema imunológico, o que exige uma estratégia diferenciada para a proteção desse grupo", disse, em nota.

O Ministério da Saúde já recomenda a aplicação da quarta dose para pessoas imunossuprimidas com mais de 12 anos.

A pasta afirma ainda que acompanha a necessidade da aplicação da segunda dose de reforço em outras faixas etárias e as recomendações podem ser revistas a qualquer momento.

Estados se antecipam

O governo de São Paulo iniciou na segunda-feira, 21, a aplicação da quarta dose da vacina contra covid-19 em idosos com mais de 80 anos. O estado paulista recomenda a administração da dose apenas em idosos acima de 80 anos e em pessoas com comorbidades que têm mais de 12 anos. Segundo o governador João Doria, novas faixas etárias devem ser anunciadas na próxima semana.

Desde sexta-feira, 18, porém, os idosos acima de 80 anos estão recebendo o segundo reforço na capital paulista. O município também se antecipou e anunciou que na próxima terça-feira, 29, começa a imunizar o público de 70 anos. A vacinação será feita com os imunizantes disponíveis.

O Mato Grosso do Sul também já começou a vacinar idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde com a quarta dose.

O Ministério da Saúde deve anunciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a covid-19 para pessoas com mais de 80 anos em todo o País. De acordo com fontes do governo, a nova rodada deve ser divulgada em breve.

A aplicação de mais uma dose de reforço foi iniciada em países como a Inglaterra e ocorre em localidades brasileiras. Na sexta-feira da semana passada, por exemplo, a cidade de São Paulo começou a aplicar a nova rodada da vacina em idosos com mais de 80 anos que tenham recebido a terceira dose há quatro meses ou mais. A Secretaria Municipal de Saúde prevê que 250 mil idosos na capital paulista se encontram na faixa etária elegível para a quarta dose. O Mato Grosso do Sul também já começou a vacinar idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde com a 4ª dose.

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O Ministério da Saúde já recomenda a aplicação da quarta dose para pessoas imunossuprimidas com mais de 12 anos. Na sexta-feira, levantamento da Pasta mostrou que, mesmo aptos para receber a dose de reforço (ou terceira dose) contra a covid-19, mais de 59 milhões de brasileiros ainda não buscaram a vacina.

Até o fim de semana, o número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou a 175.065.547, o equivalente a 81,49% da população total. Com duas doses ou dose única, são 159.317.991 de habitantes do País, o equivalente a 74,16% do total. Os dados foram reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal.

Os idosos são mais vulneráveis por causa da chamada imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imune. Epidemiologista que coordenou o Programa Nacional de Imunização (PNI) entre 2011 e 2019, Carla Domingues afirmou ao Estadão na semana passado que o aumento de casos na população idosa, especialmente entre aqueles que já tomaram a 3ª dose há mais de seis meses, é um indicativo da necessidade de uma 4ª dose para essa faixa etária.

Conforme Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, a partir de quatro meses após a 3ª dose, já há uma diminuição da proteção conferida pela vacina aos idosos. Seis meses seria o prazo máximo para um reforço, segundo a especialista. "Para as outras faixas etárias, a gente ainda não tem tanta convicção, porque os dados ainda não mostram ainda a necessidade de doses de reforço", afirma.

O governo de São Paulo confirmou nesta quarta-feira, 16, que prevê iniciar no dia 4 de abril a aplicação da 4ª dose da vacina contra a covid-19 em idosos sem comorbidades no Estado. Segundo o médico João Gabbardo, coordenador-executivo do comitê científico que assessora o gestão paulista, objetivo é começar com a imunização do público com mais de 90 anos e ir reduzindo, de forma sucessiva, as faixas etárias que receberão as vacinas, até chegar ao grupo de 60 anos.

O Ministério da Saúde recomenda a administração desse novo reforço apenas em pessoas com comorbidades com 12 anos ou mais. Ainda assim, o Mato Grosso do Sul já começou a vacinar idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde com a 4ª dose da vacina. Enquanto isso, ao menos outros quatro governos admitem estudar a medida: além de São Paulo, os Estados do Espírito Santo, do Acre e do Ceará. No interior paulista, Botucatu já tem aplicado a 4ª dose no grupo mais velho. Não há consenso científico sobre a necessidade de adotar a medida.

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"O comitê científico concorda com a posição do Ministério da Saúde de que neste momento é estratégico, fundamental que tenhamos a conclusão da vacinação", disse Gabbardo. Ele reforçou que as pessoas que, uma vez elegíveis, ainda não tomaram a 2ª ou a 3ª dose devem ir aos postos de saúde para completar o esquema vacinal, assim como os imunossuprimidos que ainda não buscaram a 4ª dose da vacina, conforme orientação do governo federal.

Apesar de enxergar esses pontos como prioritários neste momento, o médico destacou, por outro lado, que o comitê científico entende que "os idosos também estão incluídos entre esse grupo dos imunodeprimidos". Isso porque, ponderou, os idosos passam por uma processo chamado imunossenescência, em que há uma redução da capacidade imunológica e no tempo em que as pessoas vacinadas apresentam imunidade.

"Isso explica porque que, hoje, os hospitais passaram a ter uma concentração maior de pacientes internados idosos, pessoas com mais de 60 anos", explicou Gabbardo. Por esses motivo, justificou, o comitê científico que assessora o governo de São Paulo considera que os idosos também devem ser classificados como imunodeprimidos. "No dia 4 de abril, nós começaremos a vacinação em um cronograma que obedecerá os critérios de faixa etária. Vamos começar com as pessoas acima de 90 anos e vamos reduzindo essas faixas estárias até a conclusão dos 60 anos", disse o médico.

Ainda que não haja recomendação expressa do governo federal, o Mato Grosso do Sul aplica a 4ª dose da vacina anticovid em idosos acima de 60 anos e em profissionais de saúde desde o último dia 9. Para receber o novo reforço, os moradores do Estado devem ter sido vacinados com a 3ª dose da vacina há ao menos quatro meses.

"Nós definimos essa medida de acordo com a realidade local. Como observamos que 80% das mortes que estão ocorrendo por covid no Estado são de idosos a partir de 60 anos, seja com as três doses já tomadas ou com a vacinação incompleta, nós entendemos que é importante aplicar a 4ª dose naqueles que tomaram a 3ª há mais de quatro meses", disse na última semana ao Estadão o secretário da Saúde do Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende.

Segundo ele, o adiantamento da 4ª dose é especialmente importante no Estado porque o Mato Grosso do Sul foi um dos locais cuja vacinação contra covid-19 avançou de forma mais rápida no Brasil. São Paulo também se destacou nesse quesito.

"Com a imunização mais rápida lá atrás, salvamos muitas vidas. Mas agora estamos vendo que, como a imunidade adquirida com a vacina decai depois de quatro, cinco meses, precisamos instituir essa nova medida para preservar a vida dos idosos", apontou Resende. Os governos de Espírito Santo, Acre e Ceará também estudam adotar a vacinação com 4ª dose em idosos, mesmo sem haver recomendação expressa do Ministério da Saúde.

O Estado de São Paulo prevê o início da aplicação da 4ª dose da vacina contra a covid-19 no dia 4 de abril, segundo o coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus estadual, João Gabbardo. A estratégia foi definida após reunião do Programa Estadual de Imunização realizada nesta quinta-feira, 10. Os primeiros a serem vacinados com a dose extra serão as pessoas acima de 60 anos.

Em entrevista ao canal CNN na manhã desta sexta-feira, 11, Gabbardo afirmou que o motivo para a aplicação da segunda dose extra da vacina é o aumento da hospitalização de idosos, mesmo entre os que já receberam as três doses. "Nós temos acompanhado o perfil de pacientes que estão internados neste momento e voltamos a encontrar predominancia das pessoas com mais de 60 anos", declarou.

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Antes de começar a imunização com a 4ª dose entre os idosos, o governo estadual vai focar os esforços na aplicação da 3ª dose e na busca pelos que não tomaram a segunda dose da vacina e estão atrasados no calendário de imunização. Cerca de 10 milhões de moradores de São Paulo estão aptos a tomar a 3ª dose. Outros 2,2 milhões tomaram 1ª dose, mas não retornaram para a 2ª. "Nesse momento é mais adequado que nós continuemos insistindo com a imunização de pessoas que não tomaram a 2ª dose e com pessoas que aguardam a dose de reforço", disse Gabbardo.

Além disso, os meses de fevereiro e março também serão utilizados para concluir a imunização das crianças. Um contingente que tomou a primeira dose em janeiro estarão aptos a completar o esquema vacinal nas próximas semanas.

Apesar das declarações de Gabbardo, a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo afirmou em nota nesta sexta-feira que a aplicação da 4ª dose em toda a população ainda está em discussão interna. "O Comitê Científico do Estado e o Plano Estadual de Imunização (PEI) ainda discutem cientificamente o tema para definições de prazos e públicos-alvo para a aplicação do imunizante", disse.

A aplicação da 4ª dose em idosos começou a ser cogitada nesta semana com mais intensidade, após a alta de internação e mortes de covid-19 causadas pela variante Ômicron. Em São Paulo, o governador João Doria confirmou a intenção à rádio Eldorado na quarta-feira, 9. A dose extra já é aplicada em imunossuprimidos, como transplantados e pacientes oncológicos, desde dezembro em todo o território nacional, mas está sendo expandida para o público em geral. No município paulista de Botucatu, por exemplo, a aplicação começou no último domingo, 6.

No município, que tem um calendário de vacinação mais avançado graças a um estudo da AstraZeneca realizado com seus moradores, cerca de 60% dos atuais internados são idosos com mais de 70 anos de idade e três doses da vacina. Professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e membro do comitê que assessora a prefeitura de Botucatu, o infectologista Alexandre Naime Barbosa afirma que a explicação para isso é a perda - natural - da carga de imunização que ocorre entre os idosos devido a um fenômeno chamado imunossenescência.

Além de São Paulo, pelo menos outros 3 Estados estudam ampliar a vacinação para este público. Já o Mato Grosso do Sul se adiantou e começou a aplicação na quarta-feira, mesmo sem o aval do Ministério da Saúde.

Procurado pelo Estadão, o Ministério da Saúde informou que a recomendação é de que todos os Estados sigam as orientações do governo federal para o melhor andamento da campanha de vacinação. Até o início desta semana, o ministério indicava a administração de quarta dose apenas em imunossuprimidos acima de 18 anos. Desde a quarta, no entanto, a pasta passou a recomendar também para adolescentes com comorbidades de 12 anos ou mais.

O município fluminense de Volta Redonda estendeu, na última sexta-feira (4)a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 a idosos com mais de 70 anos que tenham tomado a terceira dose há pelo menos quatro meses. Até então, apenas o grupo de imunossupressores (pessoas que fazem tratamento para doenças autoimunes) com mais de 18 anos estava apto a tomar mais uma dose de reforço.

Segundo o coordenador da Vigilância em Saúde do município, o médico sanitarista Carlos Vasconcellos, a ampliação da vacinação foi definida por conta dos óbitos registrados em janeiro deste ano. No mês, todas as mortes registradas na cidade, com uma única exceção, ocorreram entre idosos com mais de 60 anos. Alguns deles não estavam com a imunização em dia.

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Por isso, os moradores com idade de 60 anos ou mais serão vacinados dependendo da necessidade e dos estoques disponíveis de vacina.

"Os idosos, em geral, têm o processo imunológico comprometido, o que reduz a imunidade natural, devido à idade avançada. A produção das células de defesa é inferior no comparativo com um organismo mais jovem. Outro fator muito significativo são as doenças crônicas (comorbidades)", afirmou o secretário, em comunicado da prefeitura. Ele pede que todas as pessoas com mais de 70 anos se vacinem e que continuem se protegendo.

A quarta dose será dada em 46 unidades básicas de saúde de Volta Redonda. Os idosos acamados poderão receber a vacina em casa, desde que agendem via Whatsapp.

A aplicação de uma quarta dose da vacina contra o coronavírus é "segura" e aumenta em cinco vezes os anticorpos, disse o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, nesta terça-feira(4), em visita a um hospital que realizou um estudo sobre o assunto.

Bennet disse que a aplicação da quarta dose a 154 funcionários no Hospital Sheba, perto de Tel Aviv, demonstrou que o procedimento "funciona".

"Uma semana após a quarta dose, sabemos com alto nível de certeza que a quarta dose é segura", disse ele ao lado da professora Galia Rahav, chefe da unidade de doenças infecciosas de Sheba e diretora do estudo.

“Uma semana após a administração da quarta dose, observamos que o número de anticorpos da pessoa vacinada quintuplicou”, acrescentou.

"Isso provavelmente significa um aumento significativo na proteção contra infecções, hospitalização e sintomas graves", continuou ele, observando que o centro publicará suas conclusões em breve.

Na sexta-feira, Israel começou a administrar a quarta dose para pessoas com imunidade baixa e na segunda-feira expandiu essa medida para profissionais de saúde e pessoas com mais de 60 anos, tornando-se um dos primeiros países a fazê-lo.

O país registrou oficialmente mais de 1,4 milhão de casos de infecção por covid-19 e 8.247 mortes.

O governo de São Paulo estuda aplicar a quarta ou até a quinta dose de vacina contra Covid-19 em pessoas transplantadas, grupo que responde menos à proteção dos imunizantes e é mais suscetível a desenvolver quadros graves da doença. A informação foi confirmada por integrantes do Comitê Científico nesta quarta-feira (8), em anúncio sobre medidas contra a pandemia.

A medida sob análise tem como base um estudo desenvolvido com 12 mil pacientes que já passaram por transplante. Como resultados anteriores já apontaram menor proteção nessas pessoas, mesmo com o esquema vacinal completo, o grupo tomou a terceira dose de Coronavac antes mesmo de começar o reforço para idosos.

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Integrante do Comitê, o médico José Medina afirmou que cerca de 21% dos participantes do estudo teriam contraído o coronavírus em algum momento da crise sanitária. "A cada quatro pacientes transplantados que adquirem covid, um morre. Isso é dez vezes maior comparado à população geral", disse. "É o grupo de pessoas que tiveram o resultado mais catastrófico da pandemia."

Segundo Medina, o estudo teria constatado, ainda, que a resposta contra a doença no grupo foi menor em comparação com trabalhadores de saúde, populações imunizadas na mesma época. "Nos funcionários, a soroconversão -- ou seja, a formação de anticorpos com a primeira dose -- foi de 79%. Nos transplantados, só 15%."

Já na segunda dose, a resposta teria sido de 98% para a população geral e de apenas 45% entre os transplantados. Com o reforço, subiu para 53%. "Por isso, agora a nossa proposta é fazer reforço com a quarta dose, talvez até com uma quinta dose, para aquelas pessoas que não tiveram resposta adequada", disse Medina.

Ainda segundo o médico do Comitê, o estudo pretende fazer a comparação do resultado da Coronavac com outros tipos de imunizantes. "Nos pacientes transplantados que receberam a primeira e a segunda dose de outras vacinas - da Pfizer, da Astrazeneca ou da Moderna -, a resposta foi tão precária quanto à da Coronavac."

A médica Eloisa Bonfá, diretora clínica do Hospital das Clínicas e integrante do Comitê, disse que o resultado ruim "não tem a ver com o tipo de vacina". "Tem muito a ver com medicações que impedem a resposta imune", disse. "Com isso, temos de reinventar e buscar alternativas."

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