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A companhia russa Uralkali, maior fabricante de fertilizantes de potássio do mundo, espera que as vendas globais no próximo ano subam para 59 milhões a 60 milhões de toneladas, ante 58 milhões de toneladas previstas para 2011. A companhia espera que os produtores no mundo inteiro continuem com margens positivas em 2012, o que impulsionará as vendas anuais em 1 milhão a 2 milhões de toneladas, afirmou hoje o executivo-chefe Vladislav Baumgertner.

A empresa estima a própria produção entre 11,3 milhões e 11,8 milhões de toneladas no próximo ano, mas pode produzir até 12,5 milhões de toneladas se as condições de mercado permanecerem favoráveis, de acordo com Baumgertner. Em 2011, a Uralkali deve alcançar entre 10,8 milhões e 11 milhões de toneladas de fertilizantes de potássio.

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Baumgertner avalia que, mesmo se a situação do mercado se deteriorar em 2012, tanto os preços à vista quanto os contratados devem permanecer nos níveis atuais. Segundo o executivo, a China encerrará 2011 com estoques de fertilizante de potássio maiores do que o normal, o que vai atrasar as negociações de preço da Uralkali com produtores locais até abril ou maio.

Baumgertner também declarou que a companhia não vai reduzir o preço do contrato de potássio para a Índia, apesar da desvalorização expressiva da rupia. Anteriormente, a Uralkali concordou em vender potássio por US$ 490/t para a Índia até março. A produtora russa de fertilizantes PhosAgro afirmou em 24 de novembro que concordou em baixar preços para seus clientes indianos por causa da recente queda no valor da rupia. As informações são da Dow Jones.

O Ministério da Agricultura baixou instrução normativa que proíbe a importação, produção, comercialização e uso de substâncias naturais ou artificiais, com atividade anabolizante hormonal em bovinos de abate. O Serviço de Inspeção Federal ficará atento na fiscalização. O lote de animais suspeitos será apreendido e identificado. E se confirmada a suspeita os bovinos não poderão ser movimentados por um período de seis meses.

Se o laudo laboratorial caracterizar a presença de anabolizantes do Grupo Estilbeno (Hexestrol, Dienestrol e Dietilestilbestrol) os bovinos serão abatidos compulsoriamente, no prazo máximo de 15 dias, contados a partir da data de notificação. As carcaças dos animais abatidos não poderão ser destinadas ao consumo humano ou animal, e deverão ser incineradas. A instrução normativa foi publicada hoje, no Diário Oficial da União.

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O relatório final da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre as irregularidades no Ministério da Agricultura e na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluíram que os desvios chegaram a R$ 228 milhões. Entre as operações irregulares, aparecem fraudes como a de um leilão de milho de um produtor rural de Lucas do Rio Verde (GO) que havia morrido seis meses antes do pregão.

As auditorias foram determinadas pela presidente Dilma Rousseff logo que circularam as notícias com informações de que lobistas atuavam dentro do Ministério da Agricultura e da Conab. O escândalo levou à queda do então ministro Wagner Rossi e do secretário-executivo Milton Ortolan. Na Conab até hoje os diretores não foram afastados. Houve substituição apenas no setor jurídico, entregue ao advogado da União Rui Piscitelli.

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Os auditores da CGU percorreram as regiões produtoras para checar in loco as fraudes. Concluíram que empresas que negociavam com o setor da agricultura não tinham estrutura nos locais de origem dos grãos, faziam compras acima dos limites estabelecidos nos avisos da Conab e pagavam valores abaixo do preço mínimo de garantia.

A CGU confirmou a denúncia publicada na imprensa sobre a empresa Commerce Comércio de Grãos Ltda, que recebeu da Conab, por meio de sua filial em Jataí (GO), cerca de R$ 6,5 milhões, em 2011 e outros R$ 916 mil em 2010. Segundo a CGU, de fato a empresa está registrada em nome de "laranjas" e tem sede de fachada, como foi comprovado em visita ao município de Jataí.

A CGU apurou que os verdadeiros donos da Commerce possuem outras empresas, também registradas em nome de empregados, entre as quais a Villagio, que foi beneficiada com mais de R$ 7 milhões em 2010 e 2011. Outra empresa dos mesmos sócios é a Exporta, que recebeu R$ 2,1 milhões nos últimos dois anos. "Juntas, as três empresas receberam mais de R$ 16,6 milhões dos cofres públicos, para aquisição de milho em grãos, junto a produtores rurais", diz o relatório da CGU.

A auditoria da CGU identificou também graves problemas gerenciais na contratação de transportes de grãos. Segundo os auditores, o sistema utilizado para o leilão de frete apresenta, entre outros problemas, grave comprometimento no gerenciamento dos dados, devido à inexistência de registros dos reais autores dos lances ofertados, identificando apenas as bolsas de onde partiram.

"Esse fato dificulta a aferição da própria autenticidade do resultado de fechamento do leilão, uma vez que a Companhia não possui, nessa etapa, informação que permita validar a identidade do arrematante, informada pela Bolsa em momento posterior", informou o relatório.

 

São Paulo - De acordo com boletim médico divulgado hoje (4) pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, é "muito bom" o estado de saúde do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, de 56 anos. Ele foi internado na terça-feira, após sentir forte dor de cabeça. “Seu estado clínico e neurológico é muito bom”, informou o hospital por meio de boletim. O ministro continua recebendo medicação e se submete a sessões regulares de fisioterapia.

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No dia 14 de outubro, Mendes Ribeiro foi operado para retirar um tumor no cérebro. A nova internação do ministro aconteceu uma semana após receber alta. Os médicos Roberto Kalil Filho, Artur Katz, Marcos Stávale, Paulo Hoff e David Uip coordenam a equipe médica que acompanha o ministro no hospital.

No cargo há cerca de três meses, Mendes Ribeiro assumiu o ministério em meio a uma série de denúncias de irregularidades envolvendo o antecessor, Wagner Rossi, que pediu demissão.

Boletim Médico divulgado hoje sobre o estado de saúde do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, informa que ele continua internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, recebendo medicação por via endovenosa e realizando fisioterapia.

Os médicos Antonio Carlos Onofre de Lira e Paulo Cesar Ayroza Galvão, que assinam o boletim, afirmam que o estado clínico e neurológico do ministro "é muito bom" e que ele caminha pelo hospital e se alimenta normalmente. A expectativa era de que o ministro retomasse às atividades no início da próxima semana, mas tudo indica que ele deverá estender o seu período de licença médica. Mendes Ribeiro foi ao hospital na última terça-feira, para a retirada dos pontos e exame de rotina. Ele retirou um tumor no cérebro em 14 de outubro.

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A assessoria de imprensa do hospital Sírio-Libanês divulgou às 14h45 boletim médico sobre o quadro clínico do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, internado na terça-feira para consulta de rotina com objetivo de reforçar os pontos de uma das suturas da cirurgia feita em 15 de outubro, para a retirada de um tumor no cérebro. Ele havia recebido alta do hospital paulista no dia 22 de outubro.

Segundo o boletim assinado pelos por Antonio Carlos Onofre de Lira, diretor técnico, e Paulo Cesar Ayroza Galvão, diretor clínico, o ministro Mendes Ribeiro "passa bem, dos pontos de vista clínico e neurológico, caminha pelo hospital e faz fisioterapia."

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Mendes Ribeiro "deve permanecer internado até a conclusão do tratamento medicamentoso". As equipes médicas que o acompanham são coordenadas pelos médicos Roberto Kalil Filho, Artur Katz, Marcos Stávale, Paulo Hoff e David Uip.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, voltou a ser internado ontem, em São Paulo. Segundo boletim médico divulgado esta tarde pelo Hospital Sírio-Libanês, ele deu entrada no hospital para exames de rotina. "Com o objetivo de reforçar os pontos de uma das suturas, o paciente foi internado em um apartamento para receber medicamentos e antibióticos", diz o comunicado. No mês passado, o ministro passou por uma cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro no mesmo hospital. Ele teve alta em 22 de outubro.

Ainda de acordo com o boletim médico, o ministro passa bem mas deve permanecer internado por mais alguns dias. As equipes que o acompanham são coordenadas pelos médicos Roberto Kalil Filho, Artur Katz, Marcos Stávale, Paulo Hoff e David Uip.

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A cidade de Floresta, no Sertão e Bom Conselho, no Agreste comercializarão e debaterão projetos e novidades tecnológicas da área de caprinos e ovinos. Na cidade de Floresta, a 25ª Exposição Especializada de Caprinos e Ovinos começa nesta quinta-feira (15) e encerra no domingo (18). A expectativa é que sejam negociados R$ 1 milhão durante a mostra e que mais de 60 mil pessoas passem por lá.

O evento, um dos mais tradicionais do Estado no setor, receberá no sábado (16), o secretário estadual de Agricultura, Ranilson Ramos, que debaterá sobre os projetos do Governo em apoio à caprinovinocultura pernambucana.

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Na programação palestras, cursos e oficinas serão oferecidos gratuitamente com o apoio do Sebrae, UFRPE, Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). “A quantidade de produtores que participarão da programação técnica deve chegar a 200 pessoas por dia”, aposta a secretária de Meio Ambiente do município, Dinalva Carvalho. De acordo com Dinalva, o foco das palestras será o manejo, produção, reprodução e alimentação de caprinos e ovinos.

A estimativa da organização é que 700 animais participem da Exposição que promove julgamentos dos melhores das raças boer, anglo núbiano, santa inês e dorper. Também será distribuído prêmio de R$ 50 mil para os vencedores do Torneio Leiteiro. A expectativa é que sejam negociados R$ 1 milhão durante a mostra.

A programação também inclui com shows de forró.

Expobom

Já a 18° Exposição de Bom Conselho (Expobom), que iniciou nesta quarta-feira (14) e segue até domingo (18), na cidade de Bom Conselho, no Agreste, a festa será no Parque de Exposição Doutor Delamário Borba. Ao mesmo tempo acontece a 16° Expoleite e a 1° Feira de Agricultura Familiar de Bom Conselho.

Na Expobom também haverá a realização de palestras, oficinas temáticas, comercialização de produtos de origem animal, de artesanato, exposição de animais e entrega de premiação de R$ 20 mil para os animais vencedores do torneio leiteiro. A mostra terá 60 expositores, 15 estandes e 200 argolas para os animais a serem expostos. O evento vai receber produtores do Agreste e de outras regiões do Estado.

“A Exposição está no ranking nacional da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando”, informou o gerente de eventos agropecuários da Secretaria Estadual de Agricultura, Valmir Vieira.

O público também poderá participar de apresentações culturais e shows de forró promovidos no final de semana. Geraldinho Lins será uma das atrações.

O deputado Mendes Ribeiro Filho(PMDB-RS) recebeu carta branca da presidente Dilma Rousseff para fazer mudanças no Ministério da Agricultura, recente alvo de "faxina" que resultou na saída do ministro Wagner Rossi. Após a primeira reunião com a presidente, Mendes Ribeiro afirmou que montará a sua equipe e já convidou Caio Rocha, ex-secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul durante o governo do peemedebista Germano Rigotto (2003-2007), para assessoria especial da Pasta.

"Eu pretendo imprimir o meu ritmo, colocar a minha equipe de trabalho. Vou fazer o que tiver de fazer", disse o ministro. "Eu estou fazendo um exame detalhado de todo o ministério com toda a cautela e vou fazer as mudanças que julgar necessárias", continuou. Ele deixou claro que haverá demissões. "Para mudar, vou ter de tirar alguém", afirmou. Segundo o novo ministro, a presidente lhe disse para fazer o que achar necessário com a cautela que ele sempre teve. "Não tenho dúvida de que terei autonomia (para fazer as mudanças)", afirmou.

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Mendes Ribeiro marcou uma reunião com o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, na segunda feira pela manhã para, segundo ele, ter conhecimento das investigações que estão sendo feitas na Pasta. "Todos que quiserem fazer investigação e trabalhos ligados a qualquer tipo de controle terão total liberdade no ministério", disse.

O novo ministro descartou a extinção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um dos focos de denúncias de corrupção. "A Conab tem uma função extremamente importante. Ela protege quem produz", afirmou. O novo ministro defendeu a regulamentação do lobby para identificar os setores de pressão. "Lobista é uma coisa, ladrão é outra", afirmou.

Na conversa com a presidente Dilma, Mendes Ribeiro pediu para continuar ajudando o governo dentro do Legislativo. Ele disse que pretende manter uma relação "muito forte" com a frente parlamentar ruralista. A posse do ministro foi marcada para a próxima terça-feira, às 11 horas.

Funcionários do Ministério da Agricultura comemoraram nesta quinta-feira (18) a demissão de Wagner Rossi com rojões. Para que ninguém fosse identificado, os fogos foram soltos por um lavador de carros do estacionamento da Pasta, que disse ter recebido dez caixas de rojões de funcionários do prédio anexo ao Ministério da Agricultura, onde estão algumas repartições como a Defesa Agropecuária.

O clima nos corredores do Ministério estava mais ameno hoje e o assunto do dia era a expectativa com a chegada do novo ministro. Os servidores originários da região Sul começaram a brincar, dizendo que a partir de agora poderiam trazer chimarrão para o Ministério e que vestiriam a camisa do Grêmio - mesmo os que torcem para o Internacional.

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Nos últimos dias, o clima estava mais pesado. As conversas giravam em torno das denúncias contra o ex-ministro e sobre o mal estar dos servidores com brincadeiras de amigos e vizinhos sobre "a distribuição de dinheiro" na Pasta.

Uma das entidades que mais criticavam o ex-ministro Rossi, por causa das nomeações políticas, a Associação dos Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical) divulgou nota na qual diz esperar de Mendes Ribeiro "um novo estilo de gestão e, especialmente, comprometimento com os interesses públicos". O presidente da ANFFA Sindical, Wilson Roberto de Sá, defende melhor eficiência da fiscalização. "Os postos precisam ser ocupados por técnicos e não preenchidos apenas por indicados políticos", disse.

O Palácio do Planalto confirmou nesta quinta-feira, oficialmente, o deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) para o comando do Ministério da Agricultura, em substituição a Wagner Rossi. Nota oficial, assinada pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, informa que "por solicitação da presidente da República, Dilma Rousseff, que está em viagem, informo que o deputado federal Mendes Ribeiro assumirá o cargo de ministro da Agricultura".

A nota prossegue afirmando que "a oficialização do convite ocorreu na manhã de hoje em conversa da presidenta com o deputado" e acrescenta que "ao retornar de viagem, amanhã à tarde, em Brasília, a presidenta terá sua primeira reunião com o novo ministro". Nesta manhã, Mendes Ribeiro esteve no Planalto conversando com Gleisi Hoffmann.

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O processo de escolha do sucessor de Wagner Rossi foi concluído por volta de meia-noite desta quarta-feira, quando Dilma já havia aceito a indicação e formalizado o convite.

O nome de Mendes Ribeiro foi definido pela cúpula do PMDB, que se reuniu ontem à noite no gabinete da vice-presidência. Em seguida, o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), levou a indicação ao conhecimento dos deputados no gabinete da liderança na Câmara. Parte da bancada irritou-se por não ter sido consultada previamente. Alguns deputados, como Danilo Forte (PMDB-CE) e Darcísio Perondi (PMDB-RS), chegaram a defender que o PMDB deixasse a base governista, como fez o PR. "Ficam nos humilhando por causa desses ministérios medíocres", criticou Danilo Forte.

Mendes não tem experiência na área de agricultura. No entanto, é próximo a Dilma, que o nomeou líder do governo. A escolha de Mendes Ribeiro resolve várias equações políticas com a saída de Rossi, que era apadrinhado por Temer. Em primeiro lugar, abre vaga na Câmara para o suplente de Mendes, Eliseu Padilha (PMDB-RS). Presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Padilha é amigo de Temer e integrante da Executiva do PMDB. Além disso, a vaga do ministério continua com o PMDB da Câmara. Por último, a escolha de Mendes reabre a vaga de líder no Congresso, que será negociada. O PMDB do Senado estava de olho no cargo. Um dos candidatos para o posto era o senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

O Ministério da Agricultura informou nesta quarta-feira que o ministro Wagner Rossi pediu demissão do cargo. Na carta de demissão entregue à presidenta Dilma Rousseff, Rossi diz que nos últimos 30 dias tem enfrentado diariamente "uma saraivada de acusações falsas", acrescentando que, até o momento, não houve provas.

"Nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública". O ministro diz ainda que respondeu a cada acusação, com documentos comprobatórios "que a imprensa solenemente ignorou". "Mesmo rebatida cabalmente, cada acusação era repetida nas notícias dos dias seguintes como se fossem verdades comprovadas", diz o ministro na nota.

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Ele atribuiu as acusações a uma tentativa de "destituição da aliança de apoio à presidenta Dilma e ao vice-presidente Michel Temer, passando pelas eleições de São Paulo, onde já perceberam não mais poderão colocar o PMDB a reboque de seus desígnios". Depois, Rossi diz que deixa o governo agradecendo a confiança de Dilma, Temer e o ex-presidente Lula.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou nesta quarta-feira, em depoimento na Comissão de Agricultura do Senado, que não pode dividir a culpa pelas irregularidades cometidas pelo ex-diretor financeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Oscar Jucá Neto, que foi demitido após ter autorizado o pagamento ilegal a uma empresa de armazenagem.

Rossi fez a afirmação ao responder a questionamento do deputado Álvaro Dias (PSDB-PR), que perguntou se o ministro se sentia responsável por não ter conhecimento das ações do diretor da Conab, inclusive do fato de a Advocacia Geral da União (AGU) ter recomendado que o pagamento fosse feito com precatórios. Dias também questionou o ministro sobre a presença do lobista Júlio Fróes nas dependências da pasta, "uma pessoa que não tem currículo e sim um prontuário".

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Em sua defesa, Rossi afirmou que "não pode assumir a responsabilidade de controlar a portaria do Ministério". Ele atribui a falta de controle do trânsito de pessoas nas dependências da pasta à afabilidade dos funcionários da portaria e disse que mudanças estão sendo feitas para tornar o acesso mais rigoroso.

Ao longo das duas horas e meia de sessão na Comissão de Agricultura, Wagner Rossi ouviu muitos elogios dos senadores da base aliada do governo e questionamentos apenas de Alvaro Dias e de Demóstenes Torres (DEM-GO). Durante o depoimento, o ministro apresentou uma série de documentos relativos às reportagens publicadas pela imprensa e repetiu os argumentos utilizados nas entrevistas recentes, em que atribui as denúncias a ex-funcionários descontentes e à disputa interna na Conab. Ao sair da sessão Rossi alegou cansaço e não quis dar entrevistas para comentar o depoimento.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse em conversa com jornalistas encerrada na tarde desta segunda-feira que tem o apoio da presidenta Dilma Rousseff. "Ela tem me dado motivos para que eu me sinta firme e confortável", disse. Ele anunciou que o Ministério da Agricultura vai instaurar uma comissão de sindicância para apurar o que chamou de supostas irregularidades que foram apontadas pela revista Veja.

Na edição deste final de semana, a publicação denunciou que o lobista Júlio Fróes despachava dentro do Ministério. Segundo Rossi, essa comissão será conduzida pelo coordenador adjunto da Advocacia Geral da União, Hélio Saraiva Franca.

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O ministro disse que todos os servidores citados na reportagem serão ouvidos "com garantia de ampla defesa e o contraditório". Ele disse que se houver comprovação das irregularidades, o processo será encaminhado ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União. Na linha de defesa contra as denúncias, o ministro citou funcionários que seriam os responsáveis pelas informações repassadas à imprensa.

Um dos citados pelo ministro é Raimundo Nonato de Oliveira Santos, ex-procurador da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que teria advogado contra a própria companhia num processo movido pela Sociedade Produtora de Alimentos Manhuaçu (Span).

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República informou que a presidenta Dilma Rousseff está acompanhando a crise na Agricultura, mas tem confiança no ministro Wagner Rossi. "A presidente Dilma Rousseff reitera sua confiança no ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que está tomando todas as providências necessárias", afirmou a Secretaria de Imprensa.

A oposição cobrou da presidenta uma faxina no Ministério da Agricultura, nos mesmos moldes da feita na área de transportes. Para os parlamentares oposicionistas, Dilma não pode proteger o ministro Wagner Rossi simplesmente por ele ser do PMDB e afilhado do vice-presidente Michel Temer. A pressão cresce depois que o secretário-executivo da pasta, Milton Ortolan, caiu após a revelação de seu envolvimento com o lobista Júlio Fróes.

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O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), disse que o objetivo da oposição é conseguir abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito onde consiga investigar as denúncias de corrupção nas diferentes esferas do governo. Ele destacou que a postura diferente de Dilma frente às acusações na área de Agricultura confere à atuação dela no caso do ministério dos Transportes aspectos de jogo de cena.

"O Ortolan é o próprio ministro, é homem de confiança do Wagner Rossi. Eles estão juntos há muitos anos. A presidente tem que dizer se a justiça dela é seletiva porque não dá para dizer que o Rossi está menos comprometido do que estava o Alfredo Nascimento", disse Demóstenes.

Para Duarte Nogueira, líder do PSDB na Câmara, a demissão do auxiliar direto de Rossi reforça a necessidade de investigação. "A demissão é um indício de que há muito mais a ser descoberto e investigado." A intenção dos tucanos é convidar todos os envolvidos nas denúncias a prestar esclarecimentos na Câmara. O PPS, por sua vez, pedirá que Rossi retorne à Câmara e estuda pedir investigação do Ministério Público Federal sobre as suspeitas de fraudes em licitações na pasta.

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, pediu demissão do cargo. "Informo que apresentei ao ministro, nesta data, meu pedido de demissão, em caráter irrevogável, do cargo de secretário-executivo do Ministério da Agricultura", escreveu Ortolan, em nota divulgada pela página do Ministério da Agricultura na internet.

Ele tomou a decisão após a publicação de reportagem pela revista Veja segundo a qual seria conivente com irregularidades e desvios de recursos no Ministério. "Sinto-me injustiçado e ofendido pelas suspeitas levantadas na reportagem", afirmou. É a segunda vez que funcionários citados como envolvidos em irregularidades pela revista Veja são demitidos no mesmo dia da publicação da notícia. No dia 2 de julho a presidente Dilma Rousseff afastou quatro servidores do setor de transportes, suspeitos de atos ilegais, entre eles, Luiz Antonio Pagot, então diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

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Ortolan escreveu também que conheceu o lobista Júlio Fróes no processo de contratação da pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) pelo Ministério da Agricultura. Fróes foi apontado pela reportagem da revista Veja como um estranho que teria sala no prédio onde funciona a Pasta e atuaria para liberar verbas e corromper servidores. "(Fróes) Chegou a mim como sendo um representante da PUC-SP", argumentou Ortolan.

O ex-secretário disse ainda desconhecer uma reunião citada pela revista e que teria sido realizada na Assessoria Parlamentar do Ministério, quando teria sido distribuída "propina". "Não participei e nem compactuo com ilegalidades. Tenho 40 anos de serviço público. Jamais fui acusado de conduta irregular." Por fim, ele solicitou que sejam feitas investigações "em todos os níveis considerados necessários" e disse que estaria à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. "Tenho a consciência tranquila e provarei minha inocência", finalizou.

Já o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, negou que tenha algum tipo de envolvimento com Júlio Fróes. Por intermédio de nota, Rossi informou que pedirá que a Controladoria Geral da União (CGU) investigue os contratos apontados pela revista como suspeitos e anunciou que os funcionários citados serão ouvidos em procedimento disciplinar.

A reportagem da revista afirma que Fróes redigiu um documento usado como base para o Ministério contratar sem licitação por R$ 9,1 milhões a Fundação São Paulo, mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A entidade tinha o lobista como representante e após conseguir o contrato ele teria dado pastas com dinheiro a funcionários que o tinham ajudado no processo. A revista diz ainda que Fróes pediu uma "gratificação" de 10% a uma gráfica para que esta conseguisse renovar um contrato com o ministério. O lobista negou as acusações e chegou a agredir o repórter Rodrigo Rangel, da Veja, que registrou boletim de ocorrência em Brasília.

Na reportagem, o próprio lobista se descreve como amigo de Rossi. O ministro nega com veemência. "Nunca participei de reunião com este senhor. Não desfruta de minha amizade e nem de minha confiança", diz Rossi na nota.

O ministro destaca as medidas tomadas e garante que a pasta está de acordo com "boas práticas administrativas e de controle interno". Nega ainda que tenha cometido qualquer ilegalidade nos casos citados pela revista. "Não fui, não sou e não serei conivente com qualquer tipo de desvio".

Em manifestação anexa ao pronunciamento do ministro, a pasta dá detalhes sobre o contrato fechado com a Fundação São Paulo. A justificativa para a dispensa de licitação é que a entidade atua nas áreas de pesquisa, ensino e desenvolvimento institucional. O convênio é para a capacitação de 12 mil servidores. Segundo informa o ministério, até julho deste ano foram atendidos 6.560 funcionários da pasta e a Fundação já recebeu R$ 5,2 milhões. A nota afirma que este contrato já foi auditado pela Controladoria Geral da União.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, divulgou uma nota neste sábado negando envolvimento com Júlio Fróes, apontado por reportagem da revista Veja como um lobista que teria sala no prédio onde funciona a pasta e atuaria para liberar verbas e corromper servidores. Rossi pedirá que a Controladoria Geral da União (CGU) investigue os contratos apontados pela revista como suspeitos e anunciou que os funcionários citados serão ouvidos em procedimento disciplinar.

A reportagem da revista afirma que Fróes redigiu um documento usado como base para o Ministério contratar sem licitação por R$ 9,1 milhões a Fundação São Paulo, mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A entidade tinha o lobista como representante e após conseguir o contrato ele teria dado pastas com dinheiro a funcionários que o tinham ajudado no processo. A revista diz ainda que Fróes pediu uma "gratificação" de 10% a uma gráfica para que esta conseguisse renovar um contrato com o ministério. O lobista negou as acusações e chegou a agredir o repórter da Veja, que registrou boletim de ocorrência em Brasília.

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Na reportagem, o próprio lobista se descreve como amigo de Rossi. O ministro nega com veemência. "Nunca participei de reunião com este senhor. Não desfruta de minha amizade e nem de minha confiança", diz Rossi na nota.

O ministro destaca as medidas tomadas e garante que a pasta está de acordo com "boas práticas administrativas e de controle interno". Nega ainda que tenha cometido qualquer ilegalidade nos casos citados pela revista. "Não fui, não sou e não serei conivente com qualquer tipo de desvio".

Em manifestação anexa ao pronunciamento do ministro, a pasta dá detalhes sobre o contrato fechado com a Fundação São Paulo. A justificativa para a dispensa de licitação é que a entidade atua nas áreas de pesquisa, ensino e desenvolvimento institucional. O convênio é para a capacitação de 12 mil servidores. Segundo informa o ministério, até julho deste ano foram atendidos 6.560 funcionários da pasta e a Fundação já recebeu R$ 5,2 milhões. A nota afirma que este contrato já foi auditado pela Controladoria Geral da União.

O vice-presidente da República, Michel Temer, convidou políticos aliados do PMDB para um almoço no Palácio do Jaburu nesta quarta-feira (3). No encontro devem ser discutidas as acusações de corrupção no ministério da Agricultura feitas por Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR). O ministério é ocupado por Wagner Rossi, indicação de Temer.

O líder do governo e o vice-presidente conversaram sobre o tema no final de semana. Jucá disse a Temer que não concordava com a posição do irmão e pediu desculpas pelas declarações. Ele também já se desculpou com a presidente Dilma Rousseff pelo episódio. Os dois se reuniram nesta terça. Segundo interlocutores de Temer, o vice-presidente acreditou em Jucá e os dois estão "em paz". Não se sabe, porém, se o líder do governo estará no almoço.

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No PMDB o sentimento é de arrependimento pela indicação de Oscar Jucá Neto para ocupar um cargo de direção na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal vinculada à pasta da Agricultura. A nomeação foi feita em junho e ele foi demitido na semana passada, depois de ter autorizado um pagamento irregular no valor de R$ 8 milhões.

Lideranças lembram que houve muita resistência à indicação porque Oscar já tinha tido problemas quando trabalhou na Infraero, durante o governo Lula. Ele foi demitido em abril de 2009 por ordem do então ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na ocasião, Jucá apoiou o irmão e fez duros ataques a Jobim. Agora, porém, o líder do governo procura se afastar de Oscar.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse ter pedido desculpas à presidente Dilma Rousseff pelas acusações feitas pelo seu irmão, Oscar Jucá Neto, de que há corrupção no Ministério da Agricultura. Após a conversa com Dilma, o líder do governo disse ter ouvido dela que o ministro Wagner Rossi (Agricultura) continua e terá a responsabilidade de verificar se há irregularidades na área.

"Na conversa com a presidente, eu dei explicações e pedi desculpas, disse que não concordo com o que ele (Oscar) fez. Ela, comigo, deu o assunto como encerrado e disse que o ministro Wagner Rossi vai verificar se houve alguma irregularidade", disse Jucá.

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O peemedebista disse não ter conhecimento se as acusações do irmão são ou não verdadeiras, mas criticou o fato de ele ter feito as denúncias após perder o cargo na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "O que ele disse não tem pé nem cabeça. Eu não conheço os dados da área, mas não concordo com a postura dele de sair atirando no ministro, no Michel Temer (vice-presidente da República)".

Em entrevista à revista Veja, o irmão de Jucá afirmou haver um esquema de corrupção no Ministério da Agricultura tendo como foco a Conab. O esquema beneficiaria o PMDB e o PTB. O ministro Wagner Rossi participaria do esquema. Ele foi indicado pelo vice-presidente Michel Temer.

Segundo Oscar, a estatal estaria adiando o repasse de R$ 14,9 milhões à empresa de alimentos Caramuru para barganhar uma comissão de R$ 5 milhões, que seriam acrescentados ao valor da dívida de forma fraudulenta. Ele denunciou, ainda, a venda de um terreno da empresa em uma área nobre de Brasília por R$ 8 milhões, um quarto do valor estimado de mercado, em favor de uma pequena imobiliária, que seria laranja de um influente político do PTB.

O irmão de Jucá foi demitido da Conab na semana passada após uma denúncia de que autorizara um pagamento irregular de R$ 8 milhões a uma empresa de armazenagem, sem aval do presidente da estatal, Evangevaldo Pereira dos Santos, e do ministro. Segundo Jucá, Oscar garante que o pagamento foi legal e se deu em cumprimento a uma ordem judicial.

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